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sábado, 20 de setembro de 2014

ARDIL DIABÓLICO

O sistema de diagnóstico, na área de psiquiatria, conforme observamos na mídia, é altamente pressionado pela indústria farmacêutica. O consumo de remédios antidepressivos tem aumentado muito, na última década, sem que haja a diminuição do índice de depressão no mundo. 
A 5ª e última versão do DSM – Manual de Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais está em vigor desde maio de 2013, elevando o número de patologias mentais a 450 categorias diferentes que eram 182, nos idos de 1968, no Manual DSM–2 [Folha de S.Paulo – 14/05/2013].
Com o apoio da mídia, a indústria farmacêutica joga pesado e faz convencer os médicos e a sociedade em geral que os problemas psicológicos são resolvidos com remédios de sua fabricação.
Em alguns casos, sim, são úteis, mas o excesso provoca dependência, inclusive está havendo “mais mortes por abuso de medicamentos do que por consumo de drogas”, segundo o Dr. Allen Frances, Catedrático emérito da Universidade Duke, Carolina do Norte, EE.UU., na entrevista concedida em 27/09/2014, ao Jornal El Pais – Madri, Espanha.
O paradigma mundial, adotando a competitividade e a separatividade como marca de sobrevivência é altamente desumano e selvagem para todos, principalmente quando atinge as crianças, a partir de 3 anos, idade em que ingressa no aprendizado escolar, aumentando assim a procura dos pais pela psiquiatria infantil, e logicamente o consumo de drogas lícitas.
Segundo a BBC, em 20/06/2014, o número de refugiados no mundo gira em torno de 51,2 milhões. O Paquistão abriga cerca de 1,6 milhão de refugiados afegãos, a Turquia 1,2 milhão de refugiados sírios, e no Líbano o mesmo número de refugiados sírios.
Milhões de pessoas no Iraque, na Síria e na Turquia, onde há forte domínio da população pelos terroristas do Estado Islâmico, sobrevivendo com mil dificuldades, inclusive no meio de bombardeios dos Estados Unidos, existe uma cultura sem recorrer à psiquiatria. 
Na apreciação dos observadores do Manual DSM – 5°, os problemas cotidianos são vistos como transtornos mentais. Diante de uma banalidade qualquer, acrescenta o Dr. Allen Frances, “a enfermidade diminui a dignidade de quem sofre” e afirmamos que não devemos dar peso e referência com aquilo que não corresponde ao nosso mundo íntimo, o ser profundo que se conecta com a fonte.
Este assunto foi abordado anteriormente nas crônicas MEDICAÇÕES – 28 de julho de 2013 e HIERARQUIA PIRAMIDAL (II) – 29 de outubro de 2013 – Blog Fernando Pinheiro, escritor. Vale transcrever textos desta crônica, in verbis:
