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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA




No momento em que o sistema solar, que envolve a Terra, está mergulhado no grande oceano astral, a denominada camada de fótons de Alcíone, uma das 7 Plêiades da constelação de Touro, no périplo que se completa nos idos de 2012, segundo a previsão dos cientistas, com a permanência de 2.000 anos, nesse anel ou cinturão de Alcíone, ou ainda a onda galáctica, evidenciando a transição planetária, é necessário refletirmos sobre a realidade em que vivemos. 
A confirmação científica dos astrônomos Freidrich Wilhelm Bessel, Paul Otto Hese, José Comas Solá e Edmund Halley de que “o sistema solar gira em torno da estrela Alcione” é a     prova irrefutável do que está acontecendo no Universo.
Numa sociedade humana, ainda dominada pelo mito de Prometeu, sob o jugo da antiga lei imposta pelos arcontes, podemos avaliar o compromisso com as sombras dos que têm o domínio sobre as camadas sociais, adotando posturas menos dignas, tudo isto por apenas 5 minutos de holofote. No entanto, no coração do homem controlado por esse jugo, o amor está latente e, quando vier à tona, o libertará.
Os focos do fogo prometeico, criando bloqueios de medo e de ilusão, criou uma humanidade falsificada em que podemos ver a stasis (degeneração coletiva da politeia), evidenciada pelos conflitos externos, as tribulações de toda ordem, famílias esfaceladas, grupos sociais em desalinho, convivendo em oficinas de trabalho.
No entanto, no cenário de forças em conflito, a consciência coletiva, que vem surgindo da nova era de civilização do planeta (Era de Aquário), está se processando em ritmo crescente e será aumentada com os eflúvios da onda galáctica da estrela Alcíone. O grande marco deste evento está acontecendo, atualmente, nos sinais dos céus e nos eventos sísmicos ocorrendo na superfície da Terra.
Se Elenin, nome dado ao planeta pelo astrônomo que melhor definiu a descoberta, for o mesmo planeta intruso que destruiu a Terra nos tempos da Atlântica, na mesma volta cíclica que se repete depois de eóns de anos, então serão cumpridas todas as profecias do final dos tempos, caracterizada pela separação do joio e do trigo.     
A manifestação da unidade que sentimos na ligação com as pessoas que estão convivendo conosco é muito importante, pois isola o culto à nossa transitória personalidade, enfocado de modo exclusivo.
Os atributos que compõem a nossa personalidade servem-nos apenas à identificação do campo de atividade em que estamos envolvidos. Usá-los em proveito próprio seria desperdiçar tesouros que não nos pertencem.
Há muitas lacunas no campo dos sentimentos à espera de nossa participação, a fim de que nada fique incompleto nas relações humanas que nos ajudam a recompor o equilíbrio.
Pode parecer monótona a hora em que estamos reunidos com pessoas que pensamos não vivenciar das ideias que trazemos conosco. Mas há um mecanismo entrelaçando-nos em circunstâncias que nos dizem respeito.
O princípio do todo, do conjunto da participação de cada um, nas experiências que se expressam junto de nós, eleva-nos a níveis superiores onde a consciência se expande.
O mecanismo dos encontros surge nas irradiações de nossos pensamentos e nas inclinações mentais em que nos posicionamos. Este é um princípio estabelecido em todas as manifestações de pessoas que se interligam por motivos que sugerem o despertar de um novo estágio evolutivo.
Quando sentimos a energia, que nos envolve, circulando no campo mental daqueles que nos rodeiam, vemos que a realidade única é o poder indivisível por qualquer força de circunstâncias transitórias.
Nessa aceitação, pelos sentimentos revestidos da inteligência, o nosso íntimo, em todos os campos da manifestação exterior, permanece estável e imperturbável, mesmo que a mais inquietante situação esteja  acontecendo no mundo em que vivemos.
O serviço às circunstâncias envolvendo os companheiros, que precisam ter a elucidação dos valores reais da vida, é o sentido único de nossa existência.
A cada momento, sentimos em nosso íntimo a tranquilidade se manifestando como as águas do oásis,  no deserto, quando a tempestade de areia passa. Isto  é o resultado da conservação de atitudes coerentes com a inteligência, buscadas na simplicidade de todas as coisas.
