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sábado, 31 de dezembro de 2016

MOMENTO MUTÁVEL

O filme You´re Not You, com roteiro de Jordan Roberts e Shana Feste, adaptado do romance de Michelle Wildgen, dirigido por George C. Wolfe, leva ao público o conhecimento da doença de Lou Gehrig que afeta as células nervosas no cérebro. Considerando ser uma doença degenerativa, o paciente vai tendo dificuldade em falar, andar e até mesmo respirar.
O filme começa, no clima de felicidade, apresentando a festa de aniversário da pianista Kate (Hilary Swank), ao lado do marido Evan (Josh Duhamel) onde compareceram amigos e familiares. Quando ela, ao piano, vai interpretar a Polonaise em A major, Op. 40, n° 1, de Chopin, seus dedos começam a tremer. Um ano e meio depois, ei-la numa cadeira de rodas. A situação se agrava quando ela descobre que o marido a traiu, fazendo-a ter raiva e culpa, ao mesmo tempo.
Os personagens centrais deste filme que recebeu, no Brasil, o título Um momento pode mudar tudo, não são a mulher e o marido, e sim a paciente Kate com a cuidadora Bec (Emmy Rossum). Há ainda a participação dos atores Jason Ritter (Will), Stephanie Beatriz (Jill), Julian Mc Mahon (Liam), Ali Larter (Keely), Loretta Devine (Marlyn), entre outros.
No momento em que o mundo vive a mulher invisível, o homem invisível, tão comum no relacionamento de casal, como aconteceu com Bec (Emmy Rossum) que cuida de Kate, pessoa que sofre de doença degenerativa, vivida pela atriz Hilary Swank, no filme Um momento pode mudar tudo (título original You´re Not You), dirigido por George C. Wolfe. No final do filme, Kate, no leito de morte, diz a Bec: “você procure casar com alguém que lhe enxergue.” [SOFRER E NÃO SOFRER – 30 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
A doença batizada como o nome de Lou Gehrig, em homenagem ao famoso jogador de beisebol do New York Yankees, nas décadas de 20 e 30, sete vezes campeão americano. Além dos atletas esportivos, essa doença atinge também os artistas na área da música, entre outros, basta apenas um sintoma de perda, em qualquer nível, para que a doença se instale.
Nos idos de 1942, Hollywood presta homenagem a Lou Gehrig com o filme Ídolo, Amante e Herói, na versão original The Pride of the Yankees, dirigido por Sam Wood, tendo nos principais papéis os atores Gary Cooper e Teresa Wright.
Numa das cenas mais empolgantes é aquela em que Lou Gehrig, no Yankees Stadium lotado, profere o famoso discurso de despedida destacando “sou o homem mais sortudo do mundo”, optando pela receptividade carinhosa do público que o aplaudiu, esquecido que já sofria de esclerose lateral amiotrófica.
O desapego a tudo e a tudo é o melhor caminho, mas como dizer isso a quem se acostumou a tocar piano com virtuose, como no filme Um momento pode mudar tudo, principalmente na música em que Chopin é expressão máxima do romantismo, sem nos referir a outros autores clássicos, igualmente importantes, que estão no mesmo patamar de beleza.
A culpa da paciente Kate em ter perdido o marido para outra mulher desencadeou o agrave da situação. O poeta mineiro Carlos Drummond de Andrade elucida o tema: “amar o perdido deixa confundido este coração.” Quando há engramas do passado, a solução é esquecer.
Ela olhou para mim, estática, a reter o que sentia de mais belo de nosso passado no meio de pensamentos turbinados. Algo a fazia ficar parada, sem ideia do que poderia acontecer, é que os engramas repercutiam nela fazendo ficar sem ação. Tomei a iniciativa e lhe disse: vem cá. Ela retrocedendo esses engramas, jogou-os na lixeira, veio a mim, na entrega que estava guardada em recônditos sublimes que o seu pensamento podia imaginar. Liberada de todo peso, aconchegou-se a mim, doando-se por completa. [PÉGASO (LXIV) – 25 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Somente existe doença se dermos peso e referência. Se trocarmos a preocupação, qualquer que seja, no caso a da doença, por um momento de prece, poderá acontecer, se você acreditar, coisas inimagináveis, reafirmando o titulo do filme em português: Um momento pode mudar tudo.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2016

SOFRER E NÃO SOFRER

Diferente do modo de sentir dos seres humanos, os animais ditos irracionais não vivem o sofrimento diante da morte. Os seres que pensam, desde o início de sua manifestação, fazem o colapso da função de onda.
Assim como a consciência e a informação estão em tudo, os seres vivos da natureza se expandem através do colapso da função de onda até quando surge a presença da morte. Esses animais, pressentindo que seus filhotes ou outros parentes e semelhantes vão falecer, não permanecem nessa frequência de onda.
Nos seres humanos esse sofrimento repercute além da morte, pois a vida continua sempre em outros estágios, estagnando o percurso em ascensão a outros patamares de beleza edificante tanto de quem partiu nesse estado como também aqueles que permanecem imantados no sofrimento pela perda terrena de seus entes amados.
No entanto, a consciência nunca morre, embora haja entorpecimento causado pelo sofrer. Em tempo do porvir, em que não podemos precisar quando irá ocorrer, pois depende da postura de quem vive essa experiência, a consciência ressurge resplandecendo a informação, pois ambas permanecem sempre juntas.
Essa postura de quem partiu em sofrimento é semelhante a quem desce a correnteza de rio abaixo por causa de que não pode mais fazer o colapso da função da onda, a morte corta esse recurso valioso em que temos enquanto estamos vivos. Aliás, a pessoa vai para onde a sua vibração lhe conduz.
No entanto, as preces e outros pensamentos de amor, os fazem despertar para caminhada. Com esses recursos valiosos quem está do outro lado da matrix pode deixar vir à tona os pensamentos que tinha, quando na experiência terrena, fazendo-o viver momentos felizes que voltam recrudescidos pela ideia original de que foi portador.
A matrix vai sempre para o outro lado da matrix, não há morte, apenas uma breve cerimônia nos cemitérios que, por tradição, é carregada de desencantos e de lágrimas. Basta um avião cair para despertar as pessoas ou o próprio mundo para realidade que não morre. [PÉGASO (LXIII) – 21 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Neste fim de ano em que fazemos uma retrospectiva do que passou, vale assinalar duas gratas recordações de amigos que conviveram conosco em nossa infância, na cidade de São Bento – MA, à época, a Suíça maranhense:
Arquimedes Vale – 25/12/2012 – Não sei quantos anos, talvez cinquenta, que esvaiu-se nossa convivência por conta de divergências de caminhos. Estou feliz por encontrá-lo, hoje, num florescente rumo de cultivo das letras. Não por acaso, também venho marcando passo por esse caminho tão gratificante. Isso me entusiasma por descobrir que, talvez, o que nos uniu na infância era a germinação dessa destinação. Tenho uma ligação de amor com o Rio de Janeiro, já que desde 1976, quando comecei a fazer Residência Médica, vou lá com muita frequência. Em média 3 vezes no ano. A última vez foi em novembro último que fui tomar posse na Cadeira nº 18 da Academia Brasileira de Médicos Escritores.
Vale assinalar o poema de Lourival Pinheiro, poeta maranhense, primo amado, postado em 29/12/2016 no facebook:
“Antes que o tempo passe nos iludindo
Ajudem alguém nos seus anseios
Seu desafeto trate sorrindo
Antes que termine este breve passeio”

