Páginas

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

O DESMAME


O desmame ou a desamamentação dos filhotes é a retirada do leite materno nos animais mamíferos, inclusive na criança.

Na Psiquiatria a retirada do uso de antipsicóticos, sem o acompanhamento médico, pode causar sérios problemas para o paciente com o surgimento da discinesia tardia (DT) e a acatisia tardia, distúrbios que provocam movimentos involuntários no corpo. A DT também surge com o uso prolongado de antipsicóticos. Acrescentamos que o uso do álcool, drogas, entraves que a sociedade se debate, são também fatores de risco para o surgimento de DT [BASSITT/2003].

Os movimentos involuntários no corpo podem ser causados pela presença de almas errantes que se aproximam na mesma faixa vibratória em que se encontram os sofredores desses distúrbios.

Como o pensamento é um atributo da alma, a morte física não o extingue e corre no mesmo teor vibratório em que vive, estabelecendo liames que o passado espiritual delineia numa realidade em que há engramas. Na área da Psicanálise é aquele inconsciente coletivo de que nos fala Carl Jung.

Nesse conluio que se converte em obsessão mútua, pensamentos do mesmo trama se digladiam em tormentosa situação, com danos prejudiciais a ambas as partes. No plano material, a obsessão atinge o cérebro, danificando-o seriamente. Nesse caso, a prece intercessora ou a própria prece do doente pode neutralizar essas energias deletérias que procedem do plano astral inferior. Uma vez instaladas, requerem um tratamento médico, pois há lesões cerebrais. Essas lesões nem sempre caracterizam o distúrbio mental.

Segundo o depoimento do Prof. Valentim Gentil Filho na entrevista concedida a Mônica Teixeira, publicada na Revista TEMAS - Teoria e Prática do Psiquiatra - v. 35, n. 68-69, p. 104 - Jan/Dez 2005, foi mencionado que no Estado de São Paulo ocorrem, todos os anos, mais de 10.000 autorizações de internação hospitalar apenas para depressão bipolar e mania, evidenciando a falta de prevenção secundária efetiva.

A atividade intelectual na qual o coração se faz presente nos ideais sublimes, a atividade esportiva, mesmo que seja caminhadas regulares, a sociabilidade nos grupos afins (clubes, entidades de classe, saraus recreativos que apresentam declamação de poesias, música e dança) são ótimas referências destinadas aos dependentes de medicamentos. No entanto, na recreação deve ser levado em consideração a qualidade da egrégora que se forma.

A egrégora, que se forma dos grupos sociais afins, estimula o participante a acompanhar as atividades que aí se desenvolvem. É por isso que é mais fácil fazer uma prece em grupo, fazer exercícios físicos em academia de ginástica, pois o estímulo é visível e ao alcance de todos que estão presentes.

Mas é no recolhimento interior que se encontra a realidade espiritual de cada um, o lado exterior funciona apenas como uma sugestão que deve ser filtrada e condicionada à realização de caminhos que devem ser percorridos, se houver receptividade espontânea e livre.

Na obsessão de almas errantes, o quadro clínico se complica, o paciente já não mais possui a liberdade de escolha e os tremores involuntários do corpo se confundem na patologia da discinesia tardia, distúrbio que a Psiquiatria apresenta questionamentos para estudo e observação.

O desmame não é apenas o tratamento médico que acompanha o desenrolar de sintomas que vão aos poucos desaparecendo com a retirada criteriosa de medicamentos, mas também o esquecimento de engramas do passado que tiveram outras direções onde o nosso pensamento já não pode mais acompanhar.

Olhemos para o horizonte. Caminhemos com leveza.



quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

OS DOMÍNIOS DA PSIQUIATRIA


A Psiquiatria não elimina a esfera mítica, onde muitos mitos servem de sustentação de seus postulados, além de servir-se do pensamento helênico onde filósofos estruturaram toda uma civilização que, apesar de estar extinta, recrudesce nos dias atuais.

A essência humana já era descoberta, no mundo ocidental, por esses filósofos gregos que foram os precursores de nossa cultura em que fez sobressair a filosofia e a medicina. Hipócrates não separava o corpo físico com outros corpos que caracterizam o homem, sendo que, nesta busca, a Psiquiatria estende seus domínios.

O soma (Rússia), o corpo astral (Ocidente) que denotam a presença da aura humana, evidenciam as manifestações somáticas que são inseparáveis das manifestações psíquicas. O pensamento helênico ia além da esfera física, acreditava-se na existência dos deuses que, na realidade, são corpos sutis além da matéria.

O conhecimento esotérico, que vive na esfera mental, oscila nesses parâmetros onde a consciência fragmentada caminha. Serviu de modelo a muitos grupos sociais mas sem ter a transcendência de uma esfera maior. Não chegou ao supramental que os hindus vivenciam dentro do samadhi, o mais elevado estágio da consciência humana.

O conhecimento helênico estendeu uma espécie de tapete vermelho (símbolo) onde o ser humano pode fazer uma viagem interna, descobrindo-se. O autoconhecimento é o mais importante de todos os conhecimentos.

O esoterismo também corre nesta esteira, só que a nível mental, o supramental pertence a consciência unitária planetária que está crescendo, mesmo dentro de todas as correntes de pensamento, transcendendo os estágios anteriores. O combustível desse motor é composto por simplicidade, humildade, transparência e alegria.

