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sábado, 31 de outubro de 2015

SISTEMA DE CRENÇAS (II)


Correu pelos quatro cantos do mundo a notícia de que o comitê chinês aprovou a política do filho único e a abolição dos campos de reeducação, “detenção administrativa que permite à polícia prender, sem julgamento e durante quatro anos, pessoas por pequenos delitos” [El Pais – 31/10/2015].
Os detentos eram as prostitutas, viciados em drogas, ativistas políticos e religiosos, inclusive os integrantes do movimento budista Falun Gong, banido no final da década de 1990, acrescenta o referido matutino espanhol.   
Desde os idos de 1980, adotando a política do filho único, a China evitou 400 milhões de nascimentos de crianças. À guisa do modelo espartano, na Grécia antiga, a preferência cultural chinesa por descendentes masculinos provocou o excesso de 34 milhões de homens na proporção de nascimento menino/menina. Essa defasagem abrange o aborto obrigatório. O tráfico de mulheres e a adoção de meninas contribuíram também para que houvesse esse excesso de homens.
Enquanto há um certo encantamento que envolve as mulheres, em outras partes do mundo, segundo Feleknas Uca, na Eurocâmara, no dia 8 de março de 2006 (Dia Internacional da Mulher), “mais de 130 milhões de meninas e mulheres no mundo sofreram mutilação genital”. Mas é outra cultura, deixemos isto de lado, é o que dizem. [GINECEU – 15 de março de 2014 – Fernando Pinheiro, escritor].
Devido à influência do mundo ocidental nas relações comerciais e no intercâmbio cultural que promovem novos hábitos chineses, a China está conseguindo fazer mudanças na política governamental beneficiando milhões de pessoas.
Na mecânica quântica existe o colapso da função de onda: você pensa e cria. O pensamento oriental delineia esse colapso: “A vida é um eco, se não gostas do que estás a receber, observa o que estás a emitir.” [BUDA] – Citação constante da crônica MUDANÇA DE PARADIGMA – 14 de março de 2014.
A China, o país de maior população do mundo, cerca de 1,7 bilhão de habitantes, apresentou, conforme divulgado, em 29/11/2014, pelo jornal madrileno El Pais, o primeiro projeto de lei contra a violência conjugal, realçando que o problema afeta 25% das mulheres casadas. Assim, podemos ver que o número de vítimas atinge a cifra de milhões de mulheres.
A cultura milenar chinesa, assim como a maior parte do mundo, ao longo de sua existência, considerava essa questão como sendo particular e não pública, isto englobando o abuso verbal sofrido por mulheres. [NO MEIO DO CAOS – 29 de novembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Como vimos, a nossa apreciação sobre a transição planetária não exclui a China, de modo nenhum, e a trazemos aqui, graças a divulgação das mudanças que lá estão ocorrendo, transcrevendo a crônica SISTEMA DE CRENÇAS – 25 de julho de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor: 
No plano emocional, vivenciando o dualismo humano, todas as estruturas de comportamento tendem a se desestruturar, esta é a terceira dimensão dissociada do planeta que está indo embora, com a chegada das vibrações de pensamentos que se alinham com a perspectiva da Era de Aquarius. [PÉGASO VI – 27 de agosto de 2013 – Blog Fernando Pinheiro, escritor].
O paradigma dos hábitos e costumes, em sociedade ou em grupos, está ganhando uma oitava a mais na harmonia que sempre buscam os povos, as nações, embora os caminhos sejam diversos. A consciência planetária está saindo da fragmentação para vislumbrar a percepção desses interesses  que se divergem mas se aglutinam quando o mesmo sentido de caminhar à frente é levado a conhecimento de todos.
O principal obstáculo nesta mudança é o medo, não é a divergência de opiniões nos diversos sistemas de governo ou de classes. No entanto, a sedimentação de crenças,  que podem ter um apelo religioso ou não, provoca-lhes o medo de perder as vantagens colocadas para lhes agradar, com o propósito escondido  de escravidão, considerando que o lado de quem dá as cartas é sempre vantajoso para quem faz o aprisionamento e se escraviza também a esse sistema.