Só o fato de mantermos essa atitude de equilíbrio emocional, estamos contribuindo  na apreciação de pessoas que vêm conosco participar de momentos aparentemente  passageiros.
 A vibração, que sai de nosso íntimo, interliga–se com a disposição mental daqueles que nos observam, tentando absorver as expressões que podem ser úteis à sua forma de viver.
Como a simplicidade deslinda qualquer enigma, sentimos que a nossa singela postura de vida vai servir de referencial para que suas atitudes sejam revisadas da forma que lhes for conveniente.
O importante é despertar as pessoas para as potencialidades que possuem arquivadas interiormente, deixando-as livres para escolher o padrão de comportamento que tem relação com suas tendências e aptidões.
Quando sentimos o nosso serviço à causa da vida       sendo apreciado por aqueles que nos acompanham os passos, estamos nos elevando a outros níveis de consciência, onde a unidade, nós, os companheiros e tudo que nos cerca,  é a força que nos estimula a seguir adiante.
Assim como haverá as blandícias da estrela Alcione, beneficiando o planeta Terra, com a entrada de seres iluminados, oriundos do plano astral e em roupagem carnal dos habitantes que implantarão a Jerusalém celeste (símbolo bíblico), ao mesmo tempo haverá a retirada de todos aqueles que se comprazem nas sombras, em morte natural ou em catástrofes continentais, atraídos pelas sombras em mundos de lutas mais acerbas, em virtude do mesmo diapasão de campo vibratório, tanto dos seres humanos evacuados quanto as sombras que os farão e estão fazendo serem atraídos para vivenciar experiências no campo evolutivo.
Vale salientar a reminiscência antiquíssima da profecia: “Poderás tu impedir as delícias das Plêiades ou desatar os  ligamentos de Orion?” [JOB, 38:31].
Orion, na mitologia grega, é o caçador que briga com o escorpião em luta sangrenta. Na Astrologia, Orion é uma nebulosa, conhecida desde os tempos lemurianos e repassados, no decorrer dos evos, aos atuais astrônomos que descobriram, recentemente, o planeta X, o astro intruso que faz desarranjos por onde passa. O périplo orbital dessa estrela apagada no sistema solar da Terra é cíclico. A última passagem na órbita solar de nosso sistema planetário ocorreu há eóns de anos, quando a Atlântida foi submersa pelos oceanos.
Ação e reação têm o mesmo princípio de identificação correspondente, no mundo de 3ª dimensão, como a Terra. No estado da graça divina em que se encontram os iluminados, a ação gera luz, sem haver aprisionamento em mundos de provas regenerativas. Com a presença do poder divino, a Terra está ascendendo a um nível de 5ª dimensão vibracional. 
No sermão profético de Jesus, a profecia foi cumprida, pelo general Tito, filho do imperador Vespasiano, que sitiou, durante vários meses, a cidade de Jerusalém, no massacre que matou milhares de vítimas, pela espada e pela fome, derrubando o templo, não ficando pedra sobre pedra [JOSEFO, 37/103 d.C.]. 
Acreditamos que as fotografias transmitidas por satélite – revelando o périplo do planeta Terra que está em viagem orbital entrando na camada de fótos da estrela Alcíone – estão comprovando o anúncio da chegada do final do ciclo planetário, de 26.000 a 26.000 anos de percurso, quando há mudanças no planeta.
No momento em que a Terra atravessa o último contorno da dimensão trina, há um convite coletivo a todos os companheiros de jornada evolutiva: não ficarem submetidos ao mito de Prometeu nem a imposição dos arcontes que falsificaram o cenário mundial, arrastando centenas de milhões de pessoas ao medo e à ilusão.
Em nenhum instante a nossa consciência espiritual pode ser atingida pelos fragmentos de fraqueza humana, que permitem estabelecer tristeza e desolação nos corações que sentem pouco amor.
Tudo é lindo ao redor, nos espaços que irradiam a luz e até mesmo nos lugares onde a dor e a tristeza se fazem presentes, vemos que algo está acontecendo para despertar o ser humano de sua letargia de ilusões.
