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segunda-feira, 25 de agosto de 2014

OS MUROS

A população carcerária no planeta Terra é em torno de 9,8 milhões, segundo pesquisa divulgada nos idos de 2009 pelo King´s College London. Os países que têm os maiores números dessa população: EE.UU. 2,3 milhões, China 1,6 milhão, Rússia 800 mil e o Brasil em torno de ½ milhão de presos.
Estrelado por Tim Robbins (Andy Dufresne) e Morgan Freeman (Red), principais atores, o filme norte-americano The Shawshank Redemption, dirigido por Frank Darabon, recebeu, no Brasil, o título de Um Sonho de Liberdade e em Portugal Os Condenados de Shawshank. O enredo é baseado numa novela de Stephen King que retrata a vida de Andy Dufresne, um banqueiro condenado à prisão perpétua por ter matado a esposa e o amante. O cenário do filme foi ambientado, nos idos de 1994, na Penitenciária Estadual de Mansfield, Ohio, EE.UU., à época desativada.
Durante 19 anos em que esteve preso, Andy Dufresne torna-se amigo de Red que o ajuda na aquisição de um martelo e pedra-sabão para realizar pequenas estatuetas e o cartaz da atriz Rita Hayworth, dependurado na parede, tudo isto com a aquiescência do diretor do presídio, vivenciado pelo ator Bob Gunton.
A cena mais comovente foi quando Andy entra no gabinete do diretor no momento em que ele vai ao banheiro, Andy tranca com chave o diretor e volta ao gabinete para ligar o aparelho de som e em todas as dependências do presídio é escutada a Canzonetta Sull´Aria das Bodas de Figaro, de Mozart.
Triunfante de alegria, Andy nem quis saber o que as duas italianas estavam cantando, eufórico desabafou: “era como um belo pássaro que voou para a nossa gaiola e fez os muros se dissolverem. E, pelo mais breve momento... cada homem de Shawshank se sentiu livre.”
No final do filme, Andy foge da prisão pelo túnel cavado a partir da parede que encobria o retrato da atriz, depois entra no tubo de esgoto que termina num riacho, e, finalmente, chega à cidade de Zihuatanejo, México, onde passa a viver à beira da praia. E, de lá, mais tarde, encontra o seu velho amigo Red que saíra da penitenciária, após cumprir pena e, ambos vão realizar um projeto de trabalho voltado à pousada que tem um pequeno barco para os hóspedes pescar.
Na crônica SOMBRAS NUMERADAS – 26 de agosto de 2012, no blog Fernando Pinheiro, escritor, o tema carcerário foi abordado em 4 parágrafos, in verbis:
Facebook - Mural de Otávio Amaral de Carvalho, gerente do Banco do Brasil, na cidade de Campos dos Goyacazes - RJ: “Brasil tem 4ª maior população carcerária”.
Em recintos fechados, circulam sombras numeradas. O destino que seguem não foi o mesmo planejado em suas nascentes. Envolvidas por substâncias sem nome que muitos classificam como inconformação, medo, desamor e paixão, deixaram-se ser levadas a lugares que as comprometiam.
O estímulo a viver suas próprias vidas foi apagado temporariamente por essas ondas nebulosas que passam assustando a tudo que lhes tem algo em comum. Isto é apenas o domínio das aparências que agem tentando apagar o brilho de um olhar.
Aqueles que desejam caminhar por lugares amenos encontrarão perfume de flores e cantar dos pássaros. Mas, se preferirem lama e escuridão, a caminhada será mais difícil. Não há tempo para lamentar os lugares onde o sol não apareceu. O ciclo das manhãs surge a cada dia. A esperança é importante.
Durante o passar dos dias, isolados da agitação do mundo, os habitantes do sistema penitenciário, atualmente mais de 10 milhões de presos, formam uma egrégora forte nesta densa consciência planetária, fragmentária, a dimensão de consciência trina que está indo embora do planeta, a passos de galope, isto é a maior esperança da Terra em fase de mudança de paradigma.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