No momento em que o mundo vive a mulher invisível, o homem invisível, tão comum no relacionamento de casal, como aconteceu com Bec (Emmy Rossum) que cuida de Kate, pessoa que sofre de doença degenerativa, vivida pela atriz Hilary Swank, no filme Um momento pode mudar tudo (título original You´re Not You), dirigido por George C. Wolfe. No final do filme, Kate, no leito de morte, diz a Bec: “você procure casar com alguém que lhe enxergue.”

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXVIII)

Sobrevoando o rio Grajaú, alto sertão maranhense, onde a nossa vida profissional começou, pudemos ver o remanso, trecho mais sossegado do rio, e lembramo-nos de nossos banhos, quase diários, à tarde, depois da hora do expediente bancário.
Num átimo, como num flash de relâmpago, estávamos sobrevoando o rio Ganges, na lendária Índia, de costumes exóticos e espirituais, terra de ensinamentos milenares que perduram ainda hoje.
À beira do rio era o percurso que empreendemos para observar esse povo e suas tradições ostentadas em templos sagrados à trindade indiana, trindade imitada em tempos posteriores, em nova roupagem, pela Igreja de Roma para apresentar numa só pessoa: Pai, Filho e Espírito Santo.
Um templo perto do Ganges chamou-nos a atenção e descemos da altura, relativamente pequena, para ver seus mistérios, como um avião em direção da pista de pouso. O penhasco abrigava uma estátua com uma escadaria de acesso. Era o anoitecer que se aproximava.
Na penumbra, subimos até o topo da gigantesca estátua e na parte traseira da cabeça havia uma entrada e um pequeno altar para celebrar eventos sagrados. Identificamos lá, os registros de nossa obra guardada melhor do que a sete chaves.
É que a descoberta da ciência é fantástica: tudo tem um duplo. Os originais de nossos escritos, em sua parte etérica, estavam lá, empilhados da mesma forma em que guardamos no acervo da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil os originais em papel, fotos e vídeos.
Ninguém poderia destruir o que realizamos para narrar a história da empresa, resumida na tríade Banco do Brasil e os ensaios literários acerca da obra Jesus, Luz do Mundo, entre outros que se destacam ainda A Sarça Ardente, Música para Canto e Piano, e o site www.fernandopinheirobb.com.br caracterizado pela abertura da música Nocturne in C≠ minor, de Chopin.
Quem levou este precioso acervo ao templo sagrado indiano? Resposta imediata: as águias, símbolo do poder reconhecido mundialmente em todas as épocas em todas as partes. Isto nos agrada muito porque as mãos humanas, na densa consciência planetária em que a Terra vive, não tem a pureza dos altos cimos que as aves ostentam.
A noite veio e nos encontrou dentro do templo sagrado onde as divindades são múltiplas, inacessíveis até mesmo pelo conhecimento humano, segredos da legendária Índia. Uma sombra veio perto de nós sem nos assustar, pois estávamos ao lado do que era nosso, como dissemos, a nossa obra.
Como tudo é sagrado e tudo é Deus naquelas paragens, pedimos licença para passar e sair daquele local, o que fomos atendidos na hora, uma ligeira superioridade estava a nosso favor, embora saibamos que tudo se interliga e não há separação alguma para discriminar a hierarquia, comum entre os humanos.
Não buscamos identificar a sombra que poderia se projetar em luz se fosse acionado o mecanismo do eu superior, o ser profundo que todos somos, sem exceção, e seria revelado que todos somos um.
Lá naquelas paragens sagradas não existe o condicionamento de atitudes que se revela, como dissemos anteriormente, no dito popular “o boi deles é melhor do que o boi dos outros”, e ainda pagam pedágios obrigatórios, como forma de submissão e escravidão disfarçada, escravos de si mesmo que persistem quando perderem o colapso da função de onda, identificação de quem passa a viver em outra fase da vida, narrada em nossa crônica anteriormente.
Observando o estado de torpor dos moradores da colônia, veio-me a ideia de transmitir aos meus leitores a importância das horas que têm os viventes do plano físico, a fim de aproveitar a oportunidade em fazer o colapso da função de onda, recurso inefável que lhe trarão luz, o equivalente a fabricar fótons, usando expressão da física teórica. (PÉGASO (LXVI) – 27 de dezembro de 2016].
Ao retorno de nossa viagem, observamos que a narrativa pertinente à empresa que servimos não atingiu a todos os servidores, embora a internet coloque o acesso disponível, e aos que, por curiosidade, buscam conhecê-la, estamos livres de toda crítica ou detração que poderia nos separar.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXVII)

