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sábado, 29 de novembro de 2014

NO MEIO DO CAOS

A China, o país de maior população do mundo, cerca de 1,7 bilhão de habitantes, apresentou, conforme divulgado, em 29/11/2014, pelo jornal madrileno El Pais, o primeiro projeto de lei contra a violência conjugal, realçando que o problema afeta 25% das mulheres casadas. Assim, podemos ver que o número de vítimas atinge a cifra de milhões de mulheres.
A cultura milenar chinesa, assim como a maior parte do mundo, ao longo de sua existência, considerava essa questão como sendo particular e não pública, isto englobando o abuso verbal sofrido por mulheres.
Na cultura brasileira, a canção Conselhos, de Carlos Gomes, composta nos idos de 1884, poesia do Dr. Velho Expediente: “tome a lição que ele quiser lhe dar. Se funções, contradanças não quiser, também não queira, para não brigar...” A propósito, escrevemos em 29 de julho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
A letra da canção traz conselhos a mulheres casadas. Os tempos em que vivemos são outros dos aqueles em que viveu Carlos Gomes, mas reconhecemos que o relacionamento entre casais ainda está sujeito a condutas saudáveis que fortalecem a união da família.
Em cada estrofe há uma sucessão de conselhos úteis, vindo da vivência dos relacionamentos do passado que alcançaram êxito, e logicamente serve como bússola para guiar aqueles que, perdidos entre tantas informações, ainda não encontram o caminho certo.
Logicamente em cada um dos parceiros, haverá sempre uma variante de opiniões que oscila entre aquilo que deve ser e aquilo que pode ser ou mesmo não ser nada, o que vem caracterizar a separação.
Fazer a vontade do marido é o melhor caminho para as jovens esposas, desde que essa vontade esteja revestida de indícios de bom–senso, discernimento e os cuidados que vêm do amor verdadeiro.
Neste caso, entra muito a apreciação inteligente do que seja bom para ambos. Não apenas a satisfação e os gostos inclinados para um lado só, mas ao que convém para manter o casamento. O amor verdadeiro é feito mais de renúncia e desprendimento do que as vantagens pessoais.
Não é apenas na China, mas em todo o planeta essa inquietação social atinge outros milhões de mulheres, inclusive entre os refugiados sírios, acampados ou não, onde os pais entregam suas filhas, ainda crianças, para ser esposas de seus pretendentes árabes, a fim de protegê-las contra o assédio dos homens.
Está incluída nessa inquietação a pressão sofrida pelas mulheres, via econômica, pois a situação do mundo é bastante delicada, como dissemos anteriormente: de 2 bilhões, do total de 7,3 bilhões de habitantes do planeta Terra, atualmente, ganham trabalhando, cada um, apenas 2 dólares por dia (R$ 4,86 ou £ 1,24).
Obter a consagração no meio do caos tem sido a tarefa de todos nós, homens e mulheres, no mundo inteiro. Ainda ontem, sonhamos que retornamos ao lar, depois da labuta diária, e encontramos pessoas queridas no meio da sala. A porta estava encostada mas não entramos.
Olhamos a janela de nosso quarto e, sem interromper a conversa da sala-de-estar, pensamos entrar por lá que estava aberta e iluminada. Mas, ao chegar à janela, verificamos que se tratava de um quarto todo arrumado da casa de uma linda mulher que parou admirada a nos olhar. Na vida real, é uma forma de falar, não identifiquei nenhuma mulher conhecida por mim nesse belo sonho.
Não pedi nada a ela, esqueci que queria entrar pela janela do meu quarto que, na realidade, era o quarto dela e saí de mansinho impressionado com a beleza da mulher que, em breve instante, esteve me admirando. Quem não gosta de ser admirado, principalmente numa admiração mútua?
No meio do caos vamos seguindo com leveza, olhando as dificuldades que vêm da China e de outros lugares do planeta. Quantas mulheres fizeram esses objetos, comprados por nós, que a China exporta?
Você já pensou no carinho que elas dedicaram ao trabalho, a fim de que você pudesse usufruir desses objetos? Antigamente, só conhecíamos as porcelanas chinesas, as melhores do mundo.
Sigamos com leveza.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

NAS MALHAS DO DESTINO

Todos nós, os seres humanos em trânsito pelo planeta, temos um meio de transporte, pode ser uma bicicleta, um carro, um avião, um animal de montaria, preferimos os cavalos árabes, que nos conduz a um destino. Isto sempre foi referência em nossos sonhos.
Nas malhas do destino, música na voz do cantor Toninho Gerais, tem esse transporte em direção ao mar num aviso para olharmos o luar, olha lá, olha lá.
Esse olhar é mais um despertar interno de uma visão mais profunda do que aquela em que olhos podem enxergar. Esse barco está seguindo para o mar levando a saudade dos tempos que não nos convém mais lembrar.
No ritual em que tem uma percepção interior, depositamos a carga de aflições que nos atormentava para que o mar faça a química da transformação quando as ondas chegam e quando as ondas vão indo embora. Quando aflora alegria há flores para Iemanjá, a rainha do mar, referenciada na passagem do ano novo.
O canto apresenta um pescador de estrelas na imagem ideoplástica que sentimos ser real, pescar estrelas é muito mais elevado do que ser pescador de peixes, embora estejam intrinsicamente interligados, assim como a física quântica está ligada à química quântica.
Pescar estrelas é se conectar com os mundos paradisíacos, numa dimensão galáctica, exemplo único conhecido com o herói da sepultura vazia que é a luz do mundo, e que todos os seres humanos têm esse destino traçado pelas estrelas. Enquanto isso, vamos usando os transportes conhecidos: bicicleta, carro, avião, cavalo e camelos, no mundo árabe.
O barco do pescador tem bandeira identificada como liberdade e se agita ao balanço do mar, onda e vento do mar, acariciando no cheiro do sal e na luz solar que faz bronzear.
O sonho do pescador é real ao ver estrelas candentes caindo no mar e navegando pelas ondas ele busca encontrá-las. Estrelas candentes são também as luzes da espiritualidade superior que caem, em profusão, quando se estabelece uma conexão onde existe o amor.
O canto do pescador se estende em ressonância no amanhã, pois há inscrição de nome na transparência das águas claras e enfatiza: “um canto ecoa no vento e para ouvir é preciso ter fé.”
A transparência, no sentido supramental, ultrapassa tudo aquilo que conhecemos neste mundo em transição, até a morte física desaparece, mesmo com desgaste total da roupagem carnal, pois a consciência faz resplandecer a nossa realidade existencial que não se restringe apenas ao plano físico.
O esquecimento é sempre algo que nos beneficia, pois iria recrudescer o sofrimento das horas que passamos nesta vida cheia de perigos que atraímos e que acolhemos por ser propriedade nossa, mas descartável como tudo que se desgasta durante o uso.
Daí a compreensão que temos com os portadores de Ahzheimer que nesse sentido, são beneficiados pelo esquecimento. Teria alguma vantagem recordarmos aquilo que não tem transcendência? O que é da Terra fica na Terra, é lógico.
O assunto Ahzheimer está em nossa crônica do dia 9 de novembro de 2014, no blog Fernando Pinheiro, escritor, abordado aqui em 2 parágrafos:
Para quem não sabe de onde procedem, no plano astral, as lágrimas e o sorriso do encontro do primeiro amor, ter a doença Alzheimer é uma oportunidade valiosa para refletir sobre os benefícios que irão surgir, logo após o impacto do primeiro instante do desconforto.
O instante de reflexão tem que ser agora, pois o paciente de Alzheimer, aos poucos, vai perdendo a memória, a fala e os movimentos corporais, a doença é incurável e degenerativa. No entanto, na música Não mereço você, a afirmativa do cantor Agnaldo Timóteo é válida: “sobre os montes de pedras também nascem flores”.
No programa da Rádio Globo, na noite de 26/11/2014, o cantor Toninho Gerais disse que a música Nas Malhas do Destino foi composta por ele quando viu, numa exposição, um quadro da artista plástica Yara Tupinambá, onde havia a imagem do mar, barco e pescador.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