COMPETITIVIDADE

A densa consciência dissociada está indo embora do planeta Terra com a chegada da mudança de paradigma que os simples e humildes estão implantando, sem alarde, apenas com o pensamento voltado ao coração, símbolo do nosso ser profundo.
O paradigma da maioria da população mundial traz o predomínio da separatividade e competitividade. O modelo econômico vigente teve em sua estrutura essas duas características que contêm o sentido filosófico da obra de Adam Smith. No entanto, como dissemos na crônica UMA MENTE BRILHANTE – 18 de março de 2014, no blog Fernando Pinheiro, escritor, esse modelo econômico foi contestado por John Nash, Prêmio Nobel de Economia de 1994, vejamos a nossa apreciação em 4 parágrafos:
Lançada nos idos de 1776 a obra A Riqueza das Nações, de Adam Smith, continua sendo o principal pilar onde todas as estruturas econômicas e sociais se baseiam. Nela existe a metáfora da mão invisível que relata que todos poderiam fazer o que bem entendessem e no final a mão invisível resolveria tudo.
Hoje, decorridos 238 anos, são poucos os que questionam essa metáfora do liberalismo e do individualismo onde o mercado e as relações sociais funcionam nesse sentido. Isto contraria o sentido gregário dos animais e das aves que está presente no reino animal.
É claro que a teoria de Adam Smith não resolveu a situação do mundo onde poucos ganham muito e muitos ganham pouco, sendo que 2 bilhões, do total de 7 bilhões de habitantes do planeta Terra, atualmente, ganham trabalhando, cada um, apenas 2 dólares por dia (R$ 4,86 ou £ 1,24). E como fica a situação dos que pretendem ter as condições básicas para sobreviver: moradia, alimentação, transporte, criação dos filhos? Assim, a metáfora da mão invisível não funciona para todos.
Os livros sobre História da Economia não são lidos por grande público e os economistas não conhecem John Nash, somente vem a estudá-lo nos cursos de pós-graduação em decorrência do pouco interesse do status quo, o atual paradigma revelando a competitividade e a separatividade da consciência planetária.
Como exemplo da consciência dissociada do planeta, vemos que o governo dos países mais desenvolvidos da Terra está comprometido com os grupos que o elegeram e, não consegue levar a todos os seus habitantes uma consciência planetária unificada.
No caso Brasil, em clima de campanha às margens do Rio Tucunduba, na cidade de Belém–PA, em 21/08/2014, Luciana Genro (PSOL), percebeu o paradigma e enfatizou: "Quem diz que vai governar para todos acaba governando para os mesmos de sempre, para as elites, para os banqueiros, para os grandes financiadores das campanhas e para o mercado financeiro”. Ela obteve 1,6 milhão de votos para presidente da República.
Acolhida como um marco de aceitação há muitos milênios, a competitividade chega-nos com um argumento do médico Miguel Jorge, professor associado de psiquiatria da Unifesp, manifestado no R7 Notícias – 18/8/2014 que aborda o crescimento no Brasil de mortes por depressão e suicídio: “fatores externos da vida atual, como o estresse e a grande competitividade profissional, podem favorecer o aparecimento da doença.”
Temos abordado sempre para não darmos peso e referência à dificuldade que impossibilita o nosso crescimento interior e citamos o filósofo Friedrich Nietzsche: “Se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.”
Quantas pessoas passam o tempo olhando para a televisão e outros meios de comunicação observando e se impregnando da densa frequência de onda de que são revestidas as notícias de desencantos! Isto também tem relação com os engramas do passado, onde as pessoas não conseguem se desvincular. O apego aprisiona e o desprendimento liberta.
Ainda sobre o R7 Notícias, na referida reportagem, comenta que, com a chegada das doenças crônicas incuráveis, a morte de pessoas da família e a frustração de não poder continuar realizando tarefas que vinham exercendo, quando estavam em atividade profissional, são fatores de riscos da depressão e do suicídio que tem aumentado muito no Brasil, nos últimos 16 anos [705% – levantamento de dados do Datasus divulgados pelo jornal O Estado de S.Paulo].
A competitividade é completamente contrária ao sentido gregário que os animais, aves, répteis, peixes, crustáceos, possuem. Vejamos o trabalho das abelhas, o voo das aves ao entardecer buscando os ninhos, o pulo do gato ou do cachorro em cima do dono, o nado dos golfinhos que revela a captação de frequência de onda em hertz, superior, muito superior à capacidade do homem em perceber o que se passa ao seu redor.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

