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sábado, 23 de setembro de 2017

DAI-ME UM LUAR

Nos idos de 1965, surgiu o bolero Dai-me um luar, da dupla de compositores Evaldo Gouveia e Jair Amorim, interpretado pelo cantor Altemar Dutra, no selo Odeon, depois gravado em outras gravadoras por Moacyr Franco (Copacabana) e Cauby Peixoto (RCA Victor).
A letra da canção é romântica e traz o pedido aos céus de um luar justificando que “a noite é fria e a rua tão sombria, quero escutar as canções de amor mais belas e violões, sob todas as janelas”. Esse clima é transportado para a noite escura que o planeta Terra vive, nesta modernidade líquida, em que os sinais dos céus não são mais lembrados.
A transição planetária é o perfil deste blog que se abriu ao público na crônica de 1/12/2012, antes precedida nos dias 20, 21, 22, 23 de junho de 2012 com o post O despertar da primavera, Conscientização cósmica, Abertos os selos do Apocalipse, O quinto elemento. Ainda nos meses de outubro, novembro e dezembro de 2012: Derrubar o gigante (1 a 9), As estratégias de manipulação, O alinhamento das Plêiades, Sol e Lua, Redimensionando a natureza, A manada. [ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE - 6 de setembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Os selos do Apocalipse, anunciando o final dos tempos, foram abertos: a descoberta do rompimento da camada da magnetosfera, realizada por aeronaves da missão Themis da NASA, nos idos de 2007, e aquele astro intruso em viagem de aproximação ao planeta Terra, o planeta Elenin, romperam, neste mês, as camadas de magnetosfera, ionosfera, heliosesfera que estavam isolando a penetração dos raios adamantinos, os raios-gama dos cientistas. [ABERTOS OS SELOS DO APOCALIPSE – 22 de junho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
É a profecia do profeta Job que está sendo cumprida: as blandícias das Plêiades, que ninguém pode deter, que nos chega trazendo a onda galáctica, esses raios adamantinos. [ABERTOS OS SELOS DO APOCALIPSE – 22 de junho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Em 20 maio de 2012 quando ocorreu o alinhamento das Plêiades, Sol Lua, dissemos no post de 3/12/2012 que era o encerramento do ciclo do sistema solar que começou há 52.000 anos quando a civilização Atlântida foi iniciada na Terra, atualmente desaparecida. De 26.000 a 26.000 anos há mudança profunda no planeta Terra.
Depois da crônica O ALINHAMENTO DAS PLÊIADES, SOL E LUA – blog Fernando Pinheiro, escritor – 3 de dezembro de 2012, retomamos os assuntos planetários para escrever sobre o evento astronômico de 23 de setembro de 2017, onde é demonstrado o alinhamento de Vênus, Marte, Mercúrio, o Sol, Júpiter, Lua e mais algumas estrelas das constelações de Leão e Virgem.
Reportando-nos ao livro sagrado dos cristãos, a Bíblia, Apocalipse 12: “E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida de sol, tendo a lua debaixo dos pés e uma coroa de doze estrelas sobre a cabeça”, o evento de 23/09/2017 revela uma estrela da constelação de Virgem debaixo do Sol no alinhamento astronômico. A coroa de 12 estrelas na cabeça representa 6 estrelas das constelações de Virgem e de Leão que estão alinhadas a Vênus, Marte, Mercúrio, Sol, Júpiter, Lua.
A regência da Era de Aquarius é movida pela energia espiritual dos habitantes da Terra e isto é condição necessária para ser implantada definitivamente no planeta, assim como diz a canção em singeleza que nos comove: “Dai-me um luar que um luar no meu peito se abriu”.
Essa dificuldade de implantação definitiva está presente, ainda em nossos dias que presenciamos a transição planetária, no clima da música que nos diz “a noite é fria e a rua tão sombria”. É dissonância cognitiva oriunda do modo de pensar da maioria da população planetária que não quer sair da zona de conforto.
A sociedade é dominada pelo medo para que os manipuladores de massas tenham o controle. E assim, sem o conhecimento de si mesmo, a revelação do que o ser humano é, em verdade, o ser etéreo (eterno) fica subjugado pela cultura do transitório e ilusório (o maia dos hindus). [RESISTÊNCIAS – 18 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Essa cultura estabelece o confinamento do planeta e tem os seus dias contados. Nós saímos dessa teia de aranha trazendo conosco a vivência em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Somente a potência de nosso ser profundo pode rasgar essa teia. [RESISTÊNCIAS – 18 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A Terra, como um todo, está saindo da fase hedonista em que se compraz pelo jugo mitológico de Prometeu que furtou o fogo do Olimpo, falsificando-o, e entrando numa era de retomada de valores esquecidos ou invertidos em que o amor foi o mais prejudicado. No princípio era o Verbo é a retomada da consciência de que Jesus nasceu. [PÉGASO (LXIV) –  25 de dezembro de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na cidade do Rio de Janeiro, dois acontecimentos sociais mobilizaram a população no dia 23 de setembro de 2017, em prol do bem comum, demonstrando que o evento astronômico, alinhamento de planetas e estrelas tiveram repercussão positiva, embora sutil, no espetáculo de música Rock in Rio e na presença de centenas de militares que abafaram a situação de desconforto na favela da Rocinha. 
Contemplando o crepúsculo desta civilização, pensamos que o momento em que vivemos se assemelha à lua ensolarada. O fogo, como símbolo das transformações, atinge o clima romântico que se reveste de novas roupagens para sobreviver. Na queima dos valores e símbolos transitórios, vemos o despertar da beleza em sua pureza original. Sempre depois da devastação, a bonança revela o princípio da vida renascendo sempre. [LUA ENSOLARADA – 22 de junho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Todos gostariam de ver seus amores reunidos na nova consciência planetária que se abre à disposição de todos, mas neste final de ciclo planetário há a separação do joio e do trigo. O amor nunca nos separa, embora essa percepção venha ocorrer em outros tempos quando as circunstâncias favorecem.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