No tratamento médico dos pacientes com transtornos mentais há que se estabelecer o estudo e a apreciação do meio em que vivem esses pacientes. A cultura passa a exercer a apreciação primordial na relação familiar ou social em que este contexto está inserido.

O tratamento médico é processado de acordo com os sintomas apresentados, inclui-se neste contexto a cultura, a crença na abordagem religiosa, o estilo de vida e as expectativas de seus planos de ação, o ideal é primordial para se aferir os valores intrínsecos da natureza humana.

A repetida mudança de percepções apresentadas por uma visão do mundo vem sempre em decorrência na mudança de padrões comportamentais. Esses padrões cerceiam a liberdade de escolha daqueles que estão fazendo opção por outros estilos de vida.

Vale citar o pensamento de Carol Sonenreich, Giordano Estevão e Luiz de Moraes Altenfelder Silva Filho:

"Entretanto, no relacionamento com os outros, na organização das condutas, aliás, no que constitui o campo das alterações mentais, o essencial não está no que as limitações determinam, mas no que pertence à liberdade de escolhas." - in Doença mental e perda de liberdade - Revista TEMAS - Teoria e Prática do Psiquiatra - v. 35, n. 68-69, p. 4 - Jan/Dez 2005.

Os domínios da Psiquiatria se refletem no olhar de Ísis (mistério), puramente mítico por abarcar o que é aceito por coletividades durante gerações, se estendem na aura da esfinge de Gizé, decifram os segredos do descobrir a si mesmo que encontra no filósofo Sócrates um ponto de referência e estende este manancial de recursos ao paciente que é agraciado com o tratamento que faz recuperar a liberdade de fazer escolhas e de aplicá-las. Tudo isto sem perder de vista o referencial físico onde a medicina se sustenta em grandeza.




terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

TRANSPARÊNCIA


Quando a humanidade ascender à quinta dimensão unificada, saindo da terceira dimensão dissociada na qual se encontra, será implantada no planeta Terra a transparência. Esse fenômeno já se encontra no ser profundo que todos somos e se manifesta em nossos sonhos quando vislumbramos todas as possibilidades do acontecer no ambiente em que perlustramos. Muitas das vezes essas possibilidades surgem em forma de símbolos.

Jesus, o ser multidimensional, já na época do Império Romano, numa província longínqua de Roma, sabia tudo o que se passava na humanidade inteira e, através da sua radiância luminosa, afastou as trevas que se consumiam em moléstias graves que jugulavam os doentes a sofrimentos atrozes. Essa radiância luminosa nunca deixou de cessar, em virtude de ser ele, por excelência, a luz do mundo.

O legado que nos deixou, passado pelo exemplo daqueles que vieram ao mundo, somente para servir, se resume na unidade: "Eu e o Pai somos um" e "Vós sois deuses". A consciência dissociada na humanidade não deu guarita a esses postulados por estar comprometida com a ilusão (expressão maia usada pelos hindus).

O fenômeno da transparência é uma das características do ser humano que vive a consciência unificada que pode ser alcançada, como vimos demonstrando no www.fernandopinheiroescritor.blogspot.com através de quatro pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Isto é a confirmação do Mestre multidimensional: os simples e os humildes herdarão a Terra.

Logicamente, tudo o que oblitera a humanidade de consciência dissociada de ver a realidade que lhe diz respeito será extinto. Ninguém enganará mais ninguém, os mitos helênicos que recrudescem atualmente, desvirtuando a realidade única, irão desaparecer. A permanência desses mitos no planeta é em decorrência de que a humanidade dá peso e referência. Um exemplo singelo que vem revestido em perguntas: por que os meios de comunicação promovem os desencantos? Será que tudo que é mostrado tem a ver com o nosso mundo íntimo?

A transparência, dentro da consciência dissociada, fragmentada, não existe. Imaginemos todos os seres humanos compreender e sentir tudo o que está acontecendo aqui e alhures, muito mais rápido do que um piscar de olhos. Não há necessidade da palavra ser manifestada, a radiância é tudo.

A radiância não está apenas no ser humano, está presente em outros reinos da matéria e nos reinos onde a luminosidade é a única essência encontrada, isto nos levaria as muralhas dos quasares, as cintilações das galáxias onde existem bilhões de estrelas. Mas a nossa Via-Láctea é o suficiente para expressarmos que há miríades de luzes.

A transparência é a demonstração do que somos em essência. As aparências enganosas só existem na consciência planetária dualista (Deus/diabo, bem/mal, certo/errado e outras expressões análogas) que carreia toda uma estrutura social que será derrubada.

Com a chegada dos ventos do amanhecer, numa nova psicofera terrestre que a humanidade está implantando, serão extintos do planeta os sistemas sociais que, mesmo dentro de suas reestruturações, se contradizem e se anulam diante de uma nova realidade que vem surgindo. Cresce a passos de galope o contingente de milhões e milhões de pessoas que incorporaram ao seu viver a transparência, a realidade do planeta ascensionado em que podemos viver.




segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O JOGO SOCIAL


"Nada é mais difícil para as pessoas comprometidas por psicose ou alguns outros transtornos psiquiátricos do que entender a lógica da sociedade: são explorados, entram em conflito com os vizinhos, com a polícia, são vítimas da dificuldade de compreensão sobre as regras do jogo social." [Valentim Gentil Filho, Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas, Professor Titular da Faculdade de Medicina da USP - in Entrevista publicada originalmente na Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, março de 2005 e, posteriormente, na Revista Temas - Teoria e Prática do Psiquiatra - v. 35, n. 68-69, p. 110 - Jan/Dez. 2005].