SONHEI AMOR

Sonhei amor no samba-enredo O Sonho da Criação, a criação do sonho, da Escola de Samba Unidos da Tijuca, vice-campeã do carnaval carioca de 2004, enalteceu o canto “É tempo de sonhar... É tempo de alquimia, querer chegar à perfeição com tecnologia.”
Especializada em tecnologias de informação e comunicação, a União Internacional de Telecomunicações (UIT), agência das ONU, divulgou que cerca de 4,3 bilhões não têm acesso à internet, sendo que os usuários são 3 bilhões [Diário de S.Paulo – 24 de novembro de 2014].
Em nova roupagem, é tempo de alquimia, apresentando ao mundo uma parafernália de inventos que estão ajudando a humanidade a se comunicar, sobressaindo a internet utilizada por 3 bilhões do total de 7,3 bilhões de pessoas, a população da Terra.
A ninguém é exigido chegar à perfeição num mundo que ascende de dimensão de consciência planetária, mas sabemos que é importante desprendermos do paradigma atual, seguindo a caminhada em quatro pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria.
A tecnologia é apenas um impulso, o impulso maior parte de dentro de nós, pois a nossa comunicação nos sonhos, quando estamos alinhados com os corpos astrais, é de alcance incomensurável. Nas esferas onde colocamos o nosso pensamento, o pensamento ultrapassa a velocidade da luz, se não fosse assim a ajuda espiritual não chegaria tão rápido como conhecemos que existe essa chegada instantânea.
Oriundas dos países EE.UU., China, Rússia e Japão novas tecnologias estão chegando ao Brasil, destacamos o biochips utilizado nos animais e nos homens como recurso que possibilita o armazenamento de informações por intermédio de censores.
A propósito, vale salientar a transcrição da crônica VEM AÍ OS CHIPS – 19 de março de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor: 
No plano material, já existem, nos Estados Unidos e Europa, leis que aprovam a aplicação de chip em animais e nos seres humanos justificando um avanço da ciência que irá beneficiar a medicina, a segurança e outras conveniências que parecem ser melhor para todos. A pílula está adocicada.
A partir de maio de 2014, o microchip irá fazer parte da vida dos bebês que nascerem em hospitais públicos em toda a Europa [Corriere Di Roma]. É o GPS que se expande em aplicações humanas, com dados pessoais, já testado e funcionando em navegação marítima e aérea e ainda em carros com indicação de mapas para orientação.
Além da aplicação em serviços médicos há a expectativa de serem adotados na segurança, controle de criminosos e localização de roubos, sequestros, etc. Tudo isto é ressonância magnética.
Assim como a televisão, o rádio, a comunicação por satélite ao alcance de todos que possuem telefone móvel, no Brasil chama-se celular, trouxe um avanço na conquista de melhores espaços, conhecer pessoas, por exemplo, assim também corre no jogo de cabra-cega a aplicação que cada um deve fazer no uso do microchip controlado.
Já existe a implantação de silicone que visa dar nova forma de beleza, assim como existe piercing e tatuagem na pele, tudo isto já tem milhões de usuários. O smartphone é um aparelho de rastreamento, assim fica mais fácil convencer as pessoas a colocar microchip.
Sonhei amor, cantado no samba da Unidos da Tijuca, é o tema que nos acalenta neste mundo onde está ocorrendo a parafernália dos inventos que mostram que física quântica existe.

