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domingo, 25 de junho de 2017

PELA ESTRADA AFORA

De repente, estava caminhando numa estrada dentro da mata, quando ouvi passos de cavalos montados por cavaleiros que seguiam em direção ao lugar onde eu estava. Parei um pouco para me posicionar no espaço em que os cavalos não passariam, no encostamento.
Os dois cavaleiros desceram dos cavalos perto de mim, sem ir em minha direção e caminharam a frente, deixando os cavalos para trás debaixo de uma árvore. Eu peguei um pouco de capim e atirei em direção deles e o capim caiu em cima da cabeça do cavalo atingido. Se isto acontecesse em estado de vigília, dificilmente eu acertarei no ponto alvejado.
Isto nos faz lembrar o Princípio da Incerteza, de Werner Karl Heisenberg, em que os nêutrons, ao receber cargas de fótons, se movimentam na direção escolhida pelo observador, constatada anteriormente no fenômeno da dupla fenda, de Thomas Young (1773/1829), médico e egiptólogo britânico. É que o amor ilumina nossos caminhos. [O PASSADO DITOSO – 18 de junho de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Durante o sono, o ser profundo imantado em todas as pessoas é capaz de revelar enigmas que nos despertam a uma caminhada mais clara diante das dúvidas e incertezas do mundo material em que a ciência se debate para revelar a causa e o mecanismo em que se manifestam muitas manifestações psíquicas, inclusive na Síndrome de Irlen que envolve a percepção no olhar na visão física dos olhos.
Por ser nova essa descoberta de Irlen, a síndrome que leva o nome de Helen Irlen, psicóloga americana, pode ser encarada diferente do sintoma original e o tratamento levado a extremos que podem dificultar a caminhada das pessoas acometidas desse embaraço na visão física.
As síndromes, analisadas como dissonância da harmonia que está em todo o ser humano, crescem a cada dia com novas descobertas nas pesquisas efetuadas por neurocirurgiões, psiquiatras, psicanalistas. Há muitos fatores a considerar. [SÍNDROMES – 27 de junho de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
É os olhos veem aspectos do mundo extrafisico em forma de cores, inclusive nas letras que compõem a escrita digitada ou escrita a mão. Esse arquivamento de dados, quando vem à tona, traz uma carga sensorial em sua revelação mais próxima ao nível físico.
Os místicos religiosos ou não, acostumados à meditação, possuem a capacidade de aflorar esse fenômeno de rara beleza que é benção para quem o vê e sente ser natural como a fala, o respirar, o sentir o aroma das coisas. No entanto, pode vir a ser problema para quem vê a vida apenas no plano físico.
As vozes da mente são múltiplas e ainda não reveladas totalmente à comunidade científica, mas à medida em que essa comunidade compreender a extensão de valores agregados em tudo é célula e tudo é onda ao mesmo tempo, já descoberto que tudo tem um duplo, novas descobertas virão para elucidar os enigmas do caminhar.
Além dos místicos religiosos e místicos não religiosos, os poetas e prosadores, os artistas e os músicos sentem no processo de elaboração do texto ou revelação da arte, fenômeno que parece estranho ao mundo físico, mas que esse mesmo mundo é permeado com o espiritual ou extrafísico, conforme a concepção de quem dá mais peso e referência à matéria ou ao mundo além da matéria.
Os santos católicos, conforme divulgação conhecida, viam seres angelicais em suas voltas quando caminhavam no mundo terreno e percebiam nuances e coloração nos objetos e seres que estavam aos seus alcances visuais. Isto aconteciam tanto na esfera onírica como no mundo desperto sem necessidade de dormir.
Os cavalos e cavaleiros no sonho representam a segurança espelhada e espalhada no ambiente percorrido por mim a pé. O ramo arremessado em direção aos cavalos seguiu o caminho em que tracei mentalmente, comprovando a teoria do observador que é, na realidade, o criador do próprio destino, na linha traçada que tudo tem um endereço astral, pois existe um campo magnético.
A vontade é a energia que movimenta os desejos, realizando sempre o objetivo proposto e escolhido, uns vêm logo e outros estão a caminho, dependendo das circunstâncias que os favoreçam, onde se inclui naturalmente a fé, aquele enigma de Platão, conhecido desde há muito tempo no mundo helênico e revelado, sem comparação, naquele centurião romano que teve a cura de seu servo.  