Na sociedade ainda dominada pelo medo que é alimentado pela mídia da comunicação e conservado pelas massas humanas que lhe dão peso e referência, presenciamos uma consciência planetária fragmentada, separatista, discriminatória, resultante da crítica e do julgamento. Mas, como temos dito anteriormente, essa densa dimensão dissociada está indo embora do planeta Terra.

O planeta, com 7 bilhões de habitantes, hospeda dois tipos de sociedade humana: a que está na consciência unificada (um bilhão) e a outra que se mantém ligada na consciência dissociada (seis bilhões). É o joio e o trigo crescendo juntos, recrudescendo a parábola de Jesus, notadamente na separação que caracteriza o final de um ciclo planetário.

O mito de Prometeu, o mais forte de todos os mitos, em fase de extinção, ainda é acolhido pela consciência dissociada, fez mudar a essência do conhecimento humano, falsificando-a. Mas, dentro do ser humano, existe o ser profundo que se liga à Fonte, mantendo-se inalterável diante das circunstâncias transitórias que o cercam apenas exteriormente que os sistemas, sob o signo da falsificação, propalam.

A lógica entendida pela sociedade humana, que está na consciência planetária dissociada, é a dualidade, é o ego que é complicado, se contradiz e se anula diante da realidade única. O ego não admite a simplicidade. Hoje quer uma coisa, amanhã outra, numa variação admitida como normal, mas que acaba em transtorno bipolar, aspecto que a psiquiatria admite existir.

A regra do jogo social, nessa densa densidade, funciona na atmosfera dualista em que o referencial é sempre o bem, o mal, o certo, o errado, o lícito, o ilícito, o amor, o ódio e outros aspectos congêneres.

A lógica da sociedade, em que há regras de jogo, na oscilação do ego, um dia no porvir risonho, irá desaparecer, não havendo, portanto, separação, confinamento, pois o eclodir da essência do ser profundo, que todos nós somos, sem exceção, irá eliminar todas as barreiras. A consciência do eu sou, a denominada a presença, a nossa única realidade.

Na entrevista do Prof. Valentim Gentil Filho, concedida a Mônica Teixeira (p. 111), há o reconhecimento de que os escritores, poetas, filósofos fazem melhor a abordagem do sofrimento psíquico do que os médicos, psicólogos, psicanalistas e psiquiatras. Ele menciona a preferência por Dostoiévski, Proust, Thomas Mann. Indiretamente, fomos beneficiados pela citação da classe a que pertencemos. Muito obrigado, Professor.




domingo, 24 de fevereiro de 2013

MATRIX


A água se agita, como na piscina de Siloé: a oportunidade da cura. Nos recônditos segredos da alma, a vida humana se manifesta em busca de sua consciência plena.

O ser profundo, que todos somos, que não envelhece e nem adoece, tem a luz resplandecendo, esta é a nossa realidade e não a matrix (ilusão) onde o mundo está mergulhado. É difícil sair da matrix porque o estilo de vida, que recebemos desde a infância, está dentro deste esquema que caracteriza a terceira dimensão dissociada que envolve o planeta Terra.

Há um apego de permanecer na matrix, estimulado pelo modelo vivencial decadente que não tem mais forças de permanecer diante da realidade única em que o ser humano é e sempre foi. No entanto, aquilo que parece ser, nesta ilusão, é desvanecida pela realidade espiritual que vem, custe o que custar, não importa quando será, com a morte física do corpo humano.

Vamos estimular a vida que continua sempre em novas dimensões, num processo de ascendência de patamares elevados, onde não existe mais a morte, a morte da consciência.

Tudo que a matrix realiza é para tirar-nos da consciência do que somos através da cultura do medo, onde a sociedade humana está inserida pelos mitos helênicos que recrudescem atualmente, com grande vigor, basta citarmos o mito da caverna e o mito de Prometeu.

A mídia, que faz circular grande parte da opinião pública, sempre manipulada por grupos que a mantém atuante, dissimina sempre o modelo único que a matrix é e se propala.

Da Grécia antiga ressurge também a melancolia, doença conhecida atualmente com o nome de depressão. Segundo a Organização Mundial de Saúde, é a doença que irá ser, nos idos de 2030, a mais comum do mundo, ultrapassando o câncer e as doenças cardíacas [Site Laboratório Oswaldo Cruz].

O nosso comportamento, em que não permite a matrix se manifestar, é estruturado em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria, logicamente não acumulamos as vibrações deletérias que os meios de comunicação divulgam.

Não as divulgamos porque os comentários inadequados nos levaria a inadequação, com o decréscimo de teor vibratório onde o nosso pensamento está envolvido. Nesse sentido, vai a nossa recomendação: não se ligar a nada que nos leve a depressão, a segunda doença que mais cresce no mundo.