O sistema financeiro, um dos aspectos desse sistema global, será o último a cair na mudança de paradigma desta densa consciência planetária. A propósito, abordamos nos dois parágrafos, a seguir, este aspecto da vida cotidiana da maioria da população mundial, anteriormente publicado em nossa crônica FAMÍLIA SEM FILHOS – 13 de abril de 2015:
O modelo econômico sustentado pelo sistema financeiro internacional que estipula o dinheiro como meio circulante, os sistemas de governo, democratas ou não, estão no paradigma da consciência planetária que se mantém viva pela competitividade e separatividade, intimamente interligadas. Isto abrange a tudo e a todos que precisam de meios para sobreviver.
A transição planetária está em pleno funcionamento na vida de uma parcela da humanidade que vive em 5 pilares: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão. É este o contingente de multidão de pessoas, vivenciando um patamar a mais na consciência global, que irá contribuir maciçamente para modificar o paradigma atual.
Foi acrescentado mais um pilar, sugerido pela búlgara Nona Orlinova, sempre linda e elegante, mesmo eu sabendo que a gratidão estava veladamente incluída no pilar humildade, pois reforça bastante os pilares anteriores que sustentam a mudança de frequência de onda. Participando ainda deste post, Irina Orlova, residente em Rostov, Rússia, disse-me que o sistema de consumo destruirá a humanidade, somente a espiritualidade faz-nos humanos.
Com a queda do sistema financeiro no mundo inteiro levará de roldão o dinheiro, os bancos, as empresas, os orçamentos do governo (municipal, estadual, federal) e tudo que está no mercado de moeda comprovando a ineficácia de um sistema que enriqueceu uma pequena minoria, carregando em seu bojo a miséria e a carência de recursos da maioria da população mundial.
Anúncios de troca de sapatos e bolsas por alimentos perecíveis espalhados nas redes sociais da internet denotam que já existem pessoas buscando uma solução para os problemas de sobrevivência que esse sistema financeiro, perverso e aniquilador, aqui no Brasil, Estados Unidos e em todos os países do mundo, não conseguiu solucionar.
A crença no dinheiro e no mundo subjetivo ajudaram bastante a humanidade em seu progresso material, mas da maneira em que foi empregada levou-a à escravidão, roubando a juventude de pessoas que não tiveram tempo para dedicar-se ao lazer e desfrutar de um conforto material. Há leis amparando tudo isto, mas é apenas um lenitivo passageiro onde permanecem os engramas do passado trazendo estigmas.
Quando o mundo era bucólico, corria menos dinheiro em circulação, mas a qualidade de vida era melhor do que no mundo industrializado. O sentido gregário dos animais não foi aplicado na vida comunitária dos povos, os interesses isolados de grupos de pessoas falaram mais alto e deu no que está: uma população mundial doentia e enfraquecida.
Os privilegiados existem, sim, mas em pequena minoria, privilegiados que não perceberam que a consciência está imantada em tudo, porque tudo é energia, é o átomo que está presente em tudo, inclusive no vácuo quântico, onde tudo emana. Como segurar um elétron que corre no endereço astral onde está o sofredor? Elétron que partiu de um pensamento humano dissociado da realidade única que nos une.
Por discordar do paradigma atual, reconhecemos o conceito de Alfred Korzybiski, filósofo, engenheiro e matemático, divulgado ao ensejo da realização de um encontro da American Mathematical Society: “o mapa não é o território.’’
É tempo de reverter tudo isto, simplesmente vivenciado em 5 pilares: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão. Outras fórmulas podem conseguir essa reversão, mas levará muito tempo em que para muitos custa uma eternidade. O joio separado também, um dia, no decorrer dos milênios, será transformado em trigo, mas não será mais neste planeta que está sendo sacralizado.

