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domingo, 26 de fevereiro de 2017

DESFILE DE MULHERES

A data era dia de carnaval. Um desfile de mulheres assomou à minha frente, vendo uma a uma passar. Seus trajes eram diversos: umas vestindo saia e blusa, outras em vestidos longos e curtos, maiôs e ainda biquínis.
Parou em minha frente uma jovem mulher, tipo mignon, com aspecto que traz uma leve doçura e encanto, diferente das outras, desfilava sem estar ligada à sensualidade e sedução. Eu me interessei por ela não para conquistar, mas para aproximação, desde que houvesse anuência dela e saber mais de seu mundo inocente, essa inocência que têm as crianças.
Ao meu lado estava assistindo ao desfile um velho amigo meu que tinha trabalhado em outro setor, longe de meu local de trabalho, conheci-o quando já era aposentado e sempre benquisto pelos colegas, tinha uma marca registrada, quando chegava à reunião de aposentados sempre dizia: “e, aí, as mulheres?”
Solteiro, nonagenário, desfrutando de boa saúde, não teve filhos e vivia em Copacabana, onde as mulheres tinham fama de aproveitadoras naquele relato do sucesso musical Garota de Copacabana, de Jorge Veiga. O bairro sempre foi o preferido da elite brasileira, principalmente na Avenida Atlântica, onde se concentram os melhores hotéis 5 estrelas do Rio de Janeiro. O Copacabana Palace sempre foi um marco de turismo, no glamour e na acolhida de hóspedes ilustres e famosos do mundo inteiro.
Na década 50, a mulher era mais dependente do que nos dias atuais, como se vê na música de Jorge Veiga, Garota de Copacabana: “E ela é das tais que namora, mas não quer se casar, ela só quer se embelezar e tudo que ela tem não lhe custou um vintém, o namorado é quem dá e se não der ela lhe manda desviar”. [EMBELEZAR – 6 de novembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A moça-mignon tinha parado o olhar no amigo solteiro e nonagenário e lhe perguntou: “tem sexo?” Na indagação demonstrava  que ela não estava disposta a programa sexual, estava ali apenas para desfilar, pois era dia de carnaval. Ele inclinou levemente a cabeça, num gesto afirmativo. Não houve nada e acabou por aí.
Quem está vivendo no plano extrafísico não pode mais fazer o colapso da função de onda, vivendo apenas de resultados, como é o caso do velho amigo que se foi do plano físico no adeus de mãos frias. Somente poderia acontecer algo entre os dois, se eles já tivessem relacionamento anterior, quando estavam no plano material porque o registro akásico (Oriente) ou livro da vida (Ocidente) guarda a memória de cada ser pensante, enfatizando todos os seres vivos da natureza, inclusive os seres humanos.
Passaram outras moças desfilando, sem nenhuma parada no desfile. No final, surgiu uma jovem mulher diante de mim, vestida de branco em comprimento longo, como uma noiva, havia mais excentricidade do que a virgindade que ela buscava demonstrar e, por uma razão íntima, ela quando me viu, pensou em casar, exigindo um conhecimento prévio: “vamos nos conhecer”. Era o pensamento dela, não o meu. Este modelo de comportamento vigorou no Brasil e no mundo inteiro em décadas passadas.
Neste caso e, dentro dos sonhos, as aparências não me enganaram e a moça casadoura foi embora, acompanhada dos amigos e familiares que também queriam vê-la casar.
A cena seguinte mudou de figuração, agora estava de passagem por um lugar onde se aglomerava muitas pessoas comemorando o carnaval. No meio delas, havia meliantes que esqueceram a vadiagem, naquele momento, para curtir a música lasciva e estridente dos tambores, cuícas e tamborins. Pensei: como a música une as pessoas no mesmo propósito de diversão. Segui em direção ao metrô, fazendo o caminho de volta.
O que pensamos fica registrado no campo astral e independente se estamos vivos ou mortos, aliás, nessa comprovação, a morte não existe. O corpo físico é apenas uma roupagem de que nos revestimos temporariamente.