Acrescentamos, como sugestão, não criticar nada, respeitar tudo que existe, pois cada coisa está em seu devido lugar, a compreensão virá quando a nossa consciência sair da matrix e resplandecer a luz que todos nós temos dentro do nosso ser profundo.

A crítica leva-nos ao julgamento e o julgamento leva-nos a separação, o que contraria a harmonia do universo: tudo se interliga, como vemos dizendo em nossas postagens na internet.

Daqui a alguns séculos, a Era Dourada, a quinta dimensão de consciência planetária, será instalada definitivamente na Terra, e a matrix (o joio da linguagem bíblica) será extinta. O pão crescerá sozinho em searas que beneficiarão a todos que o semearam, como símbolo de alimento e de vida.




sábado, 23 de fevereiro de 2013

TAPETE


O nosso raio de ação está na esfera das circunstâncias favoráveis, assim sendo temos o nosso limite que engloba as nossas possibilidades de conquista.

Cada um com o seu tapete, expressão que vem da Turquia, denota no aspecto místico que cada um tem que carregar a sua cruz. É claro que a ajuda se faz presente em toda solicitação recebida, no entanto é imprescindível observar o caminhar dos entes amados com os próprios pés.

Há casos de mães que, no linguajar popular, se casaram com os filhos, mesmo que os filhos sejam casados com as suas esposas. Nesse caso, uma dependência que não os liberta.

Quando eles saem de suas casas para construir o próprio lar na condição de esposo, há uma ruptura dessa dependência mútua que os faziam ligados ao lar materno. É natural que assim seja, pois os filhos pertencem ao mundo e não exclusivamente aos pais.

O sentimento de perda, que se origina da ruptura de uma relação que vinha sendo exercida anteriormente, abala as estruturas emocionais de quem ainda se prende. Isto se estende a todos os setores da vida humana, principalmente quando da perda de entes amados ou de cargos ou ainda de aposentadoria compulsória ou por tempo de serviço.

Manter-se ligado à circunstância anterior é manter-se no sofrimento. Quem anda de carro, ou mesmo a pé, em direção de algum destino, sabe que os trechos do caminho percorrido já não mais lhe desperta atenção.

Os liames sagrados da família são eternos e estamos sempre atentos para participar dos momentos que nos unem, sem perder de vista a nossa participação de caminhar juntos, embora em espaços físicos diferentes.

Quando esses liames se espalham em direção de outros círculos afetivos, o cuidado ainda se faz presente, deixando cada um seguir o caminho que lhe convém. Se houver receptividade de nosso carinho, a alegria é sempre esfuziante.

Não tenhamos apego a nada e a ninguém, vivamos simplesmente sem esperar nada, pois a expectativa pode gerar desconforto emocional. Tudo passa, por que esse tempo que pensamos não irá passar?

A perda é considerada um dos sintomas da depressão, a antiga melancolia que vem desde a Antiguidade, na Grécia, atravessou a Idade Média quando a Igreja a condenou como pecado porque seus portadores estavam com o demônio. Paracelso e outros médicos do passado estudaram esses sintomas, notadamente Freud que estendeu a Medicina para o campo da Psicanálise.

Além da medicina helênica em que se notabilizou Hipócrates, há registros históricos anteriores: nos séculos 7-8 a.C. as Ajurvedas indianas revelavam a existência das alterações físicas e mentais no ser humano. Esses sintomas já eram observados por uma farmacopeia neosumeriana e pela escola babilônica de medicina no século 18 a.C. [SENDRAIL, 1980].

No final do ciclo planetário, onde se avoluma a separação do joio e do trigo, recrudescem as palavras do Mestre amado, Jesus, “deixai os mortos enterrar os mortos” numa referência que não devemos ficar ligados a circunstâncias que não nos pertencem.

A densa consciência dissociada, em que o planeta está vivendo, carreia para os campos vibratórios idênticos essa massa gigantesca de população. Cada um segue a vibração que vive.

Observar, apenas observar, sem comentar nem criticar a ideologia que os grupos sociais se manifestam. Enquanto isso, as substâncias químicas usadas por dependentes estão tirando a lucidez dos que precisam andar em seus próprios tapetes.

Este é o nosso momento de prece para que a inspiração surja.




quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

LADO A LADO


"Lado a lado, o meu amor vai tão longe" repercute o canto de Carlos Alberto, recrudescendo a atmosfera nostálgica dos idos de 60, em que o Brasil vivia uma época em que o lirismo estava mais presente na música popular.

Acompanhar os pacientes na área de saúde é uma tarefa nobilitante onde o silêncio é o ponto de partida para avaliar as possibilidades de ajuda. O improviso do momento acompanhará sempre a inspiração que tivermos para o momento, sempre renovável para que as paisagens íntimas, de comovente beleza, tenham sempre uma coloração de encantos.

Amemos o que fizermos e esse amor amor será revestido de luzes e cores, com nuances que enfeitam o nosso corpo astral. Não é apenas a beleza que se espraie ao redor, mas a proteção que esse alinhamento sublime propicia, pois se reflete intensamente no corpo físico já refletido no corpo causal.

Na Revista Temas 1982, 23:5-30 - Processos cerebrais e psíquicos, Sonenreich C, Bassit W, Estevão G elucidam: "As atividades do cérebro têm as características que são designadas como subjetividade. Esta subjetividade influencia a atividade neuronal em si."