A matéria da Viomundo, em 29 de agosto de 2013, escrita por Heloísa Villela, de Nova York, merece ser lida na qual divulga a pesquisa da médica Adriane Fugh-Berman, Professora-adjunta do Departamento de Farmacologia e Fisiologia da Universidade de Georgetown – EE.UU., a respeito da manipulação da indústria farmacêutica usada sobre os médicos com a finalidade de vender remédios e promover doenças.
Nunca fizemos análise e nem somos pacientes de terapêutas na área da psiquiatria, no entanto vale assinar em 2 parágrafos a crônica O JOGO SOCIAL – 25 de fevereiro de 2013 – Blog Fernando Pinheiro, escritor:
Na entrevista do Prof. Valentim Gentil Filho, concedida a Mônica Teixeira (p. 111), há o reconhecimento de que os escritores, poetas, filósofos fazem melhor a abordagem do sofrimento psíquico do que os médicos, psicólogos, psicanalistas e psiquiatras. Ele menciona a preferência por Dostoiévski, Proust, Thomas Mann. Indiretamente, fomos beneficiados pela citação da classe a que pertencemos. Muito obrigado, Professor.
"Nada é mais difícil para as pessoas comprometidas por psicose ou alguns outros transtornos psiquiátricos do que entender a lógica da sociedade: são explorados, entram em conflito com os vizinhos, com a polícia, são vítimas da dificuldade de compreensão sobre as regras do jogo social." [Valentim Gentil Filho, Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Professor Titular da Faculdade de Medicina da USP - in Entrevista publicada originalmente na Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, março de 2005 e, posteriormente, na Revista Temas - Teoria e Prática do Psiquiatra - v. 35, nº 68-69, p. 110 - Jan/Dez. 2005].
Diferente de outros exames médicos que comprovam a existência da doença, através de laboratórios e de raios-X, o diagnóstico do médico psiquiatra é sempre questionável, pois se dá na área da subjetividade e corroborando o pensamento da médica Adriane Fugh-Berman, contido na referida matéria da Viomundo: “É bom notar que a psiquiatria é a profissão mais suscetível a diagnósticos questionáveis porque todos os diagnósticos são subjetivos.”
O que sobressai no final da matéria é a opinião da médica americana em sugerir o fim do envolvimento da indústria farmacêutica que adota métodos para influenciar a prescrição dos medicamentos. Em outras palavras, essa indústria evita curar e sim prolongar o tratamento através de uma dependência química dos remédios.
Esse ardil diabólico, no passado recente, conforme divulgado na entrevista do Jornal El Pais, foi usado pelas fábricas de fumo. No caso dos EE.UU., com a mudança de cultura, houve um decréscimo substancial no consumo do fumo, passando de 65%, em 1989, para 19% da população, atualmente. 

