Nos idos de
2004, a Escola de Samba São Clemente colocou na Avenida o Brasil no carnaval,
apresentando o samba-enredo Boi voador sobre o Recife, realçando a presença do
príncipe Nassau que ali foi derrotado para que, no dizer de Gilberto Freyre,
“não houvesse dois Brasis.”
Na Veneza
brasileira, o príncipe batavo implantou o pioneirismo em muitas coisas: a
primeira moeda brasileira, a primeira cidade planejada e, segundo a São
Clemente, o primeiro pedágio cobrado no País.
Ao lado da
ponte Maurício de Nassau, no Recife, montou-se um espetáculo a céu aberto onde
houve uma obra de engenharia que permitiu o boi voar no arame de ferro de um
lado ao outro do rio Capibaribe. O samba-enredo diz que tinha “laranja”
endividado e a cobrança se fez com o pedágio, “o primeiro do Brasil, o boi
voou, começou a roubalheira, a galhofa, a bandalheira, pra chacota nacional”.
No dualismo
humano onde o ego navega de além-mar a este mar de lama que encobre a nação
brasileira, como se tudo é normal, “gostoso é pecar”, o ego sempre quer ter
razão e não sabe perder, vê-se que a zorra se instalou por aqui. Não devemos
criticar nada e ninguém, mas não podemos deixar de alertar para o perigo que
nos avizinha.
Os meios de
comunicação divulgam notícias em desencantos, em todas as áreas humanas
realçando crimes e escândalos neste modelo de conduta obsoleto, fazendo desviar
a atenção daqueles que acreditam no mundo melhor onde a dor será banida do
planeta, se houver mudança de padrão comportamental.
Enquanto
houver a ideia dissociada que nos faz separar, mesmo que esteja em padrões
aceitáveis desta sociedade doentia, não haverá nunca a felicidade para todos.
Se tudo está interligado, por que devemos pensar em separação, competitividade?
Isto nos leva a pensar que este planeta é reptiliano, não é o planeta dos mundos
felizes.
Sermos
governados por pessoas que ainda pensam em guerra, retirar o dinheiro público
para as contas pessoais aqui ou alhures, promover máscaras em sistema de
governo onde o povo é sacrificado pela falta de assistência, não é salutar.
Como tudo está interligado, o que fizermos a quem quer que seja, estaremos
fazendo a nós mesmos, mas isto os governantes não creem.
A música diz
que o Norte está sem saúde. Os médicos brasileiros que têm raízes nas capitais
e nas grandes cidades do interior não se dispõem, é claro, a ir para esses
lugarejos inóspitos onde a população vive com recursos mínimos de
sobrevivência, é o Brasil da exclusão social. Isto atinge também as grandes
capitais onde há aglomeração de pobreza.
Brasil tão
rico de riquezas naturais, celeiro do mundo, olho d´água de imenso manancial
que pode abastecer todos os reservatórios de água potável, aqui e d´além mar,
quando a sede se instalar nesta aldeia global para aumentar as calamidades dos
quatro cavaleiros do Apocalipse.
É importante
não passar adiantar o que vemos em todos os lugares onde pessoas estão passando
atrocidades no viver. Silenciemos sempre, pois o silêncio é uma forma de não
divulgar o que sentimos vir de fora, façamos o inverso de dentro para fora
possamos emitir a vibração suscetível de abrandar os corações aflitos.
Elogiemos
sempre em todas as circunstâncias, pois assim estaremos emitindo forças que
despertarão as pessoas a encontrar as suas próprias forças e fazê-las caminhar
com os próprios pés, pois o destino delas está neste nosso paradigma que irá
revolucionar os costumes e trazer a verdadeira felicidade: tudo está
correlacionado, no dizer do palestrante Hélio Couto ou tudo se interliga como
vimos dizendo em nossas crônicas no post Fernando Pinheiro, escritor.
SEDUÇÃO
Como dissemos
na crônica O CANTO DA SEREIA – 11 de janeiro de 2014 – Blog Fernando Pinheiro,
escritor, o termo etimológico sedução vem da junção da palavra sed
(doença/entorpecimento) com a palavra ducere que significa conduzir.
