A China, o país
de maior população do mundo, cerca de 1,7 bilhão de habitantes, apresentou,
conforme divulgado, em 29/11/2014, pelo jornal madrileno El Pais, o primeiro
projeto de lei contra a violência conjugal, realçando que o problema afeta 25%
das mulheres casadas. Assim, podemos ver que o número de vítimas atinge a cifra
de milhões de mulheres.
A cultura
milenar chinesa, assim como a maior parte do mundo, ao longo de sua existência,
considerava essa questão como sendo particular e não pública, isto englobando o
abuso verbal sofrido por mulheres.
Na cultura
brasileira, a canção Conselhos, de Carlos Gomes, composta nos idos de 1884,
poesia do Dr. Velho Expediente: “tome a lição que ele quiser lhe dar. Se
funções, contradanças não quiser, também não queira, para não brigar...” A propósito,
escrevemos em 29 de julho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
A letra da
canção traz conselhos a mulheres casadas. Os tempos em que vivemos são outros
dos aqueles em que viveu Carlos Gomes, mas reconhecemos que o relacionamento
entre casais ainda está sujeito a condutas saudáveis que fortalecem a união da
família.
Em cada
estrofe há uma sucessão de conselhos úteis, vindo da vivência dos
relacionamentos do passado que alcançaram êxito, e logicamente serve como
bússola para guiar aqueles que, perdidos entre tantas informações, ainda não
encontram o caminho certo.
Logicamente em
cada um dos parceiros, haverá sempre uma variante de opiniões que oscila entre
aquilo que deve ser e aquilo que pode ser ou mesmo não ser nada, o que vem
caracterizar a separação.
Fazer a
vontade do marido é o melhor caminho para as jovens esposas, desde que essa
vontade esteja revestida de indícios de bom–senso, discernimento e os cuidados
que vêm do amor verdadeiro.
Neste caso,
entra muito a apreciação inteligente do que seja bom para ambos. Não apenas a
satisfação e os gostos inclinados para um lado só, mas ao que convém para
manter o casamento. O amor verdadeiro é feito mais de renúncia e desprendimento
do que as vantagens pessoais.
Não é apenas
na China, mas em todo o planeta essa inquietação social atinge outros milhões
de mulheres, inclusive entre os refugiados sírios, acampados ou não, onde os
pais entregam suas filhas, ainda crianças, para ser esposas de seus
pretendentes árabes, a fim de protegê-las contra o assédio dos homens.
Está incluída
nessa inquietação a pressão sofrida pelas mulheres, via econômica, pois a
situação do mundo é bastante delicada, como dissemos anteriormente: de 2
bilhões, do total de 7,3 bilhões de habitantes do planeta Terra, atualmente, ganham
trabalhando, cada um, apenas 2 dólares por dia (R$ 4,86 ou £ 1,24).
Obter a
consagração no meio do caos tem sido a tarefa de todos nós, homens e mulheres,
no mundo inteiro. Ainda ontem, sonhamos que retornamos ao lar, depois da labuta
diária, e encontramos pessoas queridas no meio da sala. A porta estava
encostada mas não entramos.
Olhamos a
janela de nosso quarto e, sem interromper a conversa da sala-de-estar, pensamos
entrar por lá que estava aberta e iluminada. Mas, ao chegar à janela,
verificamos que se tratava de um quarto todo arrumado da casa de uma linda
mulher que parou admirada a nos olhar. Na vida real, é uma forma de falar, não
identifiquei nenhuma mulher conhecida por mim nesse belo sonho.
Não pedi nada
a ela, esqueci que queria entrar pela janela do meu quarto que, na realidade,
era o quarto dela e saí de mansinho impressionado com a beleza da mulher que,
em breve instante, esteve me admirando. Quem não gosta de ser admirado,
principalmente numa admiração mútua?
No meio do
caos vamos seguindo com leveza, olhando as dificuldades que vêm da China e de
outros lugares do planeta. Quantas mulheres fizeram esses objetos, comprados
por nós, que a China exporta?
Você já pensou
no carinho que elas dedicaram ao trabalho, a fim de que você pudesse usufruir
desses objetos? Antigamente, só conhecíamos as porcelanas chinesas, as melhores
do mundo.
Sigamos com
leveza.