Este enredo de sonho compõe-se de três partes distintas: a primeira é ambientada na praia onde um grupo de mulheres estão tomando banho de sol. De repente, eis-me em pé, observando o mar que empurrava ondas que morriam e ressuscitavam ao influxo da maré numa cantilena imortal que desafiam a inspiração dos poetas.
A jovem mulher, que está se encaminhando à velhice, chegou-se a mim a dar boas-vindas em silêncio. É que o pensamento diz mensagem imediata mais rápida que a palavra falada que é uma consequência desse fluxo do pensar. Os animais se entendem sem que haja necessidade da palavra articulada, embora a palavra esteja revestida do pensamento.
Era a mesma mulher que, na noite passada, entrou no pequeno chalé, onde moro na Mata Atlântica, e deixou no banheiro um biquíni com desenhos verdes, demonstrando que estava interessada em tomar banho de cachoeira, próximo da residência. [PÉGASO (LXV) – 26 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
Uma cadeira vazia em outro grupo vizinho a das mulheres foi o recurso que a jovem mulher colocou à minha disposição, trazendo para perto de mim, a fim de que pudesse sentar. Como a cadeira foi ocupada por um homem desconhecido que foi embora da praia, notei que era inadequado aceitar o convite para estar junto ao grupo de mulheres e saí à francesa.
A segunda parte do sonho é ambientada numa bela residência vazia, à minha disposição em ocupá-la, significando que o lar está presente nessa ideia ideoplástica que se materializa em construção civil.
Na sala-de-estar observei uma jovem mulher com o filho no colo, chorando e fazendo-o chorar. É que frequência de onda que emitimos atinge o alvo almejado pela mesma frequência de onda que é recebido. Mãe e filho em simbiose.
Quando saí ao encontro da mãe desamparada, a vi sendo socorrida pela jovem mulher, que está se encaminhando à velhice, que demonstrou sinais de conforto e carinho. Quando a mãe ficou sozinha, perguntei a ela o que a senhora que saiu disse a ela? A resposta foi INSS, questão de assistência social. Sinal de benemerência que me une as pessoas.
Voltei à residência luxuosa e entrei em seus aposentos. Numa frequência de onda que os animais nos ensinam a comunicar, observei que a jovem mulher entrou pela porta da frente, sem que me pedisse licença como se o lugar também estivesse à sua disposição. Se ela sentiu assim era que deveria ser mesmo assim.
Outro sinal que ela está voltando a mim, sem que eu tivesse pensado ou aguardado. Aceito tudo que é espontâneo dentro da mesma frequência de onda que os animais se comunicam e que os humanos absorvem esse conhecimento, praticando-o, entrosando-se com os afins, criando o destino.
A jovem mulher foi feliz ao fazer o colapso da função de onda no plano fora matéria, onde o sonho se expandiu, o sonho era meu, mas ela estava presente participando do mesmo sonho. Se isto não fosse feito, essa lacuna a acompanharia dentro do tempo em que já não seria possível fazer o colapso da função de onda porque, naquele estado que todos vão se defrontar, vive-se apenas de resultados.
Observando o estado de torpor dos moradores da colônia, veio-me a ideia de transmitir aos meus leitores a importância das horas que têm os viventes do plano físico, a fim de aproveitar a oportunidade em fazer o colapso da função de onda, recurso inefável que lhe trarão luz, o equivalente a fabricar fótons, usando expressão da física teórica. [PÉGASO (LXVI) – blog Fernando Pinheiro, escritor – 27 de dezembro de 2016]. 
A terceira cena do sonho se desenvolve nos preparativos das bodas. Ei-la, em pé, acompanhada de costureiras a ajustar os últimos pontos do vestido de noiva. Tudo nela era alegria somente, sem nenhuma expectativa comum nessas horas das noivas vivendo nesse clima denso do planeta.
Um detalhe que ela deixou transparecer: o vestido de noiva era longo e com decote no busto, realçando os seios em forma de pera. A forma original ela perdera com os tempos vividos, mas há indícios de silicone em operação plástica. Com os pensamentos, ela os recriou perfeitos.
No mundo físico em que a realidade é sentida pelos cinco sentidos, o sonho, nas camadas do inconsciente, traz sempre uma relação do que estamos vivendo. Existe essa oportunidade de sentir a real necessidade em tudo que nos cerca e manter o ânimo firme em toda circunstância que nos chega como aprendizado e revelação. [PÉGASO (LX) – 25 de setembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
A importância dos sonhos é infinitas possibilidades, corroborando os postulados quânticos de que a vida possui infinitas possibilidades. Isto frisando que não é apenas quando estamos em estado de vigília, acordados.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXVI)