Sabemos que o cérebro é um transmissor de imagens e de sons que procedem de outro campo magnético onde a vida é estuante e bela e sempre renovável e imperecível. É esse campo magnético, a alma que os poetas cantam em versos, que precisa, antes do corpo físico ser alinhado à sua verdadeira essência de onde emana a luz.

Esse alinhamento dá-nos o samadhi dos hindus e a beatitude ou santificação por nós conhecidas.

Os médicos não possuem todo o controle do quadro clínico em que se encontram seus pacientes, podendo até ficar admirados com a melhoria do estado de saúde que eles, os pacientes, se encontram, pois nem tudo é físico e tudo pode ser modificado dependendo daquilo que chamam de subjetividade.

Na obra A Sarça Ardente, de Fernando Pinheiro (p. 167) - Folha Carioca Editora Ltda. - Rio de Janeiro-RJ - 1988, o assunto é pertinente:

A mente, por essa razão, transcende às limitações da matéria, incorporando fenômeno, ainda, não esclarecidos totalmente pela ortodoxia científica.

A pesquisa do conhecimento humano, de modo geral, prossegue no sentido contrário onde se encontra o espírito.

As correntes de estudo, que pesquisam as antigas teorias orientais, estão mais perto para compreender os enigmas que envolvem o homem.

É necessário que cada um faça um estudo introspectivo de suas forças, o mecanismo que engendra a forma de pensar, estabelecendo situações.

Quando essa descoberta surge, a criatura humana compreende que é dona de seus pensamentos, direcionando-os no caminho que desejar.

Nesse envolvimento, descobre também que há uma rede de pensamentos afins que lhe chega pelo mesmo campo vibratório.

Nesse círculo, formam-se as amizades que enternecem nossos corações ou, se houver desamor, surgirão consequências desastrosas.

Revitalizar a mente, com bons pensamentos, é a melhor receita que podemos prescrever.

A orientação dos costumes é feita generalizada, primeiramente vem da Fonte Criadora, passando por Seus instrumentos imediatos, até chegar a nós, revestida de pureza, como as águas da fonte.




quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

O FIM DA SEGUNDA MORTE


Nos mundos dissociados, como a Terra, a segunda morte ocorre quando a pessoa que faleceu não consegue despertar para a realidade que o cerca. Como tudo está em transformação no Universo, este estado é transitório, mas pode durar tanto tempo quanto for necessário para o despertar.

A primeira morte é a morte física, a segunda, como vemos, é a característica atual da vida planetária em que vivemos. Mas os albores da Era de Aquarius estão chegando para eliminar a segunda morte. A consciência humana será plena, sem interrupção, pois o sofrimento e a dor, ainda comuns nesta fase de transição planetária, não acontecerão mais.

A lei de causa e efeito será substituída por uma lei equivalente e caracterizada pela qualidade da causa e do efeito, a lei da graça e ressonância, onde apenas a luz será manifestada. Muda completamente o grau evolutivo desses mundos dissociados.

Enquanto a Era de Aquarius não se instalar definitivamente entre nós, pois isto ocorrerá no decorrer de alguns séculos, procuremos evitar a segunda morte, com o despertar hoje para a consciência unificada dos mundos felizes.

Sabemos que é grande o sofrimento e a dor, no roteiro escolhido livremente por quem os procurou, estimulado pela consciência dual (certo/errado, bem/mal e outras expressões congêneres) que o planeta está mergulhado. A Terra será, no porvir, um mundo de consciência unificada, passará para uma dimensão maior em termos de consciência planetária.

A Índia, iluminada pelos cantos sagrados que se estendem em ressonância para o mundo, espalhou a notícia de que estamos no final dos tempos da escuridão. A luz crística que esteve há dois séculos incorporada num corpo humano que foi crucificado nos confins do Império Romano, iluminou com maior intensidade, como nenhuma outra luz já vista na fase da Terra. Nessa iluminação gloriosa, veio-nos o conhecimento da profecia pertinente aos dias de hoje: a separação do joio e do trigo.

Os registros akáshicos (Índia), o livro da vida (mundo ocidental) contem o que somos desde a nossa origem monádica que se estendem nas caminhadas terrenas e são abertos para revelar a nossa realidade. Nada é imposto, nada é julgado, assim como despertamos depois de uma noite de sono. A qualidade do sono é a qualidade do que somos. Esta correlação é pertinente também aos sonhos.

O nosso convite a todos que se debatem na compreensão do fim da segunda morte é revelado na apresentação de 4 pilares que buscamos como roteiro de vida: simplicidade, humildade, transparência e alegria.

A transparência hoje será a transparência amanhã, no decorrer dos evos. A consciência de nossa realidade não será obliterada, para nós nesse estado de graça, a segunda morte não existe nem mesmo quando o corpo físico fenecer.

Nesta ascensão de patamar, devemos ter muito cuidado com os relacionamentos que nos dizem respeito, pois podem nos impedir de avançar, se houver cobranças na retaguarda. No confinamento o último ceitil da parábola será cobrado. Ajudar apenas se for solicitado, evitando que o ego se manifeste e deixando resplandecer apenas o que somos, todos nós, na realidade: um ser profundo que se conecta com a fonte.