BARCO VELEIRO

Lembrando muito o porte elegante da fragata “Libertad”, da marinha argentina e o Cisne Branco, da marinha brasileira, um barco veleiro navegou em meu sonho em que apareciam mulheres vestidas de branco e, na cintura, uma listra cor-de-rosa, igual a do casco do barco veleiro. Era um barco destinado a bodas de casamento.
Quando o barco veleiro chegou, mudou de direção, pronto para fazer o caminho de volta, numa fração de segundos. É que tudo estava preparado para a partida. Era a circunstância favorável que me prestigiava, bastando apenas uma escolha minha no momento.
Pela primeira vez, vi uma situação favorável antes de acontecer o colapso da função de onda. Não apareceu a noiva porque não houve a procura, se a houvesse o sonho, incrustrado no recôndito do ser, viraria realidade e um novo caminho estaria sendo aberto. A noiva não apareceu porque eu estava vivendo um celibato saudável e não houve solicitação para ela aparecer.
Nessas paisagens íntimas, preenchendo uma lacuna, houve o despertar de um novo amor também para quem estava participando das bodas, com vestido branco com uma listra  cor-de-rosa, no sonho ela foi identificada entre as mulheres que iriam embarcar no barco veleiro.
Como o universo é constituído de infinitas possibilidades, todas as mulheres do cerimonial das bodas poderiam aceitar essa possibilidade, desde que a identificação de seus sonhos também fosse apresentada.
Anteriormente, escrevemos sobre o tema Veleiro abordando a temática de Villa-Lobos, na obra Música para Canto e Piano, a seguir:
Iniciando com sons articulados em “an”, “an” e seguidos de 23 sons da nota musical “lá”, a canção Veleiro, integrante da suíte Floresta do Amazonas, de Villa–Lobos, escrita nos idos de 1958, na cidade do Rio de Janeiro, traz os seguintes movimentos: lento, medianamente forte, glissando suave, rallentando, a tempo, suave e pianíssimo. [MÚSICA PARA CANTO E PIANO, de Fernando Pinheiro]
No relacionamento entre casais, situações diversas acontecem, há encontros e desencontros, encantos e desencantos, em que se misturam sentimentos que revelam a natureza intrínseca de cada um dos parceiros. Uns estão mais perto da realidade única que nos envolve, outros mais atentos à sua própria realidade que precisa ter um sentido mais amplo de convívio. [MÚSICA PARA CANTO E PIANO, de Fernando Pinheiro]
Se o pensamento cria a realidade, no dizer do físico Albert Einstein, a circunstância favorável dessa realidade, é criada no mesmo instante que faz as pessoas despertar para seus sonhos. Isto quando há mérito, sem isto o colapso da função aconteceria também, mas dentro de uma perspectiva que coloca longe os planos almejados até que o outro lado da comunicação seja completada, lembrando que a receptividade é que completa essa comunicação.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

SPOSA SON DISPREZZATA

Sposa, non mi conosci, ária de Epitide, da ópera La Merole, de Geminiano Giacomelli é usada no pasticcio Sposa son disprezzata, ária de Irene, da ópera Bajazet, de Vivaldi. Do italiano Sposa (noiva) e Sposata (casada), no Brasil, esposa é mulher casada.
Na ária de Epitide, há um queixume dirigido à noiva: “você vai me deixar ... você vai me deixar ... oh! Deus, há falta de valor e constância.” O abandono da noiva é por causa da infelidade, ele sabe disso e não se engana.
Na música utilizada na ópera Bajazet, o queixume muda de protagonista e há o canto: “eu sou esposa e fui desprezada, eu sou fiel, céus, o que tenho feito?” O canto diz ainda que ela o ama, mas ele é infiel, e ela ainda o espera mesmo no clima de falta de valor e constância.
Esposa desprezada é o que mais tem entre os casais que sonharam viver uma vida em comum que durasse para sempre, vivenciada em cerimônia em que ambos disseram sim ao celebrante das bodas nupciais, testemunhadas por amigos e familiares.
Até mesmo a Marcha Nupcial, de Mendelssohn, tocada no momento da entrada da noiva na igreja, ornamentada de flores e perfume, foi esquecida, embora a música do compositor alemão faça parte da vida de muitos nubentes, antes, durante e depois do casamento, destacamos ainda a Symphony nº 3 A minor Scottisch, de nossa preferência.
É claro que as tentativas para viver a felicidade permanente, mesmo dentro da dualidade, em busca de novos rumos que clareiem o caminho é digno de louvor. O que é convertido em luz é experiência do caminhante, não seremos nós a apontar os acidentes do caminho. A mídia, que vem das telas eletrônicas, já trabalha nisso efusivamente. [LIBERTAÇÃO (II) – 6 de junho de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Existe a ideia mal concebida de que o controle da pessoa amada assegura ao parceiro a permanência em viver juntos, numa demonstração evidente de coação da parte de quem oprime e a inexistência de espontaneidade de agir na pessoa oprimida. A opressão é o pior numa relação de casal. [SEXO NA PIRÂMIDE       – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Fala-se tanto em ser feliz, viver com saúde, em todos os segmentos do comportamento humano, mas é impossível chegar a esse desiderato sem a presença do amor. E vou mais longe: só o amor salva. Não acredito, em hipótese alguma, que a perdição seja a escolha de quem busca o prazer, a menos que esteja revestido de distorções sociais, como é o caso do estupro. Vale assinalar que a libido, que não se restringe à área erógena, abrange tudo que estimula e eleva. [A PÉROLA E O RUBI – 29 de abril de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor] 
A exclusividade sexual nos amores frustrados que buscam o controle e a opressão como forma de dominação, tende a cair por terra, quando novas chances ao desempenho da libido vem em cena. [SEXO NA PIRÂMIDE    – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na consciência planetária em que o planeta vive nos estertores da separação do joio e do trigo, anunciada pelo final deste ciclo planetário, ciclo que começou desde há 52.000 anos quando se iniciou a 3ª dimensão dissociada, onde a separatividade e competitividade é a marca constante. Imaginemos como não deve a luta pelo viver de 6 milhões de pessoas do total de 7,3 bilhões, onde apenas 1,3 ascendeu a uma oitava acima desse gigantesco contingente populacional.
Segundo Regina Navarro Lins o amor romântico carrega a idealização do casal vivendo numa só pessoa. Como a maioria dos casais ainda não atingiu o samadhi que conduz a plenitude num só todo, essa idealização tende a cair por terra, mesmo porque nesse modelo de amor os amigos são deixados de lado. [SEXO NA PIRÂMIDE      – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Sposa son disprezzata, ária de Irene, da ópera Bajazet, de Vivaldi, faz parte do repertório de inúmeras cantoras líricas, entres as quais destacamos: Andrea Orjuela, Anna Bonitatibus, Cecilia Bartoli, Else-Linde Buitenhuis, Ewa Murzynowska, Ewa Podles, Gisela Machado, Giuseppina Bridelli, Hibla Gerzmava, Irina Polivanova, Josefina Brivio, Joyce DiDonato, Larysa Skrynska, Leyla Gencer, Liliya Gubaidulina, Lusine Azaryan, Maria Elena Pepi, Maria Hanyova, Maryana Golovko, Marija Jokovic, Maryana Golovko, Montserrat Caballe, Rosetta Pizzo, Sumi Jo, Tereza Gevorgyan, Vanessa Asenjo, Vivica Genaux.