A sedução
nasce do pensamento em direção da pessoa escolhida e retorna com a bagagem que
buscou, isto não quer dizer a sedução provocou a conquista, esta pode até nem
existir mas tem a resposta adequada.
Os pensamentos
estão nos princípios quânticos e, por ser energia, têm velocidade, coloração,
densidade ou leveza em expansão e fluem em sintonia com a corrente magnética ou
faixa vibratória equivalente ou correspondente.
Quando
pensamos em alguém se estabelece no espaço essa energia que corre no espaço em
direção do alvo escolhido, e por conter sentimento de sedução, retorna
acompanhada daquilo que a pessoa seduzida tem, sempre com cargas que terão uma
repercussão em quem a emitiu.
Assim uma
pessoa que viu outra pessoalmente ou em fotos da internet e pensando que essa
pessoa é aquilo que a exteriorização mostra, recebe de volta as energias em que
estão com a pessoa-alvo. É por isso é perigoso, buscar o que não se conhece.
Até mesmo um simples curtir no facebook já se estabelece sutilmente uma
ligação.
Quem já está
centrado em seu ser profundo, com os centros energéticos interligados em
sintonia com o coração, os chacras iluminados, não atira para todos os lados
buscando a conquista amorosa. Se cair na onda de busca de alma gêmea, tão comum
e divulgada na internet, certamente terá o desequilíbrio desses centros.
Conforme o
estado em que se encontra, pode ser modificado na hora em que essa onda
vibracional se acoplou em seu campo magnético ou pode ser afetado em sintomas
que geram distorções mentais. Depende de cada um estabelecer a forma como lidar
com os embaraços que surgem com as energias que não lhe pertencem.
Do mesmo modo,
aqueles milhões de pessoas que já vivenciam a consciência planetária unificada
ao entrar no esquema da matrix que estabelece a separatividade, certamente
retorna à densa atmosfera psíquica em que estava anteriormente. Esta flutuação
existe nestas duas humanidades (1 bilhão e 6 bilhões de habitantes do planeta)
que vivem e se interligam mutuamente.
A vigilância
interna tem que ser constante porque um menor descuido pode acarretar
desequilíbrio emocional. Não discutir nunca, não comentar as fofocas que correm
por aí, não criticar nem julgar nada e ninguém, nem a si mesmo para não cair em
sentimento de culpa.
A sabedoria
que vem dos Ganges “não buscar nem fugir” é uma alternativa salutar como também
o próprio silêncio da alma em que não há nenhuma busca a caminho, sem pensar,
que está se encaminhando para o samadhi. A crônica O CHI DO TAO – 8 de janeiro
de 2014, no blog Fernando Pinheiro, escritor, que contém analogia de ideias da
música Decisões, de Roberta Miranda, é muito importante.
Os seres afins
se atraem e se juntam na similitude em que vivem. No dualismo humano, os bons
atraindo os bons e os maus atraindo os maus. Numa concepção errônea, os meios
de comunicação colocam notícias em desencantos como se todas as pessoas estivem
vivenciando os desencantos.
A sedução é
para quem não conhece a etimologia da palavra (sed) doença ou entorpecimento
(ducere) conduzir. Aí correm as energias do pensamento em direção daquilo que
ainda não conhecemos em sua essência. No entanto, se houver identificação dos
amores que sonhamos, então, a sedução vira conquista.
Pode haver uma
aparente conquista nos casos de amor em que o amor passa a ser mais um caso,
sem definição estável que tenha uma duração maior. Neste caso, prevaleceu a
atração de interesses afins que podem ser meramente a nível do corpo, sem a
nudez do próprio corpo que não se restringe apenas à região pélvica. Há liames que
se interligam, aproveitando o dito popular: sexo é cuca.
Conquistar o
corpo da pessoa amada apenas por momentos fugidios, será que vale a pena, se a
conquista não se realizou? Há o risco de surgir arrependimento e culpa que
sempre colocará a pessoa para baixo. Não é isso que queremos para nós e para
ninguém.
Vivenciemos o
amor do nosso coração. Caminhemos com leveza.