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segunda-feira, 19 de maio de 2014

ASYLUM

Asylum, filme dirigido, nos idos de 2005, por David Mackenzie, baseado no romance de Patrick McGrath, tem a participação especial da atriz inglesa Natasha Richardson, no papel de Stella Raphael, a esposa insatisfeita do psiquiatra Max Raphael (Hugh Bonneville) que mora numa propriedade onde está o asilo, de segurança máxima. O psiquiatra senior do asilo é o Dr. Peter Cleave, interpretado pelo ator Ian McKellen.
     No jardim do asilo, o Dr. Cleave pergunta a Stella, que está sentada num banco com um cigarro na mão, sobre suas viagens a Londres. Ela lhe revela que tem ido lá para fazer compras, mas na verdade o psiquiatra sabe de seus encontros com Edgar Stark (Martin Csokas).
Em um passeio de escola, ocorrido na floresta, Charlie (Gus Lewis), filho de Stella, caminha pela ribanceira do rio, distraído em observar os peixes, cai no rio, afogando-se em seguida. Com a morte do filho, Stella fica traumatiza e o Dr. Cleave decide que ela precisa ser internada no asilo.
Lá ela encontra Edgar que foi parar lá por causa de assassinato da esposa, e os dois, mantendo um caso amoroso, são surpreendidos por seguranças. Edgar é levado para a prisão em cela do asilo, isto fez com que ela ficasse ainda mais aturdida.
Atormentada, Stella recebe a visita do Dr. Cleave que recebe a medicação da enfermeira e dá a Stella, em seguida ele aplica-lhe, com rapidez, uma injeção nas nádegas.
Em cena seguinte, Stella, acompanhada de uma enfermeira entra no gabinete do psiquiatra Dr. Cleave, ele a recebe atenciosamente, oferece-lhe um copo d´água com a medicação e lhe diz que o tratamento tem que continuar, fica em pé apoiado no braço da poltrona, depois senta, e ela fica sentada em outra poltrona ao lado. Ele começa a falar de seus sentimentos por ela, e os olhos dela começam a brilhar, um sorriso aflora em seu rosto.
Sem haver cena de abraços, apenas os olhos brilhando de satisfação em ambos, no final do encontro, ela volta aos cuidados da enfermeira e se dirige aos seus aposentos. Pensamentos insondáveis surgem em sua mente, ela caminha sozinha pelo edifício e vai em direção da escada que conduz à torre do relógio. De lá salta para o pátio interno e o psiquiatra vai ao seu socorro e lhe atende vendo sangue espalhado no chão.
Quando uma pessoa cria, com o pensamento, a dopamina, uma substância que faz a conexão de algumas vias neuronais, não há nenhuma possibilidade de surgir a esquizofrenia ou outra doença mental. Há outras substâncias: endorfina, serotonina.
Quanto vale esse conhecimento? Muito dinheiro. A nível mundial, estima-se em torno de US$ 14 bilhões por ano de faturamento para a indústria farmacêutica e aos profissionais da área de saúde. Na palestra Evolução Aprenda, o Prof. Hélio Couto comentou: “essas pessoas não tem o menor interesse em você fabricar em seu cérebro a serotonina quando você quiser.”
Vale salientar os primeiros parágrafos da crônica NA BERLINDA – Blog Fernando Pinheiro, escritor – 6 de abril de 2014:
O pensamento é tudo e cria a beleza que imaginamos existir, de fato, mesmo que não esteja no momento ao nosso alcance, mas que passa a figurar em nossa vida, assim pensou-se, criou-se. O futuro nasce do presente, como é sabido, mas pode criar o presente, invertendo a ordem conhecida dentro do vácuo quântico, onde tudo tem origem.
No Brasil existem mais de cinco milhões de portadores de doenças mentais graves e a cada dia esse número vai aumentando. Os antidepressivos são consumidos em grande escala, sem que haja os benefícios alcançados, donde se presume que não curam, apenas causam dependência química.
O uso contínuo e prolongado de medicação leva o paciente à condição de zumbi (termo médico-psiquiatra). A indústria farmacêutica investe pesado nesse grande mercado consumidor e ainda espera que as autoridades sanitárias lhe dê mais espaço para expandir seus produtos.
É oportuno ainda citar dois especialistas mencionados em O ARQUIVO – O Marketing da Loucura – Publicado em 03 de novembro de 2013: Dr. Stephen Stein, especialista de Dependência Medicamental: “quando um paciente vai a um consultório de psiquiatria e pede ajuda, provavelmente 98,99, talvez 99,9% das pessoas recebem medicação.” - Claudia Keyworth, antiga delegada de Propaganda Médica: "Eles dizem que existe um desequilíbrio químico de serotonina ou dopamina, mas jamais houve um estudo para provar isso... Jamais!"
O jornal britânico The Telegraph, ao fazer o panegírico (discurso acadêmico) da atriz do filme ASYLUM, na coluna Obituary – Monday, 19 May 2014, finalizou: “Natasha Richardson is survived by Liam Neeson and their two sons”.