quarta-feira, 21 de junho de 2017

A FÓRMULA DE OURO

A fórmula de ouro em que se assentam os fundamentos da felicidade, conforme o pensamento de Zygmunt Bauman (1925/2017), filósofo e sociólogo polonês, é a combinação da liberdade com a segurança: “segurança sem a liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um completo caos, incapaz de fazer nada, planejar nada, nem mesmo sonhar com isso.”
“Como pode ser depreendido, segurança não pode ser associada somente ao efeito resultante dos atos do uso da força derivados das capacidades militares, mas conformando-se também na adoção de medidas de proteção no campo social, do meio ambiente, econômica, da diplomacia, e do segmento científico.” – Geraldo Magela da Cruz Quintão, membro da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, ministro da Defesa (24/01/2001 a 03/01/2003) – in Seminário sobre Diretrizes Estratégicas de CT&I de Interesse para Defesa Nacional, realizado em 26 de novembro de 2002, em Brasília Apud SEGURANÇA – 7 de fevereiro de 2014 - blog Fernando Pinheiro, escritor.
Vale citar o pensamento de Carol Sonenreich, Giordano Estevão e Luiz de Moraes Altenfelder Silva Filho:
“Entretanto, no relacionamento com os outros, na organização das condutas, aliás, no que constitui o campo das alterações mentais, o essencial não está no que as limitações determinam, mas no que pertence à liberdade de escolhas.” - in Doença mental e perda de liberdade – Revista TEMAS – Teoria e Prática do Psiquiatra – v. 35, n. 68-69, p. 4 - Jan/Dez 2005. [OS DOMÍNIOS DA PSIQUIATRIA – 27 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A personagem Maria Monforte (atriz Simone Spoladore) da minissérie Os Maias que TV Globo exibiu nos idos de 2001, adaptada do romance de Eça de Queiroz, se apaixona por Pedro da Maia, casa com ele e, com o tempo começa a sentir tédio daquela união, quando surge Tancredo por quem vem a se apaixonar. Nesse clima de prazeres em que a liberdade é manifestada, sente-se insegura porque carrega, no íntimo, a culpa.
Na relação de casal em que há desentendimento, provocado sempre por crítica e julgamento, a separação surge como postura de viver mais adequada e, nessa circunstância que arrasta a solidão e a saudade, vem eclodir lembranças que definem sentimentos de culpa, o grande vetor que engendra a depressão, a doença que mais cresce no mundo. [PAREDE DE VIDRO - 23 de janeiro de 2014 - blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na música O Pastor, a voz de Madredeus na trilha sonora da minissérie Os Maias, baseada na obra de Eça de Queirós, onde aparece uma cena de Maria Monforte, usando decote em que sobressaíam os meneios de seios, interpretada pela atriz Simone Spoladore, em festa de casamento, e a dança com o príncipe, vivendo um sonho de fadas, depois fazendo amor pelas costas com o amante [Youtube: Madredeus “O Pastor” Legendado PT BR - Os Maias – TV Globo, 2001] Apud HIERARQUIA PIRAMIDAL (III) - 30 de outubro de 2013 - blog Fernando Pinheiro, escritor.
Maria Monforte não conseguiu fugir daquilo que ela era, uma prostituta, termo arcaico que esteve também com a Madame Bovary, de Gustave Flaubert, romancista francês, na visão mundana dos séculos 19 e 20, hoje diluída pelo mundo líquido, na visão inaugural de Zygmunt Bauman.  
No entanto, naquele mesmo calor de viver e se apaixonar, a mulher de Magdala, cidade ficou conhecida a mulher Madalena, esqueceu os engramas do passado e conseguiu obter a liberdade e a segurança, ao mesmo tempo.
Na carta de Aristóteles ao seu filho Nicômano há uma referência em que a ética está associada à felicidade. No mundo atual, o argumento do eu e a liberdade subjetiva é usado por pessoas para fazer o que bem desejam. Não perdendo de vista que a base da ética aristotélica é a responsabilidade, reforça o pensamento do sociólogo polonês “liberdade sem segurança é um completo caos”.
A fórmula de ouro do criador do conceito da modernidade líquida é difícil de ser achada nesta densa consciência planetária que está indo embora na separação do joio e do trigo. Como tudo é possível dentro das possibilidades quânticas, a fé removerá as montanhas de dificuldades.