sábado, 25 de fevereiro de 2017

CATEDRAIS DE CRISTAL

Inúmeras vezes, sobrevoei o recanto sagrado onde há catedrais de cristal suspensas e sustentadas no plano etérico ou plano subjetivo, se a apreciação do que escrevo vier com retoques de materialidade que, mais cedo ou mais tarde, se ajuntará à descoberta da física quântica de que há outras dimensões no universo.
No templo sagrado, iluminado por luzes cristalinas, vi pessoas reunidas em contemplação e ascese que me fazia lembrar o samadhi dos hindus na integração com o todo universal, desapegando-se da personalidade transitória de que se revestiam, vivenciando o uno.
Não havia excentricidade alguma, pelo contrário, tudo simples e normal da normalidade que é a natureza humana. Até me dava a ideia de pessoas como se fossem crianças na originalidade pura.
Não havia nenhum condutor de cerimônias porque não havia cerimônia nem aprendizado de nenhum livro ou doutrina. A impressão marcante é que todos eram mestres de si mesmo, embora o mestrado do conhecimento humano venha a abrigar conotações profundas e infinitas.
Eram pessoas, recém-saídas da densa dimensão de consciência planetária em que a Terra ainda vive, vivenciando nova etapa de vida onde o amor tem o reino de encantadora beleza.
Na saída, uma jovem mulher olhou-me com um sorriso lindo que nos aproximava. Nesse mundo não há separatividade, tudo se converge ao ponto comum em que colocamos o coração. Na aproximação, toquei-lhe as nádegas, ela sabia que eu vinha da Terra com seus costumes e hábitos que buscam o amor. Mesmo no carnaval, essa busca existe. Ela continuou a sorrir e compreendeu a situação em que eu estava.
A ligação que tivemos, no tempo em que não se mede em horas, era algo envolto em plenitude. Um dia, quando a Terra for sacralizada com a mudança de paradigma de consciência, todos os casais se sentiram assim, enquanto isso somente os amores verdadeiros usufruirão dessa benesse.
No campo terreno, se alguém sentisse o sorriso dado em particular por alguma miss ou estrela de cinema, iria sonhar pelo resto da vida em lembranças amáveis. Catedrais iluminadas por cristais somente existem no campo astral e mulher de beleza quintessenciada pelo amor a me dar um sorriso que nos une é algo que não tem preço. É oportuno lembrar que a moeda foi criada, segundo Max, por causa da escassez.
Vale transcrever alguns parágrafos da crônica LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA, de nossa lavra, que aborda o samba-enredo da Portela:
Dentro da evolução anímica que se interliga com a evolução humana, oriunda dos reinos minerais, vegetais e animais, há um progresso incessante e nunca um retrocesso, podendo haver feições aparentes de semblantes plasmados por vontade própria do ser espiritual a nível de uma consciência planetária quintessenciada.
Isto aconteceu na remota Palestina quando um ser multidimensional, nascendo de uma virgem que lhe deu vida material dentro de um corpo que poderia abrigar até a sétima dimensão unificada planetária, o limite máximo que a Terra permite. Naquela época não se conhecia o magnetismo nem o ectoplasma que a ciência comprova, mesmo assim foi narrado nas tradições religiosas que saía dele as virtudes que curam.
Na infância moramos na Amazônia e na fase adulta começamos a viajar pelo mundo, em sonhos que revelavam informações que se encaixam na compreensão dos enigmas que se defrontam ainda o planeta Terra, a caminho do fenômeno da transparência dos habitantes que se incorporarão na luz, irão ser o que realmente são na verdade, dentro de seu ser profundo: a luz que se conecta com a luz em transparente irradiação.
Gaia, a psicosfera da Terra, os pensamentos dos habitantes do planeta estão sendo sacralizados em proporções gigantescas, evidenciado a chegada dos tempos novos em que a separação do joio e do trigo é a realidade que defrontamos.
A luz crística que se projeta, em direção da Terra, oriunda das Plêiades, precisamente de Alcione, o grande Sol de nossa galáxia, é observada por seres multidimensionais de várias procedências estelares e planetárias, onde a vida tem um resplendor de magnífica beleza.
Dentro do sonho de um sono REM, tivemos notícias de um arcturiano que se apresentou, há pouco tempo, no seio da Amazônia, em forma de pássaro-homem, corpo atlético de vigoroso semblante, com a cabeça de um pássaro. São imagens ideoplásticas criadas pela luz, assim como existem seres quintessenciados, em forma humanoide com cabeça de leão, por ser a beleza do mundo de origem de onde vieram, em trânsito pela Terra. [LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA – 22 de dezembro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Um dia, no decorrer dos evos, a Terra terá catedrais de cristal formadas não pela natureza exuberante em minérios, mas pelo pensamento humano que cria a beleza em formas infinitas. Isto fazendo-lhes lembrar quando se reuniam para formar egrégoras afins.