sexta-feira, 19 de setembro de 2014

POLÍTICA

Na Grécia antiga, Hermes, herói e anti-herói, patrono de ladrões e trapaceiros, era o mensageiro de Zeus do Olimpo para entregar os mortos à região dominada por Hades, no umbral inferior. Essa comunicação estende, nos dias atuais, um arquétipo que caracteriza a época em que vivemos nesta densa dimensão de consciência planetária.
O mito de Hermes, dentro do dualismo humano, repercute na cultura contemporânea ocidental em que vemos a perda de valores estáveis, manipulação da informação na mídia e na política [NEVILLE – 1992].
Em todas as áreas do trabalho produtivo, vemos o governo, as pessoas e as empresas lutando para sobreviver na oscilação do mercado influenciado pela competitividade e separatividade, comum em todos os relacionamentos humanos. 
Os governos e as empresas são aquilo que as pessoas são. Quer conhecê-los? Verifique quem as dirigem. Observe a nominata da galeria de presidentes. Numa dimensão mais sutil, não existe certo nem errado; existe a beleza, esse é o caminhar de quem não critica, apenas observa a mudança de paradigma.
Milênios de dualismo (certo/errado, bem/mal e outras expressões correlatas) que se sobressai nos arquétipos helênicos, atualmente em vigor no planeta Terra. Anteriormente, na varanda de Pilatos isto se manifestou quando foi gritado o nome Pilatos, o ladrão de porcos, numa pergunta que o rei fez ao povo para libertar um dos presos.
No arquétipo de Hermes, os governos e as empresas buscam sobreviver dentro da influência de mercado que influencia uma ação predatória, pois a liderança é exercida mediante a fiscalização, controle e punição. As finalidades nas quais foram organizados são esquecidas por causa da sobrevivência que está em jogo.  
Nesse clima que abarca o mito de Hermes, influenciável pela corrupção, a governança da política e das empresas sofre essa influência que se mantém entre a riqueza e a escassez. A sobrevivência dessa política depende dos aspectos positivos da personalidade de seus componentes.
Quando esse paradigma de consciência planetária for embora de vez da Terra, com a separação do joio e do trigo, anunciada há 2.000 anos, a fase de trevas não mais existirá e a Terra, totalmente sacralizada, será governada pelos brâmanes, no dizer dos indianos. Enquanto isso, olhemos para quem tem condições de semear.
No caso Brasil, transcrevemos alguns parágrafos da crônica O MEU PAÍS – 24 de setembro de 2013, publicada no blog Fernando Pinheiro, escritor:
A música O Meu País, na voz de Zé Ramalho, é o retrato do Brasil.
Não devemos dar peso e referência a situações inadequadas, pois aquilo que valorizamos passa a ser verdade. É neste perfil que os manipuladores de massa humana trabalham.
Vale assinalar a citação: "A lei da mente é implacável. O que você pensa, você cria; o que você sente, você atrai; o que você acredita, torna-se realidade." [BUDA].
Há um desfilar de situações, no Brasil, em que presenciamos, diariamente, uma realidade pungente revelada pelo rádio, televisão e internet que inclui as redes sociais: blog, facebook e twitter.
São sombras de um tempo nublado, de ar rarefeito, onde a brisa refrescante é algo que sabemos que poderá vir a qualquer hora, assim como houve, em junho/2013, o clamor das ruas em protestos em São Paulo e em diversas capitais brasileiras nas quais os políticos não puderam participar: ninguém poderia representar ninguém nessas situações. (...)
A letra da canção diz ainda que os humildes não têm vez nem voz no país do faz-de-conta. É por isso que lembramos aos leitores do facebook e do nosso blog que a profecia projetada pela luz crística ainda vai ser cumprida: “os humildes herdarão a Terra” e nas anotações que vêm do Ganges: “quando o período das trevas for embora, a Terra será governada pelos brâmanes”.
Isto ocorrerá daqui a alguns séculos, quando será implantado definitivamente no planeta Terra a Era Dourada ou a Era de Aquarius, mas já existe uma preparação para que isto aconteça, inclusive o alerta da música O Meu País, interpretada pelo cantador paraibano.
 