domingo, 18 de junho de 2017

O PASSADO DITOSO

Numa madrugada risonha e feliz, o passado ditoso recrudesceu dentro do sonho carreando engramas que não foram transmutados para outra fase do viver, o oblivion dos poetas parnasianos.
Nesse clima que nos favorecia o momento, disse-lhe: estou com vontade de lhe abraçar, esse abraço tinha mais uma conexão de união espiritual do que material, pois o corpo físico é apenas um instrumento, mas nesse caso o corpo etérico, o duplo em que está em tudo, descoberto pela ciência, comprova que nem tudo é matéria.
O abraço surgiu como formalidade de um rito que nos favorecia a aproximação. É claro que, devido aos engramas que surgiram naquele momento, a nossa aproximação não veio revestida dos encantos dos amores que se apaixonam à primeira vista.
Em seguida, a vi se dirigir ao banheiro que possuía uma banheira rasa, o mais simples possível, quase rés ao chão, onde ela se deitou numa água enferrujada, aquela água em que surge quando a torneira é aberta depois de um período em que ocorreu a falta d´água.
Depois do mergulho na banheira rasa, a vi envolta numa toalha branca e um novo abraço surgiu entre nós, melhor do que o anterior, num clima em que o banho eliminou os engramas, com as possibilidades futuras de haver a nudez feminina que ainda predomina nos encantos da primeira hora em que a conheci.
É que os engramas do passado são forças coercitivas superiores à mudança de atitudes de quem busca se beneficiar em atitudes que ocasionaram perdas. O interlocutor carrega os pensamentos que lhe deixamos como carga que o faz sucumbir ou se elevar, se houver enlevo amoroso. É que as pessoas necessitam caminhar em direção de novas paisagens tanto íntimas quanto externas que repercutem no mundo onírico. [O SONHO DE MARIANNE – 28 de janeiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Isto fez deslindar o enigma do sonho da noite anterior em que estava em frente da Igreja da Candelária, na cidade do Rio de Janeiro, presenciando os preparativos de uma festa que me levou a supor que eram destinados a um casamento sem que aparecessem os nubentes.
Vivemos, realmente, no estado de vigília e no estado do sono, principalmente quando sabemos a vivência do sonho ocorrido. Ambos se completam nas atitudes escolhidas, não importando os graus de nivelamento de consciência em que ocorreram. Aliás, a descoberta científica é fantástica: a consciência e a informação estão em tudo, ao mesmo tempo.
A realidade da vida é criada por nossos pensamentos com a participação do elemento primordial de que nos fala o enigma de Platão, que revelamos ser a fé, acoplado à participação do interlocutor em que mantemos a comunicação, no presente caso, a interlocutora. A comunicação é sempre os dois interligados, assim como na relação sexual.
No abraço que tive com ela, vestida com o roupão de banho, uma sombra desvaneceu saindo pela rua afora, era a companhia sobrenatural eleita por ela em seus momentos em que sentia solidão. No entanto, uma peça de roupa caiu no chão, a joguei fora pela janela e vi a peça seguir a caminho do dono.
Isto nos faz lembrar o Princípio da Incerteza, de Werner Karl Heisenberg, em que os néutrons, ao receber cargas de fótons, se movimentam na direção escolhida pelo observador, constatada anteriormente no fenômeno da dupla fenda, de Thomas Young (1773/1829), médico e egiptólogo britânico. É que o amor ilumina nossos caminhos.  
No Princípio da Incerteza, de Heisenberg, há restrições à precisão em medidas simultâneas, pois não pode haver a posição da partícula e a velocidade ao mesmo tempo, esse princípio está imantado não apenas no mapeamento das partículas elementares do átomo, como também entre duas pessoas em convivência amorosa, pois todos nós somos constituídos de átomos. [ANÉIS SOLTOS NOS DEDOS – 29 de março de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Como tudo é consciência e informação por causa da presença do átomo e suas partículas, iríamos encontrar a afinidade em que nos apegássemos o pensamento, pois ao pensar criamos o endereço astral pertinente ao nosso mundo íntimo que se interliga com os interesses afins. [PÉGASO (LI) – 25 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Na obsessão de almas errantes, o quadro clínico se complica, o paciente já não mais possui a liberdade de escolha e os tremores involuntários do corpo se confundem na patologia da discinesia tardia, distúrbio que a Psiquiatria apresenta questionamentos para estudo e observação. [O DESMAME – 28 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Enquanto houver a oportunidade de fazer o colapso da função de onda, novas disposições do viver surgem alterando os panoramas íntimos em que não sentíamos confortáveis. Se os ex-amores, em todo o planeta, soubessem desse recurso infalível, disponível e capaz de acontecer, voltariam a viver os momentos felizes em que viveram no passado. Os amores são eternos já antes cantados por poetas e sonhadores.

