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sábado, 23 de setembro de 2017

DAI-ME UM LUAR

Nos idos de 1965, surgiu o bolero Dai-me um luar, da dupla de compositores Evaldo Gouveia e Jair Amorim, interpretado pelo cantor Altemar Dutra, no selo Odeon, depois gravado em outras gravadoras por Moacyr Franco (Copacabana) e Cauby Peixoto (RCA Victor).
A letra da canção é romântica e traz o pedido aos céus de um luar justificando que “a noite é fria e a rua tão sombria, quero escutar as canções de amor mais belas e violões, sob todas as janelas”. Esse clima é transportado para a noite escura que o planeta Terra vive, nesta modernidade líquida, em que os sinais dos céus não são mais lembrados.
A transição planetária é o perfil deste blog que se abriu ao público na crônica de 1/12/2012, antes precedida nos dias 20, 21, 22, 23 de junho de 2012 com o post O despertar da primavera, Conscientização cósmica, Abertos os selos do Apocalipse, O quinto elemento. Ainda nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012: Derrubar o gigante (1 a 9), As estratégias de manipulação, O alinhamento das Plêiades, Sol e Lua, Redimensionando a natureza, A manada. [ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE - 6 de setembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Os selos do Apocalipse, anunciando o final dos tempos, foram abertos: a descoberta do rompimento da camada da magnetosfera, realizada por aeronaves da missão Themis da NASA, nos idos de 2007, e aquele astro intruso em viagem de aproximação ao planeta Terra, o planeta Elenin, romperam, neste mês, as camadas de magnetosfera, ionosfera, heliosesfera que estavam isolando a penetração dos raios adamantinos, os raios-gama dos cientistas. [ABERTOS OS SELOS DO APOCALIPSE – 22 de junho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
É a profecia do profeta Job que está sendo cumprida: as blandícias das Plêiades, que ninguém pode deter, que nos chega trazendo a onda galáctica, esses raios adamantinos. [ABERTOS OS SELOS DO APOCALIPSE – 22 de junho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Em 20 maio de 2012 quando ocorreu o alinhamento das Plêiades, Sol Lua, dissemos no post de 3/12/2012 que era o encerramento do ciclo do sistema solar que começou há 52.000 anos quando a civilização Atlântida foi iniciada na Terra, atualmente desaparecida. De 26.000 a 26.000 anos há mudança profunda no planeta Terra.
Depois da crônica O ALINHAMENTO DAS PLÊIADES, SOL E LUA – blog Fernando Pinheiro, escritor – 3 de dezembro de 2012, retomamos os assuntos planetários para escrever sobre o evento astronômico de 23 de setembro de 2017, onde é demonstrado o alinhamento de Vênus, Marte, Mercúrio, o Sol, Júpiter, Lua e mais algumas estrelas das constelações de Leão e Virgem.
Reportando-nos ao livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, Apocalipse 12: “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça”, o evento de 23/09/2017 revela uma estrela da constelação de Virgem debaixo do Sol no alinhamento astronômico. A coroa de 12 estrelas na cabeça representa 6 estrelas das constelações de Virgem e de Leão que estão alinhadas a Vênus, Marte, Mercúrio, Sol, Júpiter, Lua.
A regência da Era de Aquarius é movida pela energia espiritual dos habitantes da Terra e isto é condição necessária para ser implantada definitivamente no planeta, assim como diz a canção em singeleza que nos comove: “Dai-me um luar que um luar no meu peito se abriu”.
Essa dificuldade de implantação definitiva está presente, ainda em nossos dias que presenciamos a transição planetária, no clima da música que nos diz “a noite é fria e a rua tão sombria”. É dissonância cognitiva oriunda do modo de pensar da maioria da população planetária que não quer sair da zona de conforto.
A sociedade é dominada pelo medo para que os manipuladores de massas tenham o controle. E assim, sem o conhecimento de si mesmo, a revelação do que o ser humano é, em verdade, o ser etéreo (eterno) fica subjugado pela cultura do transitório e ilusório (o maia dos hindus). [RESISTÊNCIAS – 18 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Essa cultura estabelece o confinamento do planeta e tem os seus dias contados. Nós saímos dessa teia de aranha trazendo conosco a vivência em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Somente a potência de nosso ser profundo pode rasgar essa teia. [RESISTÊNCIAS – 18 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A Terra, como um todo, está saindo da fase hedonista em que se compraz pelo jugo mitológico de Prometeu que furtou o fogo do Olimpo, falsificando-o, e entrando numa era de retomada de valores esquecidos ou invertidos em que o amor foi o mais prejudicado. No princípio era o Verbo é a retomada da consciência de que Jesus nasceu. [PÉGASO (LXIV) –  25 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na cidade do Rio de Janeiro, dois acontecimentos sociais mobilizaram a população no dia 23 de setembro de 2017, em prol do bem comum, demonstrando que o evento astronômico, alinhamento de planetas e estrelas tiveram repercussão positiva, embora sutil, no espetáculo de música Rock in Rio e na presença de centenas de militares que abafaram a situação de desconforto na favela da Rocinha. 
Contemplando o crepúsculo desta civilização, pensamos que o momento em que vivemos se assemelha à lua ensolarada. O fogo, como símbolo das transformações, atinge o clima romântico que se reveste de novas roupagens para sobreviver. Na queima dos valores e símbolos transitórios, vemos o despertar da beleza em sua pureza original. Sempre depois da devastação, a bonança revela o princípio da vida renascendo sempre. [LUA ENSOLARADA – 22 de junho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Todos gostariam de ver seus amores reunidos na nova consciência planetária que se abre à disposição de todos, mas neste final de ciclo planetário há a separação do joio e do trigo. O amor nunca nos separa, embora essa percepção venha ocorrer em outros tempos quando as circunstâncias favorecem.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