sábado, 18 de fevereiro de 2017

DISPARADA

Vencedora do Festival da Música Popular Brasileira, nos idos de 1966, Disparada foi apresentada pelo cantor Jair Rodrigues. Tempos depois, em 18 de fevereiro de 2017, ocorreu a apresentação desta música com a cantora Camilla Faustino no quadro Quem Sabe Canta do Programa Raul Gil no canal SBT de propriedade do apresentador e empresário Sílvio Santos.
Agora é hora dos leitores preparar, mais uma vez, seus corações para que o que a música Disparada está a dizer na roupagem dos dias atuais que é a mesma dos idos de 1966, numa versão em que pensamento ganha novas formas em variações do mesmo tema: morte, destino, boiada e boiadeiro.
É o sertão que chega à cidade mostrando os valores que a vida tem a nos oferecer numa mensagem, destinada à população inteira, como sair da matrix que o cinema globalizou por todo o planeta. Se a mensagem não vem a agradar a maioria é porque essa maioria reluta em sair da zona de conforto, permanecendo boi da boiada.
Mas a música Disparada mostrou o caminho da saída, começando por falar em morte que destina tudo, pois é o fim do colapso da função de onda, recurso valiosíssimo para quem quer consertar o que foi feito de modo canhestro, fazendo tudo direito.
Ver a morte sem chorar é a mudança de hábitos e costumes que vêm ocorrendo desde os tempos longevos que se perderam na noite dos tempos. A letra da música diz “na boiada já fui boi, mas um dia me montei”, ou seja, o boi deixou de ser boi para virar boiadeiro.
Com laço firme e braço forte, o boiadeiro segurou muita boiada e muita gente seguindo o caminho como um rei, em cantares de aboio, seguindo a trajetória dos sonhos seus para vencer e ser feliz nas moradas do sertão.
Com as visões se clareando, foi vendo as novas paisagens que surgiram no horizonte, clareando tudo em volta: boi, boiada e o caminho dos boiadeiros. Ele deixou de sentir-se rei porque a vida lhe apresentou, em sonhos, um reino sem rei, onde a morte destina tudo. Sem ter mais o lugar-tenente a obedecer, agora valente no reino que vislumbrava ser o mesmo do homem que saiu da caverna de Platão, vendo o sol para todos.
Com as visões se clareando, como vemos na música Disparada, tivemos dentro dos sonhos, relatados na série Pégaso, outras visões que denotam a mudança que vem ocorrendo em nosso orbe nesta transição planetária. Vale destacar textos da nossa crônica LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA que comenta o samba-enredo da Portela:
Dentro da evolução anímica que se interliga com a evolução humana, oriunda dos reinos minerais, vegetais e animais, há um progresso incessante e nunca um retrocesso, podendo haver feições aparentes de semblantes plasmados por vontade própria do ser espiritual a nível de uma consciência planetária quintessenciada.
Isto aconteceu na remota Palestina quando um ser multidimensional, nascendo de uma virgem que lhe deu vida material dentro de um corpo que poderia abrigar até a sétima dimensão unificada planetária, o limite máximo que a Terra permite. Naquela época não se conhecia o magnetismo nem o ectoplasma que a ciência comprova, mesmo assim foi narrado nas tradições religiosas que saía dele as virtudes que curam.
Na infância moramos na Amazônia e na fase adulta começamos a viajar pelo mundo, em sonhos que revelavam informações que se encaixam na compreensão dos enigmas que se defrontam ainda o planeta Terra, a caminho do fenômeno da transparência dos habitantes que se incorporarão na luz, irão ser o que realmente são na verdade, dentro de seu ser profundo: a luz que se conecta com a luz em transparente irradiação.
Gaia, a psicofera da Terra, os pensamentos dos habitantes do planeta estão sendo sacralizados em proporções gigantescas, evidenciado a chegada dos tempos novos em que a separação do joio e do trigo é a realidade que defrontamos.
A luz crística que se projeta, em direção da Terra, oriunda das Plêiades, precisamente de Alcíone, o grande Sol de nossa galáxia, é observada por seres multidimensionais de várias procedências estelares e planetárias, onde a vida tem um resplendor de magnífica beleza.
Dentro do sonho de um sono REM, tivemos notícias de um arcturiano que se apresentou, há pouco tempo, no seio da Amazônia, em forma de pássaro-homem, corpo atlético de vigoroso semblante, com a cabeça de um pássaro. São imagens ideoplásticas criadas pela luz, assim como existem seres quintessenciados, em forma humanoide com cabeça de leão, por ser a beleza do mundo de origem de onde vieram, em trânsito pela Terra.
O samba-enredo também fala de uma festa de amores, a mesma que os seres humanos saindo da terceira dimensão de consciência planetária dissociada e ascendendo à quinta dimensão unificada, sinais dos tempos anunciados em Getsêmane, aquele jardim aonde o beijo veio em forma de máscara.
Essa festa amazônica, que as mulheres amazonas faziam, na chegada da primavera, iam até o raiar do dia, no ambiente de alegria, a mesma alegria que preconizamos nos 4 pilares para a ascensão da consciência planetária unificada: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Ô skindô lalá, Ô skindô lelê, completa a festa anunciada pela Portela. [LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA – 22 de dezembro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]:
Achamos interessante os gestos da mão esquerda cortando o pescoço e sacudindo as cadeiras que a cantora Camilla Faustino, no frescor da adolescência, fez ao cantar: “porque gado a gente marca, tange, ferra, engorda e mata”, revelando a sutilidade que a música inspira: somos gente e não gado.
A música Disparada, composta por Geraldo Vandré e Théo de Barros, mereceu ainda a interpretação dos seguintes cantores: Geraldo Vandré, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Daniel, Sérgio Reis, Padre Fábio de Melo, Ricky Vallen, entre outros.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2017