Regozijemo-nos todos com a notícia alvissareira: o fim da segunda morte e a nossa consciência límpida e eterna. Não mais a obliteração nos desencantos que vivemos, no dia a dia, acompanhando e fazendo parte da manada. A nossa libertação, realizada apenas por meios interiores, é a libertação da Terra que, como hotel planetário, ganhará mais uma estrela e se incorporará aos mundos felizes da dimensão unificada.



segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

RESISTÊNCIAS


Querida, amiga do facebook, você me diz o que pensa e acredita em nossa sensibilidade e intuição e está chegando perto de nós ao ritmo de suas resistências e pergunta o que virá? A dúvida está presente “mas o que é já me faz bem”, concluindo em parêntesis suas palavras.

Essa impressão e sensibilidade, manifestadas em palavras, que chegam a nós, são movimentadas em canal interno, em sincronia perfeita em seu ser profundo, o ser etéreo com à sua personalidade. Os seus corpos, que inclui o corpo físico, estão sendo alinhados em bela sincronia.

Você sabia que os ginastas olímpicos desenvolvem esse alinhamento quando estão no stadium, os dançarinos clássicos, notadamente no balé, e os eremitas através da prece e da meditação? Este site tem sido para você a sua arena e o seu santuário, embora ocorram vibrações, no grupo, que possuem outras direções.

O que está acontecendo em você é o abandono à luz, esse sentido de abandono somente os poetas parnasianos, no passado, conseguiram expressar melhor, a expressão recrudesce, nos tempos atuais, com uma força muito grande.

O principal obstáculo para que os 6 bilhões dos habitantes do planeta ascenda à quinta dimensão unificada, em que 1 bilhão já ascendeu, é justamente a palavra que você empregou inicialmente ritmo de resistências.

A mudança de estágio evolutivo do planeta, a chegada da Jerusalém celeste, não será no sistema estabelecido, que abrange todas as áreas, inclusive o modelo religioso, porque não se pode fazer remendos em pano pobre e rasgado no tecido social.

A sociedade é dominada pelo medo para que os manipuladores de massas tenham o controle. E assim, sem o conhecimento de si mesmo, a revelação do que o ser humano é em verdade, o ser etéreo (eterno) fica subjugado pela cultura do transitório e ilusório (o maia dos hindus).

Essa cultura estabelece o confinamento do planeta e tem os seus dias contados. Nós saímos dessa teia de aranha trazendo conosco a vivência em 4 pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Somente a potência de nosso ser profundo pode rasgar essa teia.
Como conseguir isso?,você me pergunta. Não é questão de querer ou de vontade, pois isto se movimenta no campo mental. Somente o seu ser profundo pode conseguir. Isto é obtido normalmente ao dormir quando há possibilidade de quietude de seus sentidos, mas pode ser obtido também num piscar de olhos, se houver as condições favoráveis para a realização.

Querida, você me pede a definição de humildade: posso confirmar que a humildade é a negação de si mesmo, no nível da personalidade, e a afirmação de que somos seres etéreos ligados à fonte, sendo a fonte a energia que move tudo e estamos nesse movimento, sem determos a exclusividade de ser apenas em nós a movimentação dessa fonte.

Vale reafirmar que a negação de si mesmo é a negação da personalidade, a negação do ego que existe mas é transcendido à consciência plena de que somos seres etéreos. Não é a negação do eu superior, do si mesmo, afirmado em outro patamar de grandeza, transcendido, é, em suma, a reafirmação de nossa essência etérea, onde tudo é luz dentro de nós que a fizemos resplandecer, eliminando as franjas de resistência, os engramas do passado. Não há mais confinamento à ilusão. Somos, nessa consciência desperta, seres libertos no esplendor de luz conectado à fonte.

A luz vibral, a onda galáctica que derrama um oceano de luz violeta, vindo das Plêiades, precisamente da estrela Alcione, da constelação de Touro, a todo o sistema solar onde a Terra gira, esses raios adamantinos ou os raios-gama, na visão dos cientistas, nesta maravilhosa transição planetária, é destinada a todos, sem exceção.

No reino animal não há franjas de interferência porque os animais, aves, peixes e répteis não possuem a ferramenta mental como existe na criatura humana. É por isso que o abandono à luz é superior a fé nessas crenças obsoletas, em fase de extinção. O abandono à luz o mental se apaga e só o coração tem vez.


domingo, 17 de fevereiro de 2013

O VENTO, O GRITO


Imagine, você, amiga do facebook, em seus sonhos, diante do mar, acompanhada de um bando de gaivotas e de um cardume de peixes saltando sobre as ondas do mar, este é o vento, o grito, esta a realidade que você pode criar.       

Existem imagens de holograma, assim como existe o fenômeno psicológico denominado pareidolia. Independente de contextos, o compositor EnnioMorricone escreveu a música Le Vent, Le Cri. Na realidade, existem o vento e o grito.

Você, e todo esse mulherio que me acompanha pelo mundo afora, faz parte de mim pela essência etérica de que somos feitos, a essência que se conecta com a fonte. Dessa conexão nasce a verdadeira vida, este o despertar da nova consciência planetária que está chegando à Terra.       