NÃO DESISTIR

Avaliada pelo próprio autor, a máxima "Não vamos desistir do Brasil" proferida em 12 de agosto de 2014, pelo candidato presidencial Eduardo Campos, no Jornal Nacional da TV Globo, revela o indício de algo que viria a ocorrer, no dia seguinte, na cidade de Santos, litoral paulista.
A classe média em todo o planeta Terra, estacionada na 2ª escala da Teoria de Abraham Maslow - A Hierarquia das necessidades, sente dificuldade de ascender ao terceiro grau dessa escala, onde está o poder, conforme dissemos em 3 parágrafos da crônica PÉGASO X – 10 de agosto de 2014, in verbis:
O cerceamento da humanidade, dificultando o vislumbrar desses eflúvios de amor, está justamente na 2ª escala de necessidades, preconizada pelo filósofo Maslow, pois na 1ª predomina a fome, pois 1 bilhão de pessoas ganha menos de 1 dólar por dia, ficando assim os controladores da massa humana dispostos a exercer o poder. É fácil compreender a bolsa-família utilizada nos programas do governo.
Dos 7,3 bilhões de habitantes do planeta, imaginemos cerca de 3 bilhões vivendo uma vida de casal, confinados na 2ª escala de necessidades onde sobressai com destaque o relacionamento e o sexo.
Sem conseguir alçar a escala superior onde o poder está presente nas mãos de alguns milhares de pessoas, cerca de 700 mil, ou seja quase 6 bilhões de pessoas convivem dentro de um relacionamento onde a luz do luar (símbolo) não está presente todos os dias. Conforme dissemos anteriormente, 1,2 bilhão conseguiu ascender à consciência planetária unificada, esse número tende a crescer.
A classe média do planeta não consegue pensar em poder, pensando apenas na necessidade de sobrevivência (moradia, carro, sexo, relacionamento, educação, viagem), permanecendo no 2º grau da escala de Maslow que é a base de toda a estrutura de marketing e avaliação de qualidade de empresas.
O 5º degrau dessa escala é a espiritualidade que abrange cerca de 1,2 bilhão de pessoas que conseguiu ascender à consciência planetária unificada, não nos referimos ao apelo religioso onde a matrix permeia. Assim, podemos calcular que essa classe média é em torno de 4,8 bilhões (7 bilhões da população da Terra menos 1 bilhão que vive em extrema pobreza, ganhando menos de 1 dólar por dia e diminuindo ainda 1,2 bilhão vivenciando a consciência planetária unificada).
Essa imensa caravana de 4,8 bilhões de habitantes, a classe média mundial, está estacionária porque se mantém preocupada com o dia-a-dia, apegando-se a um tema único, aquelas necessidades que já falamos, e não se desprende para poder caminhar e avançar em direção de um patamar mais elevado. O apego confina e o desprendimento liberta.
A máxima "Não vamos desistir do Brasil" contém uma sabedoria que deve ser entendida não apenas por brasileiros mas por toda essa imensa caravana que está estacionária no 2º degrau dessa escala. Tudo evolui, é claro, mas a lentidão não pode ser norma geral para ninguém.
Dentro da espiritualidade que é o ápice dessa pirâmide social, há um andar a passos de galope, mesmo assim não vemos a complementação do esquema que separa o joio do trigo, preconizado há 2 milênios, num pequeno burgo do Império romano. Isto irá durar mais algumas gerações.
A realidade última, descoberta pela física quântica, é de infinitas possibilidades. O destino de nosso futuro está em nossas mãos, basta haver um despertar dessa consciência.
O domínio da potentia, preconizado pelo físico Werner Heisenber, está fora do tempo e do espaço e, nos idos de 1982, a não-localidade quântica é comprovada em laboratório físico. O universo não-local está em outras dimensões. A crônica MUDANÇA DE PARADIGMA, post de 14 de março de 2014, no blog Fernando Pinheiro, escritor, aborda o que está acontecendo no mundo.
As palavras do candidato presidencial "não vamos desistir do Brasil", divulgadas pela TV Globo e demais meios de comunicação, veio calar fundo o mundo inteiro porque ele se posicionou, em firme decisão, de reconhecer a importância daquilo que os físicos quânticos chamam de "colapso da função de onda" porque ele estava em plena atividade humana.
Sempre abordamos esse pensamento de aproveitar a vida em todos os instantes em que vivemos, assim é oportuno fazer a citação das palavras do físico nuclear indiano Amit Goswmi, professor titular da Universidade de Física, Oregon - EE.UU., na entrevista concedida ao Programa Roda Viva - 8 de maio de 2011, TV Cultura: "Há morte quando a consciência pára de causar o colapso das possibilidades quânticas em eventos reais da experiência."
E por serem infinitas as possibilidades da realidade última, a vida prossegue em outras dimensões, no caso específico de quem se livrou da roupagem carnal, pois os componentes sutis (mente, arquétipo supramental) estão além da matéria.
No entanto, o retorno do colapso da função de onda somente ocorrerá quando houver a reencarnação ou a transmutação da beleza imperecível. Esse fenômeno foi elucidado há 2.000 anos a respeito da lembrança de que eles têm Abrahão para ensinar aos que estão vivos, fazendo dissipar as dúvidas humanas que a parábola elucida.
 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