VIAGEM À AMAZÔNIA

Vertiginosa em recursos hídricos, a Amazônia se expande em espaços abundantes de flora, fauna e peixes. Visitada por brasileiros de outras plagas e por estrangeiros de toda a parte do mundo, a Amazônia é o celeiro do futuro que irá abastecer as regiões consumidas pela exploração humana, mesmo existindo a exploração de suas matas e seus minérios ainda guardados no subsolo.
Olhamos o caudeloso rio se estendendo em maciço volume de águas banhando as margens que se avistam ao longe, quase a perder de vista. Como estávamos no campo astral, dentro do plano físico, pudemos nadar de uma margem a outra em fração de segundo, nesse banho que incorpora energia da água em nosso corpo, assim como essa energia faz movimentar a usina hidrelétrica de Tucuruí, no rio Tocantins,  estado do Pará.
Somos natureza e nos abastecemos da natureza, sem perder a individualidade de que somos portadores, assim como fez o chinês no filme DERSU UZALA que abordamos em crônica-título:
Caminhando na mata, encontram uma cabana onde estava um chinês que fugiu de sua aldeia porque a esposa o traiu com o irmão e queria esquecê-la, reintegrando-se com a natureza. No acampamento em frente à cabana, o capitão faz uma fogueira e disse a Dersu Uzala, um caçador mongol, convidar o chinês a se aquecer no fogo. Ele respondeu não, isto iria tirar a paz do chinês que estava concentrado em seus pensamentos. [DERSU UZALA – 6 de fevereiro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Com a alegria que irradiamos de nosso ser profundo ao ver a outra margem do rio que atravessamos, sentimos necessidade de transmitir aos amigos essa façanha inédita. Olhamos para a outra margem e vimos um sacerdote, vestido a caráter, protegendo uma criança para que ela não pudesse cair na margem do rio, apenas escoltando-a do perigo, nesse caminhar.
Caminhando por uma quase apagada trilha, avistamos um índio sentado à beira da fogueira, aquecendo-se e absorvendo o calor do fogo para dentro de si mesmo como se fosse um banho aquecido, assim como se toma banho em saúna, numa comparação quase apagável, comparando-se uma a outra. Ele estava em seu habitat, confortavelmente instalado, embora não houvesse a acomodação dos aposentos luxuosos de hotéis e residências.
Um jirau se erguia em frente do terreno onde estava erguida uma oca indígena. Um peixe assado na brasa estava quentinho e pude apanhá-lo e saborear. O peixe era destinado a quem passasse por lá, um presente do índio a quem estava passando fome nessas horas.
Onde há fartura e abundância não há troca de valores, aliás a moeda foi criada, segundo Karl Marx, por causa da escassez, e o presente oferecido não exigia recompensa, era doação. A satisfação em doar era o que estava nos pensamentos do índio. A natureza do índio era semelhante a do caçador mongol narrado na crônica Derzu Uzala.
Observa ainda o sociólogo Ovídio da Cunha que no Egito antigo, assim como os astecas, os incas não tiveram moeda, possuíam o sistema de peso, entre eles não havia escassez. A fome no Egito foi apenas um episódio bíblico. Ele também comentou que a moeda, no dizer de Marx, crítico do capitalismo, nasceu da escassez dos víveres. [A MORTE DO DINHEIRO – 18 de agosto de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Nos idos de 1907, o capitão Arseniev e sua época fizeram outra viagem para a área de Ussurii, onde reencontram Derzu Uzala. O capitão lhe perguntou como tinha sido a sua vida, caçou muitos dentes de sabre, ganhou muito dinheiro? Ele respondeu, sim, cacei muito e ganhei muito dinheiro. Mas não fiquei com nada, o comerciante, que comprou a caça, guardou o dinheiro da caça e sumiu. O caçador não deu importância a isso porque não compreendeu isso. [DERSU UZALA – 6 de fevereiro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Em terras amazônicas, sentimos a vontade de caminhar por outros lugarejos onde a fauna, flora e os peixes são abundantes e a presença do índio tem uma mensagem acalentadora aos corações fatigados pela lida humana, nestes rumores que a televisão divulga os desencontros de seres humanos a caminho do nada que lhes dê satisfação de viver, longe da natureza.  
Ao acordar do sonho, a imagem do peixe estendido à nossa frente, veio-nos a ideia de termos outra opção em cardápio, por ser rica em proteínas e sentimo-nos fortalecidos pelo banho amazônico e o peixe que apenas provamos ser delicioso. A gratidão ao índio e o exemplo do caçador mongol, revelado pelo filme Dersu Uzala, permanecem como lembranças amáveis.

