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quarta-feira, 24 de julho de 2013

O DUALISMO

Pedir é sempre um ato de carência, no entanto é necessário estarmos atentos na oportunidade de servir que pode estar velada em gestos que não se expressam. A receptividade é fundamental na comunicação, pois nos dá certeza de que a harmonia é mantida na aceitação do que emitimos.
A presença física é de grande valia entre os interlocutores que necessitam de fatores externos para comprovar a veracidade dos fatos que se encadeiam, a fim de que possam saber qual a nossa postura a respeito, é o chamado olhos nos olhos.
Não é propriamente os olhos, como espelhos d´alma, que irão revelar os nossos sentimentos, pois a aparência pode enganar e há atores fora dos palcos de interpretação. O que determina a veracidade dos fatos é a forma como é manifestada a autenticidade de nós mesmos, é a vibração do que somos, na realidade. Em suma, é o coração que se manifesta.
O que se vê na comunicação, em que o dualismo humano está nitidamente manifestado, é a preocupação de se estabelecer razões que justificam aquilo que pensamos ser certo, lógico, aplausível e aceito nesse padrão dualista onde essas mesmas razões podem ser vistas em análises comparativas diferentes do interlocutor.
Esta é consciência dissociada planetária que está indo embora, a partir do momento em que estamos vivenciando a consciência unificada, e será estendida, a partir de agora, em séculos vindouros, com a implantação definitiva da Era Dourada, identificada pelos místicos cristãos e místicos não cristãos, mais conhecida por todos que acreditam na mudança dos tempos, dentro dos calendários, como a Era de Aquarius.
A consciência unificada planetária, que se encontra no coração dos simples e humildes e que está a caminho de expansão vertiginosa em todos os quadrantes do planeta Terra, irá eliminar as desigualdades sociais no conceito místico de todos somos um, na iluminação da luz do mundo, quando esteve na roupagem carnal, “eu e o meu Pai somos um.”
Admiramos os que vivem em celibato, numa vida monástica, devotada à oração e à meditação, irradiando luz em suas auras que recebem das esferas resplandecentes que iluminam seus caminhos. Esse estado de beatitude também possuem outros peregrinos que jornadeiam em outras searas de igual valor.
Na Índia, por exemplo, os sábios nus, os contemplativos da ascese espiritual, os místicos da tradição hindu, já ascenderam a um patamar de consciência muito elevado, conhecido com o nome de samadhi. Há recantos de paz espalhados pelo mundo inteiro.
O ar livre dos campos é mais salutar do que nas grandes cidades, daí a compreensão que temos da música Lamento Sertanejo, na voz de Dominguinhos (1941/2013), falecido em 23 de julho de 2013, corpo velado no dia seguinte na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo: “eu quase não sei de nada, sou como rês desgarrada, nessa multidão, boiada caminhando a esmo”.
Que adianta saber de muitas coisas nesta consciência planetária dissociada? Notícias de desencantos, onde as sombras jornadeiam, iriam nos acrescentar o quê? Sombras não expulsam sombras, só a luz.
Os simples e humildes sabem o que se passam neste mundo, simplesmente não falam, não comentam, não criticam nem julgam. Apenas, os vê. Vemos que, diante da separatividade, característica dessa consciência planetária, as autoridades em todos os gabinetes de trabalho encontram dificuldades para apresentar uma solução, pois a sociedade está fragmentada nesse aspecto.
A comunidade dos cristãos primitivos, onde surgiram os santos e mártires, já possuíam um sentido gregário de profunda manifestação, como as formigas, as aves que voam em bandos, os peixes que nadam em cardumes, os rebanhos de ovelhas. Essa comunidade é apenas um exemplo, há outras em números incontáveis espalhadas pelo planeta, onde se vive como se estivesse em Shangri-lá, um recanto de inefável beleza, localizado no espaço sideral, em cima do Himalaia.

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