Com a influência dos raios das partículas adamantinas (raios–gama), vindos da camada de fótons da estrela Alcíone, a elevação do padrão vibratório de 1 bilhão dos 7 bilhões de habitantes do planeta, que ascenderam à quinta dimensão,  a separação do joio e do trigo, e a vinda de Jesus no éter do planeta, e no coração dos homens, beneficiando, em larga escala, a transição planetária, podemos ver que um novo cenário está sendo construído, no meio de muitos escombros, na Terra que, como hotel planetário, ganhará mais uma estrela. 
 

Blog Fernando Pinheiro, escritor
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sábado, 17 de novembro de 2012

ANGOLA

Tudo começou nos idos de 1975, após a Revolução dos Cravos, em Portugal, quando é rompido o Tratado de Alvor que estabelecia para Angola um governo de transição. Eclode a guerra civil.
Uma diáspora se forma nos portos e aeroportos de Angola onde partem 500 mil retirantes com destino para Portugal, Canadá, Brasil, Austrália. As fronteiras da África do Sul são fechadas, após o apoio do regime do apartheid ao grupo da UNITA – União pela Total Independência de Angola, liderado pelo guerrilheiro Jonas Savimbi.
No clima de guerra, Agostinho Neto, poeta, médico, líder do MPLA – Movimento para Libertação de Angola, é proclamado  presidente da República.
Na década de 70, milhares de soldados cubanos chegam a Angola para apoiar o regime comunista e permanecem por lá até o ano de 1988, no final da Guerra Fria entre os EUA e a antiga União Soviética, quando é assinado um acordo entre Angola,  Cuba e África do Sul para retirada das tropas militares   estrangeiras. 
Corre o tempo. Em 1991 é assinado um acordo de paz entre o governo e a UNITA. No ano seguinte, realiza-se eleição presidencial. O eleito é José Eduardo dos Santos que já estava  no poder deste 1979. A UNITA, liderada por Jonas Savimbi, não  reconhece a vitória das urnas e, sem ter mais o apoio dos EUA,   parte para a força brutal. Recomeça a guerra civil.
Em 1994 é assinado entre a UNITA e a MPLA um novo acordo  de paz. É prevista a desmobilização de tropas e a formação de  um governo de união nacional. A ONU reconhece esse acordo e  envia para Angola 7.000 soldados em missão de paz.
Em 1997 é formado o governo de União nacional. A UNITA,  mais uma vez, descumpre o acordo ao não entregar o controle  de áreas produtivas de minérios. A guerrilha recrudesce, graças ao apoio financeiro do tráfico de diamantes. Com a evasão de riquezas, o PIB de Angola caiu pela metade nos anos   subsequentes (1998 e 1999).
No dia 22 de fevereiro de 2002, é morto Savimbi. No mesmo ano, as tropas em litígio em Angola assinam o acordo de  cessar-fogo.
Angola Livre, editorial do Jornal do Brasil (edição de 26 de fevereiro de 2002) comenta que a catástrofe durou 30 anos provocando a morte de 1 milhão de mortos, 4 milhões de deslocados.
Na mesma edição, traçando uma retrospectiva do passado histórico do país africano, o JB acrescenta que, nos idos de  1975, ano da independência de Angola, o país 
“era o quarto produtor de diamantes do mundo e chegou a  atingir o segundo lugar de produtor de café da África. Mas  no auge da guerra civil morriam mil angolanos por dia. É  a mais antiga guerra do século. Angola ficou esquecida enquanto o mundo se preocupava com outros assuntos, na Bósnia, Namíbia, Camboja, Somália, Kosovo e  recentemente  Afeganistão.”  (8)   
(8) JORNAL DO BRASIL (Editorial - edição de 26 de fevereiro de 2002)
Angola, recém-saída da guerra que durou quase 30 anos, agora é um país pronto a acolher imigrantes que desejam colaborar  com o soerguimento da vida nacional, em todas as áreas: saúde, educação, cultura, agricultura, indústria, comércio, construção civil, turismo, profissão liberal, como advogados, engenheiros, médicos, enfermeiros, mecânicos, etc.  
Imensamente rica em petróleo, ouro e diamantes, Angola  tem  a  riqueza maior: um povo acolhedor que mais tem identificação   com as raízes brasileiras.
A Bahia, o Maranhão e o Rio de Janeiro lideram os estados que mais têm influência da cultura africana, principalmente a de Angola. O consagrado escritor baiano Adonias Filho escreveu o romance Luanda Beira Bahia que evoca os costumes africanos e o romancista maranhense Josué Montello marcou, de forma  inapagável,  a  história da literatura nacional com o romance da escravidão nas páginas retumbantes dos Tambores de São Luís.