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

OS DESAJUSTADOS

Ambientado em Reno, Nevada, EE.UU., o filme americano The  Misfis, drama de 1961, dirigido por John Huston, recebeu a versão para o português, aqui no Brasil, Os Desajustados, tem uma cena em que aparece Roslyn Taber, na pele da atriz Marilyn Monroe, dando uma volta na pista de dança do saloon com o cowboy Perce que usava uma camisa rasgada e com a cabeça enfaixada de gases, papel do ator Montgomery Clift.
Na dança surge um diálogo entre os dois, iniciado por Roslyn que descobre que a ex-mulher do cowboy morrera sem saber dançar e indaga-lhe porque não a ensinou? Ele responde-lhe que não estava disposto a falar sobre a falecida.
Ela pediu a ele não ficar zangado e concluiu o diálogo dizendo que se a amasse deveria ter-lhe ensinado a dançar, “porque todos nós, maridos e esposas, estamos morrendo a cada minuto e não estamos ensinando uns aos outros o que sabemos.”
Quando estavam sendo realizadas as gravações, a atriz Marilyn Monroe estava de divorciando do escritor Arthur Miller, roteirista do filme. O papel dela era de uma recém-divorciada, tal na vida real.
Segundo pesquisas do psicólogo Robert Epstein, diretor do Centro Cambridge de Estudos do Comportamento, cerca de 10 a 20% dos casais americanos, equivalentes a 40 milhões de pessoas, não têm relação sexual [El Pais – 19 nov. 2014].
Em 5 parágrafos da crônica ANÉIS SOLTOS NOS DEDOS – blog Fernando Pinheiro, escritor – 29 de março de 2014, abordamos a dificuldade dos casais em se manter unidos numa convivência familiar, a seguir:
No Princípio da Incerteza, de Heisenberg, há restrições à precisão em medidas simultâneas, pois não pode haver a posição da partícula e a velocidade ao mesmo tempo, esse princípio está imantado não apenas no mapeamento das partículas elementares do átomo, como também entre duas pessoas em convivência amorosa, pois todos nós somos constituídos de átomos.
O Princípio da Incerteza, de Heisenberg, está presente em todos os relacionamentos difíceis da atualidade e isto evidencia a complicação, a dificuldade dos casais em se manter unidos. A elucidação do Prof. Hélio Couto é oportuna: “você tem a posição diferente do momentum, isto é, uma pessoa está na posição e a outra está no momentum, ela tem velocidade.”
Quando se inicia a aproximação, uma delas está parada porque está receptiva ao encontro, a outra tem momentum e prossegue em velocidade. A que está parada é mais romântica, sonhadora e até desligada dos problemas materiais que é importante na discussão dos casais, afinal não há almoço grátis.
Há mais ou menos uma afinidade pelo interesse da atração, geralmente é sexo, dinheiro, prestígio, estabilidade, e assim não há muitos questionamentos a serem debatidos nos primeiros encontros que buscam uma lua-de-mel. Se procurar a lua-de-mel com brigas e desavenças, assim não vai dar certo.
No decorrer do relacionamento são mostradas as mangas da camisa e fica evidente o Princípio da Incerteza, de Heinsenberg, quando se trata de a posição e o momentum diferenciados, isto é mais acentuado quando há divergência de paradigmas.
No filme Os Desajustados, a mulher recém-divorciada não se interessa pelos cowboys porque eles estavam laçando os cavalos que iriam ser conduzidos ao matadouro para serem abatidos e transformados em ração de cães e gatos. No entanto, eles acham isso normal.
Não estar ensinando uns aos outros, maridos e esposas, o que sabemos, revelada pela personagem Rosly, implica necessariamente saber se a pessoa que desejamos ensinar está disposta a nos ouvir. Caso contrário, isto pode virar uma violação, o que é contrário ao estilo de vida em mansuetude.
Quem são os desajustados: os cowboys que abateram os cavalos para o matadouro ou a Rosly que não se conformou com a atitude deles?
Nos idos 71 a.C., 6.472 escravos, remanescentes do grupo de Spartacus que liderou uma revolta, foram crucificados ao longo da via Ápia, em Roma, num mesmo dia, tudo isto porque eles buscavam ser livres [NUDEZ VIOLENTADA – 6 de maio de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]. Quem são os desajustados, os que permanecem no paradigma ou aqueles que buscam a liberdade? 
Como não criticamos nada e nem criticamos ninguém, restringimo-nos a dizer, reiterando o que se contém no parágrafo inicial, que os desajustados é o nome que recebeu, no Brasil, a versão do filme americano intitulado The Misfis.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

BUSCA DE REFÚGIO

A necessidade do ser humano em buscar refúgio implica em situações que estão sendo modificadas.
Toda a vez que o ser humano entrega a sua vida para os outros decidir, perde a capacidade de fazer o próprio destino, recebendo o destino que os outros decidiram por ele, isto implica em prejuízo porque nem mesmo as pessoas que decidiram o destino alheio, na maioria dos casos, não conseguiram sair da matrix, pois a zona de conforto é muito grande.
Nos planos de luz, tudo isto é diferente, a ajuda existe porque não há lágrima ou dor que não seja sentida numa conexão onde está o amor, assim estimulamos recorrer, através da prece, o auxílio que nunca deixou de cessar.
Vamos estender o olhar para o mundo árabe e ver como está nascendo um dito Estado, ainda não recolhido por nenhuma nação, o Estado Islâmico que engloba 8 milhões de habitantes vivendo numa área invadida da Síria e do Iraque, sustentado pela violência e pelo contrabando de petróleo, segundo divulgado pelo jornal espanhol El Pais – 27/09/2014.
Ainda segundo a edição daquele jornal, “trata-se de uma complexa estrutura administrativa que promulga leis, arrecada impostos, administra a justiça, e até provê serviços sociais.” Para a população síria que viveu, durante muito tempo sob a ditadura de Bashar al Asad e a guerra civil, a presença do Estado Islâmico lhe trouxe tranquilidade e segurança, a partir de abril de 2013, quando a cidade de Raqqa foi conquistada.
A guerra civil na Síria foi iniciada em maio/2011 e já deixou mais de 191 mil mortos até abril/2014, segundo o Observatório Sírio para Direitos Humanos [UOL Notícias – 22/08/2014].
No entanto, a perseguição dos Estados Unidos em combater o terrorismo, opinião propalada pelo presidente Barack Obama, trouxe insegurança a milhões de sírios que se refugiaram nos países vizinhos, fugindo do confronto entre os soldados americanos e os aliados contra os jihadistas do grupo Estado Islâmico. A nossa posição no conflito é de neutralidade.
Segundo informações da BBC–Brasil – 3 abril de 2014, o número de pessoas que abandonaram suas casas na Síria é de cerca de 9,5 milhões, quase a metade da população local, com destino ao Líbano, Turquia, Jordânia, Iraque.
O Líbano abriga 1,1 milhão de sírios, a Turquia, 815 mil e a Jordânia 608 mil [site g1.globo.com – notícias/2014/08]. De acordo com o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), até o final de março de 2013, o Governo Regional do Curdistão (KRG) abrigava mais de 125 mil refugiados sírios [Médicos sem fronteiras – 10/04/2013].
No Brasil, no período de janeiro a outubro de 2014, foram acolhidos 1.524 sírios que pediram asilo político, sendo que este é o maior grupo de refugiados no País, segundo dados divulgados pela ACNUR [site Último Segundo – 18/11/2014].
Anteriormente, com a retirada das tropas russas no Afeganistão, numa guerra que durou 10 anos (1979/1989), mudou o cenário naquele país, pois, nos idos de 2001, o Afeganistão era o país que mais produzia refugiados, àquela época havia 500 mil refugiados nas fronteiras do país, além de 1,4 milhão no Paquistão e 1,3 milhão no Irã. Existia, em 2012, 1,7 milhão de refugiados afegãos no Paquistão [ACNUR – 2/2/2012].
O caminho da felicidade é ser livre em todos os sentidos, não aguardar que algo caia do céu, se não olharmos para o céu, e nem entremos em controvérsias políticas que sempre arrastam as pessoas em direção das facções, físicas e espirituais, onde há sempre litígio, e afasta-nos de nosso ser profundo que todos somos, sem exceção, uns conscientes e outros ainda não, mas que estão a caminho, com certeza.
Não percamos nunca a nossa automaestria, optando por nossas escolhas que fazem o nosso destino, dentro do conceito quântico que determina o colapso da função de onda, pois o mundo externo irá nos influenciar onde a dualidade predomina em todos os campos da atividade humana.
Sigamos com leveza.