sábado, 17 de maio de 2014

SALTO QUÂNTICO

O salto quântico da física revela que os elétrons recebem cargas de energia e saltam para uma órbita maior. Não há um tráfego no percurso do caminho, os elétrons somem em determinado ponto e reaparecem em outro ponto, conhecido com o nome de universo não local.
Na entrevista concedida ao programa Roda Viva – TV Cultura, publicada em 27 de junho de 2013, o físico quântico Amit Goswami, professor titular da Universidade de Oregon, EE.UU., disse que “Heisenberg já falava do domínio da potência que está fora do tempo e do espaço, a não-localidade quântica é verificada no laboratório físico em 1982.”
Na chegada da órbita maior, todos os engramas que estavam incrustados nos corpos densos do paciente (físico, mental, causal) desaparecem, e quando o átomo retorna a órbita em que estava anteriormente, ele já está em outra frequência de onda que possibilita o intercâmbio com vibrações mais sutis.
É uma possibilidade enorme do paciente se recompor por ter aquilo que Carl Jung chamou de sincronicidade. Quando o ser profundo se conecta com a fonte, não há mais possibilidade de retorno ao estado antigo em que vivia. A consciência optou pela saúde.
Mas há casos em que o ser profundo ainda não foi despertado porque a escolha do paciente em viver na zona de conforto gozando a vida que leva no meio desses engramas impedindo-o de manter a energia oriunda do salto quântico. O livre arbítrio, neste paradigma em que o planeta vive, é sempre fundamental. Tudo o que pensamos tem um endereço. Na natureza não há violação, tudo segue um curso em andamento e determinado.
A personalidade humana vive em torno do equivalente a 12,43%, no máximo, de sua exteriorização, e 87,57 estão imantados no inconsciente, uma parte do iceberg que está submersa. A onda que recebeu e que faz o despertar para um patamar superior é 100% destinada para ele, no todo que ele é, mas a filtração na parte consciente é menor e, quando consegue vivenciá-la na totalidade, o ser profundo emerge.
Na obra JESUS, LUZ DO MUNDO, de Fernando Pinheiro, há um comentário a este respeito :
A cura dos dez leprosos, realizada por Jesus, faz–nos pensar a respeito do caminhar do homem. Os padecimentos humanos têm a sua origem no desconhecido. Se o homem descobrisse a sua identificação no cenário do Cosmos, saberia o caminho que conduziria ao seu objetivo.
A criança diante da borboleta, o índio diante dos animais selvagens identificam a finalidade dos encontros. Nenhum dos dois fica assustado ao se defrontar com as espécies diferentes.
A cada instante, o ser humano tem oportunidade de entrar em contato com seus semelhantes. Algumas vezes, ele pode programar os encontros, mas em outras não tem tempo de pensar como agir nas horas do imprevisto. Tudo vai depender do estado emocional em que se encontra.
Ocorrências e fatos conturbados acerca das oscilações das atividades humanas nos chegam como se fossem ventos fortes antes da chuva. Muitos são surpreendidos e levados por essa onda invisível que renova os ambientes.
Homens imprevidentes mudam de lugar, por força das circunstâncias que vão passando, arrastando aos lugares em que eles se posicionaram mentalmente. Quem tem medo vai para o lugar onde o medo está; quem tem ânimo firme ultrapassa os obstáculos, avançando.
Quem busca a beleza a encontra, reforçando a disposição de vê-la brilhar cada vez mais. Quem a buscou pelos caminhos do desvio, mesmo assim a encontrará em formas que lhe despertem que ela existe. Quem já se identificou com o movimento renovador da Criação vê que em tudo há beleza. A evolução se manifestando em seus reinos, sem que nenhum esteja certo ou errado em relação ao que se interliga.
A evolução é progressiva. De sintomas de sensibilidade oriundos desde os minerais, vegetais e animais, eclode no ponto máximo da inteligência que deslinda os enigmas do caminhar, facultando ao homem a capacidade de compreender a vida. Mas, até que se afirme nesta postura, experimenta os apelos e tendências de sua natureza animal, que desviam seus objetivos sagrados a roteiros onde a permissividade corre livre, ainda não convertida totalmente ao mundo da razão, hoje ampliada nas vertentes da inspiração.
Inconformado se rebela contra situações que lhe promovem o reajuste com o meio em que vive e, intoxicado de pensamentos em desequilíbrio, busca as bebidas, o sexo a qualquer preço, as viagens onde tem pouco a aprender. Enganado pelos risos de quem igualmente busca companhia, não sabe entender o amor em suas nascentes cristalinas e deturpa as amizades que lhe poderiam acalmar seus anseios, recaindo sempre à desilusão e desencantos.
Quando põe em prática os dons que o Criador lhe deu para que se aproxime a Ele e goze dos deleites da felicidade interminável, os padecimentos que lhe faziam vítima desaparecem por completo.
Há estímulos incessantes ao homem na busca dessa felicidade, sem apego a terceiros que podem lhe trazer saudades, tristeza e desolação. A força, que faz movimentar seu corpo físico e as correntes do seu pensamento, vem do espírito que o reveste na caminhada terrena.
Tudo está revestido por um campo eletromagnético, o salto quântico atua nesse campo. A citação que fazemos do cientista indiano é fantástica: "Na física quântica as coisas permanecem como possibilidade até que um ser consciente de fato as observe. Depois da morte as possibilidades não sofrem mais colapso e tornam-se eventos reais." Esse colapso a que ele se referiu diz respeito ao colapso da função de onda, segundo a equação do físico austríaco Erwin Schrödinger (Prêmio Nobel de Física de 1933).
Essas possibilidades existem ao nosso alcance e se convertem em probabilidades quando a nossa vontade, o nosso desejo se manifestam, é a potência do agir de Carl Gustav Jung e aquela libido no conceito freudiano que não se restringe apenas à área erógena, mas todo o nosso ser.
Aproveitemos a vida, caminhemos com leveza.