O Banco do Brasil possui a tradição de colaborar com o progresso dos países africanos, notadamente o de Angola, em operações conhecidas internacionalmente de bid bond (garantia  para habilitação em oferta) e performance bond (garantia para cumprimento de contrato), prestadas com a finalidade de amparar a prestação de serviços ou exportações de bens. Na Área Internacional do Banco do Brasil, onde trabalhamos durante 19 anos, redigimos muitos processos de operações de câmbio de empresas brasileiras se lançavam a empreendimentos na África.
Na condição de autor da HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, privilégio único e singular, antecedido apenas por Afonso Arinos e Cláudio Pacheco (falecidos), sentimo-nos à vontade para falar sobre a Empresa no continente africano:
Com o funcionamento dos Escritórios de Representação em Casablanca, Marrocos (1972), Lagos, Nigéria (1976), e da Agência de Abidjan, Costa do Marfim (1980), o Banco do Brasil expande seus negócios na África, na 2ª quinzena de maio de 1982, com a inauguração de cinco escritórios: Libreville, Dacar, Túnis e Cairo [Almanaque do Pessoal – BIP – 1982]:
ABIDJAN – COSTA DO MARFIM Inaug. 1980 – Desativada 1996
Ebenezer Walter  Araújo do Nascimento, gerente 1980
Divancy de Oliveira – 11/3/1957, subgerente 1980/1981
Raul Alves Moreira, gerente–adjunto 1980/1981/1983
Hélio Caetano Frota Leitão, gerente 1981/1983
Luiz Geraldo do Nascimento,  gerente 1985
Paulo Crisóstomo da Silva, gerente–adjunto 1985  
Dilermando  Xavier  de  4/11/1985 a 4/9/1990
Geraldo  Gonçalves  Sacramento 23/05/1986 a 08/04/1990
Luiz  Sidney  de  Figueiredo 07/04/1992 a 15/03/1995
Roberto  da  Silva  Vargas 27/11/1989 a 14/04/1991
LIBREVILLE    GABÃO Inaug. 17/5/1982 – Desativada 1986
Braz Marques Murtinho Braga,  repres. 1981/1983
Nilo de Lucca – 15/8/1956, representante 1985
DACAR – SENEGAL Inaug. 19/5/1982 – Desativada 1986
Pedro Ricardo Carnaval,  representante 1981/1984
Nilo de Lucca – 15/8/1956, assist. repres. 1983
Nelson Ortega Terra,  representante 1985
TÚNIS – TUNÍSIA Inaug. 24/5/1982 – Desativada 1986
Walter Espedito Hott,  representante 1982/1983
CAIRO – EGITO Inaug. 26/6/1982 – Desativada 1987
Rolf  Blatt    1/9/64,  representante 23/06/1981 a  22/02/1987
Em 2004, após oito anos de encerramento das atividades do Banco do Brasil no continente africano, a terra do poeta Agostinho Neto, o fundador da República de Angola, é escolhida  para abrigar as instalações do BB:    
LUANDA    ANGOLA
Inauguração:  2004
Carlos Vitor Cerqueira Fernandes 22/03/2004  a  19/09/2004
Márcio Luiz Jordão C. Cunha 28/02/2005  a  99/99/9999
Acreditamos que, graças a presença de empresas nacionais que  estavam prestando serviços naquele país, com o apoio  operacional do Banco do Brasil, pôde ter o Brasil a honra e a satisfação de ser o primeiro país do mundo a reconhecer, nos idos de 1975, a independência de Angola.
Encerrando nossa singela homenagem a Angola, divulgamos a poesia Quitandeiras, de Adelaide Violante Jardim, que está no  mesmo patamar de beleza humanitária dos versos do poeta Agostinho Neto que abordou o tema no livro Sagrada  Esperança: 
QUITANDEIRAS
Adelaide Violante 
“Filho às costas, pés descalços,
A quinda equilibrada na cabeça,
As ancas a balançar,
Lá íam, todas as manhãs,
Nossas quintadeiras a cantar:
Compra, senhora...
Senhora, compra...”
“Quitandeiras que vêm da beira da praia,
O peixe da quinda, ainda, a saltar,
Sardinha, senhora!