BARCO VELEIRO

Lembrando muito o porte elegante da fragata “Libertad”, da marinha argentina e o Cisne Branco, da marinha brasileira, um barco veleiro navegou em meu sonho em que apareciam mulheres vestidas de branco e, na cintura, uma listra cor-de-rosa, igual a do casco do barco veleiro. Era um barco destinado a bodas de casamento.
Quando o barco veleiro chegou, mudou de direção, pronto para fazer o caminho de volta, numa fração de segundos. É que tudo estava preparado para a partida. Era a circunstância favorável que me prestigiava, bastando apenas uma escolha minha no momento.
Pela primeira vez, vi uma situação favorável antes de acontecer o colapso da função de onda. Não apareceu a noiva porque não houve a procura, se a houvesse o sonho, incrustrado no recôndito do ser, viraria realidade e um novo caminho estaria sendo aberto. A noiva não apareceu porque eu estava vivendo um celibato saudável e não houve solicitação para ela aparecer.
Nessas paisagens íntimas, preenchendo uma lacuna, houve o despertar de um novo amor também para quem estava participando das bodas, com vestido branco com uma listra  cor-de-rosa, no sonho ela foi identificada entre as mulheres que iriam embarcar no barco veleiro.
Como o universo é constituído de infinitas possibilidades, todas as mulheres do cerimonial das bodas poderiam aceitar essa possibilidade, desde que a identificação de seus sonhos também fosse apresentada.
Anteriormente, escrevemos sobre o tema Veleiro abordando a temática de Villa-Lobos, na obra Música para Canto e Piano, a seguir:
Iniciando com sons articulados em “an”, “an” e seguidos de 23 sons da nota musical “lá”, a canção Veleiro, integrante da suíte Floresta do Amazonas, de Villa–Lobos, escrita nos idos de 1958, na cidade do Rio de Janeiro, traz os seguintes movimentos: lento, medianamente forte, glissando suave, rallentando, a tempo, suave e pianíssimo. [MÚSICA PARA CANTO E PIANO, de Fernando Pinheiro]
No relacionamento entre casais, situações diversas acontecem, há encontros e desencontros, encantos e desencantos, em que se misturam sentimentos que revelam a natureza intrínseca de cada um dos parceiros. Uns estão mais perto da realidade única que nos envolve, outros mais atentos à sua própria realidade que precisa ter um sentido mais amplo de convívio. [MÚSICA PARA CANTO E PIANO, de Fernando Pinheiro]
Se o pensamento cria a realidade, no dizer do físico Albert Einstein, a circunstância favorável dessa realidade, é criada no mesmo instante que faz as pessoas despertar para seus sonhos. Isto quando há mérito, sem isto o colapso da função aconteceria também, mas dentro de uma perspectiva que coloca longe os planos almejados até que o outro lado da comunicação seja completada, lembrando que a receptividade é que completa essa comunicação.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