sábado, 12 de agosto de 2017

SAINDO DO ESTALEIRO

Com a descoberta de que tudo tem duplo, tudo é partícula e onda ao mesmo tempo, com a consequente morte física que não extingue o elemento onda que está no homem, podemos apreciar os estigmas que o corpo físico carrega no desenlace do elemento partícula.
A matrix do tempo de Roma antiga não é muito diferente da dos dias de hoje. O Senado romano outorgou poderes ao jovem general Crassus para ficar à frente da campanha cruel de conquista e traz de roldão, em corrente de ferro, um grupo de homens e mulheres prisioneiros, entre os quais Spartacus e Phrygia, marido e mulher. [SPARTACUS - 30 de maio de 2016]
Basta dizer que, nos idos 71 a.C., na Via Ápia, que liga Roma a Capua, 6.472 escravos foram crucificados à beira da estrada, num só dia, eram os últimos remanescentes mortos que seguiram Spartacus, o gladiador que liderou uma revolta contra o Império Romano. O grupo começou com 70 gladiadores fugidos, foi crescendo, crescendo até atingir o número de 65 mil escravos, todos mortos. Agora, vocês já perceberam porque Jesus não foi para Roma. Ele não permaneceria vivo por lá nem uma hora. [NUDEZ VIOLENTADA – 06 de maio de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Spartacus é herói e, ao mesmo tempo, símbolo de luta dos escravos e outras pessoas oprimidas pelo poder. No cinema, o ator Kirk Douglas no papel-título interpreta Spartacus, filme dirigido, em 1960, por Stanley Kubrick, fez crescer o fascínio do gladiador rebelde que no imaginário coletivo não morreu. O ator Laurence Olivier vivenciou o personagem Crassus. [SPARTACUS - 30 de maio de 2016]
Na apreciação dos observadores do Manual DSM – 5°, os problemas cotidianos são vistos como transtornos mentais. Diante de uma banalidade qualquer, acrescenta o Dr. Allen Frances, “a enfermidade diminui a dignidade de quem sofre” e afirmamos que não devemos dar peso e referência com aquilo que não corresponde ao nosso mundo íntimo, o ser profundo que se conecta com a fonte. [ARDIL DIABÓLICO – 20 de setembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Mesmo durante a vida física, o enfermo pode eliminar, mediante o colapso da função de onda, os estigmas do sofrimento, não importando se houve fraturas traumáticas.  Mesmo constando a parte danificada no corpo físico, isto desaparece, com esse ato, no corpo astral. Na morte física, é impossível fazer o colapso da função de onda.
Não sabemos do destino posterior de Spartacus, mas podemos garantir que um ser multidimensional que                                   transitou pela Palestina não entraria nos páramos sublimes com a marca da flagelação, a mesma imposta pela matrix a Spartacus.
Tivemos uma experiência de fratura traumática, passando por uma cirurgia no Hospital Barra D´Or, na cidade do Rio de Janeiro. Um mês após a cirurgia, tivemos um sonho que nos levou (viagem astral) a Notre Dame Cathedral de Montreal, buscamos o sagrado para lenir a parte lesada do corpo que não se transformou em trauma psicológico.
Anteriormente, nesse mesmo local, em especial de Natal de 1978, o tenor italiano Luciano Pavarotti, bem jovem aos 43 anos de idade, cantou a ária sacra Pietà, Signore, de Louis Niedermeyer (Alessandro Stradella) e a Ave Maria, de Schubert, acompanhado de orquestra sinfônica conduzida pelo maestro alemão Franz-Paul Decker.
Quando estávamos em pé, ainda vendo nossa possibilidade de andar, num mergulho circunspecto em nós mesmos, vemos que pudemos caminhar e caminhamos em direção ao lado da nave da igreja. A fé superou o momento de hesitação momentânea, fazendo que os engramas desaparecessem em nosso duplo, esse duplo descoberto pelos cientistas.
Ainda no estaleiro em que a convalescência impõe, não há mais resquícios do acidente repercutindo no plano astral e pensamos ser isto um embaraço de quem parte do plano físico imantado na mesma frequência do sofrimento. Mais um motivo para ser acreditar que a fé remove montanhas.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