domingo, 11 de junho de 2017

LIBERDADE DE ESCOLHA

No episódio que a Rede Globo de Televisão levou ao ar no dia 11 de junho de 2017, no Programa Fantástico, em que foi simulado audiência judicial, a lei que protege a mulher contra a agressão do companheiro, conhecida como a Lei Maria da Penha, teve o desfecho que elimina a punição do infrator.
Com as provas evidentes de que o crime foi cometido, a juíza Andrea (atriz Glória Pires), ouvida as partes do processo, sentenciou a liberdade do réu Estevão (ator Cássio Gabus Mendes), que antes tinha pedido perdão à esposa Ana (Malu Mader), ao lado da advogada dela (atriz Dira Paes) pela ofensa cometida à Ana que o perdoou, levando em consideração a trajetória de vida em comum cheia de lutas e de conquistas que teve com o companheiro.
Vale citar o pensamento de Carol Sonenreich, Giordano Estevão e Luiz de Moraes Altenfelder Silva Filho:
“Entretanto, no relacionamento com os outros, na organização das condutas, aliás, no que constitui o campo das alterações mentais, o essencial não está no que as limitações determinam, mas no que pertence à liberdade de escolhas.” - in Doença mental e perda de liberdade – Revista TEMAS - Teoria e Prática do Psiquiatra - v. 35, n. 68-69, p. 4 - Jan/Dez 2005. [OS DOMÍNIOS DA PSIQUIATRIA – 27 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
O perdão das ofensas ou do crime ainda é o principal fator para que as partes se reconciliem. Esquecidos os engramas que impediam o avanço nessa trajetória de vida em comum, a reconciliação é a vitória de ambos contra a Lei Maria da Penha.
A liberdade de escolha está na cerimônia do casamento ou na audiência do divórcio quando o juiz solicita as partes envolvidas se isto é da vontade de ambos.
Há 2.000 anos, essa liberdade foi revelada pelo centurião Paulus ao crer que o seu servo fosse curado pelo homem que curou os enfermos na piscina de Siloé, nas terras do Levante, conhecidas atualmente como Oriente Médio.
A propósito, vale transcrever textos de nossa crônica A SAGA DE AGOTIME – 20 de janeiro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
Paulus, aquele centurião romano que se conectou com a luz crística, com apenas um pensamento, quebrou o paradigma e o seu servo foi curado. Fizemos a narrativa deste episódio na obra JESUS, LUZ DO MUNDO, inspirado no Canto III da obra Anchieta ou O Evangelho nas Selvas, de Fagundes Varela.
Por que aconteceu isto com Paulus? A Física Quântica explica, assim como explica porque a lagartixa-doméstica-tropical caminha, sem cair, pela parede das casas: as moléculas da lagartixa se unem com as moléculas das paredes, atração do vácuo quântico, o efeito de Casimir. A ciência comprova que a matéria é energia condensada.
É questão de conexão com a partícula do átomo que se une com outras partículas, formando as moléculas e as ondas de probabilidades, com movimentos de ida e volta, é o mesmo processo que faz uma pessoa falar, ver e ouvir outra em outra parte do mundo, usando o celular, a televisão e as torres de controle das aeronaves espaciais que lançam objetos voadores em direção da lua e de Marte e de outros planetas próximos à Terra.
Tudo é energia e tudo está conectado, a visão de Einstein revolucionou o mundo, e o mais empolgante é que a energia está em expansão. Como o pensamento é energia e se expande, haverá sempre um retorno do que emitimos. A feitiçaria está quem está ligado à feitiçaria, inclusive dando peso e referência, Maria Naê não se ligou a isto e lançou o olhar para o seu povo, fazendo uma prece para libertá-lo. 
Essa energia da prece une-se à energia que está no ar, formando uma egrégora de luz que elimina a antimatéria dos cientistas, no caso do enredo samba, as feitiçarias que Maria de Naê viu. Liguemo-nos à luz e a luz surge, este é o segredo descoberto pelos cientistas e há muito tempo revelado naquelas paragens longínquas da capital do Império romano (Caput Mundi). [A SAGA DE AGOTIME – 20 de janeiro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A Rede Globo de Televisão, em 11 de junho de 2017, melhor do que nos lugares onde se diz que o boi deles é melhor do que o boi dos outros, ensinou através do episódio do Fantástico – simulação de audiência judicial onde a Lei Maria da Penha estava em discussão para ser aplicada – que os engramas do passado devem ser esquecidos.

