A
partir de hoje, iniciamos uma série de reportagens intituladas S.Paulo Galante
sobre a presença do Banco do Brasil em São Paulo ou sobre a vida e a obra dos
paulistanos ou paulistas que a dirigiram.
Vale mencionar que no período de 29/10/1853 a
20/3/1891 funcionou em São Paulo a Caixa-Filial do Banco do Brasil que foi
vendida ao Banco Construtor e Agrícola de São Paulo. Mais
tarde, em 2/1/1917, na gestão do presidente Homero Baptista, foi reaberta a
agência do BB na capital paulista.
Como vimos, foi efetuada, em
janeiro/1891, a venda da Filial São Paulo, restringindo–se a um só centro de
operações na cidade do Rio de Janeiro, embora a Agência de Londres, Inglaterra
estivesse operando no período de 1891 a 1894. Sob as ordens do presidente João
Ribeiro foram inauguradas as 3 primeiras agências do Banco do Brasil: Manaus
(14/1/1908), Pará (1/8/1908) e Santos (22/08/1908) [PACHECO, 1979].
Em 1915, a rede de agências do BB
estava circunscrita em sete cidades: Manaus, Belém, Santos, Campos, Salvador,
Recife e Fortaleza. Posteriormente (1917/1919), foram acrescidas: Corumbá,
Maceió, Aracaju, Três Corações, Uberaba, São Paulo, Florianópolis, Natal,
Ilhéus, Vitória, Maranhão (mais tarde, designada São Luís), Parnaíba, Juiz de
Fora, Cataguases, Santa Luzia do Carangola, Ponta Grossa, Barretos, Ribeirão
Preto, Varginha, Pelotas, Belo Horizonte, Jaú, Rio Grande, Bagé, Joinville e
Livramento [PACHECO, 1979].
Em 30/4/1915, o Banco do Brasil, com o
objetivo de manter a estrutura administrativa eficiente, passou a adotar a
classificação de agências: Santos (1ª classe), Manaus e Belém (2ª classe),
Recife, Bahia e Campos (3ª classe), as demais agências em 4ª classe. A de São
Paulo veio a ser classificada de 2ª classe em 14/8/1918.
No passar dos tempos, as agências
seriam elevadas de categoria de acordo com os resultados obtidos em cada
semestre do ano [PACHECO, 1979].
Com o objetivo de agrupar as agências
por interesses de região, a Diretoria resolveu, em 18/7/1917, criar grupos de
agências de maior categoria jurisdicionando agências subordinadas: Belém
(Manaus, São Luís, Parnaíba e Fortaleza); Recife (Natal, Paraíba e Maceió);
Bahia (Aracaju e Ilhéus), São Paulo (Uberaba e Corumbá); Porto Alegre
(Florianópolis e Curitiba). A Matriz manteve a jurisdição sobre as agências de
Santos, Vitória, Campos e Três Corações
[PACHECO, 1979].
Ao finalizar a matéria, fazemos
homenagem ao paulistano José Maria Whitaker (1878/1970) que se formou pela
Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, com passagem pelo Banco do
Brasil e pelo Ministério da Fazenda:
As principais ações desenvolvidas pelo
Banco do Brasil, na gestão de José Maria Whitaker (20/12/1920 a 27/12//1922),
foram comentadas em O Milagre de Minha Vida, de José Maria Whitaker
(1878/1970), editada pela Editora Hucitec, São Paulo, 1978, obra póstuma.
Na referida obra, podemos observar e
comentar a atuação de José Maria Whitaker à frente dos destinos do Banco do
Brasil, nos seguintes eventos:
inauguração, em 13/6/1921, da Câmara de
Compensação de Cheques, na cidade do Rio de Janeiro;
organização da Carteira Agrícola, em
preparativos para o início de operações;
aumento de depósitos e, paralelamente,
dos descontos e empréstimos;
elevação de capital, elevação de
lucros, aumento de cotação de ações;
reforma de Estatutos e Regulamento
Interno;
criação dos cargos de gerente e
contador nas agências e na Matriz (inspetor de agências, gerente, contador,
chefe-de-seção, ajudante-de-seção);
criação das agências: Buenos Aires
(Argentina), Ipameri, Teresina, Cuiabá, Uruguaiana, Três Lagoas, Penedo e Campo
Grande, e;
compra do edifício da antiga Casa dos
Contos, situada na Rua Primeiro de Março, 66, mediante permuta com a Associação
Comercial do Rio de Janeiro.
Com relação à compra da Casa dos
Contos, efetuada por Whitaker, com vistas a proporcionar ao Banco do Brasil
nova sede capaz de comportar todos os serviços que estavam crescendo e
necessitando de maior espaço físico, vale destacar que, somente na gestão do
presidente James Darcy (2/1/1925 a 16/11/1926), a Matriz mudou-se para a Rua
Primeiro de Março, 66 [PACHECO, 1979].