SEXO NA PIRÂMIDE

O Livro do Amor, de Regina Navarro Lins, psicanalista e escritora, narra a trajetória do amor, através do tempo, no Ocidente, e deixa reflexões sobre o que está acontecendo na mudança dos modelos que não deram certo na estrutura da organização social.  
Existe a ideia mal concebida de que o controle da pessoa amada assegura ao parceiro a permanência em viver juntos, numa demonstração evidente de coação da parte de quem oprime e a inexistência de espontaneidade de agir na pessoa oprimida. A opressão é o pior numa relação de casal.
Segundo Regina Navarro Lins o amor romântico carrega a idealização do casal vivendo numa só pessoa. Como a maioria dos casais ainda não atingiu o samadhi que conduz a plenitude num só todo, essa idealização tende a cair por terra, mesmo porque nesse modelo de amor os amigos são deixados de lado.
Na convivência diária, a personalidade de cada um dos amantes se mostra tal qual é, surgindo em seguida o confronto na comparação de atitudes que se chocam. Em decorrência, vem os desencantos e dissabores.
Em busca de uma saída que mostre um novo caminho, os casais em conflito buscam o questionamento da questão, enveredando por roteiros, a maioria internos, que lhes mostram a realidade a ser enfrentada.
A pulsão sexual está em ambos e merece um direcionamento apropriado como um carro que deve correr numa pista asfaltada. A escolha da estrada é sempre do motorista. O psicanalista austríaco W. Reich é enfático quando diz: “reprimir os verdadeiros desejos não significa eliminá-los.”
Enquanto houver o desejo é necessário realizá-lo, pois não adianta guardar em segredo, atormentando-lhe as horas. O certo seria não ter desejo porque o desejo sempre leva ao sofrimento, principalmente quando não pode ser realizado. [PAIXÃO – 27 de junho de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor] 
Fala-se tanto em ser feliz, viver com saúde, em todos os segmentos do comportamento humano, mas é impossível chegar a esse desiderato sem a presença do amor. E vou mais longe: só o amor salva. Não acredito, em hipótese alguma, que a perdição seja a escolha de quem busca o prazer, a menos que esteja revestido de distorções sociais, como é o caso do estupro. Vale assinalar que a libido, que não se restringe à área erógena, abrange tudo que estimula e eleva. [A PÉROLA E O RUBI – 29 de abril de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]  
A exclusividade sexual nos amores frustrados que buscam o controle e a opressão como forma de dominação, tende a cair por terra, quando novas chances ao desempenho da libido vem em cena.
Vale salientar o aspecto social vivenciado pela humanidade transcrito da Série Pégaso (X) – 10 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
O cerceamento da humanidade, dificultando o vislumbrar desses eflúvios de amor, está justamente na segunda escala de necessidades, preconizada pelo filósofo Maslow, pois na primeira predomina a fome, pois 1 bilhão de pessoas ganha menos de 1 dólar por dia, ficando assim os controladores da massa humana dispostos a exercer o poder.
Dos 7,3 bilhões de habitantes do planeta, imaginemos cerca de 3 bilhões vivendo uma vida de casal, confinado na segunda escala de necessidades onde sobressai com destaque o relacionamento e o sexo.
Sem conseguir alçar a escala superior onde o poder está presente nas mãos de alguns milhares de pessoas, cerca de 700 mil, ou seja quase 6 bilhões de pessoas convivem dentro de um relacionamento onde a luz do luar (símbolo) não está presente todos os dias. Conforme dissemos anteriormente, 1,2 bilhão conseguiu ascender à consciência planetária unificada, esse número tende a crescer.
Os pensamentos na densa consciência planetária é antimatéria que está em Gaia sofrida e que se recompõe nas emanações dos raios adamantinos oriundos do centro da galáxia, a Via-Láctea, esses mesmos raios conhecidos pela comunidade científica de raios-gama. Gaia sofre porque é um ser vivo, a descoberta mais inteligente do planeta.
Mas a antimatéria de cada ser humano é revelada pelas inúmeras doenças que o fazem sofrer tanto na sobrevida que tem na matéria densa como na vida que reaparece no mesmo estado em que estava nessa sobrevida, como vi nos corredores do sobrado veneziano.

domingo, 25 de junho de 2017

PELA ESTRADA AFORA

De repente, estava caminhando numa estrada dentro da mata, quando ouvi passos de cavalos montados por cavaleiros que seguiam em direção ao lugar onde eu estava. Parei um pouco para me posicionar no espaço em que os cavalos não passariam, no encostamento.
Os dois cavaleiros desceram dos cavalos perto de mim, sem ir em minha direção e caminharam a frente, deixando os cavalos para trás debaixo de uma árvore. Eu peguei um pouco de capim e atirei em direção deles e o capim caiu em cima da cabeça do cavalo atingido. Se isto acontecesse em estado de vigília, dificilmente eu acertarei no ponto alvejado.
Isto nos faz lembrar o Princípio da Incerteza, de Werner Karl Heisenberg, em que os nêutrons, ao receber cargas de fótons, se movimentam na direção escolhida pelo observador, constatada anteriormente no fenômeno da dupla fenda, de Thomas Young (1773/1829), médico e egiptólogo britânico. É que o amor ilumina nossos caminhos. [O PASSADO DITOSO – 18 de junho de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Durante o sono, o ser profundo imantado em todas as pessoas é capaz de revelar enigmas que nos despertam a uma caminhada mais clara diante das dúvidas e incertezas do mundo material em que a ciência se debate para revelar a causa e o mecanismo em que se manifestam muitas manifestações psíquicas, inclusive na Síndrome de Irlen que envolve a percepção no olhar na visão física dos olhos.
Por ser nova essa descoberta de Irlen, a síndrome que leva o nome de Helen Irlen, psicóloga americana, pode ser encarada diferente do sintoma original e o tratamento levado a extremos que podem dificultar a caminhada das pessoas acometidas desse embaraço na visão física.
As síndromes, analisadas como dissonância da harmonia que está em todo o ser humano, crescem a cada dia com novas descobertas nas pesquisas efetuadas por neurocirurgiões, psiquiatras, psicanalistas. Há muitos fatores a considerar. [SÍNDROMES – 27 de junho de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
É os olhos veem aspectos do mundo extrafisico em forma de cores, inclusive nas letras que compõem a escrita digitada ou escrita a mão. Esse arquivamento de dados, quando vem à tona, traz uma carga sensorial em sua revelação mais próxima ao nível físico.
Os místicos religiosos ou não, acostumados à meditação, possuem a capacidade de aflorar esse fenômeno de rara beleza que é benção para quem o vê e sente ser natural como a fala, o respirar, o sentir o aroma das coisas. No entanto, pode vir a ser problema para quem vê a vida apenas no plano físico.
As vozes da mente são múltiplas e ainda não reveladas totalmente à comunidade científica, mas à medida em que essa comunidade compreender a extensão de valores agregados em tudo é célula e tudo é onda ao mesmo tempo, já descoberto que tudo tem um duplo, novas descobertas virão para elucidar os enigmas do caminhar.
Além dos místicos religiosos e místicos não religiosos, os poetas e prosadores, os artistas e os músicos sentem no processo de elaboração do texto ou revelação da arte, fenômeno que parece estranho ao mundo físico, mas que esse mesmo mundo é permeado com o espiritual ou extrafísico, conforme a concepção de quem dá mais peso e referência à matéria ou ao mundo além da matéria.
Os santos católicos, conforme divulgação conhecida, viam seres angelicais em suas voltas quando caminhavam no mundo terreno e percebiam nuances e coloração nos objetos e seres que estavam aos seus alcances visuais. Isto aconteciam tanto na esfera onírica como no mundo desperto sem necessidade de dormir.
Os cavalos e cavaleiros no sonho representam a segurança espelhada e espalhada no ambiente percorrido por mim a pé. O ramo arremessado em direção aos cavalos seguiu o caminho em que tracei mentalmente, comprovando a teoria do observador que é, na realidade, o criador do próprio destino, na linha traçada que tudo tem um endereço astral, pois existe um campo magnético.
A vontade é a energia que movimenta os desejos, realizando sempre o objetivo proposto e escolhido, uns vêm logo e outros estão a caminho, dependendo das circunstâncias que os favoreçam, onde se inclui naturalmente a fé, aquele enigma de Platão, conhecido desde há muito tempo no mundo helênico e revelado, sem comparação, naquele centurião romano que teve a cura de seu servo.  