Sabemos, todos nós, que, na mitologia grega, Eros se juntou a Psichê e gerou Luxúria. Não é apenas essa união de Eros e Psichê que a humanidade faz recrudescer.

O mito de Prometeu está presente em tudo e ensejou a falsificação de todos os sistemas sociais. Daí nasceu uma sociedade do medo. O medo é do ego, o ego é complicado e não admite simplicidade.

O orgasmo sexual tem conexão com o chacra mais poderoso que existe, por ser o chacra ligado à reprodução humana. É importante o orgasmo sexual, como é importante o intase (ausência de ilusões) e o êxtase, que é a prova do que temos, neste caso, sem dúvida colocando-se no nível mais elevado de consciência do que o orgasmo.      

O êxtase ultrapassa o campo mental, esse campo onde o homem divide, separa, discrimina, se contradiz e se cumplica por critica e julgamento.     

O êxtase nos dá o Samadhi e nos liberta dos engramas que ficaram no passado. A consciência do ser etéreo já é o êxtase que chega em ascensão ao todo, onde tudo ser interliga. Pois, na verdade, todos somos um.

Os animais, os peixes, os répteis, as aves e todo o reino animal (excetuando-se o homem), por não ter o livre-arbítrio, entregam-se ao movimento renovador da natureza e absorvem essa energia que flui na terra e no mar, na superfície subterrânea e na amplidão dos espaços, com chuva e com sol e nos nevoeiros que anunciam a mudança de tempo.

Os raios adamantinos, esses raios-gamas que foram observados por cientistas, esses raios descendo do centro da galáxia Via-Láctea em direção do sistema solar onde a Terra gira, são espalhados a todos os seres humanos que, ainda aprisionados ao livre-arbítrio, não se deixam ser envolvidos por tantas blandícias que nos evocam o paraíso.

A mente está mergulhadqa no efêmero, entorpecida pela ilusão que oblitera a sua realidade imortal. Os seres da espécie animal não têm esse problema, a entrega os faz participar da unidade.

A notícia alvissareira da chegada da Era Dourada (Era de Aquarius) é que o homem irá adquirir o que o reino animal, dito irracional, já possui: o sentido gregário. Vejam os cardumes de peixe, os bandos de animais movimentando-se em equipe, a comunicação é correspondida mutuamente.

A comunicação é vibração, os animais se comunicam em grupos, os ventos são emanações desse calor que o instinto revela, o grito dos animais também é inteligente, só que numa inteligência ainda não compreendida, integralmente, pelo ser humano por causa do uso do livre-arbítrio. Com o ascender desse fenômeno, o homem se integra com a unidade do universo que se manifesta na diversidade das formas e dos conteúdos.

No futuro, a lição da natureza será absorvida pelo ser humano, isto estará acontecendo nos próximos séculos quando a Terra ascender completamente a um grau de consciência superior numa dimensão unificada e não mais dissociada que ainda é a característica do planeta. Tudo está sendo sacralizado em ritmo de galope.

Como a movimentação é imensa em todas as atividades humanas, caminhamos com leveza e até mesmo com revérbero e pujança, como nas sinfonias. Nas grandes orquestras sinfônicas, onde há a leitura musical em execução, já existe o sentido gregário.

As mulheres, carreando o contingente numeroso da ascensão planetária, o sentido gregário já é realizado com os seres multidimensionais, os conhecidos anjos, arcanjos, santos, em número bem maior que os homens.

sábado, 16 de fevereiro de 2013

VERÔNICA


Na praia formosa de Cafarnaum, o Mestre acabara de chegar da outra margem do lago Tiberíades e uma grande multidão o cercou na ânsia de ouvir suas mensagens. 

(64) MARCOS, 5:30 e 34

À frente de um pequeno grupo, estava Jairo, chefe da Sinagoga, que se dirigiu a Jesus pedindo-lhe que fosse à sua casa para curar-lhe a filha.

A multidão aumentava a cada instante, pois o amor enternecido, que doava àquela gente, era grande demais. Todos estavam admirados pela presença magnífica de um ser celestial entre eles, oriundo das mais elevadas esferas de luz e cor que se espalham pelo infinito.

Conhecedor profundo da alma humana, amava e deixava-se ser amado, para realçar a reciprocidade do amor, do amor que liga o homem ao Cosmos, numa visível manifestação da presença divina.

A mulher da Decápolis, região composta por dez cidades gregas que se erguiam ao longo da Palestina, sabia de seus feitos de grandeza que se manifestavam na cura dos leprosos, enfermos de toda doença e nas lições preciosas que esclarecem a realidade da vida.

A oportunidade era valiosa: agora estava diante dele que atraiu a atenção de todas as pessoas presentes naquela praia a fim de distribuir as dádivas preciosas de que era possuidor.

Todos os tratamentos para extinguir o fluxo de sangue foram inúteis. Sacerdotes, médicos, exorcistas estiveram diante de seus olhos sem apresentar resultados benéficos. Foram gastas as reservas de dinheiro que ela economizara.

Quase exausta na busca de saúde, sentia uma esperança nascer naquele dia. O alvoroço era geral. O Mestre, com passos firmes e fortes, seguia em direção da casa de Jairo para socorrer a filha que estava prostrada na cama.