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

PÉROLA DO TAPAJÓS

Em Santarém do Pará, a pérola do Tapajós, está situado o Aeroporto Maestro Wilson Fonseca [Lei n° 11.338, de 03/03/2006 – DOU 04/08/2008] que ostenta o busto em bronze do homenageado, esculpido pelo artista Henrique Hülse, inaugurado sob os auspícios da Infraero (Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária).
 A obra musical de Wilson Fonseca inclui mais de 1.600 produções (canto, piano, banda, conjuntos de câmara, sacras e orquestrais, além de arranjos e transcrições) está sob custódia do filho dele, o Dr. Vicente José Malheiros da Fonseca, Desembargador Federal do Trabalho do TRT – 8ª Região – Belém – PA.
Dentre os temas da Amazônia, Wilson Fonseca (1912/2002), imortalizado pela Pátria e por três entidades culturais: Academia Paraense de Música, Academia Paraense de Letras e Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, vale salientar: Abertura Sinfônica “Centenário de Santarém” (1948), “América 500 anos” (poema sinfônico, 1992), “Amazônia” (suíte para jazz-band, 1996), a ópera amazônica “Vitória-Régia, O Amor Cabano” (1996, com libreto de José Wilson), “Tapajós Azul” (valsa para orquestra sinfônica, 1997). 
Nem tudo são pérolas. Os conflitos agrários na Amazônia, em decorrência da exploração ilegal de madeira, provocaram o assassinato de mais de 600 pessoas, nos últimos 28 anos, e mereceu a atenção do Greenpeace Brasil e da Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal, em audiência pública realizada em setembro/2014.
O Brasil vive na expectativa da implantação do Complexo Hidrelétrico da Bacia do Tapajós e, segundo a jornalista e escritora Eliana Brum na coluna A gente não vive no Tapajós, jornal El Pais – Madri, Espanha, em que relata a preocupação nas comunidades Montanha e Mangabal, “assim como outras populações ribeirinhas e indígenas, está sendo gestada a mais acirrada luta socioambiental depois de Belo Monte.”
Recrudesce na imaginação dessas populações a chegada das caravelas portuguesas, ameaçando suas terras povoadas, assim como aconteceu com seus antepassados.
Atualmente, nem mesmo a Aldeia Maracanã (antigo Museu do Índio), ao lado do Estádio Maracanã, pode ser ocupada por eles, quando em trânsito pela cidade do Rio de Janeiro. Depois de muita marcha e contramarcha, no dia 22 de março de 2013, os 22 índios, expulsos daquele local, foram parar em terreno de Jacarepaguá, na antiga Colônia de Curupaiti, ocupada pelos portadores de hanseníase.
Esses povos da mata, a menor etnia populacional do Brasil, sentem-se ameaçados de extinção, no momento em que o governo federal anunciou, em 27 de agosto de 2014, o destino de “3,2 milhões de hectares para reforma agrária e preservação ambiental” na região amazônica, área que abrange reservas indígenas. Haja caravelas!
Os planos do governo federal, segundo Folha de S.Paulo – 18 de setembro de 2014, é construir a Usina Hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, com capacidade de 6,1 mil MW, prevista para entrar em funcionamento nos idos de 2019 e a de Jatobá, cerca de 2,3 mil MW, em 2020.
Enquanto isso, para gáudio nosso, vamos lembrar alguns textos da crônica A Dança da Lua – Blog Fernando Pinheiro, escritor – 01 de dezembro de 2013 que comenta o samba-enredo da Escola de Samba Estácio de Sá – carnaval de 1993:
A lua surgiu no céu e veio dançar e todos cantam animados, clareou, clareou. A Escola de Samba Estácio de Sá narra a lenda dos índios Carajás: “Que nada existia, até Kananciuê criar na frágil luz da lua nova, faz a Terra e a flora, a fauna, o rio e o mar, o verdadeiro paraíso, Jardim do Éden ou quem sabe Shangrilah.”
As amazonas, mulheres que montavam a cavalo pela floresta, valentes guerreiras da nação Icamiabas, protegidas por guaquaris e outros seres míticos e místicos, lendas que se espalharam, antes ou depois, pelo mundo, como as valquírias alemãs imortalizadas em óperas wagnerianas.
O grito se espalha na aldeia sob a luz da lua e surge a súplica ao dragão lunar para a multidão de festeiros ter o prazer de contemplar as deusas protegidas por ele no imenso céu aberto de claridade suave e derramada em suaves eflúvios de amor.
A súplica é carregada de pressa estabelecida antes mesmo que a lua minguante surja, diminuindo a claridade, e a nova dança do Zodíaco trazendo sombras com bruxas negras dançando para servir a Satanás, criada nessas lendas que se atualizam nos cantos dos pastores.
Há muita orgia nesse canto zodiacal, no entanto na busca do amor tudo é mais lindo no nosso interior, conclui a Estácio de Sá dançando com a lua que chegou na Sapucaí para nos alegrar.
A Pérola do Tapajós, Santarém, município do Pará, abriga ainda Alter do Chão, uma linda praia fluvial, refúgio encantado onde havia, no passado lendário, a dança da lua e hoje é atração turística que nos faz lembrar o Caribe, aliás a Amazônia é brasileira, peruana, venezuelana, colombiana e caribenha.
                

