Ao que se lê da crônica MIGRAÇÕES
CLIMÁTICAS, publicada em 12 de dezembro
de 2014, no blog Fernando Pinheiro, escritor, 144 milhões de pessoas foram
obrigadas a abandonar suas casas, no período de 2008 a 2013, segundo relatório
sobre Migrações Climáticas das Nações Unidos.
No entanto, a maior migração do mundo ocorre anualmente,
no iníco da primavera, na chegada do ano novo chinês, cerca de 200 milhões de
pessoas saem dos grandes centros urbanos da China e vão visitar seus parentes,
conduzidos por trem-bala, viagem rodoviária e aérea.
De uma população de 1,3 bilhão, cerca de 700 milhões de
chineses vivem nas grandes cidades. De uma sociedade rural no passado, a China
está se encaminhando para ser a fábrica do mundo, assim como foi a Inglaterra,
no início da revolução industrial, a oficina do mundo.
Naquela época, o caixeiro-viajante Mauá fez uma visita a
Inglaterra e foi aconselhado a fundar um banco que não logrou êxito por ser um
banco privado, trouxe de lá engenheiros e operários qualificados e implantou a
indústria brasileira, o pioneiro na construção naval em Niterói e no
Brasil.
O visconde de Mauá, antes barão, hoje relembrado em nova
Praça Mauá, na cidade do Rio de Janeiro, com a estátua de olhos voltados a
Niterói, até aceitou ser diretor do Banco do Brasil, presidido por Lisboa Serra
(1853/1855), o presidente-fundador do atual Banco do Brasil, mas foi por pouco
tempo, alguns meses, porque tinha a missão de ser um empresário e o foi, o
maior do Império, construindo o seu próprio império industrial, sem
concorrentes.
A migração interna da China, saindo do campo para os
grandes centros urbanos, está ocorrendo a passos de galope, é tanto que,
possivelmente, em 2030, terá um volume populacional igual a população dos
Estados Unidos, cerca de 325 milhões de pessoas.
Enquanto que nos países da África oriental atualmente existe
1,1 milhão de retirantes em busca de água e de alimentos, no Brasil amazônico
os recursos hídricos são abundantes, pois, segundo o El Pais (edição de
5/12/2014), jornal espanhol, “19% das chuvas que caem anualmente na bacia do
Prata, se originam da
umidade gerada pela floresta amazônica e dispersada rumo ao sul”. [MIGRAÇÕES
CLIMÁTICAS – blog Fernando Pinheiro, escritor – 12 de dezembro de 2014].
Vale assinalar textos da crônica ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE,
publicado em 06/09/2014, no referido blog:
Argumentando que ainda vai levar um tempo para sarar a ferida interna,
num relacionamento que acabou, a letra da música de Lulu Santos enfatiza:
“assim caminha a humanidade com passos de formiga e sem vontade”.
Imaginemos 5 ½ bilhões do total de 7 bilhões de habitantes do planeta
vivenciando a densa consciência dissociada, onde se caracteriza a
separatividade e a competitividade, sem o sentido gregário caminham a “passos
de formiga e sem vontade”.
Poucas vezes a Terra, dividida por nações, foi governada por poetas e
filósofos, sempre a maioria constituída de tiranos e usurpadores. A exceção que
nos comove tanto aconteceu no reinado de Salomão, durante 50 anos a taxa de
homicídios foi zero.
A edição do jornal O Globo – 04/09/2014 – divulga notícias da revista
Nature na qual é revelada os limites identificados do conjunto de galáxias,
batizado com o nome de Laniakea, onde está situada a Via Láctea e ressalta “que
abriga outras 100 mil galáxias com uma massa total estimada em mais de 100
quatrilhões de sóis.”
Depois dessa pequena esquina galáctica, o que existe? Espaço, espaço e
mais espaços, pois na teoria quântica o Universo é constituído de infinitas
possibilidades. A realidade última ainda não foi alcançada, embora haja
inúmeros experimentos que atestam a grandeza sideral que nos cerca.
Alguém antes já ouviu falar em 100 quatrilhões de sóis identificados por
mapeamento científico? Pois é, e pensar que há 500 anos, à época da navegação
marítima, que possibilitou a descoberta de novas terras, havia o temor de que
as embarcações caíssem, pois era de conhecimento popular de que a Terra era
plana e, mais tarde, veio a tese, defendida por Nicolau Copérnico (1473/1543),
de que a Terra é redonda e acabou-se esse temor.
Esse grande avanço na tecnologia está na descoberta e aplicação do átomo
nos experimentos que possibilitaram as grandes descobertas tecnológicas guiadas
pela física quântica e outras ciências correlatas. Vamos ficar apenas no
telefone celular que é a grande novidade, crème de la crème, utilizado pela
população mundial.
A ferida interna de que nos fala a canção de Lulu Santos não é apenas de
alguns, o número é bem elevado tanto no orbe terrestre como nos espaços
siderais, basta dizer que, desde que foi anunciado a separação do joio e do
trigo pelo libertador, cerca de 35 bilhões de almas vivendo na erraticidade,
com essa mesma ferida, estavam aguardando a oportunidade de se recompor num
corpo físico.
Vale salientar que, conforme comprovado pela física quântica, após a
morte física o ser humano não tem mais a capacidade de fazer o colapso da
função de onda. Se estava doente na roupagem carnal, continua doente após o que
se chama morte, se estava sadio continua sadio nas regiões paradisíacas ou
mundos felizes.
Como a Terra e demais planetas do nosso sistema solar estão em transição
de consciência planetária, pois não existe apenas esta dimensão dissociada que
conhecemos, esses bilhões de almas errantes foram encaminhados pela atração
eletromagnética em que estavam imantados a mundos que possuem a mesma
frequência de onda em que vivem.