domingo, 12 de fevereiro de 2017

O JOIO E O TRIGO

Na transição planetária, vemos uma parte menor da humanidade seguir o destino do trigo simbolizado pelo pão que alimenta a vida e a parte majoritária o caminho destinado ao joio. Em ambas as partes, é sempre a frequência de onda que determina por onde andar, ou seja, cada qual vai para onde resolveu se posicionar em pensamento e no agir.
À noite, tivemos um sonho em que buscamos fazer catarse dos momentos em que assistimos ao filme, passando por um salão onde se encontravam pessoas vestidas a passeio (terno e vestido longo), nós que estávamos apenas de um calção de praia, caminhando num corredor que acabara de ser limpo, ainda com os produtos de limpeza à flor da superfície. [TERAPIA DE RISCO – 3 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Isto nos leva a pensar no miasma que as pessoas recebem ao ficar sobrecarregadas pelas cenas produzidas para cinema e televisão nos filmes de violência e terror, do mesmo modo que é necessário uma limpeza astral para eliminar as substâncias tóxicas que contêm na medicação de tarja preta. [TERAPIA DE RISCO – 3 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Concluindo a nossa apreciação, todos têm o direito de ser feliz, não importa as circunstâncias adversas que tendem a se modificar à medida em que conseguimos mudar de frequência de onda. [TERAPIA DE RISCO – 3 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
No entanto, o padrão para ser feliz estabelecido pelos próceres da sociedade de massa, que buscam sempre a hegemonia de poder sobre a sociedade excluída e a própria sociedade de que é porta-voz, é muito diferente da apreciação dos sonhos que sentimos vir das fontes límpidas que existem em nosso ser profundo que todos somos, sem exceção.
Quando proferia palestras nos Estados Unidos, Jiddu Krishnamurti trazia sempre tristeza no olhar, é que ele carregava as dores do mundo, e legou-nos um pensamento que chamou a atenção dos pesquisadores da conduta humana; “Ser ajustado a uma sociedade profundamente doente não é sinal de saúde”.
O admirável psicólogo e antropólogo brasileiro, Roberto Crema, define a pessoa normótica aquela que “se adapta a um sistema doentio, agindo com a maioria.” O conceito de normose, conforme Pierre Weil, “é um conjunto de normas, conceitos, valores, estereótipos, hábitos de pensar ou de agir, que são aprovados por consenso ou por maioria em uma determinada sociedade e que provocam sofrimentos, doenças e mortes.” [JB – 06/08/2014]
Pela presença maciça da informação que a mídia divulga, torna-se corriqueiro os problemas antiéticos caindo, nesse roldão, o suborno, a falsa intimidade, o falar mal das pessoas, criticando-as, entre outros componentes do joio.
Nesse campo infestado da permissividade coletiva, surge o joio que se separa do trigo, alastrando-se no plano material e repercutindo no astral inferior que passa a existir tanto na esfera física como depois da morte dos que se comprazem em viver no sistema doentio, agindo com a maioria, quando já não há mais a oportunidade de fazer o colapso da função de onda, recurso único que lhe modificaria os rumos do destino. Na morte, vive-se apenas de resultados, assertiva da física teórica.
É tempo de reverter tudo isto, simplesmente vivenciado em 5 pilares: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão. Outras fórmulas podem conseguir essa reversão, mas levará muito tempo em que para muitos custa uma eternidade. O joio separado também, um dia, no decorrer dos milênios, será transformado em trigo, mas não será mais neste planeta que está sendo sacralizado. [A MORTE DO DINHEIRO – 18 de agosto de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
No plano emocional, vivenciando o dualismo humano, todas as estruturas de comportamento tendem a se desestruturar, esta é a terceira dimensão dissociada do planeta que está indo embora, com a chegada das vibrações de pensamentos que se alinham com a perspectiva da Era de Aquarius. [PÉGASO VI – 27 de agosto de 2013 – Blog Fernando Pinheiro, escritor].
O paradigma dos hábitos e costumes, em sociedade ou em grupos, está ganhando uma oitava a mais na harmonia que sempre buscam os povos, as nações, embora os caminhos sejam diversos. A consciência planetária está saindo da fragmentação para vislumbrar a percepção desses interesses  que se divergem mas se aglutinam quando o mesmo sentido de caminhar à frente é levado a conhecimento de todos.
O principal obstáculo nesta mudança é o medo, não é a divergência de opiniões nos diversos sistemas de governo ou de classes. No entanto, a sedimentação de crenças,  que podem ter um apelo religioso ou não, provoca-lhes o medo de perder as vantagens colocadas para lhes agradar, com o propósito escondido  de escravidão, considerando que o lado de quem dá as cartas é sempre vantajoso para quem faz o aprisionamento e se escraviza também a esse sistema. [O CAPITAL – 12 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
É tempo de semear a boa semente joeirando entre urzes e as flores do caminho, alicerçado em 5 pilares: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão.
Caminhemos com leveza.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