terça-feira, 6 de junho de 2017

LIBERTAÇÃO (II)

No enigma de Platão que culmina com o chamado elemento primordial que é, a nosso ver, a fé, vemos na canção Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, o colapso da função de onda demonstrado de modo sublime: “Senhor, eu quero abrir, quero abrir todo o meu ser”.
De igual modo, acompanhamos o pensamento de Tarnha Konecoba, nossa amiga do facebook, residente na cidade de Tallinn, Estônia: “Ако носиш в себе си добри мисли, те ще изгреят на лицето ти като слънчеви лъчи и ти винаги ще изглеждаш прекрасно...” Роалд Дал, "Матилда” - “se você traz bons pensamentos, vão brilhar em seu rosto como os raios de sol e você será sempre lindo...” Roald Dahl, “Matilda”.
Isto nos lembra também o homem que viu a luz do sol, ao sair da caverna, o único prisioneiro que fez o colapso da função de onda ao deixar para trás seus pares que viam as sombras se projetando na parede do subsolo na narrativa de Platão.
Ainda a respeito do enigma de Platão, o elemento primordial é imprescindível na comunicação, conforme elucida o Prof. Moacir Lima, no vídeo Ciência e Espiritualidade: “nem sempre as propriedades do todo representam a soma das propriedades das partes, dependendo do elo de ligação, o chamado elemento primordial.”
A presença do elemento primordial de Platão, aquela semente de mostarda da parábola conhecida, o colapso da função de onda explicitado pela física quântica, tudo isto se converge num campo eletromagnético onde corre o pensamento, essa energia carregada de átomos que tem direcionamento ao alvo desejado, o endereço astral.
Aproveitando o clima da música Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, manifestada numa prece elevada aos páramos sublimes: “Senhor, eu quero abrir, quero abrir todo o meu ser”, apresentamos o exemplo do colapso da função de onda vindo de outra latitude do planeta em que habitamos:
Considerando que a psiquiatria admite a subjetividade como argumento para avaliação de pacientes, entramos no mundo subjetivo para revelar o pensamento de Jalal Al-Din Husain Rumi que veio daquelas bandas do Oriente:
“Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
E reflete, como a mina de rubis,
Os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzirá a teu ser,
Transmutará teu pó em ouro puro”.