Peixe  espada
Compra, senhora; tudo fresquinho.
Com suas vozes,
Cada manhã, elas chegavam
A cada rua, a cada bairro,
A colher o pão de cada dia,
A colher o pão da família.
Laranja fresca, laranja doce,
Laranja do pomar,
Amarelinha, doce, não precisa adoçar.”  (9)
(9) ADELAIDE VIOLANTE (in Poesias Soltas, Papagaios ao vento – Rio  de  Janeiro  -  RJ)
No poema Quitandeira, Agostinho Neto retrata o dia-a-dia da vendedora ambulante, anunciando, num dia de muito sol, à  sombra da mulemba: “laranja, minha senhora, laranjinha boa!”  e descreve a realidade da vida que brinca o jogo de cabra-cega.
Prisões em Luanda e em Portugal não afastaram Agostinho   Neto de seu ideal de ver livre e unida a sua terra natal, Angola. Pelo contrário, muito lutou e despertou a atenção dos intelectuais europeus,  sendo  que  o  seu  primeiro  livro  foi  publicado no idioma croata na Iugoslávia, país pertencente à  antiga e extinta cortina de ferro ou bloco comunista.
Amado pelo povo de Angola e do mundo inteiro, Agostinho Neto semeou o ideal pela liberdade e a união de um povo. Nos nossos sonhos, ele nos disse: “quem dera se fosse tudo diferente” e o legado de sua poesia:
“Assim
o caminho das estrelas
pela curva ágil do pescoço da gazela
para a harmonia do mundo.” (11)
(11) AGOSTINHO NETO, ANTÓNIO (1922/1979) in Sagrada  Esperança – União dos Escritores Angolanos – 1974.

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sexta-feira, 16 de novembro de 2012

CCBB – Rio de Janeiro - RJ


Quando o escritor Fernando Pinheiro esteve, no dia 28 de setembro de 1993, presidindo uma solenidade no Auditório do Edifício Sede III do Banco do Brasil, em Brasília, ao lado do presidente do Banco do Brasil, e do diretor da Carteira de Crédito Rural, o escritor Berecil Garay estava presente. Na ocasião, Paulo Martiningui, superintendente da Carteira de Câmbio, foi convidado, mas agradeceu o convite, em decorrência de muito serviço na Carteira.
Gaúcho de Passo Fundo, onde nasceu em 28/1/1928, Berecil Garay diplomou–se em jornalismo, em 1957, em Porto  Alegre – RS, e construiu a obra literária voltada para as áreas de teatro, conto, crônica e poesia: A Arte mandou uma ideia (1953 – teatro), Tempo de Musa (1957 – poesia), Dia de vento (contos – 1960), Mordidas no Mingau (1983 – poesia), Luzes de Brasília (contos, crônica – 1984), Canteiro de ideias (1986 – poesia), Dom Bosco previu Brasília, não o que aconteceu depois (contos), Antolorgia (1993 – poesia). Ao escrever o poema O Campeão, prestou singela homenagem a Ayrton Senna, campeão mundial de  automobilismo:
“Campeão  se  faz  com  Hip–
  hurra–ranga,  Shell  ou  Esso
quando ultrapassa o sucesso.”    (204)
(204) BERECIL GARAY – O Campeão – in Antolorgia – p. 41 – Livraria Ouro Velho – Brasília – DF    1993.         
Na área econômica entra em vigor, a partir de 14/1/1989, o Plano Verão que promoveu o congelamento de preços, a  desindexação  da  economia  e  extinguiu  a    URP  salarial.
A data 12/10/1989, inauguração do CCBB – Rio de Janeiro, é interligada por 3 ciclos históricos anteriores, comprovando a existência de atividades educacionais e culturais dentro do  Banco do Brasil:
15/7/1937 – início do ensino no Banco do Brasil pelo presidente Leonardo Truda (27/7/1934 a 30/11/1937);
outubro/1948 – inauguração das atividades culturais dentro do Banco do Brasil com a palestra “Influência do dólar na nossa civilização” proferida por Ruben Meyer, advogado do Banco do Brasil, na presença de João Pacheco Fernandes, inspetor–geral da Agência de São Paulo, Alcides da Costa Guimarães, gerente da Agência de São Paulo. Por força do destino, nesse mesmo local, funciona atualmente o CCBB – São Paulo;
28/1/1955 – inauguração do Museu e Arquivo Histórico do  Banco do Brasil pelo presidente Clemente Mariani.
