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domingo, 22 de fevereiro de 2015

CRIANDO PÁSSAROS

Os ventos criam os pássaros quem dizia isso eram os nossos índios que já foram a maioria da população brasileira, hoje dizimados em sua cultura na construção pelos homens brancos de barragens e hidrelétricas. Se você pensa que alguém não presta, esse alguém passará a não prestar, embora ele tenha boas qualidades que o enobrecem. Mas, não faça isso.
Primeiramente, passe a não criticar nada e não criticar ninguém, pois como dissemos anteriormente a crítica leva ao julgamento e o julgamento separa. Nessas circunstâncias, o isolado passará a ser você, embora tudo esteja emaranhado no princípio quântico. Não viva em confinamento, pois nas horas dos ventos de tempestade quem não tiver alicerce será levado de roldão.
Nas mídias sociais e na própria televisão os assuntos acerca de pessoas que passam horas difíceis são comentados ao sabor de quem as aprecia olhando os ventos que criam pássaros. Não repasse aquilo que é divulgado um tanto alienatório da fonte inacessível, na maioria dos casos, pela mídia que não se empenha em divulgar assuntos que estão enraizados na transcendência ou na subjetividade, a primeira fonte.
O que criamos passa a existir, a física quântica afirma que somos co-criadores através do colapso da função de onda e essa freqüência de onda passa a existir movimentando-se na direção que lhe dermos crédito. É o princípio da movimentação do átomo: as partículas atômicas ao redor do núcleo.
O pensamento está nesse mesmo princípio, pois a observação dos antigos pensadores de que o ideal sustenta o que pretendemos ser em verdade. É dito ainda que o pensamento cria a nossa realidade, enfatizando a citação em Albert Einstein, o criador da desintegração das partículas atômicas. Isto não existe? Então, veja o que aconteceu com Hiroshima e Nagasaki quando a bomba atômica foi acionada de cima para baixo num avião americano. Ou você acha que não aconteceu nada, não houve explosão? Acorde ou então vai dormir.
Sáia dessa frequência comum em que os desencantos têm vida própria alimentados por pensamentos que foram criados naquela direção. Os pensamentos criam doenças por quem ainda não entendeu o colapso da função de onda como também criam o bom estado de saúde por quem já entendeu numa busca de recuperação de saúde, na maioria das vezes, tomando remédios sob os cuidados médicos.
Tudo está à nossa disposição: o caminho que devemos escolher, seguindo em aspereza ou seguindo com leveza, as consequências já demonstram os resultados que por serem evidentes não precisam mais de argumentação.
Literalmente, criar pássaros é subjugá-lo ao confinamento de seu habitat onde há comida e água em fartura, mesmo que seja na cidade de São Paulo onde há muitos parques ecológicos e áreas verdes que lembram matas cercadas de cimento.
Passeamos muito pelo Parque Trianon, Parque de Águas Claras, Parque Villa-Lobos em horas de deleite ao lado da mulher amada. O conhecido Parque do Ibirapuera não tivemos chance de conhecer pessoalmente, mas o avistamos de longe a caminho do aeroporto de Congonhas.
Quando morei no bairro do Recreio dos Bandeirantes, na cidade do Rio de Janeiro, visitava muito o Parque Ecológico Chico Mendes, onde apreciei muito o comportamento dos pássaros. Há pássaros que cantam pela manhã e, mais raro, ao anoitecer e a maioria deles cantam o dia inteiro, uns em carreira solo e outros em coro, fazendo festa nas árvores.
Nas cercanias do Rio das Tachas, na comunidade do Terreirão, ainda no Recreio, vi muitas pessoas criando pássaros em gaiola e, ao passar por lá para tomar açaí ou fazer refeições, ouvi gorjeios de canários e patativas. No Parque é proibida a entrada de pessoas com gaiolas ou com animais de estimação.
Nessas cercanias convivem jacarés mergulhados em águas poluídas com as pessoas da comunidade, em cima de ribanceiras, parecendo aqueles lugarejos amazônicos onde a população está habituada ao perigo.
Viver, em qualquer situação, é um perigo, dependendo daquilo que você dá peso e referência. Não é dito que atraímos o que pensamos? Agora, temos a certeza de que você irá apreciar o dito indígena: os ventos criam os pássaros. 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

