De repente, estava caminhando numa estrada
dentro da mata, quando ouvi passos de cavalos montados por cavaleiros que
seguiam em direção ao lugar onde eu estava. Parei um pouco para me posicionar
no espaço em que os cavalos não passariam, no encostamento.
Os dois cavaleiros desceram dos cavalos perto
de mim, sem ir em minha direção e caminharam a frente, deixando os cavalos para
trás debaixo de uma árvore. Eu peguei um pouco de capim e atirei em direção deles
e o capim caiu em cima da cabeça do cavalo atingido. Se isto acontecesse em
estado de vigília, dificilmente eu acertarei no ponto alvejado.
Isto nos faz lembrar o Princípio da
Incerteza, de Werner Karl Heisenberg, em que os nêutrons, ao receber cargas de
fótons, se movimentam na direção escolhida pelo observador, constatada
anteriormente no fenômeno da dupla fenda, de Thomas Young (1773/1829), médico e
egiptólogo britânico. É que o amor ilumina nossos caminhos. [O PASSADO DITOSO –
18 de junho de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Durante o sono, o ser profundo imantado em
todas as pessoas é capaz de revelar enigmas que nos despertam a uma caminhada
mais clara diante das dúvidas e incertezas do mundo material em que a ciência
se debate para revelar a causa e o mecanismo em que se manifestam muitas
manifestações psíquicas, inclusive na Síndrome de Irlen que envolve a percepção
no olhar na visão física dos olhos.
Por ser nova essa descoberta de Irlen, a
síndrome que leva o nome de Helen Irlen, psicóloga americana, pode ser encarada
diferente do sintoma original e o tratamento levado a extremos que podem
dificultar a caminhada das pessoas acometidas desse embaraço na visão física.
As síndromes, analisadas como dissonância da
harmonia que está em todo o ser humano, crescem a cada dia com novas descobertas
nas pesquisas efetuadas por neurocirurgiões, psiquiatras, psicanalistas. Há
muitos fatores a considerar. [SÍNDROMES – 27 de junho de 2013 – blog Fernando
Pinheiro, escritor]
É os olhos veem aspectos do mundo extrafisico
em forma de cores, inclusive nas letras que compõem a escrita digitada ou
escrita a mão. Esse arquivamento de dados, quando vem à tona, traz uma carga
sensorial em sua revelação mais próxima ao nível físico.
Os místicos religiosos ou não, acostumados à
meditação, possuem a capacidade de aflorar esse fenômeno de rara beleza que é
benção para quem o vê e sente ser natural como a fala, o respirar, o sentir o
aroma das coisas. No entanto, pode vir a ser problema para quem vê a vida
apenas no plano físico.
As vozes da mente são múltiplas e ainda não
reveladas totalmente à comunidade científica, mas à medida em que essa
comunidade compreender a extensão de valores agregados em tudo é célula e tudo
é onda ao mesmo tempo, já descoberto que tudo tem um duplo, novas descobertas
virão para elucidar os enigmas do caminhar.
Além dos místicos religiosos e místicos não
religiosos, os poetas e prosadores, os artistas e os músicos sentem no processo
de elaboração do texto ou revelação da arte, fenômeno que parece estranho ao
mundo físico, mas que esse mesmo mundo é permeado com o espiritual ou
extrafísico, conforme a concepção de quem dá mais peso e referência à matéria
ou ao mundo além da matéria.
Os santos católicos, conforme divulgação
conhecida, viam seres angelicais em suas voltas quando caminhavam no mundo
terreno e percebiam nuances e coloração nos objetos e seres que estavam aos
seus alcances visuais. Isto aconteciam tanto na esfera onírica como no mundo
desperto sem necessidade de dormir.
Os cavalos e cavaleiros no sonho representam
a segurança espelhada e espalhada no ambiente percorrido por mim a pé. O ramo
arremessado em direção aos cavalos seguiu o caminho em que tracei mentalmente,
comprovando a teoria do observador que é, na realidade, o criador do próprio destino,
na linha traçada que tudo tem um endereço astral, pois existe um campo
magnético.
A vontade é a energia que movimenta os desejos,
realizando sempre o objetivo proposto e escolhido, uns vêm logo e outros estão
a caminho, dependendo das circunstâncias que os favoreçam, onde se inclui
naturalmente a fé, aquele enigma de Platão, conhecido desde há muito tempo no
mundo helênico e revelado, sem comparação, naquele centurião romano que teve a
cura de seu servo.