Cheguei ao endereço de minha viagem no plano extrafísico onde estava um grupo de pessoas em frente à porta de um edifício a lembrar-me como acontecia antigamente no Rio de Janeiro: pessoas em frente de suas casas, em noites de lua cheia, a conversar, a cantar suas modinhas e declamar poesias, só com apenas uma diferença: elas estavam paradas e silenciosas.
Perguntei-lhes, apenas para confirmar, onde ficava o nome da rua e o número do logradouro que estava procurando. Seria aqui? Recebi apenas um leve aceno de cabeça de uma senhora atenciosa ligada, no passado, por liames afetivos com uma das pessoas presentes.
Em seguida, segui o grupo, subindo um elevador que me levou à cobertura do prédio, vi que a área estava coberta de vegetação, um convite para pensar na natureza. O líder do grupo se encaminhou à frente, fazendo-me conhecer o acesso que dava ao outro ambiente. Até brinquei com ele: você sabe o segredo do cofre e o dinheiro escondido! Ele não pôde responder pela impossibilidade da situação em que estava.
Quando cheguei a um salão, vi uma professora dando uma aula, era a mesma aula que ela proferia quando estava no plano físico. Ninguém era aluno de ninguém, como se vê aqui na Terra, eles mesmos nem estavam ouvindo ou entendendo o que dizia a professora, com o mesmo modo austero em que desempenhava as funções quando estava na Terra.  
A essa altura, estava acompanhado de um antigo servidor da empresa que trabalhei, prestigiando a minha presença no local. Aliás, quando ele estava, no plano físico, era sempre atencioso naquilo que eu dizia.
Lembro-me de um fato ocorrido quando ele desempenhava as funções de representante de entidade do funcionalismo: mostrei-lhe uma foto que tinha do casamento de Ovídio Cunha, o primeiro funcionário a exercer o cargo de presidente do Banco do Brasil. O então representante me disse que Sílvio Piza Pedrosa é muito querido pelo povo potiguar assim como JK em Minas Gerais.
Foto n° 75 – ARAXÁ–MG – 22/3/1952 – Solenidade do casamento do deputado federal OVÍDIO DE ABREU, presidente do Banco do Brasil (29/7/1949 a 18/12/1950) com a Srta. JÚLIA SANTOS DE ABREU. – Ao centro, Dom CARLOS CARMELO DE VASCONCELOS MOTA, cardeal–arcebispo de São Paulo, ladeado (E) pelos governadores SÍLVIO PIZA PEDROSA (Rio Grande do Norte) e ARNON AFONSO DE FARIAS MELO (Alagoas) e o deputado federal BENEDITO VALADARES, e à direita por JUSCELINO KUBITSCHEK, governador de Minas Gerais. – Cópia do original (dimensão 30 x 24 cm). – Autorização concedida, em 21/1/2008, por Júlia Santos de Abreu, viúva de Ovídio Xavier de Abreu, ao escritor Fernando Pinheiro. – Acervo: Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil.
A maioria das pessoas naquela colônia, com aspecto de gente idosa, parecia com os internos das casas de repouso, aqui no plano terreno, não falava, apenas assistia ao que estava ocorrendo em silêncio.
Um minuto pensei na possibilidade, em outra ocasião, voltar a essa colônia, a fim de proferir palestra, ou apenas revê-la, dando o meu carinho e afeto, mas o convite seria impossível, aliás ninguém teria condições de me convidar, pois não dispunha mais do colapso da função de onda, vivendo apenas de resultados, é o que sobra da morte no plano terrestre.
No final de minha visita aquelas paragens, assisti a um coral uniformizado, também de passagem como eu encarnado na matéria, tendo à frente uma orquestra sinfônica, suspensa no ar, que apresentou um barítono interpretando Sogni d´amore e, em seguida, um tenor que cantou Quando nascesti tu, árias da ópera Lo Schiavo, de Carlos Gomes. Essas músicas eu as ouvi primeiro em sonho, identificadas no próprio sonho e depois no Youtube.
Observando o estado de torpor dos moradores da colônia, veio-me a ideia de transmitir aos meus leitores a importância das horas que têm os viventes do plano físico, a fim de aproveitar a oportunidade em fazer o colapso da função de onda, recurso inefável que lhe trarão luz, o equivalente a fabricar fótons, usando expressão da física teórica.

www.fernandopinheirobb.com.br

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXV)

O sentido de propriedade particular não existe no mundo de beleza transcendente. Tudo é de todos, na unidade de que se reveste. Há um reflexo dessa beleza aqui na Terra quando vivenciamos, em todos os instantes, a presença do amor.
Chegamos a uma propriedade rural cercada de montanhas e de vale coberto de pastos verdejantes. Havia uma extensa cerca de arame demarcando os limites da propriedade e pudemos compará-la com outras, nas cercanias vizinhas, como a mais rica de vegetação.
Não entramos na luxuosa casa da propriedade rural, vimos que era muito grande num estilo do século 19, onde os barões do café construíram suntuosas fazendas, esse traço veio-nos por considerar que isto tinha mais ligação com os avós da mulher que estava passando uns dias por lá.
Era a mesma mulher que, na noite passada, entrou no pequeno chalé, onde moro na Mata Atlântica, e deixou no banheiro um biquíni com desenhos verdes, demonstrando que estava interessada em tomar banho de cachoeira, próximo da residência.
Anteriormente, essa mulher mereceu a nossa atenção em outra narrativa de 20 de dezembro de 2016:
Nas camadas do tempo, uma fase desabrochou como desabrocham as flores do campo carregando sutilmente o perfume. Era que a realidade feminina veio a mim para que pudesse desfrutá-la como se saboreia uma fruta madura. Apenas um toque, entre as pernas, a despertou para o envolvimento que nos unia.
Nesse enlevo aconchegante, preferi comemorar o sucesso da hora que viria, sem ansiedade, sem buscas, por milhões de segundos que o meu coração acalentava. Saí do ambiente acolhedor, usando apenas um calção e comecei a correr pelos caminhos da mata em direção à cidade.
Era que o meu contato com a natureza tinha uma percepção mais acentuada do que a agitação de pessoas nas ruas, em busca de comprar presentes neste final de ano. A minha corrida era em passos firmes e velozes. [PÉGASO (LXII) – 20 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Não temos ainda a liberdade em que pudéssemos ser eu, o morador, e ela, a visitante, que me daria a honra de estar presente. Por esta circunstância, não entramos na casa da propriedade rural. Tiramos umas fotos do celular (telefone móvel), admirando a beleza que a circunda. Os pastos verdejantes era num terreno plano do tamanho de um campo de futebol.
Árvores frondosas com frutas maduras e um pequeno riacho de onde se ouvia um ruído de águas levemente cantantes, pássaros cantavam, em pequenos gorjeios, pulando de galho em galho.
Quando estava tirando a última foto, uma surpresa chamou-nos a atenção: uma catedral em frente à casa da propriedade rural, apenas algumas árvores no meio as separava, encobrindo a visão de quem se aproximasse.
A ligação com a mulher da casa tinha requintes de sagrado pela presença da catedral, dando a ideia de que nossa caminhada em comum estava desenhada, o desenho valendo mais do que o dito, numa união dos amores eternos.
Na vida real das aparências do mundo quase profano, os amores eternos são apenas sonhos que o tempo consome, na verdadeira vida em que a nossa espiritualidade se faz mais presente, esses amores vivem em inexcedível beleza, num clima que nos lembram as blandícias do paraíso.
Um romance está no ar, pensamentos de união familiar, em fase embrionária, estão se formando nesses campos verdejantes que têm a presença de pássaros e riachos cantantes e uma catedral onde poderemos fazer juras de amor eterno.
O amor está no ar, não importando se ainda não há um envolvimento de presença física. A beleza nasce nesses recantos felizes.
Será que uma linda mulher se encaminhando à velhice deixaria o balneário onde mora, com atrativos múltiplos e variados, para morar num chalezinho. Será que isto não nos remeteria ao conhecido romance de um amor e uma cabana?
A resposta está no coração de cada de nós, irreveláveis antes da hora? O segredo ainda é a chave do negócio, no dito popular, mas para nós já está desenhado no sonho que vivenciamos no meio de encantamento e de alegria.