terça-feira, 6 de maio de 2014

NUDEZ VIOLENTADA

O Jornal do Brasil – edição de 17 de novembro de 2013 - relata o depoimento do cineasta Bernardo Bertolucci, diretor do filme ÚLTIMO TANGO EM PARIS (1972), que admitiu sua culpa na cena da manteiga na qual a atriz Maria Schneider foi estuprada pelo ator Marlon Brando, a cena não estava no roteiro do filme.
Como o ator de cinema é visto como um semideus ou muito mais pela mídia e pelo público, o diretor deixou passar isso por considerar uma cena real, mas era um estupro, via anal, contra a vontade da atriz que, aos 20 anos, estava contracenando com esse ator famoso. Ela, conforme confessou, foi manipulada, violentada e humilhada. Assim, houve a ruptura da atriz com Bertolucci e o ator e o diretor nunca mais se falaram.
Segundo o comentário do JB – 17/11/2013: “A atriz sofreu problemas psicológicos e anos de dependência química, e nunca mais gravou cenas de nudez em toda a sua carreira. Apenas após sua morte, em 2011, com 58 anos, depois de uma grave doença, Bertolucci admitiu, pela primeira vez, que gostaria de ter "lhe pedido desculpas". (ANSA).
A propósito, o jornal New York Times revela que a carreira da atriz Maria Schneider durou 10 anos (1969 a 1979), com participação nos seguintes filmes: Les Femmes, 1969, La Vieille fille, 1971, Hellé, 1971, Cari genitori (Dear Parents), 1972, Último Tango em Paris, 1972, Reigen, 1973, Jeune fille libre le soir, 1975, Profissão: Repórter, 1975, Violanta, 1977, Io sono mia, 1978, Schöner Gigolo, armer Gigolo, 1979, Haine, 1979, La Dérobade, 1979, Een Vrouw als Eva, 1979.
O último filme de Maria Schneider, um drama holandês, título em inglês A Woman like Eve, dirigido pelo cineasta Nouchka van Brakel, apresenta cenas de lesbianismo, ela vivendo a personagem Liliane é tocada nas mãos sobre os seios por Monique van de Ven (Eva), mas não sente desejo, depois sai da cama, abotoa a camisola e volta para dar um beijo na testa de Eva. Liliane não se envolveu como namorada.
Assim também como o médico é visto pela sociedade como um semideus ou muito mais, Maria Schneider acreditou que estava doente porque o psiquiatra, que a atendeu, fez o diagnóstico da doença e lhe receitou esses medicamentos que provocam dependência química. Nesse diagnóstico, ela passou a criar a realidade que ela admitiu: estar doente, pois o pensamento cria a nossa realidade.
Nesse contexto quem melhor definiu a nossa realidade foi Jesus, conforme demonstrada nas palavras do tribuno Divaldo Pereira Franco, in verbis:
“Ele sempre interrogava para criar essa empatia do doente que desejava porque ao desejar havia uma interrelação psicofísica em que os neurônios cerebrais produziam fótons que eram absorvidos pelo sistema nervoso central transferidos a glândulas endócrinas e repassados ao sistema imunológico pela força do pensamento.” (1)
(1) DIVALDO PEREIRA FRANCO – A Transformação do Homem na Era da Regeneração, link no Youtube – 20:42 a 21:11, publicado em 05/07/2013 – palestra proferida ao ensejo da realização do I Congresso Espírita Alagoano.
A atriz francesa Maria Schneider (1952/2011) parou de filmar aos 32 anos de idade. Com a paralisação da atividade artística, recrudesceu nela o trauma do estupro, com muito sofrimento que durou 26 anos, já com câncer, veio a falecer nos idos de 2011.