SPOSA SON DISPREZZATA

Sposa, non mi conosci, ária de Epitide, da ópera La Merole, de Geminiano Giacomelli é usada no pasticcio Sposa son disprezzata, ária de Irene, da ópera Bajazet, de Vivaldi. Do italiano Sposa (noiva) e Sposata (casada), no Brasil, esposa é mulher casada.
Na ária de Epitide, há um queixume dirigido à noiva: “você vai me deixar ... você vai me deixar ... oh! Deus, há falta de valor e constância.” O abandono da noiva é por causa da infelidade, ele sabe disso e não se engana.
Na música utilizada na ópera Bajazet, o queixume muda de protagonista e há o canto: “eu sou esposa e fui desprezada, eu sou fiel, céus, o que tenho feito?” O canto diz ainda que ela o ama, mas ele é infiel, e ela ainda o espera mesmo no clima de falta de valor e constância.
Esposa desprezada é o que mais tem entre os casais que sonharam viver uma vida em comum que durasse para sempre, vivenciada em cerimônia em que ambos disseram sim ao celebrante das bodas nupciais, testemunhadas por amigos e familiares.
Até mesmo a Marcha Nupcial, de Mendelssohn, tocada no momento da entrada da noiva na igreja, ornamentada de flores e perfume, foi esquecida, embora a música do compositor alemão faça parte da vida de muitos nubentes, antes, durante e depois do casamento, destacamos ainda a Symphony nº 3 A minor Scottisch, de nossa preferência.
É claro que as tentativas para viver a felicidade permanente, mesmo dentro da dualidade, em busca de novos rumos que clareiem o caminho é digno de louvor. O que é convertido em luz é experiência do caminhante, não seremos nós a apontar os acidentes do caminho. A mídia, que vem das telas eletrônicas, já trabalha nisso efusivamente. [LIBERTAÇÃO (II) – 6 de junho de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Existe a ideia mal concebida de que o controle da pessoa amada assegura ao parceiro a permanência em viver juntos, numa demonstração evidente de coação da parte de quem oprime e a inexistência de espontaneidade de agir na pessoa oprimida. A opressão é o pior numa relação de casal. [SEXO NA PIRÂMIDE       – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Fala-se tanto em ser feliz, viver com saúde, em todos os segmentos do comportamento humano, mas é impossível chegar a esse desiderato sem a presença do amor. E vou mais longe: só o amor salva. Não acredito, em hipótese alguma, que a perdição seja a escolha de quem busca o prazer, a menos que esteja revestido de distorções sociais, como é o caso do estupro. Vale assinalar que a libido, que não se restringe à área erógena, abrange tudo que estimula e eleva. [A PÉROLA E O RUBI – 29 de abril de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor] 
A exclusividade sexual nos amores frustrados que buscam o controle e a opressão como forma de dominação, tende a cair por terra, quando novas chances ao desempenho da libido vem em cena. [SEXO NA PIRÂMIDE    – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na consciência planetária em que o planeta vive nos estertores da separação do joio e do trigo, anunciada pelo final deste ciclo planetário, ciclo que começou desde há 52.000 anos quando se iniciou a 3ª dimensão dissociada, onde a separatividade e competitividade é a marca constante. Imaginemos como não deve a luta pelo viver de 6 milhões de pessoas do total de 7,3 bilhões, onde apenas 1,3 ascendeu a uma oitava acima desse gigantesco contingente populacional.
Segundo Regina Navarro Lins o amor romântico carrega a idealização do casal vivendo numa só pessoa. Como a maioria dos casais ainda não atingiu o samadhi que conduz a plenitude num só todo, essa idealização tende a cair por terra, mesmo porque nesse modelo de amor os amigos são deixados de lado. [SEXO NA PIRÂMIDE      – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Sposa son disprezzata, ária de Irene, da ópera Bajazet, de Vivaldi, faz parte do repertório de inúmeras cantoras líricas, entres as quais destacamos: Andrea Orjuela, Anna Bonitatibus, Cecilia Bartoli, Else-Linde Buitenhuis, Ewa Murzynowska, Ewa Podles, Gisela Machado, Giuseppina Bridelli, Hibla Gerzmava, Irina Polivanova, Josefina Brivio, Joyce DiDonato, Larysa Skrynska, Leyla Gencer, Liliya Gubaidulina, Lusine Azaryan, Maria Elena Pepi, Maria Hanyova, Maryana Golovko, Marija Jokovic, Maryana Golovko, Montserrat Caballe, Rosetta Pizzo, Sumi Jo, Tereza Gevorgyan, Vanessa Asenjo, Vivica Genaux.