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sábado, 15 de novembro de 2014

O VAGABUNDO

A canção na voz do cantor Altemar Dutra, a que assistimos pela última vez na AABB – Lagoa, na cidade do Rio de Janeiro, define o que é ser vagabundo. Em qualquer outra definição, iríamos olhar para o abismo, atentando para a explanação de Nietzsche: "se olhares demoradamente para dentro do abismo, o abismo olhará para dentro de ti”.
A competitividade, imposta pelo paradigma da sociedade do cansaço, “society of tiredness”, no dizer do filósofo sul-coreano Byung-ChulHan, professor da Universität der Künste, Berlin, Alemanha, autor de 16 livros, entre os quais destacamos Fatigue Society (DieMüdigkeitsgesellschaft), obriga o indivíduo a estar sempre alerta contra a ameaça em sua carreira ou estilo de vida, isto aos poucos vai lhe tornando exausto.
Dentro dessa mesma competitividade, na apreciação de Zygmunt Bauman, professor emérito de Sociologia das universidades de Leeds (Inglaterra) e Varsóvia (Polônia), aqueles que não seguem o paradigma ficam excluídos. Nesse contexto, o indivíduo busca comprar a saúde fora dele mesmo, como se a medicina fosse fazer o papel que a ele competiria fazer.
Em nossa crônica COMPETITIVIDADE (II), blog Fernando Pinheiro, escritor – 20 de outubro de 2014, vale salientar a abordagem do assunto no âmbito de empresas, nos três parágrafos, a seguir:
A pressão para cumprir metas criou-se um clima paranoico quando não há comunicação nas empresas, estimula-se o medo como forma para manter o poder de quem comanda, isto vem das esferas superiores onde a política e os aparelhos de aplicação desse poder é manifestado.
Como forma de aceitação dessa política empresarial são apresentados em casos isolados os bodes expiatórios que justifiquem a postura de seus agentes ou capitães do mato que não aceitam o trabalho fora dos caprichos ou gostos sádicos de seus chefes. A figura jurídica criada chama-se assédio moral onde são envolvidas ações na área trabalhista contra as empresas.
Se a ordem que vem de cima é para perseguir e descartar toda manifestação contrária ao comando de cima, isto acontece tanto nos regimes totalitários como democratas, vem recrudescendo, atualmente com maior vigor, nas empresas que não seguem a finalidade para a qual foram criadas, assim como as leis não cumpridas ou desvirtuadas de seus propósitos originais.
Para fugir dessa densa consciência planetária, onde a competitividade está inerente em todos os lugares e épocas, desde os eóns dos tempos, as leis trabalhistas criaram na Alemanha nos idos de 1889 (governo do chanceler Bismark) a aposentadoria.
Antes mesmo que surgissem as leis que iriam proteger o trabalhador brasileiro emanadas no Governo de Getúlio Vargas, o Banco do Brasil, em 29/4/1913, já se antecipava, criando condições favoráveis ao funcionalismo [PACHECO, 1979]:
a) o direito a aposentadoria era concedido ao empregado que contar com mais de 30 anos de serviço efetivo, e provar invalidez, com todos os vencimentos do cargo exercido:
b) por iniciativa da Empresa ou do empregado que tenha mais de 10 anos de serviço efetivo, a aposentadoria por invalidez era concedida mediante atestado de uma junta médica que o considere inválido. - In HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, de Fernando Pinheiro, obra disponibilizada ao público na internet - site www.fernandopinheirobb.com.br
Há 2.000 anos, a Terra conheceu em corpo físico a luz que veio especialmente para libertá-la, pois não há liberdade sem libertação, a luz não luta nem compete, apenas tem o direito de se manifestar. Pensando em competitividade, o rei Pilatos lavou as mãos, não atendendo à esposa Cláudia Prócula que vira, em sonhos, o sangue do justo ser derramado.  
Com manchetes mundiais, enquanto milhões ridiculizaram a atitude da famosa Kim Kardashian, atriz e socialite norte-americana, pela exibição das ancas de lua na revista Paper, outros milhões de pessoas queriam saber o segredo da beleza da Kim em manter a forma física aos 34 anos de idade. O que nos encantou na foto foi a cintura fina da Kim. A resposta revelada aos leitores foi o brilho dourado e a espreguiçadeira que a faz parecer mais magra [Daily Mail – Nov 15th 2014, jornal britânico].
A cadeira espreguiçadeira não tem nada a haver com o sentido vagabundo da canção em que a mulher pretendida chama o pretendente por dificultar-lhe a aproximação no namoro. Ele não está ligado a elucubrações de onde ele vem e nem para onde vai, ele só quer mesmo são os lindos olhos da mulher amada tão cheios de amor.
A cadeira espreguiçadeira de Kim, que todos nós gostaríamos de ter, não deve ser muito cara, mesmo assim está fora de alcance das mãos de 2 bilhões, do total de 7,3 bilhões de habitantes do planeta Terra, atualmente, ganham trabalhando, cada um, apenas 2 dólares por dia (R$ 4,86 ou £ 1,24). A espreguiçadeira pode ser utilizada em casa, no hotel, na praia ou em outro lugar onde haja o desfrutar dos momentos de lazer e diversão.
Uma vez reencontramos o nosso cunhado, Dr. Ibraim Almeida, acompanhado de sua esposa, na cidade do Rio de Janeiro, que estava com um livro escrito em espanhol, e nos disse: “Nando, estou tentando ser vagabundo”. Como ser vagabundo dentro de um Congresso de Médicos, em que ele fora convidado, só porque estava longe do seu consultório médico ou da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Maranhão onde ministrava aulas.
Portanto, quem estiver participando de algum congresso ou em gozo de férias ou, ainda, em lua-de-mel, não pense em competitividade, desfrute com deleite e, se houver alguma cadeira espreguiçadeira no hotel ou na casa de campo ou de praia, pode descansar pensando na canção: “o Sol brilha no infinito e aquece o mundo aflito. Vagabundo é o próprio mundo que vai girando no céu azul”.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