domingo, 25 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXIV)

No campo etérico os nossos pensamentos viajam levando o que somos em essência. Onde colocares o pensamento, colocarás o teu tesouro, repercute na egrégora mundial em que é comemorado o dia de Natal.
Ela olhou para mim, estática, a reter o que sentia de mais belo de nosso passado no meio de pensamentos turbinados. Algo a fazia ficar parada, sem ideia do que poderia acontecer, é que os engramas repercutiam nela fazendo ficar sem ação. Tomei a iniciativa e lhe disse: vem cá. Ela retrocedendo esses engramas, jogou-os na lixeira, veio a mim, na entrega que estava guardada em recônditos sublimes que o seu pensamento podia imaginar. Liberada de todo peso, aconchegou-se a mim, doando-se por completa.
A blusa com tiras na parte superior nas costas denotava o estilo moderno que busca a liberdade dos costumes antigos que preserva o recato acima de tudo. Não houve uma preparação, um namoro que identificasse a proposta de estarmos juntos. Isto revelado na ausência de cama e de lar.
O encontro aconteceu no chão sem nenhuma toalha ou cobertor que lembrasse a ideia de leito nupcial. O acoplamento aconteceu como as cápsulas espaciais que se unem no momento do voo.
Toda uma vida, todo um sonho pode acontecer num estalo de dedos que denuncia a troca de posturas íntimas. A superfície em que corria as impressões de aparências e suposições de ideias, juguladas ao estilo de vida moderna que promove o hedonismo, estava agora limpa, deixando transparecer o que vinha do nosso ser profundo que todos nós temos, independente de crença ou aceitação.
A Terra, como um todo, está saindo da fase hedonista em que se compraz pelo jugo mitológico de Prometeu que furtou o fogo do Olimpo, falsificando-o, e entrando numa era de retomada de valores esquecidos ou invertidos em que o amor foi o mais prejudicado. No princípio era o Verbo é a retomada da consciência de que Jesus nasceu.
Há movimentação constante de forças criando o destino de futuras flores, ainda inseminadas nos pólens de árvores que os pássaros sacodem; há energias mentais, que se cristalizaram nos sorrisos e na ternura, construindo o sonho dos amores numa vida em comum.  in Anunciando a encarnação do Verbo, da obra JESUS, LUZ DO MUNDO, de Fernando Pinheiro, disponibilizada ao público pela internet no site www.fernandopinheirobb.com.br
A doação em que ela se manifestara era espontânea e livre vivenciada em campos sublimes em que a Terra toda, no porvir de um futuro risonho, terá para sempre. Uma vez que revigora nesses campos o amor, a repercussão a nível terreno será em plenitude sem receio algum de surgir outros engramas que, nesse caso, é impossível acontecer. A plenitude ocupa todos os espaços em que o coração é doado. Só existe o amor.
Por que não aconteceu antes? A resposta está em cada um, é o mesmo se perguntar por que o fruto não está colhido, se a semente germina debaixo do solo fértil?
A semente foi plantada com o aconchego acolhedor dos abraços que se envolveram com a ternura almejada nos sonhos acalentados e não revelados por receio de serem destruídos por impressões de que um pensa do outro. Isto é a superfície que se vê, no íntimo há luz no amor que sentimos.
O nosso código é simples como temos demonstrado nos 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria, como meio de viver que nos possibilita alçar voos que nos situam em dimensão planetária em que a Terra está ascendendo: de 3ª para 5ª dimensão de consciência planetária.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXIII)