ASSEXUALIDADE

Referindo-se ao conceito de Anthony F. Bogaert, autor da obra Understanding Asexualty, o jornal El Pais, Madri, Espanha – 20 de fevereiro de 2015, publica: “Ainda que a renúncia à atividade sexual seja um ato volitivo, da mesma forma que o celibato, não existe nela o componente da abstenção vinculado à religião”.
Não sabemos o total das pessoas assexuadas no mundo, mas na Grã-Bretanha, segundo o Journal of Sex Research, 1% dos britânicos vive sem sexo. Logicamente, a cifra mundial é em torno de milhões e milhões de pessoas. O modelo populacional global é pela sexualidade, excetuando-se os que vivem em celibato.
Salvo apenas o dia semanal de visita íntima, é imposta à população mundial carcerária uma vida assexuada. Isto deve ser motivo de reflexão para os jovens que se envolvem no crime.    
Vale assinalar o que mencionamos em nossa crônica OS MUROS – 25 de agosto de 2014: A população carcerária no planeta Terra é em torno de 9,8 milhões, segundo pesquisa divulgada nos idos de 2009 pelo King´s College London. Os países que têm os maiores números dessa população: EE.UU. 2,3 milhões, China 1,6 milhão, Rússia 800 mil e o Brasil em torno de ½ milhão de presos.
Dentro do casamento, tem ocorrido parceria mútua de viver sem sexo. Quando isto é unilateral, cria-se um problema e acaba em separação.
Segundo pesquisas do psicólogo Robert Epstein, diretor do Centro Cambridge de Estudos do Comportamento, cerca de 10 a 20% dos casais americanos, equivalentes a 40 milhões de pessoas, não têm relação sexual [El Pais – 19 nov. 2014].
Ainda a respeito da Assexualidade, é oportuno salientar que o celibato está incluído nesse tema. Em 16/09/2013, escrevemos a crônica O CELIBATO que diz respeito unicamente ao final de 4 ou mais de 5 ciclos de 7 anos, em que foi envolvida uma relação amorosa que o destino fez colocar um dos parceiros no adeus de mãos frias, literalmente.
Numa abrangência maior, os textos da crônica O CELIBATO (II) – 10 de setembro de 2013, constante do blog Fernando Pinheiro, escritor, elucida outros aspectos relevantes:
Conhecido desde o início em que foram criados os primeiros monastérios, o celibato era considerado uma anormalidade para o povo que viam os reclusos como loucos por não conseguiram levar a vida, considerada normal, no método peculiar em que viviam com o objetivo de casar e ter filhos.
Os tempos mudaram, no decorrer dos séculos, e hoje o celibato permanece dentro da vida monástica, aceito agora pela sociedade humana como algo sublime que possibilita mais disponibilidade para afazeres religiosos.
Essa influência de fugir do mundo, mesmo vivendo no mundo, possibilita uma nova leitura sobre a possibilidade de avaliar o relacionamento entre casais e a postura narcisista em que não há uma entrega de si aos outros.
O celibato como meio de fugir do prazer sexual, por qualquer motivo, é uma conduta desviada do fluxo natural que cada um tem consigo. Controlar ou repreender o desejo sexual está ligado unicamente ao ego e não ao ser profundo que todos nós somos.
No entanto, devemos fazer uma análise e nunca uma crítica a respeito do que se passa hoje no mundo em que vivemos onde a transformação de costumes está sendo processada de maneira rápida e alucinante à deriva dos impulsos do mercado, atingindo todos os setores da vida planetária, sendo que o dinheiro é o fio condutor desse fluxo. (...)
O celibato atualmente para a maioria das pessoas, que está ultrapassando a esfera do ego, é uma condição escolhida para precaver-se contra os desencantos da pessoa sexualmente ativa que pode causar-lhe transtornos físicos, emocionais ou mentais quando o agrave se incorpora a doenças.
Essa busca de ser feliz que corre pela mídia, como propaganda de mercado consumidor, também atinge igualmente quem deseja manter-se equilibrado na vivência dos momentos felizes, naturalmente dentro do narcisismo, sem doação, o que vale dizer numa busca que não pode ser alcançada.
Podemos doar-nos, inclusive sexualmente, a pessoas que amamos sem ter a preocupação em receber algo de troca que possa nos fazer felizes, e que pode vir também através de desencantos que nos chegam em forma de oportunidade para crescermos na mudança ou transmutação.
O celibato saudável, visto como momento de encontro consigo mesmo, é altamente valioso, pois não teremos a influência de vibrações deletérias, tanto na esfera física como no campo astral. Se estivéssemos acompanhado emocionalmente, isto poderia ocorrer, pois iríamos atrair pelo contato. Se o celibato não for saudável, todas as incursões que ligam os mundos dissociados nos envolveriam e seríamos obsidiados por mentes perturbadoras.
A solidão quando não for vivenciada para o autoconhecimento será transformada em melancolia que provoca a doença mental. Os casais vivenciando o amor não conhecem essa solidão e entre si fomentam forças que os fortalecerão em qualquer circunstância.
Há pessoas que necessitam vivenciar o celibato, há engramas do passado que precisam ser eliminados por posturas de aparente solidão e que não envolvam acompanhamento de pessoas.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