PÉGASO (XIV)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje é pertinente ao entorpecimento da consciência ou segunda morte que está indo embora do planeta Terra no bojo da separação do joio e do trigo, com a ascensão à quinta dimensão unificada, a nova consciência planetária vivenciada atualmente por 1,3 bilhão de pessoas, número que cresce a cada dia mais.
Estávamos em cima de um penhasco de grande altitude, mais ou menos da altura do morro do Pão de Açúcar na cidade do Rio de Janeiro, não é necessário dizer o nome do local que pode ter ocorrido no plano físico ou astral, quando passou correndo pela nossa frente uma mulher desesperada que se jogou no mar.
Em seguida, direcionamos em sua direção, no meio do trajeto, vimos num relance uma luz que era a própria luz que se projetava de nós, não éramos o dono dessa luz, estávamos juntos, sem separação, a luz que vimos e a luz de nosso ser, numa espécie de duas presenças, numa só presença, sem separação alguma.
E junto de nós corria paralela outra luz, que não tinha identificação, como a auxiliar-nos nessa experiência de salvar quem passou por nós em desespero. O que nos revestia era a fé, a confiança no todo que, naquele momento, fazíamos parte.
O corpo da mulher mergulhou vários metros na água do mar e acompanhamos juntos esse mergulhar, mesmo com aquele instante em que paramos para ver a luz que participamos, o nosso trajeto foi capaz de estar junto à mulher e prestar-lhe o socorro.
Ela ao nos ver, empurrou-nos com um braço mas sem força para nos afastar e desfaleceu. Nessa projeção de luz, a fez despertar. É necessário dizer que não havia nenhum gesto que implicasse a vontade alheia ser dominada por nós, estávamos, eu e a luz paralela ao nosso lado, atentos à vontade da mulher. A luz que nos acompanhava era inteligente, como toda luz é inteligente dentro do princípio quântico.
Sem a nossa presença, seria algo desastroso, por causa da consciência que estava ofuscada pelos pensamentos de desespero que ela tinha. A segunda morte, como também é conhecida, ocorre até mesmo antes da morte física, normalmente acontece após a morte cerebral.
No plano físico, onde predomina a materialidade, o interesse das pessoas envolvidas por laços consanguíneos ou afetivos iria nos perguntar: ela morreu? Não nos cabe definir o acidente em termos materiais. A nossa narrativa, como dissemos, é sobre o entorpecimento da consciência.
A literatura sobre o umbral inferior é bastante vasta e já foi tema de filmes, teatro e da cena lírica. Comumente, dependendo da situação de quem cometeu essa tragédia, a situação se alonga por muito tempo jugulando a pessoa ao entorpecimento e quando vem a despertar, num tempo em que não podemos precisar, a memória dela vem à tona e registra os momentos em que ocorreu o desespero.
Há casos em que a perda é muito grande, não falamos apenas do corpo físico, perde-se quase tudo, os corpos astrais, ficando apenas a mônada e, para recompor o que foi perdido, necessário ganhar outro corpo físico, em outra oportunidade, em outra situação que acompanhe todos os elementos que a pessoa fez parte e conviveu.
A consciência está em tudo, a pessoa, elemento-célula, pode desaparecer, mas a pessoa, elemento-onda, nunca desaparece, pois existe uma única onda, assim como tudo é energia e a energia não desaparece do universo.
O corpo físico é, portanto, uma esponja onde os detritos astrais são eliminados pela postura de novas atitudes que recompõe o campo astral onde está inserido quem foi protagonista, lembrando que a descoberta da física quântica de que somos co-criadores não se aplica apenas no campo físico, se estende em todos os planos que a vida irá nos dar.
É bom salientar que o colapso da função de onda se aplica apenas no plano físico, após a morte física vive-se apenas de resultados. No entanto, quem superou a segunda morte, pela consciência ascensionada e livre, resplandecerá na luz, não mais sujeito à roda giratória de corpos em reciclagem expiatória.
Não nos coube identificar a mulher que se atirou desesperada no mar nem qual a situação em que ela se encontra agora. O que permanece é a nossa presença sentindo a presença, na conexão com o todo, pois o todo é um só, como uma gota d´água mergulhada no oceano onde passa a ser oceano.