Corre o tempo, unificando esses três estágios evolutivos da Empresa, eis que surge o recrudescimento da cultura do BB que iria ter uma repercussão nacional, recrudescendo a própria cultura nacional, em 12/10/1989, no clima em que os manifestantes do Sindicato dos Bancários faziam passeata pelas ruas, visando deflagrar greve por falta de negociações salariais. A área externa do Edifício do Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66, estava ocupada por bancários e sindicalistas.    
A solenidade de inauguração do Centro Cultural Banco  do  Brasil ocorreu em ambiente fechado e restrito a poucos  convidados e aos funcionários do CCBB.
Diante do microfone hasteado na rotunda do prédio, junto as escadarias do Teatro I, o presidente Mário Bérard proferiu o discurso inaugural, prestigiado pela ilustre presença de Cláudio Pacheco (1909/1993), autor da obra História do Banco do Brasil, bem como Cid Heráclito de Queiros, procurador–geral do Tesouro Nacional, e os ex–presidentes Nestor Jost e Oswaldo Colin. Guardas de segurança privada, uniformizados, faziam a  proteção do ambiente.              
O Dr. Cid Heráclito de Queiros, a quem admiramos pela trajetória de relevantes serviços prestados à Nação, voltou a nos honrar, em outra solenidade, com a presença prestigiosa, na tarde de 6/11/1997, na posse do acadêmico Marcos Vilaça, membro honorário da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil. Mais uma vez, o destino reservou ao escritor Fernando Pinheiro a honra de presidir a solenidade.
Naquela ocasião, estavam presentes ainda Marcello Alencar, governador do Estado do Rio de Janeiro; jurista Geraldo Magela da Cruz Quintão, advogado–geral da União; diplomata Robert Taylor, cônsul–geral dos Estados Unidos; general–de–Exército Expedito Hermes Rego Miranda, comandante da Escola Superior de Guerra; Aluísio Gama de Souza, presidente do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro; José Rosa Montalvão, presidente do Centro Sergipano do Rio de Janeiro;
Vale destacar ainda a presença do Mons. Sérgio Costa, vigário da Igreja Nossa Senhora do Outeiro da Glória, representando o Cardeal Dom Eugênio Sales, arcebispo do Rio de Janeiro. Esse reverendo sacerdote celebrou o sacramento de batismo de Fernanda Scófano  Pinheiro, neta do autor, naquela mesma igreja onde casou, nos tempos de outrora, o poeta Gonçalves Dias, contemporâneo e conterrâneo de Lisboa Serra, o presidente–fundador do Banco do Brasil.    
Após o discurso de inauguração do CCBB, o presidente do Banco do Brasil, acompanhado ainda de Paulo César Palhares Campos, chefe–de–gabinete – PRESI, descerrou a placa comemorativa contendo a assinatura em bronze de José Sarney, presidente da República, Maílson da Nóbrega, ministro da Fazenda, Mário Bérard, presidente do Banco do Brasil. A primeira assinatura na placa em bronze é de um homem ilustre, nascido na Baixada maranhense, as mesmas terras onde nasceu o presidente–fundador do Banco do Brasil, ambos amantes da política e da literatura.   
Em retrospectiva, assinalamos que, com a aposentadoria, em 27/2/1985, de Siegfried Bischoff, chefe–de–gabinete da VIPAD – Vice–Presidência de Administração, Reinaldo Benjamin Ferreira, que vinha exercendo o cargo de chefe–de–gabinete de vice–presidente – VIPER (1983/1985), assume as mesmas funções na VIPAD–DF, por um período que se estende até 23/6/1989, quando é nomeado chefe do CCBB – Rio de Janeiro.       