sábado, 13 de setembro de 2014

SERENATA

Hoje em dia a serenata está se despedindo da forma original em que foi lançada pelos brasileiros estudando em Portugal, no século XIX, notadamente os maranhenses Lisboa Serra e Gonçalves Dias, vale destacar a notícia divulgada pelo Diário As Beiras – Portugal – edição de 12 de setembro de 2014: “foi a comunidade estudantil brasileira em Coimbra que introduziu as serenatas”.
Interessante observar que nessas serenatas não havia o costume de ingerir bebidas alcoólicas, como hoje em dia se vê em toda festa em que tenha o canto e a orquestra. Nas chamadas baladas há um convite pairando no ar onde se vê bebidas e tóxicos. O próprio romantismo que envolve essas festas se dilui facilmente com a presença das pessoas que pensam unicamente em beber e ficar com a cabeça rodando.
Somos aficionados por canções napolitanas e destacamos algumas: Parla più piano, O sole mio, Non ti scordar di me, Torna a Surriento, Passione, Annarè, Caruso, Tu ca nun chiagne, Dicitencello vuie, Il canto, I´ te vurria vasà, Si Maritau Rosa, Sogno, com tanta beleza de música por que não foram os italianos ou outros povos a introduzir em Portugal, precisamente em Coimbra, as serenatas? Foi o Brasil, àquela época, brejeiro, romântico e importador.
Nos idos de 1853, quando o Banco do Brasil, sob o comando de Lisboa Serra, o presidente-fundador, abriu as portas para público e, desde então nunca mais fechou, na cidade do Rio de Janeiro, em noites de lua cheia, as pessoas se reuniam na porta de suas casas para conversar, declamar versos e cantar modinhas brejeiras. Em Coimbra e no Rio de Janeiro já era o tempo de serestas.
Esse entrosamento das pessoas, sentiu o funcionário do Banco do Brasil, Capiba (1907/1997) quando se tornou conhecido compositor de frevos, e nos legou, entre tantas outras, a Serenata Suburbana, Recife, cidade lendária: “Que é feito dos teus lampiões? Onde outrora os boêmios cantavam suas lindas canções”.
Ele mesmo disse que carregava alegria para dar e vender e as suas cirandas são de comovente beleza. Lembro-me dele, trajando terno branco, numa foto na primeira página do Jornal do Brasil, à época funcionando na Av. Rio Branco, na cidade do Rio de Janeiro, vindo do Recife, já conhecido em todo o Brasil.
A serenata existe no Brasil desde os tempos de outrora e tivemos bons seresteiros que é bom relembrar: Francisco Alves, Vicentino Celestino, Silvio Caldas, Nelson Gonçalves, Carlos José, Carlos Galhardo, Anísio Silva, Alcides Gerardi, Francisco Petrônio, Francisco Egídio, Altemar Dutra, Jessé, Evaldo Braga, Orlando Dias, Agnaldo Rayol, Agnaldo Timóteo, Cauby Peixoto, Roberto Luna, Roberto Müller, Fagner, Lindomar Castilho, Nilton César, Paulo Sérgio, Fernando Mendes, José Augusto, Carlos Alberto, Wanderley Cardoso, entre tantos outros.
Até há pouco tempo, participávamos de saraus em casas e apartamentos na cidade do Rio de Janeiro, onde havia modinhas tocadas ao violão, às vezes com acompanhamento de voz, declamação de poesia por poetisas que abrilhantavam a festa, com seu perfume, doçura e elegância no vestir. Nos intervalos, tínhamos à disposição o lanche e refrigerantes, sem bebida alcoólica.
A cidade tornou-se menos segura e esse fluxo de saraus foi diminuindo e passando para os clubes noturnos, onde a presença de pessoas de terceira idade é sempre constante, alegrando o ambiente. As bandas de música tocando os grandes sucessos do passado e do presente despertam interesse do público acolhedor.
Vale destacar as festas portuguesas nos clubes sociais, onde fomos a muitas delas no Rio, que assim como nós têm a identificação das músicas e danças folclóricas. O cantor português Roberto Leal, quando estava radicado no Brasil, animou bastante essas festas, com muito sucesso. Os grupos folclóricos, vindos de Portugal, é sempre a maior atração.
De saudosa memória, é bom lembrar Francisco José e Amália Rodrigues, figuras exponenciais da música lusitana. Uma das mais belas canções portuguesas teve o original gravado por Amália Rodrigues e, posteriormente, por Dulce Pontes – Crônica CANÇÃO DO MAR - Blog Fernando Pinheiro, escritor – post de 4 e 5 dezembro de 2013.
A serenata sempre foi um deleite, apaziguando a mente convulsionada por pensamentos do cotidiano, no momento em que as empresas cobram dos empregados as metas a alcançar e a música despertando sutilmente a nossa alma para os doces enlevos.