PERDÓN

Após o término da primeira música, na cronometragem 1:29, no vídeo divulgado pelo Youtube Altemar Dutra – Perfídia, a música Perdón, escrita por Pedro Flores,compositor porto-riquenho, tem um lirismo que nos leva ao encantamento: “porque és a vida que se alcança, quando ama, quando ama meu pobre coração.”
O lirismo predomina, com bastante vigor, na música clássica e, com a chegada dos idos 60, surgiram sons barulhentos que têm mais ritmo do que harmonia, arrefecendo as tradicionais músicas populares brasileiras: valsa, choro, bolero e samba-canção.
É que a vida moderna, cheia de encantos e desencantos, arrastou influência desse dualismo humano que as letras revelam, no entanto a música do passado contém lirismo que pode ser recrudescido, sem que possamos ficar tristes. Aliás, quem está triste, qualquer música suave passa a ser triste, não por causa da música mas pela tristeza do ouvinte.
A tristeza não é doença como não é patológico sentir a dor pela morte da pessoa querida. Um mal-estar de viver não pode ser tratado com comprimidos, isto anula tudo aquilo que vimos divulgando ao longo da publicação de matérias no blog Fernando Pinheiro, escritor.
Os dependentes de ansiolíticos sofrem e transmitem sofrimento aos seus familiares, acham que isso é normal, porque o psiquiatra disse que é preciso continuar o tratamento. O que vale mais um pensamento de amor ou um comprimido?
A situação está tão complicada que as pessoas recorrem ao médico para que ele receite tranquilizantes, ao invés de dar um belo sorriso ao bom dia tristeza. Na letra da canção Buenos dias, tristeza, na voz da cantora Isabel Pantoja, pressupõe-se que ela encarou a tristeza: “me estoy acostumbrando a verte aquí, aveces entonando una canción, y a veces caminando por ahí.”
No panegírico relativo à vida e obra do Professor Merton Sandler (1926/2014), o pioneiro da psicofarmacologia que descobriu que a depressão e a enxaqueca, muitas vezes, têm causas químicas, o jornal The Telegraph, edição de 27/10/2014, revela que, até o final da década de 1960s, o padrão utilizado na resposta para depressões envolvia sessões no divã do psiquiatra.
A partir daí, prossegue o jornal britânico, Merton Sandler, juntamente com Michael Pare, foram os pioneiros a sugerir que a depressão pode resultar de níveis baixos de monoaminas no cérebro. Monoaminas são uma classe de produtos químicos que incluem serotonina, noradrenalina e dopamina.
Tínhamos falado anteriormente que basta mudar de frequência de onda e aquilo que estava nos incomodando já não nos incomoda mais. A vida é tão simples. Curtamos o lirismo da música, da poesia, do nosso jeito de seguir com leveza.
O Brasil é um país alegre e ensolarado onde a cultura é bastante rica, desde a época da escravidão, manifestada nos cantos da senzala, de onde surgiu a música genuinamente brasileira, o lundum, de raízes africanas exaltando os orixás, evoluindo para o samba, hoje produto de exportação.
Muitas amigas nossas já viajaram em cruzeiro de transatlântico onde há músicas românticas ao vivo, sem se sentirem tristes, e muita gente, no Brasil inteiro, acompanha a cada final de ano, com muito prazer pela televisão, o musical do cantor Roberto Carlos.
As pessoas que não gostarem do lirismo da música Perdón, na voz do saudoso cantor Altemar Dutra, podem ouvir a interpretação da dupla Ednita Nazario e Marc Anthony ou, ainda, em outro estilo de música com o mesmo título Perdón interpretado por Willy Garcia, cantor colombiano.
Com a Terra sacralizada pela ascensão de consciência planetária, podemos vislumbrar, no futuro risonho, melhores condições de vida igual a que têm hoje os mundos felizes, basta citar que em Vênus e Arcturius vive-se, sem doenças ou desencantos, durante 200, 300, 400, 500 anos, como queira viver na idade de 18 anos que resplandece jovialidade.
Nesses mundos felizes não há envelhecimento e morte, como aqui na Terra, há transmutação, pois lá existem ciclos para realizar missões e nunca expiação ou carma como é conhecido aqui na Terra, onde o sofrimento deita e rola.
Estamos a caminho, quando o homem na Terra adquire transparência, ele vê transparência em tudo e nunca é enganado porque o seu ser profundo está desperto e não entorpecido nesta densa consciência planetária, onde a maioria da população vive sem conhecimento da realidade que a envolve.
Recurso imarcescível que nos liberta e nos redime do sofrimento está no supremo canto, revelando perdão, que a luz crística legou à humanidade para se conectar com a fonte.
Esta foi a maior contribuição que a física quântica recebeu e que nos chega com nova roupagem. Tinha que ser o médico de almas para ensinar física, aliás o átomo já era conhecido pelos antigos gregos antes do surgimento do ano zero de nosso calendário.
Depois, surgiram as teorias científicas comprovando que o pensamento cria a nossa realidade, recrudescendo os lampejos da luz crística e não podemos avançar com as amarras da retaguarda, onde o perdão é o sinal libertador.