Numa paisagem amena em que estava eu a contemplar, surgiu inconformada a mulher que tinha sido durante muitos anos minha amada amante. A hora de seguir outro caminho tinha chegado tanto para mim quanto para ela. Eu já estava sabendo da mudança do lugar em comum, mas ela insistia em permanecer na mesma situação onde sentiu prazeres inesquecíveis que ela ostenta como troféu, vitória de um tempo que passou. O argumento que usou foi o sexo vitorioso que sempre existiu entre nós.
Como tudo no universo tende a ter uma complementação definitiva, embora tenha estágios que vão se formando nessa direção, somos também procurados nos sonhos por pessoas que buscam se reajustar na harmonia da natureza, em momentos de paz e de conforto.
Não buscar nem fugir atinge o mundo onírico, realidade que dispensa qualquer comprovação porque a necessidade da comprovação é do mundo da incerteza, condição em que está subjugada a Terra.
Filmes, novelas, relação de casais estão nesse mundo para que haja controle e subjugação dos manipuladores de massas humanas no modelo que impõe todos seguir. O objetivo de tudo isto é fazer do ser humano um fantoche, um zumbi onde se vê a predominação de substâncias que induzem ao torpor e inação.
Quando o cinema começou a ser mostrado ao público, nas primeiras décadas do século XX, havia uma busca para beneficiar o público com fontes que inspiram a beleza, assim como a tragédia grega, no início de sua aparição, trazia uma mensagem proveitosa no sentido de viver melhor, inspirada na filosofia que tinha uma ética para durar para sempre.
A bebida alcoólica os faz acostumar a ter uma sensação diferente do normal, como se fosse algo acima do cotidiano em que vivem. Beber socialmente é um disfarce da realidade mais tangível, esse beber é aceito, com requintes de apreciação, como se aprecia os bons vinhos, pois a egrégora sempre tem força de persuadir.
Em datas em que poderiam ser aproveitadas como oportunidade que possa fortalecer uma relação afetiva ou amorosa, como aniversário ou qualquer comemoração festiva, são desperdiçadas para ceder espaço ao que é trival, mantendo-os sempre na zona de conforto, expressão que é aceita nesse jugo social.
A ligação do passado é mantida viva porque os pensamentos criam essa condição que os fazem ficar ligados uns aos outros, embora não haja vontade atual para ficar juntos pelo desgaste que o tempo consumiu.
É que os engramas do passado são forças coercitivas superiores à mudança de atitudes de quem busca se beneficiar em atitudes que ocasionaram perdas. O interlocutor carrega os pensamentos que lhe deixamos como carga que o faz sucumbir ou se elevar, se houver enlevo amoroso. É que as pessoas necessitam caminhar em direção de novas paisagens tanto íntimas quanto externas que repercutem no mundo onírico.
Alguém não está podendo dormir direito? Então, verifique a situação em que está. Não é necessário conversar pessoalmente com os desafetos. Nos sonhos, a conversa pode surgir, desde que os pensamentos entre ambos estejam interligados. Ninguém gosta de carregar peso em caminhadas em que se verifica a vida não acabar nunca, nesse estágio de transmutação.
Até os planetas tem transição de consciência coletiva em graus que ascendem a patamares de beleza onde não existe mais a condição coercitiva, comum nos mundos sofredores e de desencantos que estão se transformando, no decorrer dos tempos, em mundos felizes, o destino da Terra, por exemplo.
A matrix vai sempre para o outro lado da matrix, não há morte, apenas uma breve cerimônia nos cemitérios que, por tradição, é carregada de desencantos e de lágrimas. Basta um avião cair para despertar as pessoas ou o próprio mundo para realidade que não morre.

terça-feira, 20 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXII)

O ambiente em que estava era o ambiente em que vivo no momento atual cercado de muito verde e pássaros ao redor, só que em dimensão planetária diferente da conhecida e vivenciada por milhões de pessoas.
Nas camadas do tempo, uma fase desabrochou como desabrocham as flores do campo carregando sutilmente o perfume. Era que a realidade feminina veio a mim para que pudesse desfrutá-la como se saboreia uma fruta madura. Apenas um toque, entre as pernas, a despertou para o envolvimento que nos unia.
Nesse enlevo aconchegante, preferi comemorar o sucesso da hora que viria, sem ansiedade, sem buscas, por milhões de segundos que o meu coração acalentava. Saí do ambiente acolhedor, usando apenas um calção e comecei a correr pelos caminhos da mata em direção à cidade.
Era que o meu contato com a natureza tinha uma percepção mais acentuada do que a agitação de pessoas nas ruas, em busca de comprar presentes neste final de ano. A minha corrida era em passos firmes e velozes.
Corri, corri e, quando me dei conta, estava na cidade circulando nas avenidas, viadutos, pontes e veredas que se interligam a lugares afastados do que normalmente costumo transitar.
Pressenti a necessidade de retornar ao ambiente campestre em que saí e busquei um retorno que me indicasse a direção. Avistei uma pequena alameda que era o local próprio do retorno. Preferi ir mais a frente, pensando logo retornar ali e cheguei ao fim da rua, onde pude ver na colina onde estava a parte da cidade que abrigava igrejas e monumentos, área de estudo e observação.
Reconheci o lugar onde antes já tinha estado em excursões anteriores. Lembra-me de outras épocas, de outras circunstâncias em que o tempo guarda em suas memórias. Já não mais precisava rever ambientes que passei, embora sabendo que de lá há amáveis lembranças que não mais precisam ser relembradas porque a vida continua em descobertas sempre alvissareiras.
Retornei ao ponto do retorno e comecei o caminho de volta, correndo em velocidade máxima de automóvel. No campo físico, não tenho essa condição física em correr tão rápido, mas no plano etéreo posso correr, voar e estar em lugares longínquos em fração de segundos ou num piscar de olhos.
Há situações especiais em que preferimos deixar a pessoa amada curtir a impressão comovedora que lhe deixamos para que possa avaliar a profundidade do que sentimos por ela. Nesse caso, ficando a sós, é uma meditação contemplativa em que somente quem sente pode avaliar a grandeza que a cerca.
Nesse campo fértil está preparado a receber um plantio que irá gerar ótima colheita, embora não pensamos em colheita quando estamos no momento de semear. Apenas, para explicar que inevitavelmente acontecerá o que pensamos ser realidade a acontecer.
Se mundo físico tivesse a percepção da realidade que o envolve, tudo seria mais fácil de ser conseguido em todas as áreas, em todos os momentos em que sentimos a vida ser mais amena e acolhedora em nossos sonhos que nascem em nosso ser profundo.
Caminhemos com leveza, embora haja a rapidez dos automóveis em velocidade extrema, como aconteceu comigo em sonhos em que nos sentimos confortáveis em percorrer por caminhos que nos levam à realidade sonhada.

domingo, 18 de dezembro de 2016

PÉGASO (LXI)