quarta-feira, 21 de junho de 2017

A FÓRMULA DE OURO

A fórmula de ouro em que se assentam os fundamentos da felicidade, conforme o pensamento de Zygmunt Bauman (1925/2017), filósofo e sociólogo polonês, é a combinação da liberdade com a segurança: “segurança sem a liberdade é escravidão. Liberdade sem segurança é um completo caos, incapaz de fazer nada, planejar nada, nem mesmo sonhar com isso.”
“Como pode ser depreendido, segurança não pode ser associada somente ao efeito resultante dos atos do uso da força derivados das capacidades militares, mas conformando-se também na adoção de medidas de proteção no campo social, do meio ambiente, econômica, da diplomacia, e do segmento científico.” – Geraldo Magela da Cruz Quintão, membro da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil, ministro da Defesa (24/01/2001 a 03/01/2003) – in Seminário sobre Diretrizes Estratégicas de CT&I de Interesse para Defesa Nacional, realizado em 26 de novembro de 2002, em Brasília Apud SEGURANÇA – 7 de fevereiro de 2014 - blog Fernando Pinheiro, escritor.
Vale citar o pensamento de Carol Sonenreich, Giordano Estevão e Luiz de Moraes Altenfelder Silva Filho:
“Entretanto, no relacionamento com os outros, na organização das condutas, aliás, no que constitui o campo das alterações mentais, o essencial não está no que as limitações determinam, mas no que pertence à liberdade de escolhas.” - in Doença mental e perda de liberdade – Revista TEMAS – Teoria e Prática do Psiquiatra – v. 35, n. 68-69, p. 4 - Jan/Dez 2005. [OS DOMÍNIOS DA PSIQUIATRIA – 27 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A personagem Maria Monforte (atriz Simone Spoladore) da minissérie Os Maias que TV Globo exibiu nos idos de 2001, adaptada do romance de Eça de Queiroz, se apaixona por Pedro da Maia, casa com ele e, com o tempo começa a sentir tédio daquela união, quando surge Tancredo por quem vem a se apaixonar. Nesse clima de prazeres em que a liberdade é manifestada, sente-se insegura porque carrega, no íntimo, a culpa.
Na relação de casal em que há desentendimento, provocado sempre por crítica e julgamento, a separação surge como postura de viver mais adequada e, nessa circunstância que arrasta a solidão e a saudade, vem eclodir lembranças que definem sentimentos de culpa, o grande vetor que engendra a depressão, a doença que mais cresce no mundo. [PAREDE DE VIDRO - 23 de janeiro de 2014 - blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na música O Pastor, a voz de Madredeus na trilha sonora da minissérie Os Maias, baseada na obra de Eça de Queirós, onde aparece uma cena de Maria Monforte, usando decote em que sobressaíam os meneios de seios, interpretada pela atriz Simone Spoladore, em festa de casamento, e a dança com o príncipe, vivendo um sonho de fadas, depois fazendo amor pelas costas com o amante [Youtube: Madredeus “O Pastor” Legendado PT BR - Os Maias – TV Globo, 2001] Apud HIERARQUIA PIRAMIDAL (III) - 30 de outubro de 2013 - blog Fernando Pinheiro, escritor.
Maria Monforte não conseguiu fugir daquilo que ela era, uma prostituta, termo arcaico que esteve também com a Madame Bovary, de Gustave Flaubert, romancista francês, na visão mundana dos séculos 19 e 20, hoje diluída pelo mundo líquido, na visão inaugural de Zygmunt Bauman.  
No entanto, naquele mesmo calor de viver e se apaixonar, a mulher de Magdala, cidade ficou conhecida a mulher Madalena, esqueceu os engramas do passado e conseguiu obter a liberdade e a segurança, ao mesmo tempo.
Na carta de Aristóteles ao seu filho Nicômano há uma referência em que a ética está associada à felicidade. No mundo atual, o argumento do eu e a liberdade subjetiva é usado por pessoas para fazer o que bem desejam. Não perdendo de vista que a base da ética aristotélica é a responsabilidade, reforça o pensamento do sociólogo polonês “liberdade sem segurança é um completo caos”.
A fórmula de ouro do criador do conceito da modernidade líquida é difícil de ser achada nesta densa consciência planetária que está indo embora na separação do joio e do trigo. Como tudo é possível dentro das possibilidades quânticas, a fé removerá as montanhas de dificuldades.