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

A VOLTA DE BELISA

Quando Belisa (Bruna Linzmeyer) fugiu da clínica psiquiátrica foi buscar abrigo na casa de Juliano (Cauã Reymond), no Morro da Macaca, que temeroso não quis aceitá-la porque ela era namorada do delegado Dante. Frustrada, ela vai ao bar, compra uma garrafa de cachaça, toma alguns goles pelo caminho e volta a casa de Juliano que, diante dos encantos da mulher, não resiste, troca beijos com ela e um amasso ocorreu na cama, fazendo-o acolher a fugitiva. Estas são algumas cenas apresentadas, em 28/10/2015, pela novela A Regra do Jogo, da TV Globo.
Sabendo da localização de Belisa, o delegado Dante faz intimação a Juliano devolver a fugitiva, diante da prisão anunciada,  Belisa, aparecendo conduzida por policiais, pede ao delegado soltar Juliano que é solto na hora.
De volta para casa, Belisa se encaminha aos seus aposentos em companhia da mãe Nelita (Bárbara Paz) que a aconselha não atrapalhar o romance dela com Orlando (Eduardo Moscovis). Ela respondeu que ele é bandido, a mãe disse não acreditar e, se por acaso for, pediu a filha deixar por conta dela que sabe como resolver o que vier pela frente. Apaziguada, a filha concordou.
Na sala-de-estar estão reunidos os avós Gibson (José de Abreu) e Nora (Renata Sorrah), Orlando e o psiquiatra Paulo. Quando Belisa aparece diz estar disposta a voltar para a clínica e a avó diz não ser necessário porque ela tem todo o amparo da família.
Sorrindo, Belisa se dirige a Orlando pedindo-lhe apoio, ele surpreso se levanta da cadeira sabendo que algo renovador está acontecendo, pois ele não quer ter nenhum obstáculo pelo caminho na conquista do coração da mãe dela.
Quando alguém está irascível diante de uma brusca contenda, que sempre afeta o lado emocional, está mais propenso a demonstrar sintomas patológicos do que aquele que está em paz. A demonstração de tranquilidade que o psiquiatra encontrou na ex-interna foi o suficiente para demovê-lo a interná-la outra vez.
Sem a participação da família, fica difícil a situação dos pacientes que são levados à clínica psiquiátrica, uma vez que o movimento antimanicomial está atuante em nossos dias, desde o fim dos hospícios, como temos observado na crônica MOVIMENTO ANTIMANICOMIAL – 30 de março de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
Segundo a edição de 28/03/2015 do jornal El Pais, Madri, Espanha, as comunidades terapêuticas no Brasil passaram a ser uma alternativa para retirar da rua os usuários de crack, principalmente no Estado de São Paulo. Acrescenta o matutino que essas comunidades não são consideradas unidades de saúde, pois não possuem regras médicas e a fiscalização é feita por vigilâncias sanitárias municipais.
Diferente de outros exames médicos que comprovam a existência da doença, através de laboratórios e de raios-X, o diagnóstico do médico psiquiatra é sempre questionável, pois se dá na área da subjetividade e corroborando o pensamento da médica Adriane Fugh-Berman, contido na referida matéria da Viomundo: “É bom notar que a psiquiatria é a profissão mais suscetível a diagnósticos questionáveis porque todos os diagnósticos são subjetivos.” [ARDIL DIABÓLICO – 20/09/2014 – Blog Fernando Pinheiro, escritor].
O Conselho Nacional dos Direitos Humanos, o Conselho Nacional de Psicologia e o Conselho Federal de Serviço Social, ainda segundo o referido matutino, apresentaram protestos diante da nova portaria a ser lançada, em breve, pelo Conselho Nacional de Políticas Sobre Drogas que prevê o aumento de 3  para até 12 meses de internação de pacientes e “o desenvolvimento da espiritualidade”, o que autoriza para essas comunidades a imposição religiosa.
Com a elevação do prazo de 12 meses fica caracterizado a internação por longo prazo em desacordo com a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, sancionada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, que redireciona o modelo assistencial em saúde mental no Brasil. Depois desse prazo, naturalmente não é garantido a recuperação de saúde dos pacientes internos, e como fica a situação deles se a família não quiser receber de volta para casa?
Acreditamos que, na novela A Regra do Jogo, Belisa acolheu a sugestão da mãe por uma questão de estratégia para não voltar à clínica psiquiátrica, mas não ficou demovida do desejo de buscar desmascarar o noivo da mãe dela, quando a oportunidade vier.