A partir de 23 de junho de 1989, exerceram a função de chefe do CCBB, na cidade do Rio de Janeiro os seguintes  funcionários:
Reinaldo Benjamin Ferreira 23/6/1989  a 1/12/1994
Cláudio de Castro Vasconcelos 22/12/1994 a 6/6/1999
Walter Nunes de Vasconcelos Jr. 22/6/1999 a 26/4/2002
Yole Maria de Mendonça 6/5/2002  a 28/7/2005
Marcelo  Martins  Mendonça 3/8/2005  a  4/11/2007
Marcos José Mantoan  5/11/2007  a maio/2009, em andamento
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quinta-feira, 15 de novembro de 2012

DO BB PARA A CBF


Marcelo de Souza Pinto (posse no BB: 24/1/1984), analista de Auditoria – AUDIT/Regionais – Mercado Financeiro, graduado em Administração (1999), especialização em administração esportiva pela Fundação Getúlio Vargas – Rio de Janeiro (2000), mestrado em Administração e Desenvolvimento Empresarial, em 2002, pela UNESA – Universidade Estácio de Sá. Na área do magistério é coordenador dos cursos preparatórios para certificação ANBID, CPA–10 e CPA–20 e Professor do MBA em Compliance e Risco da ANDIMA – Associação Nacional das Instituições  do  Mercado  Financeiro.
Dentre essas atividades, vale ressaltar que Marcelo de Souza Pinto foi o expositor da Formação Básica em Finanças – Teoria e Prática (local: Rio de Janeiro, carga horária: 21 horas, nos dias 13 a 16, 21 a 23/1/2009, das 19 às 22 h), que integra os Cursos Presenciais  – ANDIMA.
A estreia de Marcelo de Souza Pinto, como árbitro de futebol da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, ocorreu em março de 1996 na categoria infantil. Em 1997 apitou a 1ª final (categoria infantil) entre Vasco da Gama e Botafogo, bem como as finais em todas as categorias: Juvenil 1998, Juniores 1999.
A partir de 2000, com o êxito alcançado nas categorias de base, o árbitro Marcelo de Souza Pinto passa a integrar a categoria de profissionais. Em 2002 ingressou no quadro nacional (CBF)  onde  atuou  até  2007.
Com excelente atuação, Marcelo de Sousa Pinto apitou a final da série “B” no Rio de Janeiro em 2006, 2007 e 2008. Em 15/11/2008, ei–lo prestigiando a arbitragem no jogo Bangu 2 x 0 Aperibe, no Estádio Moça Bonita, sagrando–se campeão o time alvirrubro e assegurando o acesso para a 1ª Divisão em 2009.     
Em 5/2/2005, dirigiu o jogo Fluminense 2 x 2 Flamengo, realizado no Estádio Maracanã. No dia 23 do mesmo mês, voltou ao Maracanã para apitar Fluminense 4 x 0 América, ambos os jogos válidos pelo Campeonato  Carioca    2005.
A partir daquela data, mencionamos alguns jogos apitados   pelo juiz Marcelo de Souza Pinto:
Campeonato  Carioca
   Data      Estádio Jogos
18/1/2006    Giulitte Coutinho  Nova Iguaçu 0 x 6 Fluminense
24/1/2007    Maracanã Fluminense  1 x 0 Friburgense
11/3/2007    Maracanã Fluminense 3 x 1 Cabofriense
16/3/2008   Maracanã Flamengo   2 x 3 Botafogo
8/3/2009     Engenhão Mesquita   0 x 1 Fluminense
Copa  Rio     final    2008
Raulino  de  Oliveira Volta Redonda  x  Cabofriense
Campeonato  Estadual
24/1/2009   Saquarema – RJ Boa  Vista     1 x 2 Botafogo
4/2/2009   CT  Tigres do Brasil Tigres   2 x 0 Madureira
25/3/2009   CT  Tigres do Brasil Tigres   2 x 2 Volta Redonda
Vale ressaltar ainda que o resultado do jogo Bragantino (SP) 2 x 1 Esportivo (RS), em Bragança Paulista, em 2/9/2007, arbitrado por juiz Marcelo de Souza Pinto, levou o time paulista à final da Série “C” do Brasileiro/2007. Em resumo, até agosto/2009, foram mais de 300 jogos pela FERJ – Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro e CBF – Confederação Brasileira de  Futebol. 