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

PÉGASO (XIII)



Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
O fluxo da corrente oceânica impulsionava as águas como se fosse uma correnteza de rio, fluindo em direção ao extenso litoral, quando percebi, estava em mergulho no oceano seguindo ao sabor das ondas. Era um oceano astral, não aquele mencionado no parágrafo inicial da crônica A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA – 21 de novembro de 2012, transcrito abaixo:
No momento em que o sistema solar, que envolve a Terra, está mergulhado no grande oceano astral, a denominada camada de fótons de Alcíone, uma das 7 Plêiades da constelação de Touro, no périplo que se completa nos idos de 2012, segundo a previsão dos cientistas, com a permanência de 2.000 anos, nesse anel ou cinturão de Alcíone, ou ainda a onda galáctica, evidenciando a transição planetária, é necessário refletirmos sobre a realidade em que vivemos.
Ao largo do litoral, notei pessoas que estavam mergulhadas no oceano seguindo ao sabor da onda que tinha uma direção não para a praia mas para o litoral sul. Elas seguiam no percurso semelhante ao trajeto Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, ao balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Ao perceber a longa distância que estava me separando do local onde mergulhei, resolvi voltar. Saí da água e entrei numa estrada asfaltada onde havia árvores na encosta, era noite de lua cheia com o encantamento que senti no ar. Um ônibus de luxo surgiu em minha frente e pude ver o motorista todo compenetrado ao dirigir.
Quatro pessoas, numa distância de 20 metros à minha frente, fizeram um sinal de carona ao motorista, ele diminuiu a marcha e parou em frente delas, eu vi o ônibus parado e me dirigi para aproveitar a carona. O motorista observou que eu estava decidindo entrar, em milésimos de segundo, e arrancou o veículo na trajetória em curso.
Isto foi muito importante na minha observação no plano astral. Não pode haver um mínimo de hesitação, mesmo que seja em milésimo de segundo ou minuto, naquilo que pretendemos fazer. A fé, a confiança na vida, é tudo que é necessário para fazermos qualquer coisa: viajar como passageiro, tripulante ou voar em espaços sem auxílio de aeronave.
Segui a pé em direção a uma vereda que estava numa região de araucárias, bastante conhecida na região Sul do Brasil. Deparei com uma cena que me chamou a atenção: uma gentil donzela estava sendo conduzida por duas mulheres servis que estavam obedecendo à patroa, mãe da moça que tinha aspectos de sofrimento e de revolta.
Ela estava amarrada no pescoço por uma canga, no interior do Brasil, muito utilizada em parelha de bois por fazendeiros para conduzir o carro-de-boi. A canga tem o significado de pertença, dominação e não apenas uma saída de praia.
A patroa, de cabelos em caracóis, chegou perto de mim e disse: eu não gosto de escritor, você é presidente de entidade cultural, não gosto nada disso. Olhou para a moça e me disse: deixa isso comigo. A pequena comitiva de escravidão seguiu pelo mato adentro e continuei o meu caminho.
No plano astral, a relação de parentesco se dissipa se não houver algo que os une, pois os interesses da matéria não conseguem ter uma transcendência maior. Os conflitos gerados na matrix continuam do outro lado da matrix. A morte não elimina os liames coercitivos, presos no plano material a prisão continua no astral.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