domingo, 7 de setembro de 2014

DEMÊNCIA PRECOCE

Um dos recursos que os manipuladores de massas humanas têm para manter o controle é através do medo. Assim, nas mídias sociais, na televisão e na tela grande os filmes abarrotam o mercado consumidor induzindo sempre terror, catástrofe, em cenas verídicas e de ficção.
Além disso, o medo já se incorporou na vida cotidiana das pessoas que sempre são acometidas por doenças dos mais variados matizes. A fé no ser profundo que somos, esse ser profundo que se conecta com a fonte, é o antídoto que elimina esse campo magnético onde a antimatéria se fez presente através do medo. Em outras palavras, a luz elimina a escuridão.
Em depoimento no jornal britânico, The Telegraph, edição de 06/09/014, Jeremy Hugles, chefe-executivo da Sociedade de Alzheimer, disse que a demência por muito tempo era vista como um processo natural que atingia as pessoas mais velhas da sociedade. Ele finalizou: imagine você se alguém falar a palavra Alzheimer a uma pessoa frágil que vive num lar para idosos?
O matutino londrino revelou o resultado de pesquisa: “a demência é a doença mais temida entre aqueles com idade entre 55 anos ou mais.” Sem dúvida, o medo exacerba os sintomas da doença.
A demência precoce, atingindo também os mais novos, é causada por excesso de medicação de drogas lícitas e o uso de drogas ilícitas. O álcool, por ser uma droga, também provoca o surgimento dessa doença, conforme demonstrado por pesquisa revelada por aquele matutino.
O que não é divulgado é o lado positivo existente no processo em que se desenvolve a doença, é claro que o corpo fica mutilado de suas funções físicas. No entanto, há benefícios que repercutem no mundo íntimo do paciente. A cultura oriental é mais suscetível de compreensão deste aspecto do que a ocidental.
Quanta bagagem de detritos mentais foi acumulada ao longo da vida em hábitos que continham a antimatéria (medo, desamor, saudades aflitivas de amores que partiram, sentimentos de culpa que engendram comportamentos depressivos e outros lixos mentais), tudo isso fervilhando em pensamentos, por ser energia, causando circuitos que destroem neurônios! Em consequência, o sistema imunológico é afetado e a doença se instala de vez.
Ao invés de observar a Alzheimer e as formas mais raras de demência (doença de Parkinson, doença de Huntington, doença de Creutzfeldt-Jakob), como algo desagradável, pensemos que há o esquecimento de algo que não nos convém falar, como o sono que faz adormecer as horas agitadas com benefício para o corpo físico, onde se recompõe de energias gastas.
Imaginemos que alguém fosse embarcar de avião e tivesse conduzindo 500 quilos num carrinho de mão, seria barrado no balcão do check in da companhia aérea e levaria apenas 20 quilos permitidos e alguns a mais na cota de excesso de bagagem a pagar. Todos lucrariam, a tripulação e os passageiros, bem como os amigos e familiares que saberiam que o avião irá decolar com segurança para chegar ao destino.
A nossa solidariedade aos portadores de demência precoce, aos médicos que os acompanham, aos cuidadores de homecare que prestam relevantes serviços, aos familiares que estão mais próximos para ajudá-los em suas necessidades de higiene e de conforto.
Em tudo vemos a beleza, no sono e nas horas acordadas, todas são importantes em seus devidos espaços de aproveitamento.
Sigamos com leveza.