Na canção Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, há a revelação de viver e morrer pelo Senhor (“eu vivo, eu morro, Tu sabes, tudo por Ti”).
Essas ondas de probabilidades, dentro das infinitas possibilidades de que o universo é constituído, formam um oceano infinito chamado energia do ponto zero. O ser humano elege as possibilidades que deseja alcançar, estabelecendo a escolha e as consequências inerentes. Como todo o universo é feito de energia e informação (teoria da supercorda). As cordas são filetes de energia espalhadas em muitas dimensões do universo.
“Meus sonhos são os teus sonhos”, da canção Sonhos de Deus, do padre Marcelo Rossi, reflete a consciência unificada em que um dia todo o planeta Terra terá, enquanto isso o joio continua no meio do trigo, nesta densa consciência planetária que está indo embora.
Vale mencionar textos de nossa crônica Libertação, publicada em 13 de março de 2013, que trata de outro louvor a Deus, na oração de São Francisco de Assis, atribuída a poetisa Gabriela Mistral, todo o texto ressalta sabedoria, convém mencionar: “esquecendo-nos é que nos encontramos”.
O esquecimento na oração é pertinente à personalidade e não ao ser profundo que todos somos que deve ser lembrado e vivenciando a partir do momento em que sentimos ser real, a nível de interiorização de alma. No nível das camadas em que o homem vive, é o momento em que o espírito aparece já na transcendência do corpo físico e do corpo astral ou alma, mesmo estando vivendo na esfera física.
É muito difícil para grande parte da humanidade, que vive na consciência dissociada, compreender o esquecimento, pois nela a ilusão, a matrix, sustentada pela educação falsificada pelo mito de Prometeu que tomou conta de todos os segmentos de conduta, é alimentada por cada um daquele bloco planetário dissociado e por todos que detêm o poder de controle de massas evidenciado nas mídias, inclusive a eletrônica.
Vimos abordando, no decorrer dos posts deste blog, o assunto com o nome de abandonar-se à luz. O abandono, na poesia parnasiana, era muito diferente da que hoje está sendo usada no sentido que denota a separatividade junto aquilo ou aqueles que estamos vinculados por laços de comportamento.
É claro que o sentido de libertação está ligada à verdade, não a verdade da ilusão, o maya dos hindus, mas ao que somos, todos nós, em essência, criada pela luz e destinada a regressar à luz, à fonte.
Na mente dissociada dos mundos unificados, onde neles a felicidade é eterna e não há a dualidade humana que promove os estados de saúde e de doença, de alegria e de dor, em ciclos alternativos, o despertar do que somos em essência eterna é a única alternativa.
A libertação de nós mesmos, enquanto pessoa ou personalidade, transitória e efêmera, denota a importância de sabermos que estamos no mundo físico mas não pertencemos ao mundo físico, pois o nosso mundo não é deste mundo. Há esferas resplandecentes que se coadunam em vibrações sutis que exteriorizamos. Em sonhos podemos visitá-las.
Todo ser humano tem esse alcance, basta esquecer-se para se encontrar como diz a oração franciscana da poetisa chilena que ganhou o respeito e a consideração do mundo inteiro, pois ela é ganhadora do Prêmio Nobel – 1945, glória do Chile e ele, natural de Assis, rico de luz, é a maior expressão de humildade que a Itália já conheceu.
Na mente dissociada, mesmo nos círculos do apelo, a libertação é apenas falada para a personalidade que se envaidece numa egrégora que irá se dissipar, pois a separatividade é a característica da dualidade humana.
O amor é o único sentimento que une, o amor resplandecido da luz que vem do ser profundo que todos somos, nascidos da luz e a caminho da luz.
É claro que as tentativas para viver a felicidade permanente, mesmo dentro da dualidade, em busca de novos rumos que clareiem o caminho é digno de louvor. O que é convertido em luz é experiência do caminhante, não seremos nós a apontar os acidentes do caminho. A mídia, que vem das telas eletrônicas, já trabalha nisso efusivamente.
Já que falamos do ícone da humildade, em terras italianas, e ao nosso ver no mundo inteiro, vamos reafirmar os quatro pilares em que vivenciamos: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Esses pilares sustentam a nossa ascendência à consciência unificada, onde estamos imantados na luz, a mesma luz que promove o samadhi e a harmonia das esferas. A NASA divulgou no Youtube os sons de Netuno, essa esfera que está em nosso sistema solar.