PÉGASO (XII)



Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
Dentro da mata erguia-se sobre a rocha uma linda casa, parecia com a Pousada Chalé da Montanha, de propriedade de Jean Vieira, em Petrópolis – RJ, onde ficamos hospedados nos idos de 2012, ao ensejo que escrevemos a crônica  CÂNTICOS SERRANOS nº 2 – post de 25 de julho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor.
Após avistarmos a casa erguida na rocha, seguimos para dentro da mata onde ficamos num terreno próximo a um pequeno lago de águas cristalinas, podia-se até beber dessa água que era saudável, mas não a bebemos, sentíamos confortável ao sentir a brisa que corria suave entre as árvores.
Era um recanto agradável, a quietude estava em tudo, andamos para fazer o reconhecimento do local, subimos a pequena ladeira e avistamos uma pequena queda d´água escorrendo pela encosta. Se chegássemos perto, iríamos ver uma pequenina cachoeira própria para um banho de água fresca. Desviamos o olhar da ladeira e pensamos que seria importante voltar ali para tomar banho com a esposa que não tinha nenhuma referência à esposa terrestre.
O significado de esposa tinha uma abrangência muito maior do que se pode supor aqui na Terra, era algo mais ligado ao casamento celestial do que terreno porque aqui neste planeta tudo se desfaz na primeira hora do sentido contrário ao nosso. É por isso que no paraíso muçulmano existem as famosas huriyas de beleza primaveril e virginal esperando os fiéis seguidores do profeta.
Há um vínculo que une as pessoas afins, isto transcende a esta dimensão dissociada em que a maioria da humanidade vive. É muito comum entre os casais, à noite quando dormem, quem estiver drogado (álcool é droga) ou entorpecido por medicações lícitas ou ilíticas, o corpo físico deita na cama e o corpo sutil, empanturrado, fica esparramado no chão e quem estiver em condições favoráveis, o corpo sutil sai da cama e viaja a lugares aprazíveis onde o deleite se faz presente.
Mesmo utilizando remédios de drogarias para obter a saúde física, o corpo sutil danificado por essas drogas sente-se enfraquecido e muito fragilizado, necessitando de repouso e de aragens carregadas de sutis propriedades químicas que somente a natureza oferece.
Quando estávamos nesse recanto aprazível, sentíamos que tínhamos tudo ao nosso alcance. A placidez e a quietude das coisas, visíveis e invisíveis. Não nos faltava nada nem queríamos nada mais, estávamos em plenitude. Como pensamos em caminhar juntos, pensamos que, quando saíssemos, deveríamos voltar lá para usufruir dessas blandícias junto à esposa, a esposa do amor eterno.
Ainda não vivemos no paraíso, nem pensamos nas huriyas que por lá vivem, mas é tempo de semear as sementes que estão em nossas mãos. Os poetas lavram nessa seara, imensa e fecunda, criando o destino, esse destino citado por Olegário Mariano no discurso de posse de recepção ao acadêmico Guilherme de Almeida, na Academia Brasileira de Letras: “Quis o destino – caprichoso pastor de almas - ...”
A descoberta da física quântica é menos romântica e mais pragmática: o homem é co-criador, simplesmente porque o pensamento cria a nossa realidade, enfatizada por Albert Stein.
Vivenciando o ser profundo que todos somos, onde só existe a luz, a luz que se conecta com a fonte, podemos nos identificar com o que somos na realidade e não isso que está surtido nas dores e nos sofrimentos, acompanhando a imensa caravana, longe do destino que os poetas sonharam.
Sigamos com leveza.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