domingo, 9 de novembro de 2014

ALZHEIMER

Segundo a Organização Mundial de Saúde, nos idos de 2010, a demência, que engloba a doença Alzheimer, atingiu 35,6 milhões de pessoas no mundo, onde foram gastos 604 bilhões de dólares, custo que irá crescer, a cada ano, com o aumento dos pacientes.
Com abrangência reveladora, este assunto foi abordado, em nossas crônicas Demência precoce – 07/09/2014 e Demência precoce (II) – 01/11/2014 que integram diversas matérias ligadas à saúde mental, comentadas no blog Fernando Pinheiro, escritor.
Para quem não sabe de onde procedem, no plano astral, as lágrimas e o sorriso do encontro do primeiro amor, ter a doença Alzheimer uma oportunidade valiosa para refletir sobre os benefícios que irão surgir, logo após o impacto do primeiro instante do desconforto.
O instante de reflexão tem que ser agora, pois o paciente de Alzheimer, aos poucos, vai perdendo a memória, a fala e os movimentos corporais, a doença é incurável e degenerativa. No entanto, na música Não mereço você, a afirmativa do cantor Agnaldo Timóteo é válida: “sobre os montes de pedras também nascem flores”.
O que prevalece em qualquer situação ou momento é o nosso ser profundo, aquela potência do agir (Jung), a libido (Freud) que não se restringe apenas à área erógena. Não há nada a se preocupar, a preocupação carreia o medo e isto anula o que temos de mais precioso, a fé, não a fé no dualismo humano, onde esta cultura do medo está estruturada, mas a fé em nosso ser profundo que se conecta com a fonte.
A psicofera da Terra, essa imensa área dos pensamentos dos habitantes do planeta, é um inferno, tanto que a luz crística, encarnada há 2.000 anos, quando retornou aos páramos dos mundos felizes, no terceiro dia anunciado da ressurreição, desceu aos infernos, ou seja atravessou a psicofera terrena, galgando os altos cimos siderais.
Mas tudo que possa nos atingir dessa área somente será aceito se tivermos ligados na mesma frequência de onda. Em termos locais, você pode atravessar a calçada onde há pessoas bebendo nos bares, mas nada lhe atingirá se você não se ligar ao que está acontecendo ali. Mas, se procurar discutir e brigar com bêbados, então o negócio será desastroso e nem diga qual o time de futebol que você torce.
Reconhecemos que Alzheimer é desconfortável tanto para o paciente quanto aos familiares que lhe dão assistência, mas não devemos aumentar o sofrimento, agregando outros sofrimentos que advêm da preocupação. A luz crística é a nossa maior referência neste planeta que é mais um hospital do que um parque de diversões.
É sempre bom lembrarmos de pessoas gradas e recordações gratas como o álbum de família, onde os momentos felizes foram registrados em doces enlevos e nunca em comparação com a realidade que nos aproxima a uma vivência mais madura.
Como o nosso público é, em sua maioria, feminino, gostamos de ver as fotos das mulheres sorrindo, passeando e fazendo turismo acompanhadas de seus pares prediletos. O instante do amor é o que importa, e isto se perpetua em nosso coração no enlevo que as mulheres inspiram, ah! tantos encantos que elas transmitem no olhar, no doce afago e no carinho em silêncio.
Quanto à gradual perda de memória dos pacientes de Alzheimer, há pontos a considerar. Você já pensou o acúmulo de antimatéria que carreiam as informações que recebemos da mídia, tanto na televisão como nos sites da internet? Em sua casa você acumula lixo? É claro que não. A nossa casa mental é mais importante.
O sono é o nosso grande refazedor de energias, se não dormirmos, sem dúvida, iremos ficar doentes. Os pacientes precisam de repouso, primeiro para esquecer as labutas do dia-a-dia, e fazer a limpeza astral desses pensamentos que a mídia e todas as pessoas ao nosso redor, transmitem.
Os engramas do passado devem ser esquecidos e não queiram saber onde foram parar. Você se preocupa com o lixo de ontem de sua casa onde está hoje armazenado ou incinerado ou, ainda, com os detritos que a descarga do vaso sanitário levou para o subsolo?
Você quer que os familiares, detentores de Alzheimer, tenham a mesma vida que você leva e os aposentados a mesma atividade que você tem? Ah! não, vamos pensar juntos e ver que tudo tem a sua hora, se não fosse assim iríamos chorar vendo as rosas perder o viço quando as horas mudam de lugar.
Em tudo vemos a beleza, há criações inefáveis que não podemos ver mas que existem resplandecendo na atmosfera dos sonhos.
A você que nos acompanhou até aqui nesta breve dissertação sobre a doença Alzheimer, e que a certeza dos melhores momentos está a caminho, é oportuno transcrever alguns trechos da crônica PARTÍCULA E ONDA, de Fernando Pinheiro:
Antes do bóson de Higgs não havia massa, certo? Naturalmente, só havia energia. Aliás, Albert Einstein disse que “tudo é energia”. Segundo Saswato R. Das, em Revista American Scientific – Brasil, “O bóson de Higgs ajuda a explicar porque partículas têm a massa que têm.”
A física quântica estabelece o conceito de que “tudo é partícula e onda ao mesmo tempo.” Se isto fosse entendido pela maioria da população mundial que abriga um total de 7,3 bilhões de habitantes, certamente mudaria o paradigma de consciência planetária.
Isto mudaria tudo que existe do que conhecemos através dos livros e da cultura dos povos que abriga um sentido transitório. Não é dito que tudo passa, menos o amor?
O planeta Terra está confinado dos mundos felizes por causa do paradigma dessa densa consciência que está indo embora como vimos abordando em ocasiões anteriores. É alentador saber dessa notícia. A mudança de paradigma não virá através das doutrinas que se contradizem, aliás nem queremos saber quais são.
Os poetas sempre têm a licença poética para falar em lágrimas, gotas d´água que saem dos olhos com as nascentes desconhecidas, embora a Medicina explique o trajeto percorrido na parte partícula mas não na parte onda. Isto levaria a subjetividade, área que a psiquiatria busca compreender.
Tudo é partícula e onda ao mesmo tempo. Na Canção do dia de sempre, o poeta gaúcho Mário Quintana vislumbrou algo sutil: “nunca dês um nome a um rio: sempre é outro rio a passar.” Isto leva a crer que não devemos criticar nada nem nos interessar pela crítica que os outros fazem de tudo aquilo que está em mudança, inclusive mudança política no mundo.
Ainda a respeito da mencionada revista, em um de seus números atrasados, houve a reportagem noticiando que se um livro fosse queimado, seria possível recompô-lo tanto das cinzas (partícula) quanto ao livro (onda). Não sabemos se esta afirmação foi testada em laboratório.
Os poetas, que são sonhadores, se apegaram ao tudo (partícula) e tudo (onda) onde nasceram as mais belas páginas de amor, mesmo sonhando que fossem verdade, que na realidade, era verdade mesmo, por outro princípio quântico, tudo o que imaginamos passa a ser verdade.
Pensou, criou, pois o pensamento cria, sem dúvida alguma. Somos co-criadores do Universo, isto dentro do sentido unitário, onde tudo se interliga. Você já pensou quando o nosso planeta sair do confinamento e se conectar com os mundos felizes, onde a multidimensionalidade é inerente a cada um de nós, vivendo esta realidade única?
O paradigma atual está mais interessado em manter a física newtoniana que tantos benefícios trouxeram a humanidade do que admitir o advento da física quântica, que deslinda outros enigmas, que irá descerrar cortinas que faziam encobrir os sofrimentos humanos. A indústria farmacêutica está mais interessada em manter os pacientes dependentes de seus produtos do que curá-los. Há crônicas nossas a respeito.