domingo, 18 de junho de 2017

O PASSADO DITOSO

Numa madrugada risonha e feliz, o passado ditoso recrudesceu dentro do sonho carreando engramas que não foram transmutados para outra fase do viver, o oblivion dos poetas parnasianos.
Nesse clima que nos favorecia o momento, disse-lhe: estou com vontade de lhe abraçar, esse abraço tinha mais uma conexão de união espiritual do que material, pois o corpo físico é apenas um instrumento, mas nesse caso o corpo etérico, o duplo em que está em tudo, descoberto pela ciência, comprova que nem tudo é matéria.
O abraço surgiu como formalidade de um rito que nos favorecia a aproximação. É claro que, devido aos engramas que surgiram naquele momento, a nossa aproximação não veio revestida dos encantos dos amores que se apaixonam à primeira vista.
Em seguida, a vi se dirigir ao banheiro que possuía uma banheira rasa, o mais simples possível, quase rés ao chão, onde ela se deitou numa água enferrujada, aquela água em que surge quando a torneira é aberta depois de um período em que ocorreu a falta d´água.
Depois do mergulho na banheira rasa, a vi envolta numa toalha branca e um novo abraço surgiu entre nós, melhor do que o anterior, num clima em que o banho eliminou os engramas, com as possibilidades futuras de haver a nudez feminina que ainda predomina nos encantos da primeira hora em que a conheci.
É que os engramas do passado são forças coercitivas superiores à mudança de atitudes de quem busca se beneficiar em atitudes que ocasionaram perdas. O interlocutor carrega os pensamentos que lhe deixamos como carga que o faz sucumbir ou se elevar, se houver enlevo amoroso. É que as pessoas necessitam caminhar em direção de novas paisagens tanto íntimas quanto externas que repercutem no mundo onírico. [O SONHO DE MARIANNE – 28 de janeiro de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Isto fez deslindar o enigma do sonho da noite anterior em que estava em frente da Igreja da Candelária, na cidade do Rio de Janeiro, presenciando os preparativos de uma festa que me levou a supor que eram destinados a um casamento sem que aparecessem os nubentes.
Vivemos, realmente, no estado de vigília e no estado do sono, principalmente quando sabemos a vivência do sonho ocorrido. Ambos se completam nas atitudes escolhidas, não importando os graus de nivelamento de consciência em que ocorreram. Aliás, a descoberta científica é fantástica: a consciência e a informação estão em tudo, ao mesmo tempo.
A realidade da vida é criada por nossos pensamentos com a participação do elemento primordial de que nos fala o enigma de Platão, que revelamos ser a fé, acoplado à participação do interlocutor em que mantemos a comunicação, no presente caso, a interlocutora. A comunicação é sempre os dois interligados, assim como na relação sexual.
No abraço que tive com ela, vestida com o roupão de banho, uma sombra desvaneceu saindo pela rua afora, era a companhia sobrenatural eleita por ela em seus momentos em que sentia solidão. No entanto, uma peça de roupa caiu no chão, a joguei fora pela janela e vi a peça seguir a caminho do dono.
Isto nos faz lembrar o Princípio da Incerteza, de Werner Karl Heisenberg, em que os néutrons, ao receber cargas de fótons, se movimentam na direção escolhida pelo observador, constatada anteriormente no fenômeno da dupla fenda, de Thomas Young (1773/1829), médico e egiptólogo britânico. É que o amor ilumina nossos caminhos.  
No Princípio da Incerteza, de Heisenberg, há restrições à precisão em medidas simultâneas, pois não pode haver a posição da partícula e a velocidade ao mesmo tempo, esse princípio está imantado não apenas no mapeamento das partículas elementares do átomo, como também entre duas pessoas em convivência amorosa, pois todos nós somos constituídos de átomos. [ANÉIS SOLTOS NOS DEDOS – 29 de março de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Como tudo é consciência e informação por causa da presença do átomo e suas partículas, iríamos encontrar a afinidade em que nos apegássemos o pensamento, pois ao pensar criamos o endereço astral pertinente ao nosso mundo íntimo que se interliga com os interesses afins. [PÉGASO (LI) – 25 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Na obsessão de almas errantes, o quadro clínico se complica, o paciente já não mais possui a liberdade de escolha e os tremores involuntários do corpo se confundem na patologia da discinesia tardia, distúrbio que a Psiquiatria apresenta questionamentos para estudo e observação. [O DESMAME – 28 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Enquanto houver a oportunidade de fazer o colapso da função de onda, novas disposições do viver surgem alterando os panoramas íntimos em que não sentíamos confortáveis. Se os ex-amores, em todo o planeta, soubessem desse recurso infalível, disponível e capaz de acontecer, voltariam a viver os momentos felizes em que viveram no passado. Os amores são eternos já antes cantados por poetas e sonhadores.

domingo, 11 de junho de 2017

LIBERDADE DE ESCOLHA

No episódio que a Rede Globo de Televisão levou ao ar no dia 11 de junho de 2017, no Programa Fantástico, em que foi simulado audiência judicial, a lei que protege a mulher contra a agressão do companheiro, conhecida como a Lei Maria da Penha, teve o desfecho que elimina a punição do infrator.
Com as provas evidentes de que o crime foi cometido, a juíza Andrea (atriz Glória Pires), ouvida as partes do processo, sentenciou a liberdade do réu Estevão (ator Cássio Gabus Mendes), que antes tinha pedido perdão à esposa Ana (Malu Mader), ao lado da advogada dela (atriz Dira Paes) pela ofensa cometida à Ana que o perdoou, levando em consideração a trajetória de vida em comum cheia de lutas e de conquistas que teve com o companheiro.
Vale citar o pensamento de Carol Sonenreich, Giordano Estevão e Luiz de Moraes Altenfelder Silva Filho:
“Entretanto, no relacionamento com os outros, na organização das condutas, aliás, no que constitui o campo das alterações mentais, o essencial não está no que as limitações determinam, mas no que pertence à liberdade de escolhas.” - in Doença mental e perda de liberdade – Revista TEMAS - Teoria e Prática do Psiquiatra - v. 35, n. 68-69, p. 4 - Jan/Dez 2005. [OS DOMÍNIOS DA PSIQUIATRIA – 27 de fevereiro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
O perdão das ofensas ou do crime ainda é o principal fator para que as partes se reconciliem. Esquecidos os engramas que impediam o avanço nessa trajetória de vida em comum, a reconciliação é a vitória de ambos contra a Lei Maria da Penha.
A liberdade de escolha está na cerimônia do casamento ou na audiência do divórcio quando o juiz solicita as partes envolvidas se isto é da vontade de ambos.
Há 2.000 anos, essa liberdade foi revelada pelo centurião Paulus ao crer que o seu servo fosse curado pelo homem que curou os enfermos na piscina de Siloé, nas terras do Levante, conhecidas atualmente como Oriente Médio.
A propósito, vale transcrever textos de nossa crônica A SAGA DE AGOTIME – 20 de janeiro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor:
Paulus, aquele centurião romano que se conectou com a luz crística, com apenas um pensamento, quebrou o paradigma e o seu servo foi curado. Fizemos a narrativa deste episódio na obra JESUS, LUZ DO MUNDO, inspirado no Canto III da obra Anchieta ou O Evangelho nas Selvas, de Fagundes Varela.
Por que aconteceu isto com Paulus? A Física Quântica explica, assim como explica porque a lagartixa-doméstica-tropical caminha, sem cair, pela parede das casas: as moléculas da lagartixa se unem com as moléculas das paredes, atração do vácuo quântico, o efeito de Casimir. A ciência comprova que a matéria é energia condensada.
É questão de conexão com a partícula do átomo que se une com outras partículas, formando as moléculas e as ondas de probabilidades, com movimentos de ida e volta, é o mesmo processo que faz uma pessoa falar, ver e ouvir outra em outra parte do mundo, usando o celular, a televisão e as torres de controle das aeronaves espaciais que lançam objetos voadores em direção da lua e de Marte e de outros planetas próximos à Terra.
Tudo é energia e tudo está conectado, a visão de Einstein revolucionou o mundo, e o mais empolgante é que a energia está em expansão. Como o pensamento é energia e se expande, haverá sempre um retorno do que emitimos. A feitiçaria está quem está ligado à feitiçaria, inclusive dando peso e referência, Maria Naê não se ligou a isto e lançou o olhar para o seu povo, fazendo uma prece para libertá-lo. 
Essa energia da prece une-se à energia que está no ar, formando uma egrégora de luz que elimina a antimatéria dos cientistas, no caso do enredo samba, as feitiçarias que Maria de Naê viu. Liguemo-nos à luz e a luz surge, este é o segredo descoberto pelos cientistas e há muito tempo revelado naquelas paragens longínquas da capital do Império romano (Caput Mundi). [A SAGA DE AGOTIME – 20 de janeiro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A Rede Globo de Televisão, em 11 de junho de 2017, melhor do que nos lugares onde se diz que o boi deles é melhor do que o boi dos outros, ensinou através do episódio do Fantástico – simulação de audiência judicial onde a Lei Maria da Penha estava em discussão para ser aplicada – que os engramas do passado devem ser esquecidos.