sábado, 6 de setembro de 2014

ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

Argumentando que ainda vai levar um tempo para sarar a ferida interna, num relacionamento que acabou, a letra da música de Lulu Santos enfatiza: “assim caminha a humanidade com passos de formiga e sem vontade”.
Imaginemos 5 ½ bilhões do total de 7 bilhões de habitantes do planeta vivenciando a densa consciência dissociada, onde se caracteriza a separatividade e a competitividade, sem o sentido gregário caminham a “passos de formiga e sem vontade”.
Poucas vezes a Terra, dividida por nações, foi governada por poetas e filósofos, sempre a maioria constituída de tiranos e usurpadores. A exceção que nos comove tanto aconteceu no reinado de Salomão, durante 50 anos a taxa de homicídios foi zero.
A edição do jornal O Globo – 04/09/2014 – divulga notícias da revista Nature na qual é revelada os limites identificados do conjunto de galáxias, batizado com o nome de Laniakea, onde está situada a Via Láctea e ressalta “que abriga outras 100 mil galáxias com uma massa total estimada em mais de 100 quatrilhões de sóis.”
Depois dessa pequena esquina galáctica, o que existe? Espaço, espaço e mais espaços, pois na teoria quântica o Universo é constituído de infinitas possibilidades. A realidade última ainda não foi alcançada, embora haja inúmeros experimentos que atestam a grandeza sideral que nos cerca.
Alguém antes já ouviu falar em 100 quatrilhões de sóis identificados por mapeamento científico? Pois é, e pensar que há 500 anos, à época da navegação marítima, que possibilitou a descoberta de novas terras, havia o temor de que as embarcações caíssem, pois era de conhecimento popular de que a Terra era plana e, mais tarde, veio a tese, defendida por Nicolau Copérnico (1473/1543), de que a Terra é redonda e acabou-se esse temor.
Esse grande avanço na tecnologia está na descoberta e aplicação do átomo nos experimentos que possibilitaram as grandes descobertas tecnológicas guiadas pela física quântica e outras ciências correlatas. Vamos ficar apenas no telefone celular que é a grande novidade, crème de la crème, utilizado pela população mundial.
A ferida interna de que nos fala a canção de Lulu Santos não é apenas de alguns, o número é bem elevado tanto no orbe terrestre como nos espaços siderais, basta dizer que, desde que foi anunciado a separação do joio e do trigo pelo libertador, cerca de 35 bilhões de almas vivendo na erraticidade, com essa mesma ferida, estavam aguardando a oportunidade de se recompor num corpo físico.
Vale salientar que, conforme comprovado pela física quântica, após a morte física o ser humano não tem mais a capacidade de fazer o colapso da função de onda. Se estava doente na roupagem carnal, continua doente após o que se chama morte, se estava sadio continua sadio nas regiões paradisíacas ou mundos felizes. 
Como a Terra e demais planetas do nosso sistema solar estão em transição de consciência planetária, pois não existe apenas esta dimensão dissociada que conhecemos, esses bilhões de almas errantes foram encaminhados pela atração eletromagnética em que estavam imantados a mundos que possuem a mesma frequência de onda que vivem.   
A transição planetária é o perfil deste blog que se abriu ao público na crônica de 1/12/2012, antes precedida nos dias 20, 21, 22, 23 de junho de 2012 com o post O despertar da primavera, Conscientização cósmica, Abertos os selos do Apocalipse, O quinto elemento. Ainda nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012: Derrubar o gigante (1 a 9), As estratégias de manipulação, O alinhamento das Plêiades, Sol e Lua, Redimensionando a natureza, A manada.
Esse roteiro do blog engloba ainda matérias sobre a saúde e física quântica, dentre as quais mencionamos: O jogo social (25/02/2013), O paciente e o meio (1/3/2013), Internação involuntária (28/05/2013), Estruturas participativas (03/12/2013), Saindo da matrix (25/02/2014), Mudança de Paradigma (14/03/2014), Ressonância (16/03/2014), Uma mente brilhante (18/03/2014), Vem aí os chips (19/03/2014), Vertente libertadora (24/04/2014), Síndromes (27/06/2013), Medicações (28/07/2013), Álcool é droga (17/10/2013), Ondas gravitacionais (30/10/2013), Salto quântico (17/05/2014), Asylum (19/05/2014), e assim vai.