sábado, 8 de novembro de 2014

MOMENTO DELICADO

O mundo, em que vivemos, passa por um momento delicado. Na antiga Grécia, os gregos iam ao teatro para assistir à tragédia, a denominada tragédia grega. Lá eles, assistindo à narrativa dos costumes da época, tiravam a conclusão sobre a vida numa vertente filosófica. Hoje, tudo isto mudou.
Tragédia, hoje em dia, é tudo aquilo que arrasta as pessoas e as multidões, isoladas ou em grupos, a fatos e acontecimentos onde predominam os desencantos. Os meios de comunicação se encarregam de transmitir, diariamente e a toda a hora, o que acontece aqui e em outras localidades do mundo.
Tudo isto tem como finalidade transmitir o medo, como elemento único de aprisionamento e de controle que têm os manipuladores de massa. Isto está infiltrado em todos os setores da vida pública, inclusive no comando político das nações.
O medo é o único obstáculo para a ascensão de um patamar a mais, digamos assim uma oitava a mais, onde a densa consciência planetária está instalada. A poesia, uma das vertentes da comunicação tem também essa influência.
A geração passada soube conviver com os versos de Augusto dos Anjos, o poeta do espanto, o poeta da morte, o poeta das catacumbas, e assim vai esse gênero literário que teve um gênio representando o ponto máximo da poesia paraibana.
Ele teve influência do simbolismo francês e de Cruz e Souza, poeta catarinense, o Cisne Negro, como é conhecido carinhosamente entre os cultores da poesia. Lá num verso do poeta da Paraíba nos diz que o homem é feito de carbono, esse DNA está mudando, e no terceiro milênio, podemos afirmar que o corpo físico do homem será de silício (não confundir com cilício que tem outro significado).
Quando divulgamos no mural do facebook o retrato da linda búlgara Nona Orlova, que é a nossa leitora mais assídua no Leste Europeu, fotografada ao lado da estátua do poeta búlgaro Penio Penev e ao fundo versos inscritos em bronze, ela nos escreveu que ele desapareceu, nos idos de 1959, drasticamente: “Triste sol sangra sobre a floresta / fresca como uma ferida aberta.”
O momento em que o mundo vive é delicado.  Ainda ontem, na cena da novela Império, levada ao ar pela TV-Globo, uma televisão brasileira, o personagem Domingos Salvador, vivido pelo ator Paulo Vilhena, foragido do manicômio judicial, está no chão entorpecido por drogas lícitas compradas pela advogada Carmem (papel da atriz Ana Carolina Dias) que é namorada de Orville, personagem do ator Paulo Rocha.
Como advogada ela não deveria dar abrigo ao foragido da lei nem tão pouco dar remédio de tarja preta (droga lícita) que a farmácia não deve vender sem a consulta médica e o mais grave, não se sabe a dose aplicada e justamente no momento em que Domingos Salvador estava em plena atividade como artista plástico, já desfrutando de conceito no mercado com comprador garantido.
A dependência química, tanto de drogas lícitas como drogas ilícitas, é uma tragédia que envolve milhões de pessoas no mundo inteiro, em várias fases de tratamento ou de abandono. Não criticar nada, não criticar ninguém, ofereçamos a quem necessitar nosso silêncio e nossa prece também em silêncio.
O mundo atual mudou muito com o advento da internet, a comunicação ficou mais rápida e os meios de controle sobre as massas populacionais ficaram mais fáceis do que os tempos de outrora. O sentido de observar as coisas mudou.
Na década de 50, podia-se curtir nostalgia, saudade num clima romântico, ouvindo e dançando músicas que embalavam os corações. Hoje, com a egrégora formada de pessoas doentias, a influência que se desprende no ar é bem perceptível nos momentos em que pensamos em saudade e nostalgia.
Fiquemos vigilantes em todos os momentos em que passamos, não revidar nada e nem se impor a ninguém, a imposição é sempre do ego que oscila nas polaridades certo e errado e que sempre se contradiz, e não de nosso ser profundo que todos nós somos e sempre resplandece quando deixamos aflorar, com perfume, no imenso jardim que é o nosso coração.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

CONFINAMENTO

Quando as pessoas estão coagidas por pressão emocional ou financeira sempre chamam pela mãe ou pela casa em que lhes deu abrigo desde os primeiros instantes em que nasceram. É a volta do infantilismo. Necessário que se tornem independentes em todos os sentidos, a fim de que suas vidas sejam refeitas.
Mesmo independentes, quando essa pressão exerce domínio, essas pessoas recaem na dependência. Se for um oficial das forças armadas, ferido em combate nas regiões de conflitos armados no mundo, nas horas de desfalecimento e morte, chama pela mãe ou pelo pai se tiver um apelo afetivo ou religioso.
Isto também ocorre com multidões de pessoas ou populações que formam os países onde o Estado exerce o controle, devido à fragilidade em que se encontram, pois é mais fácil controlar crianças do que adultos.
Fracassados em seus planos pessoais recorrem ao Estado na condição infantilista para não dizermos mendicância, pois os mendigos não então incluídos no plano social dos governos mundiais.
Raríssimas exceções, no entanto, devem ser comentadas: dentro do Banco do Brasil, um funcionário, nas horas vagas, teve um serviço voluntário de grande alcance social, narrado na HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, de Fernando Pinheiro, obra disponibilizada ao público pela internet no site www.fernandopinheirobb.com.br
“Em Bonsucesso, subúrbio carioca, o funcionário Levy Miranda fundou um abrigo para 1.500 pessoas desabrigadas e, em Niterói, construiu outro abrigo para acolher os indigentes de rua. Em 1938, inaugura o Instituto Getúlio Vargas destinado à formação profissional de menores abandonados. 20 anos depois, em 1958, aposenta–se no cargo de fiel–de–tesouraria [Revista DESED n° 19].
Enfatiza a Revista DESED n° 19 que, diante das dificuldades de manutenção das entidades fundadas por Levy Miranda, o presidente Getúlio Vargas, nos idos de 1943, as incorporou numa só entidade, a Fundação Cristo Redentor.”
Atualmente, no planeta Terra, 2 bilhões, do total de 7,3 bilhões de habitantes, ganham trabalhando, cada um, apenas 2 dólares por dia (R$ 4,86 ou £ 1,24), os mendigos estão em piores situações.
No caso Brasil, em 2013, existiam 10,4 milhões de brasileiros em condição de extrema pobreza, essa situação é relativa à quantidade de quem vive com menos de 70 reais por dia [Estadão – 2014]. Isto não foi revelado se estão trabalhando ou não.
Na cena levada ao ar pela TV–Globo, em 5/11/2014, na novela Império, o foragido do sistema penitenciário, Domingos Salvador, vivido pelo ator Paulo Vilhena, encontra apoio no amigo Orville, personagem de Paulo Rocha, mesmo assim demonstra inquietação e ansiedade para voltar ao lar, esse lar é, na realidade, a prisão que ele fugiu.
Mesmo em péssimas condições das penitenciárias brasileiras, recolhidas pela justiça italiana, no caso Pizzolato, a prisão é um abrigo que o Estado protege os infratores da lei, inclusive a prisão domiciliar uma medida inovadora do poder judiciário, quebrando a tradicional reclusão em presídios.
Em homenagem a um antigo funcionário do Banco do Brasil, o governador Sérgio Cabral, nos idos de 2011, inaugurou a Cadeia Pública Bandeira Stampa (Bangu 10) do Complexo Penitenciário de Bangu, atual Complexo Penitenciário de Gericinó. A propósito, transcrevemos texto da obra HISTÓRIA DO BANCO DO BRASIL, de Fernando Pinheiro, in verbis:
“Nessa década, Carlos Luiz Bandeira Stampa, advogado do Banco do Brasil (8/9/1945 a 11/2/1948), presta relevantes serviços a CAMOB – Caixa de Mobilização Bancária e a SUMOC – Superintendência da Moeda e do Crédito. Posteriormente, ele iria se notabilizar como juiz e presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro [Revista AABB – Rio].”
Vale assinalar o que mencionamos em nossa crônica OS MUROS – 25 de agosto de 2014: A população carcerária no planeta Terra é em torno de 9,8 milhões, segundo pesquisa divulgada nos idos de 2009 pelo King´s College London. Os países que têm os maiores números dessa população: EE.UU. 2,3 milhões, China 1,6 milhão, Rússia 800 mil e o Brasil em torno de ½ milhão de presos.
Quando foi instituído o denominado “Estado Soberano”, a vida nômade dos povos foi arrefecida, passando a se formar o gregarismo, não aquele sentido gregário que os animais possuem, mas uma aglomeração fixada em determinada área do Globo, isto de forma normativa que se expandiu em todos os continentes.
Em nome de um bem-estar social surgiram normas e regras destinadas a todos os habitantes, numa utopia de que todos são iguais, favorecendo o surgimento de demagogias para propalar. Como ser igual nesta densa consciência planetária, se a competitividade e a separatividade são marcas inerentes a esta consciência? No entanto, o sonho é válido.
Poucas vezes no planeta Terra houve a participação de poetas, sábios e sonhadores de utopia no comando do governo desse “Estado Soberano” porque, segundo Peter Berger “a sociedade não se rege por grandes ideologias”, e se mantém no imediatismo e não permite um mergulhar na poesia, na filosofia, na física quântica que podem oferecer ao mundo a elucidação dos enigmas humanos.
Segundo a OMS – Organização Mundial de Saúde cerca de 29,6% dos paulistanos e moradores da região metropolitana sofrem de algum tipo de perturbação mental, índice máximo das grandes metrópoles do mundo.
São Paulo deve ser lembrado como a terra dos bandeirantes, entre eles o bravo Anhanguera, o desbravador dos sertões e onde foi realizado, nos idos de 1894, a primeira transmissão de voz em ondas hertzianas por Roberto Landell de Moura, na presença do cônsul britânico.
O pensamento tem um endereço astral que pode estar circunscrito no plano material ou não. Quando você pensa, digita um número e aperta a tecla acessar no telefone, a sua voz flui numa frequência de onda que tem um endereço.
Isto foi observado pelo padre e cientista Landell de Moura, herói nacional, no alto de Sant´Anna na capital paulista, com este invento lançou para o futuro o fim do confinamento de milhões e milhões de pessoas no mundo inteiro, atualmente usando o moderno telefone celular.