Não foi noticiado que ela morreu de depressão, isso iria revelar o trauma ocasionado da cena do sabão no filme contracenado com o ator Marlon Brando e todo o prestígio do diretor e do ator seria apagado diante da opinião pública mundial.
Quando o filme ÚLTIMO TANGO EM PARIS foi lançado em dezembro de 1972, nas cidades de Paris e Roma, e proibido no restante do mundo, houve um fluxo enorme de pessoas em direção dessas cidades porque essas pessoas estavam identificadas com a cena de violência.
Violentos veem violência, assim como acontece em noticiários, filmes que a mídia divulga diariamente, e depois querem paz. Eles não são vítimas, são participantes. A ressonância quântica está presente entre ambos: o criminoso e o observador. No entanto, é necessário não criticar nada e não criticar ninguém, pois isto os levaria a um julgamento e o julgamento separa. A separatividade é característica dessa consciência planetária dissociada, como temos dito sempre em nossas crônicas.
Depois de 39 anos, o cinema para ter um verniz social, como todo o homem tem no conceito de Freud, fez rodar DOCE NOVEMBRO, produzido nos idos de 2011, com direção de Pat O´Connor, em que aparece um encontro de um casal num apartamento em que o ator Keanu Reeves, no papel de Nelson Moss, está todo apressado para ter uma hora de amor, em que a proposta de ambos era para ficar um mês, ela, Sara Deever, interpretada pela atriz Charlize Theron, o rejeita e ele sai e ela o chama dizendo: “eu apenas lhe quis humanizar”.
O relacionamento de casais hoje em dia está no arquétipo (sombras, no conceito jungiano) vivenciado no filme ÚLTIMO TANGO EM PARIS onde a mulher é sempre usada e descartada. Nesse paradigma o sexo não é humano, é máquina. Usa-se a máquina e, quando a máquina estiver com defeito, ao invés de consertá-la, apenas a abandona e procura-se outra máquina, também usada e defeituosa, num ciclo vicioso.
Diante de tantos desencantos, não tenhamos nenhum ídolo nem façamos de ninguém um semideus ou algo mais. No entanto, é bom citar as pessoas que foram contra o paradigma do planeta, apenas citamos alguns, de improviso: Sócrates, Spartacus, Mahatma Gandhi, Martin Luther King, Nelson Madela, Eugene Mallove, Maria Schneider e, principalmente, aquele que passou 3 anos pelas cercanias de Cafarnaum e apenas alguns dias em Jerusalém onde foi morto numa cruz, uma prática usada pelos romanos.
Basta dizer que, nos idos 71 a.C., na Via Ápia, que liga Roma a Capua, 6.472 escravos foram crucificados à beira da estrada, num só dia, eram os últimos remanescentes mortos que seguiram Spartacus, o gladiador que liderou uma revolta contra o Império Romano. O grupo começou com 70 gladiadores fugidos, foi crescendo, crescendo até atingir o número de 65 mil escravos, todos mortos. Agora, vocês já perceberam porque Jesus não foi para Roma. Ele não permaneceria vivo por lá nem uma hora.
E as mulheres escravas que foram estupradas nessa época ninguém fala? Se no Brasil o estupro somente virou lei nos idos de 2009, no Império Romano o estupro era considerado normal, os escravos não tinham dignidade. As mulheres fugiam dos soldados romanos para não serem violentadas.
Em nova roupagem de escravidão, Maria Schneider foi mais uma vítima obrigada a tirar roupa e ser violentada sexualmente como nos tempos de Roma, um italiano estava presente dirigindo o filme ÚLTIMO TANGO EM PARIS.