ESTAR EM CARTAZ

Estar em cartaz significa o que está no ar, no anúncio que divulga a programação do espetáculo, no momento em que algo está acontecendo em todas as atividades humanas públicas ou individuais.
Isto significa a oportunidade sendo realizada, não importando se há outras perspectivas de realização, até comprovadas em outras realizações que passaram, tanto no setor público quanto privado ou em particular.
Estar em cartaz é, antes de tudo, ter cartaz, senão o evento não acontece. Isto se sucede nos estádios de futebol, mesmo sendo você o árbitro do jogo, se tiver uma indisposição orgânica ou emocional que automaticamente sai de cartaz.
Na esfera pessoal a mesma coisa, mesmo sendo você o sonho da mulher amada que sente que você necessita fazer catarse para eliminar detritos mentais que lhe tiraram desse sonho, não importando o passado vitorioso no âmbito sexual, como também no setor profissional, mesmo sendo você o mais importante executivo que passou pela empresa; na esfera política a mesma coisa.
Permanecer na fixação de que é o melhor do momento em qualquer atividade pública ou privada é permanecer na privada onde os detritos orgânicos são eliminados. Nessas circunstâncias, o tempo não espera e você será substituído, não importando o grau de avaliação que você tem de si mesmo ou que os outros têm de você.
Nesse caso, entra o mais importante requisito para ascender a uma oitava no grau nesta densa consciência planetária: a humildade, acrescida de simplicidade, transparência e alegria que formam os 4 pilares que vimos falando nesta transição planetária em que a Terra passa.
Tudo que não transcende fica na Terra, não importando os valores que se atribuíram a pessoas, entidades ou coisas. O reino do ego é eliminado quando a essência profunda, implantada no ser que todos nós somos, sem exceção, eclodir. Esse reino foi descoberto pelo rei Salomão quando disse “tudo é vaidade”, ao mesmo tempo, em compensação, implantou, no mundo ocidental, o culto do Deus único.
Na esfera do sonho, onde narramos a série intitulada Pégaso, tivemos a constatação de que o cartaz muda, mesmo dentro dos sonhos de outras pessoas que são impulsionadas pelo seu destino.
Andando pela calçada de uma rua, no plano astral, senti necessidade de ir ao banheiro para urinar. De repente, ela acercou-se a mim, disposta a me acompanhar na caminhada. Logo, no encontro, lhe disse: espere, um pouco, preciso ir ao banheiro. Ela foi-se embora, sem nada dizer. É que o anúncio, apregoado na crônica a PÉGASO (XLVII) – 21 de abril de 2016, saiu de cartaz. Sem apego ao passado, vale recrudescer o momento idílico em que vivemos:
Ela surgiu diante de mim carregando em suas mãos uma colcha de cama de casal, nova, bem limpa, de cor alegre e vistosa, pensei logo no cuidado que tem a empregada dela em arrumar a casa. Ela em casa era madame porque tinha atividade intelectual que lhe ocupara todo o tempo disponível, isto quando morava na cidade do Rio de Janeiro.