PÉGASO (XVII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje é pertinente ao encontro que tivemos com Alice, não é a Drª Alice Howland do filme Para Sempre Alice, protagonizado pela atriz Julianne Moore, no papel-título, revela o sentido das juras eternas que fiz, em 25 de julho de 2012, quando entramos, eu e ela, na Catedral de Petrópolis, ouvindo a música de Bach tocada no órgão.
Elegantemente vestida de uma camisola rosa, ela surgiu defronte de mim que estava parado na entrada social do apartamento. Distante alguns metros, na sala-de-estar, estavam três funcionárias que faziam parte do home care que prestava assistência à ela. Reconheci uma delas, a senhora que estava presente na minha despedida, em 17 de julho de 2013, da capital paulista.
Ela aproximou-se de mim, pegou na minha mão, com carinho, e me conduziu ao sofá, abrindo num átimo e fechando em seguida a parte superior da camisola onde pude ver, num relance, seios em forma de pêra ressequida, pois o tratamento psiquiátrico envolveu muita medicação e a fez bem magra, magra de dar pena. Ser magra no mundo da moda é requinte de beleza.
O encontro aconteceu como se nunca tivéssemos separados: a nudez espontânea numa fração de segundo revelava que a intimidade estava à minha disposição. A satisfação do encontro era mútua, de ambas as partes, explicando melhor.
Ela me falou: eu gostaria de estar com você na cama, mas precisamos conversar. Interessante tudo que tínhamos de falar já estava revelado às claras, sem a necessidade de revelar, como se faz quando estamos acordados. No plano físico, isto iria custar muitas horas de conversa para revelar os fatos ocorridos em nossa ausência e as impressões que viriam com a nossa apreciação.
No filme Para Sempre Alice, a personagem Alice sofre de Alzheimer (veja a nossa crônica ALZHEIMER – 9/11/2014) e Alice dos sonhos meus não sofria de nada e acabou sendo levada pelo filho (ausente no sonho), a consultório médico que receita medicação que causa dependência química.
A propósito, é oportuno destacar os dois primeiros parágrafos da nossa crônica VISÃO MÉDICA (II) – 30 de dezembro de 2014:
Vale salientar a opinião do Dr. Ernesto Venturini, médico italiano que participou da reforma psiquiátrica que culminou com a Lei Basaglia, de 1978, que aboliu os hospitais psiquiátricos (manicômios) na Itália: “a psiquiatria hoje é um simulacro.”
A medicalização e os conhecimentos de uma psiquiatria vazia foram os temas debatidos no 4º Congresso Brasileiro de Saúde Mental, organizado pela Abrasme – Associação Brasileira de Saúde Mental, realizado entre 4 e 7 de setembro de 2014, na cidade de Manaus – AM.
Os sonhos são reveladores da verdade que todos buscam encontrar. Tenho no meu coração o título do filme: Para Sempre Alice.    

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

PÉGASO (XVI)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje é pertinente à frequência de onda que existe graças à comprovação da física quântica e da percepção que sentimos ser real. Estávamos nós em cima do convés de uma lancha observando a paisagem amazônica que nos rodeava, ao lado da margem do rio uma onça estava pensando em seus pensamentos de onça, claro.
Num instante, mergulhamos no rio de águas claras, não contaminadas pela poluição, nadamos para a outra margem do rio e quando chegamos lá, olhamos para a lancha e vimos a onça no lugar onde estávamos há poucos minutos.
A plenitude nos envolvia, eu e a onça. Ela compreendeu que o lugar onde estávamos era confortável e resolveu sentir esse conforto, vamos dizer pessoalmente, pois a onça é assim como nós, pessoa, pensa também e, naturalmente, colapsa a função de onda.
Essa frequência de onda era revestida de harmonia, tanto a dela como a nossa, assim tínhamos algo em comum e nada poderia nos colocar em confronto. Se fosse outra pessoa diferente, poderia ocorrer medo, desconfiança, cálculo de memória, dor de cabeça, dor de cotovelo e outra frequência de onda que não era a nossa.
De longe sentimos amor pela onça que veio prestigiar o lugar onde estávamos há pouco, ela continuou em seus pensamentos de onça, essa frequência de onda que nos envolvia em doces afagos. Se voltássemos lá, ela nos reconheceria e seríamos grandes amigos, se querermos ser o amigo da onça, esse arcano que deturpa o sentido da amizade entre amigos.
Quando estávamos na outra margem do rio, vimos a encosta alta e subimos sem expressar cansaço, pois o nosso corpo astral é diferente do físico que temos, sujeito a intempéries do tempo e do calor da temperatura local.
Em terra firme caminhamos abrindo veredas usando um patacho, uma espécie de facão de lâmina larga, muito comum naquela região de seringueiros e agricultores que presenciam o desbravar da mata amazônica.
Unimo-nos a uma equipe de bandeirantes abrindo veredas por terras quase virgens, trabalhando com afinco e dedicação. Lembramo-nos de que no filme Dersu Uzala, comentado na crônica de 06/02/2015, o mongol pediu ao capitão da expedição russa deixar na cabana, que passaram a noite, fósforo, arroz e sal, a fim de serem usados por outros caminhantes.
Por analogia, esses relatos de sonhos que temos, numa série de l a 18, são revestidos de algo que podem ser úteis aos caminhantes de outras jornadas, pelo menos a reflexão é manifestada, pois tudo depende do colapso da função de onda que eles devem ter ou não.
Não somos amigo da onça, a onça é que é a nossa amiga, porque assim ela quis, ao sentar no convés da lancha onde sentamos, ao sabor dos eflúvios de amor que a natureza oferece. Todos somos um, não é dito, por que pensar na onça longe de nós? A frequência harmônica faz esse milagre que não é milagre convencional, mas uma realidade que nos envolve, pois é a natureza que se manifesta.