terça-feira, 4 de novembro de 2014

PARTÍCULA E ONDA

Antes do bóson de Higgs não havia massa, certo? Naturalmente, só havia energia. Aliás, Albert Einstein disse que “tudo é energia”. Segundo Saswato R. Das, em Revista American Scientific – Brasil, “O bóson de Higgs ajuda a explicar porque partículas têm a massa que têm.”
A física quântica estabelece o conceito de que “tudo é partícula e onda ao mesmo tempo.” Se isto fosse entendido pela maioria da população mundial, que abriga um total de 7,3 bilhões de habitantes, certamente mudaria o paradigma de consciência planetária.
Isto mudaria tudo que existe do que conhecemos através dos livros e da cultura dos povos que abriga um sentido transitório. Não é dito que tudo passa, menos o amor?
O planeta Terra está confinado dos mundos felizes por causa do paradigma dessa densa consciência que está indo embora como vimos abordando em ocasiões anteriores. É alentador saber dessa notícia. A mudança de paradigma não virá através das doutrinas que se contradizem, aliás nem queremos saber quais são.
Os poetas sempre têm a licença poética para falar em lágrimas, gotas d´água que saem dos olhos com as nascentes desconhecidas, embora a Medicina explique o trajeto percorrido na parte partícula mas não na parte onda.Isto levaria a subjetividade, área que a psiquiatria busca compreender.
Tudo é partícula e onda ao mesmo tempo. Na Canção do dia de sempre, o poeta gaúcho Mário Quintana vislumbrou algo sutil: “nunca dês um nome a um rio: sempre é outro rio a passar.” Isto leva a crer que não devemos criticar nada nem nos interessar pela crítica que os outros fazem de tudo aquilo que está em mudança, inclusive mudança política no mundo.
Ainda a respeito da mencionada revista, em um de seus números atrasados, houve a reportagem noticiando que se um livro fosse queimado, seria possível recompô-lo tanto das cinzas (partícula) quanto ao livro (onda). Não sabemos se esta afirmação foi testada em laboratório.
Os poetas, que são sonhadores, se apegaram ao tudo (partícula) e tudo (onda) onde nasceram as mais belas páginas de amor, mesmo sonhando que fossem verdade, que na realidade, era verdade mesmo, por outro princípio quântico, tudo o que imaginamos passa a ser verdade.
Pensou, criou, pois o pensamento cria, sem dúvida alguma. Somos co-criadores do Universo, isto dentro do sentido unitário, onde tudo se interliga. Você já pensou quando o nosso planeta sair do confinamento e se conectar com os mundos felizes, onde a multidimensionalidade é inerente a cada um de nós, vivendo esta realidade única?
O paradigma atual está mais interessado em manter a física newtoniana que tantos benefícios trouxeram a humanidade do que admitir o advento da física quântica, que deslinda outros enigmas, que irá descerrar cortinas que faziam encobrir os sofrimentos humanos. A indústria farmacêutica está mais interessada em manter os pacientes dependentes de seus produtos do que curá-los. Há crônicas nossas a respeito.
Porque há competitividade e separatividade nesta densa consciência planetária? Por causa da admissão de valores circunscritos na esfera de partícula, somente isto, não admitindo que tudo é partícula e onda ao mesmo tempo. O materialismo se sustenta somente na partícula e será transcendido, para não dizermos aniquilados, porque admitimos a teoria de Lavoisier: “tudo se transforma”.
Na esfera de relacionamento, onde desenvolvemos uma frente de trabalho, podemos ver o abandono que tem os casais separados porque nessa relação não foi visto o contexto partícula/onda ao mesmo tempo.
Assim, a parte material que tanto alegrou as horas felizes dos casais não conseguiu se alinhar no conceito interligado que tanto falamos. No entanto, se houver o avivamento da parte romântica, poética e sonhadora a onda que está nessa partícula aparecerá.
Se isto não acontecer, é porque os engramas do passado não foram esquecidos. É natural que seja assim. No entanto, chegará a hora em que o entorpecimento virá, como algo diferente, como os distúrbios psíquicos tão divulgados pela ciência que busca uma solução para lenir tantos males. O caminho já indicamos porque ouvimos daqueles que abriram o caminho: tudo é partícula e onda ao mesmo tempo.