Na caminhada que fez junto à multidão, gestos e exclamações de profunda admiração eram manifestados, misturando-se ao canto feliz das crianças – pueri hebreorum – carregado de versos de alegria. Esta cena comovente seria, mais tarde, repetida em Jerusalém, na entrada triunfal de Jesus.

A mulher hemorroíssa, vendo que aquele homem poderia curar-lhe o fluxo de sangue, tocou-lhe as fímbrias do manto e sentiu-se curada.

O sangue estancara, uma sensação de bem-estar invadiu-lhe o ser, intimamente agradecida, ouviu-o indagar: “Quem tocou nas minhas vestes? Responderam-lhe os discípulos: vês que a multidão te aperta, e dizes: quem me tocou?”

Ele olhou ao redor para ver quem foi curado pelas irradiações luminosas que saíam de sua aura divina, descritas nas narrativas evangélicas como as virtudes que curam.

Naquele instante, a mulher aproximou-se tremendo e, prostrando-se diante dele, disse toda a verdade: “fui eu, Senhor, que era uma pobre coitada! Sabia que tinhas o dom de curar e apenas tocando em tuas vestes eu seria curada”.

“Ele lhe disse: filha, a tua fé te salvou. Vai em paz, e sê curada deste teu mal”.

Quanta emoção sentiu naquele instante! Ele seguiu em frente à casa de Jairo e ela ficou parada ali como estivesse em profundo êxtase, revendo mentalmente aquele olhar doce e sereno que suavizou a sua alma cansada e triste.

Aqueles que presenciaram a cena de comovente beleza tocaram-na para despertar do sonho que seus olhos abertos viram.

A mulher curada retornou ao lar, agora nascida outra vez. O testemunho de que era portadora serviu para despertar o coração daqueles que ainda não conheceram Aquele que é o caminho, a verdade e a vida.

Acreditamos que a mulher da Decápolis era a mesma pessoa que enxugou o rosto de Jesus, a caminho do Calvário. Cenas de sangue antes e cenas de sangue depois, isto foi o elemento vital que uniu Verônica a Jesus. No plano espiritual os liames afetivos são eternos.

Acreditar está mais ligado ao estado emocional do que ao racional ou inteligente. A fé de que falou Jesus à mulher hemorroíssa tem um valor primordial na realização da cura. É o envolvimento na unidade, na consciência plena da realidade.

A manifestação da unidade que sentimos na ligação com as pessoas que estão convivendo conosco é muito importante, pois isola o culto à nossa transitória personalidade, enfocado de modo exclusivo.

Os atributos que compõem a nossa personalidade servem-nos apenas à identificação do campo de atividade em que estamos envolvidos. Usá-los em proveito próprio seria desperdiçar tesouros que não nos pertencem.

Há muitas lacunas no campo dos sentimentos à espera de nossa participação, a fim de que nada fique incompleto nas relações humanas que nos ajudam a recompor o equilíbrio.

Pode parecer monótona a hora em que estamos reunidos com pessoas que pensamos não vivenciar das ideias que trazemos conosco. Mas há um mecanismo entrelaçando-nos em circunstâncias que nos dizem respeito.

O princípio do todo, do conjunto da participação de cada um, nas experiências que se expressam junto de nós, eleva-nos a níveis superiores onde a consciência se expande.

O mecanismo dos encontros surge nas irradiações de nossos pensamentos e nas inclinações mentais em que nos posicionamos. Este é um princípio estabelecido em todas as manifestações de pessoas que se interligam por motivos que sugerem o despertar de um novo estágio evolutivo.

Quando sentimos a energia, que nos envolve, circulando no campo mental daqueles que nos rodeiam, vemos que a realidade única é o poder indivisível por qualquer força de circunstâncias transitórias.

Nessa aceitação, pelos sentimentos revestidos da inteligência, o nosso íntimo, em todos os campos da manifestação exterior, permanece estável e imperturbável, mesmo que a mais inquietante situação esteja acontecendo no mundo em que vivemos.

O serviço às circunstâncias envolvendo os companheiros, que precisam ter a elucidação dos valores reais da vida, é o sentido único de nossa existência.

A cada momento, sentimos em nosso íntimo a tranquilidade se manifestando como as águas do oásis, no deserto, quando a tempestade de areia passa. Isto é o resultado da conservação de atitudes coerentes com a inteligência, buscadas na simplicidade de todas as coisas.

Só pelo fato de mantermos essa atitude de equilíbrio emocional, estamos contribuindo na apreciação de pessoas que vêm conosco participar de momentos aparentemente passageiros.

A vibração, que sai de nosso íntimo, interliga-se com a disposição mental daqueles que nos observam tentando absorver as expressões que podem ser úteis à sua forma de viver.

Como a simplicidade deslinda qualquer enigma, sentimos que a nossa singela postura de vida vai servir de referencial para que suas atitudes sejam revisadas da forma que lhes for conveniente.

O importante é despertar as pessoas para as potencialidades que possuem arquivadas interiormente, deixando-as livres para escolher o padrão de comportamento que tem relação com suas tendências e aptidões.

Quando sentimos o nosso serviço à causa da vida sendo apreciado por aqueles que nos acompanham os passos, estamos elevando-nos a outros níveis de consciência, onde a unidade, nós, os companheiros e tudo que nos cerca, é a força que nos estimula a seguir adiante.