terça-feira, 6 de junho de 2017

LIBERTAÇÃO (II)

No enigma de Platão que culmina com o chamado elemento primordial que é, a nosso ver, a fé, vemos na canção Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, o colapso da função de onda demonstrado de modo sublime: “Senhor, eu quero abrir, quero abrir todo o meu ser”.
De igual modo, acompanhamos o pensamento de Tarnha Konecoba, nossa amiga do facebook, residente na cidade de Tallinn, Estônia: “Ако носиш в себе си добри мисли, те ще изгреят на лицето ти като слънчеви лъчи и ти винаги ще изглеждаш прекрасно...” Роалд Дал, "Матилда” - “se você traz bons pensamentos, vão brilhar em seu rosto como os raios de sol e você será sempre lindo...” Roald Dahl, “Matilda”.
Isto nos lembra também o homem que viu a luz do sol, ao sair da caverna, o único prisioneiro que fez o colapso da função de onda ao deixar para trás seus pares que viam as sombras se projetando na parede do subsolo na narrativa de Platão.
Ainda a respeito do enigma de Platão, o elemento primordial é imprescindível na comunicação, conforme elucida o Prof. Moacir Lima, no vídeo Ciência e Espiritualidade: “nem sempre as propriedades do todo representam a soma das propriedades das partes, dependendo do elo de ligação, o chamado elemento primordial.”
A presença do elemento primordial de Platão, aquela semente de mostarda da parábola conhecida, o colapso da função de onda explicitado pela física quântica, tudo isto se converge num campo eletromagnético onde corre o pensamento, essa energia carregada de átomos que tem direcionamento ao alvo desejado, o endereço astral.
Aproveitando o clima da música Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, manifestada numa prece elevada aos páramos sublimes: “Senhor, eu quero abrir, quero abrir todo o meu ser”, apresentamos o exemplo do colapso da função de onda vindo de outra latitude do planeta em que habitamos:
Considerando que a psiquiatria admite a subjetividade como argumento para avaliação de pacientes, entramos no mundo subjetivo para revelar o pensamento de Jalal Al-Din Husain Rumi que veio daquelas bandas do Oriente:
“Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
E reflete, como a mina de rubis,
Os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzirá a teu ser,
Transmutará teu pó em ouro puro”.