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quarta-feira, 14 de novembro de 2012

UM GIRO NA ESFERA ACADÊMICA


Como vimos, inúmeros funcionários do Banco do Brasil, conseguiram projeção internacional, não apenas na esfera empresarial, mas no campo predominantemente acadêmico. Entre eles, ressalta-se a presença dos intelectuais Wilson Woodrow Rodrigues, servindo a Embaixada do Brasil na antiga Tchecoslováquia, e mais recentemente, Afonso Félix de Sousa, assistente técnico na Embaixada do Brasil em Beirute (1970/1973), Ivo do Nascimento Barroso, gerente da Agência de Estocolomo, Suécia (17/10/1983 a 30/8/1989), Francisco Carlos Faria Trigueiro, gerente do BB em Roma (23/7/1990 a 14/4/1991), e Ednaldo Soares, gerente da Agência do BB em Roma  (4/1/1994 a 2/7/2000).
De passagem pelo Rio de Janeiro, em 24/10/2000, Ednaldo Soares, funcionário da Área Internacional – GEROI–SP, visita a Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil. Autor de trabalhos técnicos reconhecidos e distribuídos pelo BB, vale assinalar: apostila de câmbio (coautoria) destinada ao DESED aos candidatos do concurso interno para o nível superior, em 1988; apostila contendo informações básicas sobre “bonds” distribuída aos clientes da Agência em Roma, Itália, e aos gerentes de negócios internacionais – GENIN/UEN –  Internacional.
Assim como Thomas Stears Eliot, funcionário do Lloyds Bank,    em Londres, Inglaterra, conhecido mundialmente como o poeta T.S. Eliot, Prêmio Nobel 1948, o jovem baiano de Alagoinhas, Ednaldo Soares conseguiu acumular as funções de bancário com as de intelectual de reconhecido valor internacional.
Na capital romana, publicou 2 livros de poemas (edição bilíngue): de palavra em palavra – di parola in parola – Antonio Pellicani Editore, 1999, 208 p.; sonhos, quase–mistérios – sogni, quasi – misteri, Spel Edizione, 120 p., que foi lançado, em 16/5/2000 na  Embaixada  do  Brasil.  Texto  do  convite:
“L´Ambasciatore del Brasile in Italia – Paulo de Tarso  Flecha de Lima – La Presidente dell´Associazione Italia-Brasile – Clelia Zuliani Luppis hanno il piacere di invitare la S.V. alla presentazione del libro sonhos, quase-mistérios – sogni, quasi–misteri, di EDNALDO SOARES – 16 Maggio 2000 – ore 18.15 – Centro Studi Dell´Ambasciata  del  Brasile – Piazza Navona, 18 – Roma.”
Ainda na esfera acadêmica, Ednaldo Soares, numa visão sociológica da globalização, escreveu matéria intitulada   Globalization  resultante da entrevista concedida a alunos da American University of Rome, bem como Economic Situation in  Japan  in  1922/3,   ambas  em  inglês.
Certamente, o poeta baiano sentiu saudades do estilo da mulher brasileira, quando se referiu “Europa, Europa: di donna spettro vanitoso. Babel in vaneggiamento” (p. 116, op. citada). Recordemos um pouco de outro vate brasileiro em terras banhadas pelo Mediterrâneo.       
Ainda dentro do clima das Elegias Romanas, o diplomata Caio  de  Mello Franco, iluminado sob a  luz de uma estrela etrusca, vista na Flor Etrúria, em Fesule, descreve a mensagem de um pastor trigueiro que revela um bando de beijos loucos voando como  abelhas: “ Mas meu Pastor prossegue pastoreando / Os meus  olhos, os astros e as ovelhas”.
Nos idos de 2000, o CCBB – Brasília – DF é inaugurado. Gerentes que o administraram: Paulo de Tarso Leite dos Santos (16/8/2000 a 24/5/2002), Marcelo Martins Mendonça (27/5/2002 a 5/8/2005), Marco José Mantoan (8/8/2005 a 31/8/2005), Maria Luzineide Medeiros Soares (1/9/2005 a janeiro/2009, em  andamento). 
Em 11/6/2000, aos 75 anos de idade, faleceu Geraldo Ventura Dias, funcionário aposentado do Banco do Brasil, onde fez carreira em agências do interior, ocupando o cargo de gerente. Músico, escreveu dezenas de composições, inclusive o Hino de Petrópolis e os hinos do Petropolitano Futebol Clube e do Serrano Futebol Clube. Autor de crônicas e poesias, membro titular da Academia Petropolitana de Letras (Cadeira n° 8, patronímica  de D. Pedro II).
Blog Fernando Pinheiro, escritor
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