www.fernandopinheirobb.com.br

terça-feira, 27 de outubro de 2015

ROTAS DE MIGRAÇÃO

A Rota dos Bálcãs, utilizada por migrantes, tem a origem na Grécia passando por diversos países do Leste europeu e cercanias, vale mencionar Albânia, Macedônia, Eslovênia, Croácia, Sérvia, Romênia, Hungria, Suíça.
De certo modo, os controles fronteiriços impedem o avanço da migração dos sírios, paquistaneses, africanos, com destino a Alemanha, mesmo assim os migrantes conseguem burlar a vigilância e a própria fiscalização de fronteiras ainda dependente de normas da União Europeia que estão surgindo para modificar os procedimentos adotados.
É que o corpo de Alan, um menino sírio morto no mar Mediterrâneo, carregado por guarda costeira, conseguiu chamar a atenção do mundo inteiro e fazer com que as autoridades da União Europeia pensassem em cotas e em distribuição de responsabilidades aos países envolvidos nessas rotas.
Há outras rotas de migração, com pouco fluxo de trânsito, saindo da Grécia com destino a Albânia, Bulgária e a travessia da Turquia à Itália e à Espanha. Grande parte desse fluxo tem destino à Inglaterra.
Nos campos mais sutis há migrações para roupagem carnal, principalmente para o reajuste ou a sintonia da frequência harmônica que está intrínseca em cada um dos seres humanos, mas ainda necessitada de ser despertada e interagida com o ambiente adequado para prosseguir a caminhada.
Enquanto isso, os acidentes e transtornos acontecem como vimos em sonhos narrados em diversos episódios da série PÉGASO (1 a 33). Vale salientar três parágrafos da crônica VEM AÍ OS CHIPS – 19 de março de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
No acirrar da luta entre o bem e o mal, em que a matrix se manifesta impondo o seu domínio neste vale de lágrimas, a Terra, em que está em litígio, do outro lado da matrix, a II Guerra Mundial ainda não acabou, infernizando ambientes em que há um verdadeiro suplício. Uma dessas zonas marcadas é o túnel dos cavalos alados, revelado na crônica PÉGASO - 8 de março de 2013 - blog Fernando Pinheiro, escritor.
Um parte desse Armagedon continua ainda em litígio feroz arrastando milhões de seres empedernidos que não aceitam a presença da luz, a luz não luta, não se impõe, mas tem o direito de se manifestar se houver receptividade, todos eles se digladiando emaranhados, em vingança recíproca, com os seus comparsas do enredo em comum.
Uma das causas desse emaranhamento é a cobrança de um suposto espaço que foi prometido em troca de dominação e posse deles e de seus haveres materiais.
O contingente enorme de pessoas envolvidas com guerras e lutas sangrentas são milhões no mundo inteiro. No passado não muito longínquo, o mundo viu o continente africano ser transformado em leito de nascimento e de morte de milhares de crianças esquálidas que não conseguiam sobreviver diante de tanta miséria e doenças. Essa foi uma parte do fluxo dos homens da guerra que veio das zonas em conflito (transmigração de almas).
Oriundo do plano mais sutil, onde se origina a transmutação para a forma fisica, um contingente de pessoas retornou aos seus lares que, assim como esponja, absorveu os detritos, numa limpeza astral, em comparação com o estado anterior. No entanto, esse contingente de pessoas está vinculado a  liames afetivos fora desses lares, buscam outros lugares onde viveram em anteriores caminhadas terrenas, retornando a Europa, em outras roupagens carnais.
Uma parte desse enorme contingente de pessoas está livre do jugo pesado em que se ressarciram em cruciantes provas, outras ainda estão do outro lado da matrix, em luta acirrada como narramos, e ainda há os que estão buscando aquela felicidade que buscaram e que foi impossível em outras caminhadas. Uma parte pode ser vista, atualmente, na rota dos Bálcãs e outras rotas de migração em direção aos países do Norte europeu.
Tudo se interliga através da ressonância magnética, os pensamentos estão carregados de átomos possuindo densidade, coloração e velocidade, as dimensões estão interligadas e não há separatividade, competitividade no universo, isto só acontece neste paradigma dissociado que está indo embora do planeta. [MUDANÇA DE PARADIGMA – 14 de março de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor].

