Pedir é sempre
um ato de carência, no entanto é necessário estarmos atentos na oportunidade de
servir que pode estar velada em gestos que não se expressam. A receptividade é
fundamental na comunicação, pois nos dá certeza de que a harmonia é mantida na
aceitação do que emitimos.
A presença
física é de grande valia entre os interlocutores que necessitam de fatores
externos para comprovar a veracidade dos fatos que se encadeiam, a fim de que
possam saber qual a nossa postura a respeito, é o chamado olhos nos olhos.
Não é
propriamente os olhos, como espelhos d´alma, que irão revelar os nossos
sentimentos, pois a aparência pode enganar e há atores fora dos palcos de
interpretação. O que determina a veracidade dos fatos é a forma como é
manifestada a autenticidade de nós mesmos, é a vibração do que somos, na
realidade. Em suma, é o coração que se manifesta.
O que se vê na
comunicação, em que o dualismo humano está nitidamente manifestado, é a
preocupação de se estabelecer razões que justificam aquilo que pensamos ser
certo, lógico, aplausível e aceito nesse padrão dualista onde essas mesmas
razões podem ser vistas em análises comparativas diferentes do interlocutor.
Esta é
consciência dissociada planetária que está indo embora, a partir do momento em
que estamos vivenciando a consciência unificada, e será estendida, a partir de
agora, em séculos vindouros, com a implantação definitiva da Era Dourada,
identificada pelos místicos cristãos e místicos não cristãos, mais conhecida
por todos que acreditam na mudança dos tempos, dentro dos calendários, como a
Era de Aquarius.
A consciência
unificada planetária, que se encontra no coração dos simples e humildes e que
está a caminho de expansão vertiginosa em todos os quadrantes do planeta Terra,
irá eliminar as desigualdades sociais no conceito místico de todos somos um, na
iluminação da luz do mundo, quando esteve na roupagem carnal, “eu e o meu Pai
somos um.”
Admiramos os
que vivem em celibato, numa vida monástica, devotada à oração e à meditação,
irradiando luz em suas auras que recebem das esferas resplandecentes que
iluminam seus caminhos. Esse estado de beatitude também possuem outros
peregrinos que jornadeiam em outras searas de igual valor.
Na Índia, por
exemplo, os sábios nus, os contemplativos da ascese espiritual, os místicos da
tradição hindu, já ascenderam a um patamar de consciência muito elevado,
conhecido com o nome de samadhi. Há recantos de paz espalhados pelo mundo
inteiro.
O ar livre dos
campos é mais salutar do que nas grandes cidades, daí a compreensão que temos
da música Lamento Sertanejo, na voz de Dominguinhos (1941/2013), falecido em 23
de julho de 2013, corpo velado no dia seguinte na Assembleia Legislativa do
Estado de São Paulo: “eu quase não sei de nada, sou como rês desgarrada, nessa
multidão, boiada caminhando a esmo”.
Que adianta
saber de muitas coisas nesta consciência planetária dissociada? Notícias de
desencantos, onde as sombras jornadeiam, iriam nos acrescentar o quê? Sombras
não expulsam sombras, só a luz.
Os simples e
humildes sabem o que se passam neste mundo, simplesmente não falam, não
comentam, não criticam nem julgam. Apenas, os vê. Vemos que, diante da
separatividade, característica dessa consciência planetária, as autoridades em
todos os gabinetes de trabalho encontram dificuldades para apresentar uma
solução, pois a sociedade está fragmentada nesse aspecto.
A comunidade
dos cristãos primitivos, onde surgiram os santos e mártires, já possuíam um
sentido gregário de profunda manifestação, como as formigas, as aves que voam
em bandos, os peixes que nadam em cardumes, os rebanhos de ovelhas. Essa
comunidade é apenas um exemplo, há outras em números incontáveis espalhadas
pelo planeta, onde se vive como se estivesse em Shangri-lá, um recanto de
inefável beleza, localizado no espaço sideral, em cima do Himalaia.
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