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sábado, 17 de maio de 2014

SALTO QUÂNTICO

O salto quântico da física revela que os elétrons recebem cargas de energia e saltam para uma órbita maior. Não há um tráfego no percurso do caminho, os elétrons somem em determinado ponto e reaparecem em outro ponto, conhecido com o nome de universo não local.
Na entrevista concedida ao programa Roda Viva – TV Cultura, publicada em 27 de junho de 2013, o físico quântico Amit Goswami, professor titular da Universidade de Oregon, EE.UU., disse que “Heisenberg já falava do domínio da potência que está fora do tempo e do espaço, a não-localidade quântica é verificada no laboratório físico em 1982.”
Na chegada da órbita maior, todos os engramas que estavam incrustados nos corpos densos do paciente (físico, mental, causal) desaparecem, e quando o átomo retorna a órbita em que estava anteriormente, ele já está em outra frequência de onda que possibilita o intercâmbio com vibrações mais sutis.
É uma possibilidade enorme do paciente se recompor por ter aquilo que Carl Jung chamou de sincronicidade. Quando o ser profundo se conecta com a fonte, não há mais possibilidade de retorno ao estado antigo em que vivia. A consciência optou pela saúde.
Mas há casos em que o ser profundo ainda não foi despertado porque a escolha do paciente em viver na zona de conforto gozando a vida que leva no meio desses engramas impedindo-o de manter a energia oriunda do salto quântico. O livre arbítrio, neste paradigma em que o planeta vive, é sempre fundamental. Tudo o que pensamos tem um endereço. Na natureza não há violação, tudo segue um curso em andamento e determinado.
A personalidade humana vive em torno do equivalente a 12,43%, no máximo, de sua exteriorização, e 87,57 estão imantados no inconsciente, uma parte do iceberg que está submersa. A onda que recebeu e que faz o despertar para um patamar superior é 100% destinada para ele, no todo que ele é, mas a filtração na parte consciente é menor e, quando consegue vivenciá-la na totalidade, o ser profundo emerge.
Na obra JESUS, LUZ DO MUNDO, de Fernando Pinheiro, há um comentário a este respeito :
A cura dos dez leprosos, realizada por Jesus, faz–nos pensar a respeito do caminhar do homem. Os padecimentos humanos têm a sua origem no desconhecido. Se o homem descobrisse a sua identificação no cenário do Cosmos, saberia o caminho que conduziria ao seu objetivo.
A criança diante da borboleta, o índio diante dos animais selvagens identificam a finalidade dos encontros. Nenhum dos dois fica assustado ao se defrontar com as espécies diferentes.
A cada instante, o ser humano tem oportunidade de entrar em contato com seus semelhantes. Algumas vezes, ele pode programar os encontros, mas em outras não tem tempo de pensar como agir nas horas do imprevisto. Tudo vai depender do estado emocional em que se encontra.
Ocorrências e fatos conturbados acerca das oscilações das atividades humanas nos chegam como se fossem ventos fortes antes da chuva. Muitos são surpreendidos e levados por essa onda invisível que renova os ambientes.
Homens imprevidentes mudam de lugar, por força das circunstâncias que vão passando, arrastando aos lugares em que eles se posicionaram mentalmente. Quem tem medo vai para o lugar onde o medo está; quem tem ânimo firme ultrapassa os obstáculos, avançando.
Quem busca a beleza a encontra, reforçando a disposição de vê-la brilhar cada vez mais. Quem a buscou pelos caminhos do desvio, mesmo assim a encontrará em formas que lhe despertem que ela existe. Quem já se identificou com o movimento renovador da Criação vê que em tudo há beleza. A evolução se manifestando em seus reinos, sem que nenhum esteja certo ou errado em relação ao que se interliga.
A evolução é progressiva. De sintomas de sensibilidade oriundos desde os minerais, vegetais e animais, eclode no ponto máximo da inteligência que deslinda os enigmas do caminhar, facultando ao homem a capacidade de compreender a vida. Mas, até que se afirme nesta postura, experimenta os apelos e tendências de sua natureza animal, que desviam seus objetivos sagrados a roteiros onde a permissividade corre livre, ainda não convertida totalmente ao mundo da razão, hoje ampliada nas vertentes da inspiração.
Inconformado se rebela contra situações que lhe promovem o reajuste com o meio em que vive e, intoxicado de pensamentos em desequilíbrio, busca as bebidas, o sexo a qualquer preço, as viagens onde tem pouco a aprender. Enganado pelos risos de quem igualmente busca companhia, não sabe entender o amor em suas nascentes cristalinas e deturpa as amizades que lhe poderiam acalmar seus anseios, recaindo sempre à desilusão e desencantos.
Quando põe em prática os dons que o Criador lhe deu para que se aproxime a Ele e goze dos deleites da felicidade interminável, os padecimentos que lhe faziam vítima desaparecem por completo.
Há estímulos incessantes ao homem na busca dessa felicidade, sem apego a terceiros que podem lhe trazer saudades, tristeza e desolação. A força, que faz movimentar seu corpo físico e as correntes do seu pensamento, vem do espírito que o reveste na caminhada terrena.
Tudo está revestido por um campo eletromagnético, o salto quântico atua nesse campo. A citação que fazemos do cientista indiano é fantástica: "Na física quântica as coisas permanecem como possibilidade até que um ser consciente de fato as observe. Depois da morte as possibilidades não sofrem mais colapso e tornam-se eventos reais." Esse colapso a que ele se referiu diz respeito ao colapso da função de onda, segundo a equação do físico austríaco Erwin Schrödinger (Prêmio Nobel de Física de 1933).
Essas possibilidades existem ao nosso alcance e se convertem em probabilidades quando a nossa vontade, o nosso desejo se manifestam, é a potência do agir de Carl Gustav Jung e aquela libido no conceito freudiano que não se restringe apenas à área erógena, mas todo o nosso ser.
Aproveitemos a vida, caminhemos com leveza.

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