Preliminarmente, antes de abordar o tema do sonho contido na crônica, é oportuno transcrever textos de crônicas anteriores pertinentes a sonhos e a acontecimentos que chamam, distintamente, a atenção de milhões de pessoas:
No mundo físico em que a realidade é sentida pelos cinco sentidos, o sonho, nas camadas do inconsciente, traz sempre uma relação do que estamos vivendo. Existe essa oportunidade de sentir a real necessidade em tudo que nos cerca e manter o ânimo firme em toda circunstância que nos chega como aprendizado e revelação.
A onça-bebê estava ao meu lado, enquanto a onça-mãe tinha saído para caçar. Sabia que a mãe tinha ciência de que eu estava perto da filha, através do colapso da função de onda que a filha fazia em permanente pensamento na mesma sintonia que a mantinha ligada à mãe.
Logicamente, a mãe sabia que a filha não corria perigo, senão interromperia a caça e viria protegê-la. Esta conexão também existe entre os humanos, desde que entre eles existam o mesmo modus operandi dos animais. A busca de caminhos diferentes do seu mundo interno não permite perceber essa conexão.
A onça-bebê veio a mim, buscando proteção e, ao mesmo tempo, brincar de criança, deixando a espontaneidade fluir, sem temores. Quanto a mim, educado numa cultura que prevê medidas de segurança, eu me afastei da onça-bebê, e ela se encaminhou em minha direção.
Não corri, fiquei parado para sentir o que estava havendo entre nós. Havia reciprocidade em doar-se, com maior intensidade nela e aceitei estar perto para apreciá-la melhor e me entregar pensando no doce enlevo que nos envolvia.
Olhei a onça-bebê, a senti como se fosse uma gatinha, uma dessas que enternecem os lares das mulheres que lhes dão assistência e proteção. Não há diferença no modo de ser entre uma onça e uma gatinha, são iguais em tudo. É o que senti dentro do sonho. [PÉGASO LX – 25 de setembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Em dia de tela quente, 28/11/2016, a Rede Globo de Televisão exibiu o filme russo Voo de Emergência. Um dos episódios mais envolventes ocorre numa ilha ameaçada pela erupção de vulcão. Na pista do aeroporto, duas aeronaves à disposição dos sobreviventes que estavam fugindo da calamidade. Muito fogo e larva ameaçam a decolagem.
Poucas horas depois da exibição do filme, já na madrugada do dia seguinte, um voo de emergência foi notícia no mundo inteiro, com o avião Avro RJ–85, da empresa boliviana LaMia, saindo de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, com destino a Medellin, Colômbia, conduzindo o time Chapecoense que tinha jogo programado com o Nacional da Colômbia pela final da Taça Sul-Americana de Futebol. Do trágico acidente 6 feridos e 71 mortos. (...)
No filme russo Voo de Emergência, título original Flight Crew, a dianteira e a cauda do avião UTair saindo do Aeroporto de Moscou com destino a Munique estampa o desenho de uma figura mitológica, Pégaso, com apenas a cabeça e o tronco do cavalo alado. Pégaso é o nome da série de sonhos (I a LX) narrados por nós no blog Fernando Pinheiro, escritor.
O piloto do avião comparece ao gabinete do dono da empresa aérea para ser admoestado: “como você deixou o estagiário sair da cabine, uma briga no avião. O vídeo está na internet.” Isto ocorreu porque o estagiário pediu a um passageiro apagar o cigarro no momento antes da decolagem. Um dos aviões da companhia é fretado e o dono encarrega o comandante a missão de realizar outra viagem, atribuindo a ele a escolha dos copilotos.
Na cena de amor na cama, Leonid, interpretado pelo ator Vladimir Mashkow, está acompanhado de Alexandra, papel da atriz Agne Grudyte, que lhe diz: “é tão complicado ser piloto, você não acha? Ainda mais piloto mulher. É tão cansativo, a gente tem que trabalhar muito para ser tratada com igualdade, senão somos humilhadas.”
Por ironia do destino, os dois amantes vão ser os copilotos escolhidos pelo comandante do avião para trabalhar juntos no voo com destino a uma ilha na Ásia para resgatar passageiros em desespero.
Quando o avião chega ao aeroporto da ilha vulcânica, o quadro é desolador: uma multidão está ávida para embarcar. Outro avião está também fazendo o resgate no meio de fogo e labaredas que se alastram a todo vapor.
Depois da decolagem, a viagem é realizada em cenas que mostram o traslado de passageiros de um avião para o outro, em pleno voo, por meio de um cabo de aço que sustenta uma rede de salvamento. A operação é realizada com sucesso, embora haja uma perda de um dos grupos de pessoas no traslado.
Apreciamos a coragem dos pilotos em resgatar os passageiros que saíam da ilha vulcânica, destacando a espera dos carros que foram buscar os moradores do lugarejo perto do vulcão, arriscando a própria vida diante da iminência de erupção, com pouco tempo de agir, aliás a saída deles é no meio do fogo.
Uma parte dos passageiros conseguiu embarcar e ser salva da catástrofe. No traslado em pleno voo de uma aeronave a outra, alguns conseguiram ser resgatados, outros passageiros morreram na tentativa de fazer a baldeação no ar com a ruptura da rede de salvamento.
No elenco do filme Voo de Emergência os principais artistas: Agne Grudyte (Alexandra), Vladimir Mashkow (Leonid), Sergey Shakurov (Nikolai), Sergey Gazarov (Shestakov), Yang Ge (Liu), Irina Pegova (Lena), Katerina Shpitsa (Vika), Elena Yakovleva (Irina). A música é de Artem Vassiliev. [VOO DE EMERGÊNCIA – 5 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
A realidade existencial, que ultrapassa a condição física na Terra, surgiu no ambiente que conheci, quando estava em atividade profissional, agora apresentada no duplo que a ciência comprova existir.
Esse campo etérico era onde estava seguindo de carro no trecho perto do Consulado do Estados Unidos na cidade do Rio de Janeiro. Atravessei o sinal que estava apagado, sem nenhum veículo próximo, seguindo em frente, quando estava para atravessar o final da Av. Rio Branco em direção da Praça Paris, o carro parou, apesar de apertar o acelerador.
Estava com R$ 1.050,00 na carteira do bolso e, como era madrugada, sem trânsito de pessoas, surgiu em minha frente um homem noctívago que se apraz em assaltar quem passa por aquela área. Ele viu que o carro parou e veio correndo em minha direção.
Então, dei marcha a ré no carro com velocidade em que o noctívago não podia me alcançar, aliás ele desistiu e fiz a curva a caminho da Av. Beira Mar, onde havia famílias reunidas e um clima de segurança estava presente.
De repente, passa um ônibus especial, onde a porta abria como se fosse vans de passageiros. Fiz um sinal, ele parou um pouco adiante e o motorista me esperou embarcar. Disse-lhe parar perto do metrô onde poderia seguir viagem a caminho de casa.
Este sonho é um aviso a quem está ligado a mensagens de cinema e de televisão que abordam temas de catástrofe, escândalos políticos, violência de modo geral como aparecem nos programas Tela Quente e Jornal Nacional da Rede Globo de Televisão, embora haja abordagens de jornalismo investigativo e de utilidade pública.