PÉGASO (XI)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A cena ambientada pelo destino que escolhemos se desdobra numa vereda que conduz a uma floresta tropical. Na carroceria de uma caminhonete estava um grupo de homens que se dirigia a uma pescaria no rio. Subi à carroceria, cumprimentei um respeitável líder de classe social que seguia a viagem deitado numa cama, acompanhado de amigos. Em seguida, saltamos do carro, pois o nosso destino era outro.
No caminho olhamos ao lado e vimos uma antiga cidade, em decadência, ostentando imponentes edifícios, pensamos: já tinha dado tudo que deu, não era interessante visitá-la. A floresta era o cenário que nos aguardava como se a floresta aguardasse alguém, mas na verdade tudo está emaranhado no conceito quântico.
No percurso avistamos uma pequena casa e, aceitando o convite oferecido num olhar, entramos no quintal sem cerca de uma jovem mulher que a ajudamos a estender no varal uma peça de roupa e, em seguida, continuamos a nossa jornada em direção à floresta.
O fluxo de pessoas do campo no Brasil era muito grande, basta olhar as grandes metrópoles e ver o contingente de pessoas que foram para lá a busca de melhores condições de vida como assim é apregoado pelas mídias de comunicação. O convívio com a natureza é uma necessidade do ser humano.
A floresta faz parte dos documentários que abordam também os diferenciados ecossistemas do mundo inteiro: as savanas africanas, o deserto do Saara, os pampas sul-americanos, as regiões geladas da Patagônia, Alaska, os alpes suíços, o Himalaia e a Sibéria.
Autor da trilha sonora do filme Green Mansions, dirigido nos idos de 1959 por Mel Ferrer, protagonizado por Audrey Hepburn e Anthony Perkins, o compositor brasileiro Villa-Lobos também se interessou por temas florestais. A morte de Chico Mendes foi noticiada no mundo inteiro e o Recreio dos Bandeirantes, na cidade do Rio de Janeiro, ganhou um Parque Natural em homenagem ao seringueiro acreano.
No mundo astral que hospeda milhões de seres alados, em sua forma primitiva participam em atividades diversas nas florestas, desde as lendas como na aferição de um mundo real que está circunscrito numa mesma frequência de onda, onde tudo está emaranhado.
Não chegamos à floresta, apenas algumas reflexões sobre a realidade brasileira vem-nos à tona: o fluxo de pessoas do campo e da floresta para as grandes cidades. Por que não inverter esse fluxo migratório? É simples: a fome, 1ª necessidade da pirâmide social de Maslow, não é saciada.
Com a exceção da proposta do presidenciável da eleição de 2010, Plínio de Arruda Sampaio (1930/2014) que planejava, se eleito, diminuir o número de horas trabalhadas, numa jornada de 6 ou 4 horas, a fim de que os trabalhadores tivessem mais horas livres para o estudo, lazer, viagens e outras atividades que lhes aprouvessem, não vemos nenhuma perspectiva disso acontecer atualmente, não apenas aqui, mas em outros recantos do planeta.
Ainda ontem, num supermercado na cidade do Rio de Janeiro, uma funcionária que nos atendia no caixa nos disse que trabalha das 7 da manhã às 9 da noite, quando chega em casa, vai dormir lá pela meia noite e acorda às 3 da manhã para se aprontar, pega 3 conduções e chega ao trabalho no mesmo horário. Lembramo-nos quando ingressamos no Banco do Brasil, nos idos de 1964, a jornada de trabalho era de 7:00h às 13:00h e, naquela época, ganhávamos muito bem. Bons tempos aqueles.
Os patrões, nesse sistema financeiro em que o mundo é dominado, não iriam concordar com proposta sonhada por Plínio de Arruda Sampaio, pois os lucros dos negócios são muito mais importantes do que o bem-estar da maioria da população mundial. Um sistema em que cerceia a humanidade de ascender ao degrau superior da pirâmide social de Maslow não irá durar muito tempo. A transição planetária existe e tudo tende a evoluir.
Acreditamos no sentido gregário, que os animais possuem, será aceito e posto em prática por todos os seres humanos, dentro de alguns séculos, assim como nas florestas os seres elementais chamados silfos beneficiam esse ecossistema, embora não sejam divulgadas as atividades que atuam. Se a maioria da população mundial não conhece a realidade deste mundo, não iria conhecer a realidade que o permeia.
No caso Brasil, algo está no ar, se a população perceber o que está entrelinhas, como dizem os poetas, haverá um despertar, mesmo que haja um desconforto e nos despedimos lembrando Carl Gustav Jung: “quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.”
Sigamos com leveza.