domingo, 25 de outubro de 2015

SEM VÉU



Dois Casamentos, filme de longa metragem de Luiz Rosemberg Filho, classificação 14 anos, ano de 2014, é estrelado por Patrícia Niedermeier, no papel de Carminha, e Ana Abbott, vivenciando Jandira, ambientado no lugar escuro, onde apenas as atrizes, vestidas de noivas, sem véu, são focalizadas.
Todo o transcurso do filme é abordado o tema casamento na vida das pessoas, tendo como condutora do diálogo Carminha que mostra um discurso acerca da condição da mulher perante o marido e a monotonia do casamento, no dizer dela, entre os casais. Jandira a ouve atentamente, sem compreender o pensamento da amiga que está ao lado, na mesma condição de noiva.
Com o desenrolar da cena, em diálogo, Carminha vai tentando convencer Jandira sobre os seus pontos-de-vista que a faz pensar um pouco e com certa desconfiança em contraste com a ideia que ela alimenta do casamento.
Há uma aproximação propositada de conquista amorosa que, a princípio, Jandira acha esquisito, mas como a forma de se aproximar é com leveza e elegância, aos poucos vai se entregando ao que ouve e sente. Com as mãos nos cabelos de Jandira, Carminha diz que está a fim dela.
Sozinha, Carminha solta os cabelos e começa a dançar com o olhar de encantos em cima de Jandira que, achando natural dançar, dança também acompanhando a amiga, ambas dançando separadas em seus rodopios sensuais.
Após a dança, Carminha toca os cabelos de Jandira e fala dos homens que não sabem se aproximar das mulheres, nem pegar mesmo sabem, no entanto, pegam as mulheres sem que as mulheres descubram que há um toque mais encantador de pegada.
A conquista vai prosseguindo sem artimanhas ou malícias, pois deixa a amiga se aperceber que gosta do que ela fala, sem buscar convencê-la, deixando ela se convencer à vontade. Era como uma isca lançada na água, sem a preocupação de pescar.
Ao que pudemos perceber, Carminha usou uma tática utilizada muito por quem pratica taoísmo. Na última parte do filme, Carminha tem condições adequadas de tirar aos poucos a parte superior do vestido e Jandira faz o mesmo. Ambas, sem roupa, se tocam e a escuridão do cenário não permite a visão do que estão fazendo, ouve-se apenas Jandira dizer é assim, deste jeito ou de outro jeito, qual é o que você gosta? O filme acaba nesse clima. 
Não nos cabe aqui fazer crítica ao filme, nem aos personagens envolvidos, no entanto é oportuno transcrever o que sentimos dos mundos felizes nas duas crônicas abaixo mencionadas:
O amor percorre o mundo em núpcias dançantes, renascendo as flores que se multiplicam em florestas, aumentando a população de nações e mundos desconhecidos. No céu bilhões  de olhos iluminados fazem a festa das galáxias em fenômenos  indescritíveis.
Sem perceberem o movimento que distribui a beleza dos planos mais sutis, os casais que levam a vida em comum longe do  amor – casamento branco – vão sentir algum dia, em algum  lugar, a vontade de amar.
Sabemos que há beleza inefável que vem das esferas resplandecentes como o sol que se reflete na lua derramando  orvalhos de prata e na harmonia sincronizada dos anéis de  Saturno com dezoito luas conhecidas a iluminar aquele planeta  em noites alaranjadas, azuladas, cores de poente e das  madrugadas que anunciam uma luz maior. [CASAMENTO BRANCO – 10 de dezembro de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
A canção espalha a realidade que se espraie nos espaços sacralizados do planeta, levando os sorrisos delas que são mais notórios e acolhedores, “os sorrisos do mundo esparramando as sementes que brilham na imensidão” –  Mulheres, música de Zé Ramalho. Tudo isto porque foram bem amadas pelo amor que deram, desde o segredo até a revelação das horas do amor. [MULHERES –   15 de setembro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
A crônica SEM VÉU está em sintonia com os quatro pilares que mantemos em nossa vida: simplicidade, humildade, transparência e alegria. A fim de ressaltar o que é taoísmo, vale transcrever textos de O CHI DO TAO – 8 de janeiro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
Atraímos sempre o que pensamos, nas máscaras em que usamos para disfarçar situações ou agradar pessoas que não estarão conosco nas horas da solidão. Este é o reflexo do dualismo humano que se encaminha para o abismo, na postura daquilo que é considerado certo em que fica mascarado o que não nos convém em termos de alma que busca outro referencial onde a felicidade é indestrutível.
Beber vinho, beber champanhe, assistir a cenas de violência na televisão, comentar assuntos de corrupção, criticar posturas ou condutas que são diferentes do nosso modo de viver, namorar com pessoas que nem as conhecemos, aceitar convites em que não podemos comparecer, eis algumas observações que devemos ter cuidado em participar.
Vivamos o nosso ser profundo, o que acham de errado naquilo que não compreendem em nós, é apenas as pessoas determinando o caminho que seguirão e nós seguiremos o nosso. Não criticar nada, nem mesmo curtir comentários ou dizeres em que suscitam a crítica nas redes sociais da internet.
Para conquistar um amor não é preciso nem falar, basta ter a vibração saindo de nosso coração que sai, no espaço que alcança quem está dormindo em outro lugar onde moramos. É assim que os animais têm o amor de seus donos e seus admiradores, os seres multidimensionais recebem essa corrente que se espalha pelo espaço e estão sempre perto, embora estejam longe.
Quem ama não sente solidão, a solidão é uma ilusão de quem pensa que está só. Ninguém está só. Estamos interligados com os amores que nos acolhem, tanto desta esfera física como nas esferas resplandecentes onde o amor se faz sentir mais presente.
Se os amores terrenos não nos amarem, eles terão outros tipos de amores que escolheram e nós teremos sempre aqueles que decidimos ter, estes sim fazem parte de nossas decisões.