sábado, 17 de dezembro de 2016

COMENDAS

Em ato solene, muito comum nas academias de letras, o governo federal no Palácio do Planalto concedeu, em 16/12/2016, onze comendas a personalidades colombianas e brasileiras.
Dentre elas destaca-se Johan Alexis Ramírez Castro, um jovem de 15 anos de idade que ajudou a resgatar os corpos da vítima do trágico acidente aérea na Colômbia que transportava a delegação da Chapecoense, um time de futebol.
Em dia de tela quente, 28/11/2016, a Rede Globo de Televisão exibiu o filme russo Voo de Emergência. Um dos episódios mais envolventes ocorre numa ilha ameaçada pela erupção de vulcão. Na pista do aeroporto, duas aeronaves à disposição dos sobreviventes que estavam fugindo da calamidade. Muito fogo e larva ameaçam a decolagem. [VOO DE EMERGÊNCIA – 5 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Poucas horas depois da exibição do filme, já na madrugada do dia seguinte, um voo de emergência foi notícia no mundo inteiro, com o avião Avro RJ–85, da empresa boliviana LaMia, saindo de Santa Cruz de La Sierra, Bolívia, com destino a Medellin, Colômbia, conduzindo o time Chapecoense que tinha jogo programado com o Nacional da Colômbia pela final da Taça Sul-Americana de Futebol. Do trágico acidente 6 feridos e 71 mortos. [VOO DE EMERGÊNCIA – 5 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. 
Além de Johan Castro foram condecorados com a medalha Ordem do Rio Branco as seguintes autoridades:
Federico Gutiérrez Zuluaga, prefeito de Medellin,
Victoria Eugenia Ramirez Vélez, secretária do Governo de Antioquia,
Sergio Escobar Solórzano, diretor executivo da Agência de Cooperação e Investimentos de Medellín e Área Metropolitana,
Camilo Zapata Wills, diretor do Departamento Administrativo de Gestão de Risco e Atenção a Desastres de Medellín,
Mónica Patricia Jaramillo Giraldo, apresentadora da TV Caracol,
Luciano José Buligon, prefeito de Chapecó – SC.
Receberam a comenda Ordem do Mérito da Defesa as seguintes autoridades colombianas:
Major-general-do-Ar Carlos Eduardo Bueno Vargas, comandante da Força Aérea Colombiana,
Major general Jorge Hernando Nieto Rojas, diretor-geral da Polícia Nacional da Colômbia,
Coronel Fabio Alberto Sánchez Montoya, comandante do Comando Aéreo de Combate nº 5,
Gustavo Villegas Restrepo, secretário de Segurança e Convivência de Medellín,
Juan David Arteaga Flórez, subsecretário de Proteção Social de Antioquia.
As comendas representam o reconhecimento do trabalho dos homenageados a serviço da Pátria. Na área acadêmica, concedemos, em épocas distintas, medalha de ouro aos membros honorários da ALBB: José Carlos Moreira Alves, presidente do Supremo Tribunal Federal (1985/1987), o único funcionário que trabalhou no Banco do Brasil a ocupar o cargo de presidente da República, na vaga do presidente José Sarney, em viagem oficial à Itália; Synval Guazzelli (1930/2001), presidente-interino do Banco do Brasil; Ruth Lima, primeira bailarina do Theatro Municipal do Rio de Janeiro; Artur da Távola (1936/2008) e Epitácio Cafeteira, senadores da República.
Outras autoridades do governo receberam de nossas mãos a insígnia da ALBB, ao ensejo da posse do jurista Geraldo Magela da Cruz Quintão, em nossa Academia, à época, advogado-geral da União, e Marcos Vilaça, ministro do Tribunal de Contas da União.
A insígnia da ALBB compõe-se dos seguintes elementos:
i) na medalha do colar acadêmico – em campo circular granitado, com 60mm de diâmetro, dois ramos entrelaçados pelas extremidades inferiores, sendo um de carvalho, com seus frutos ou bolotas, e outro de café, com seus frutos, nas  cores que lhes são próprias. Circundado pelos ramos, um livro aberto, esmaltado de branco, com dizeres em letras douradas, na folha à esquerda do observador, ACADEMIA DE LETRAS DOS FUNCIONÁRIOS DOS, em quatro linhas horizontais, ligeiramente onduladas, e na folha à direita, FUNCIONÁRIOS DO BANCO DO BRASIL, em cinco linhas, com iguais disposições. Na parte inferior da medalha, na altura do exergo, inscrição em latim, em três linhas horizontais, MENS AGITAT MOLEM. Todos os elementos são estampados em relevo. A medalha apresenta olhal (argola), articulado a passador (alça), para fita verde, formando o colar acadêmico;
ii) no distintivo para lapela – em campo circular, com 18mm de diâmetro, os mesmos elementos e concepção artística da medalha,  sendo o campo esmaltado de azul ou nas cores da medalha,  filetado a ouro, livro esmaltado de branco e ramos e inscrições em ouro, com alfinete tipo espigão.