Veio a mim porque estava disposta ao encontro, a continuação daqueles que foram interrompidos por causa de sua viagem aos Estados Unidos onde ocupa uma cátedra de uma universidade. A vida acadêmica que ela vive é muito extensa e bastante concorrida em ministrar aulas, fazer conferências, escrever livros e viajar pelo mundo afora.
Uma vez ela me disse que estava aprendendo búlgaro, depois de saber falar e escrever em 17 idiomas. Eu gosto de aprender, ela concluiu diante do meu silêncio. A Bulgária é o país onde reside a minha amiga Nona Orlinova, de encantadora beleza.
No reencontro, o primeiro dos sonhos que nos une, a colcha de cama era apenas um símbolo que significava um novo aspecto de que a cama pode ser usada por nós dois. Uma vez apresentada, a colcha já não estava mais com ela. Era somente ela, em vestido comprido, que andava junto a mim a caminho de uma casa.
Quando chegamos lá, tudo vazio em termos de mobília. Entramos pela sala vazia a significar que teríamos que organizar tudo dentro da casa, não digo comprar, porque no campo astral não se compra nada, apenas se pensa e tem o que se deseja. Isto está dentro das possibilidades quânticas que, conforme agora exploradas por comercial de televisão, são de infinitas possibilidades.
Ao subir a escada, sem corrimão que conduz à alcova, estávamos de mãos dadas, como namorados que se enamoram desde à primeira vista, o pé dela, num instante, ficou fora da escada e a segurei pela mão, puxando-a para dentro, como uma espécie de condutor seguro como são os condutores de orquestra sinfônica.
Ao acordar da cena, fiquei pensando que, nesta vida, como disse o poeta hindu Tagore, o incompleto será completo. Lembrei-me daquele convite que lhe fiz, quando de passagem pelo Rio, para nos encontrar outra vez, mesmo sabendo que a ocasião no metrô já era o suficiente do encontro não marcado.
As coisas no campo sentimental não se completaram para ela, e ela veio a mim, nesse endereço astral, para revelar o que se passa no recôndito de seu ser profundo, derrubando o dito popular: “coração é praça que ninguém passeia”. Fiquei agradecido pela vida que sou e represento como também pela vida que me representa em simbiose que nos faz ser um.
O sonho é átomo circulando nos espaços adequados à essa circulação que engendramos quando movimentamos os pensamentos em direção dos objetivos colimados. Pensamento é energia e energia é átomo, corroborando o pensamento de Einstein: “tudo é energia.”
Quem se sente desolado por um amor não correspondido, não fique assim não. O amor, fluindo no campo astral, não se perde e tem o seu reino de mil encantos que nos faz feliz quando o momento oportuno chegar. Os sonhos são reveladores dessa assertiva. [PÉGASO (XLVII) – 21 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
Estar em cartaz é o momento de júbilo em que manifestamos o que somos, em essência, onde iremos adquirir, no plano terreno, o que falta ser completado, nessa fase de aperfeiçoamento das qualidades nobres de que somos portadores. A vida é uma benção.

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