Na canção Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, há a revelação de viver e morrer pelo Senhor (“eu vivo, eu morro, Tu sabes, tudo por Ti”).
Essas ondas de probabilidades, dentro das infinitas possibilidades de que o universo é constituído, formam um oceano infinito chamado energia do ponto zero. O ser humano elege as possibilidades que deseja alcançar, estabelecendo a escolha e as consequências inerentes. Como todo o universo é feito de energia e informação (teoria da supercorda). As cordas são filetes de energia espalhadas em muitas dimensões do universo.
“Meus sonhos são os teus sonhos”, da canção Sonhos de Deus, do padre Marcelo Rossi, reflete a consciência unificada em que um dia todo o planeta Terra terá, enquanto isso o joio continua no meio do trigo, nesta densa consciência planetária que está indo embora.
Vale mencionar textos de nossa crônica Libertação, publicada em 13 de março de 2013, que trata de outro louvor a Deus, na oração de São Francisco de Assis, atribuída a poetisa Gabriela Mistral, todo o texto ressalta sabedoria, convém mencionar: “esquecendo-nos é que nos encontramos”.
O esquecimento na oração é pertinente à personalidade e não ao ser profundo que todos somos que deve ser lembrado e vivenciando a partir do momento em que sentimos ser real, a nível de interiorização de alma. No nível das camadas em que o homem vive, é o momento em que o espírito aparece já na transcendência do corpo físico e do corpo astral ou alma, mesmo estando vivendo na esfera física.
É muito difícil para grande parte da humanidade, que vive na consciência dissociada, compreender o esquecimento, pois nela a ilusão, a matrix, sustentada pela educação falsificada pelo mito de Prometeu que tomou conta de todos os segmentos de conduta, é alimentada por cada um daquele bloco planetário dissociado e por todos que detêm o poder de controle de massas evidenciado nas mídias, inclusive a eletrônica.
Vimos abordando, no decorrer dos posts deste blog, o assunto com o nome de abandonar-se à luz. O abandono, na poesia parnasiana, era muito diferente da que hoje está sendo usada no sentido que denota a separatividade junto aquilo ou aqueles que estamos vinculados por laços de comportamento.
É claro que o sentido de libertação está ligada à verdade, não a verdade da ilusão, o maya dos hindus, mas ao que somos, todos nós, em essência, criada pela luz e destinada a regressar à luz, à fonte.
Na mente dissociada dos mundos unificados, onde neles a felicidade é eterna e não há a dualidade humana que promove os estados de saúde e de doença, de alegria e de dor, em ciclos alternativos, o despertar do que somos em essência eterna é a única alternativa.
A libertação de nós mesmos, enquanto pessoa ou personalidade, transitória e efêmera, denota a importância de sabermos que estamos no mundo físico mas não pertencemos ao mundo físico, pois o nosso mundo não é deste mundo. Há esferas resplandecentes que se coadunam em vibrações sutis que exteriorizamos. Em sonhos podemos visitá-las.
Todo ser humano tem esse alcance, basta esquecer-se para se encontrar como diz a oração franciscana da poetisa chilena que ganhou o respeito e a consideração do mundo inteiro, pois ela é ganhadora do Prêmio Nobel – 1945, glória do Chile e ele, natural de Assis, rico de luz, é a maior expressão de humildade que a Itália já conheceu.
Na mente dissociada, mesmo nos círculos do apelo, a libertação é apenas falada para a personalidade que se envaidece numa egrégora que irá se dissipar, pois a separatividade é a característica da dualidade humana.
O amor é o único sentimento que une, o amor resplandecido da luz que vem do ser profundo que todos somos, nascidos da luz e a caminho da luz.
É claro que as tentativas para viver a felicidade permanente, mesmo dentro da dualidade, em busca de novos rumos que clareiem o caminho é digno de louvor. O que é convertido em luz é experiência do caminhante, não seremos nós a apontar os acidentes do caminho. A mídia, que vem das telas eletrônicas, já trabalha nisso efusivamente.
Já que falamos do ícone da humildade, em terras italianas, e ao nosso ver no mundo inteiro, vamos reafirmar os quatro pilares em que vivenciamos: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Esses pilares sustentam a nossa ascendência à consciência unificada, onde estamos imantados na luz, a mesma luz que promove o samadhi e a harmonia das esferas. A NASA divulgou no Youtube os sons de Netuno, essa esfera que está em nosso sistema solar.

domingo, 28 de maio de 2017

SÍNDROME DE BURNOUT

A Síndrome de Burnout (do inglês to burn out, algo como queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970. [WIKIPÉDIA – A enciclopédia livre].
A competitividade, imposta pelo paradigma da sociedade do cansaço, “society of tiredness”, no dizer do filósofo sul-coreano Byung-ChulHan, professor da Universität der Künste, Berlin, Alemanha, autor de 16 livros, entre os quais destacamos Fatigue Society (DieMüdigkeitsgesellschaft), obriga o indivíduo a estar sempre alerta contra a ameaça em sua carreira ou estilo de vida, isto aos poucos vai lhe tornando exausto. [O VAGABUNDO – 15 de novembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Dentro dessa mesma competitividade, na apreciação de Zygmunt Bauman, professor emérito de Sociologia das universidades de Leeds (Inglaterra) e Varsóvia (Polônia), aqueles que não seguem o paradigma ficam excluídos. Nesse contexto, o indivíduo busca comprar a saúde fora dele mesmo, como se a medicina fosse fazer o papel que a ele competiria fazer. [O VAGABUNDO – 15 de novembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Com a exceção da proposta do presidenciável da eleição de 2010, Plínio de Arruda Sampaio (1930/2014) que planejava, se eleito, diminuir o número de horas trabalhadas, numa jornada de 6 ou 4 horas, a fim de que os trabalhadores tivessem mais horas livres para o estudo, lazer, viagens e outras atividades que lhes aprouvessem, não vemos nenhuma perspectiva disso acontecer atualmente, não apenas aqui, mas em outros recantos do planeta. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Ainda ontem, num supermercado na cidade do Rio de Janeiro, uma funcionária que nos atendia no caixa nos disse que trabalha das 7 da manhã às 9 da noite, quando chega em casa, vai dormir lá pela meia noite e acorda às 3 da manhã para se aprontar, pega 3 conduções e chega ao trabalho no mesmo horário. Lembramo-nos quando ingressamos no Banco do Brasil, nos idos de 1964, a jornada de trabalho era de 7:00h às 13:00h e, naquela época, ganhávamos muito bem. Bons tempos aqueles. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Os patrões, nesse sistema financeiro em que o mundo é dominado, não iriam concordar com proposta sonhada por Plínio de Arruda Sampaio, pois os lucros dos negócios são muito mais importantes do que o bem-estar da maioria da população mundial. Um sistema em que cerceia a humanidade de ascender ao degrau superior da pirâmide social de Maslow não irá durar muito tempo. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Acreditamos no sentido gregário, que os animais possuem, será aceito e posto em prática por todos os seres humanos, dentro de alguns séculos, assim como nas florestas os seres elementais chamados silfos beneficiam esse ecossistema, embora não sejam divulgadas as atividades que atuam. Se a maioria da população mundial não conhece a realidade deste mundo, não iria conhecer a realidade que o permeia. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
No caso Brasil, algo está no ar, se a população perceber o que está entrelinhas, como dizem os poetas, haverá um despertar, mesmo que haja um desconforto e nos despedimos lembrando Carl Gustav Jung: “quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.” [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A mudança vem a ocupar o nosso tempo, pois estamos no desenrolar dos acontecimentos que ganham novas formas de apreciação e de vivência. A mutação revela-nos aspectos novos que vão surgir e que estamos neles inseridos, movimentando-os em pensamentos que nasceram da esperança. [MUTAÇÃO - 2 de março de 2013 - blog Fernando Pinheiro, escritor].
A melhor avaliação da Síndrome de Burnout não vem de palavras, mas da música Requiem for a Dream, de Mozart. No entanto, gostamos da entrevista concedida, em 5 de maio de 2014, pela psicóloga Rebeca Stina ao programa Vida & Saúde (TV Novo Tempo). Vale assinalar que os dados da pesquisa realizada pelo ISMA-BR: “cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem de Burnout, o estágio mais avançado do estresse”.