Sposa, non mi conosci, ária de Epitide, da
ópera La Merole, de Geminiano Giacomelli é usada no pasticcio Sposa son
disprezzata, ária de Irene, da ópera Bajazet, de Vivaldi. Do italiano Sposa
(noiva) e Sposata (casada), no Brasil, esposa é mulher casada.
Na ária de Epitide, há um queixume dirigido à
noiva: “você vai me deixar ... você vai me deixar ... oh! Deus, há falta de
valor e constância.” O abandono da noiva é por causa da infelidade, ele sabe
disso e não se engana.
Na música utilizada na ópera Bajazet, o
queixume muda de protagonista e há o canto: “eu sou esposa e fui desprezada, eu
sou fiel, céus, o que tenho feito?” O canto diz ainda que ela o ama, mas ele é
infiel, e ela ainda o espera mesmo no clima de falta de valor e constância.
Esposa desprezada é o que mais tem entre os
casais que sonharam viver uma vida em comum que durasse para sempre, vivenciada
em cerimônia em que ambos disseram sim ao celebrante das bodas nupciais,
testemunhadas por amigos e familiares.
Até mesmo a Marcha Nupcial, de Mendelssohn,
tocada no momento da entrada da noiva na igreja, ornamentada de flores e
perfume, foi esquecida, embora a música do compositor alemão faça parte da vida
de muitos nubentes, antes, durante e depois do casamento, destacamos ainda a
Symphony nº 3 A minor Scottisch, de nossa preferência.
É claro que as tentativas para viver a
felicidade permanente, mesmo dentro da dualidade, em busca de novos rumos que
clareiem o caminho é digno de louvor. O que é convertido em luz é experiência
do caminhante, não seremos nós a apontar os acidentes do caminho. A mídia, que
vem das telas eletrônicas, já trabalha nisso efusivamente. [LIBERTAÇÃO (II) – 6
de junho de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Existe a ideia mal concebida de que o
controle da pessoa amada assegura ao parceiro a permanência em viver juntos,
numa demonstração evidente de coação da parte de quem oprime e a inexistência
de espontaneidade de agir na pessoa oprimida. A opressão é o pior numa relação
de casal. [SEXO NA PIRÂMIDE – 10 de
agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Fala-se tanto em ser feliz, viver com saúde,
em todos os segmentos do comportamento humano, mas é impossível chegar a esse
desiderato sem a presença do amor. E vou mais longe: só o amor salva. Não
acredito, em hipótese alguma, que a perdição seja a escolha de quem busca o
prazer, a menos que esteja revestido de distorções sociais, como é o caso do
estupro. Vale assinalar que a libido, que não se restringe à área erógena,
abrange tudo que estimula e eleva. [A PÉROLA E O RUBI – 29 de abril de 2017 –
blog Fernando Pinheiro, escritor]
A exclusividade sexual nos amores frustrados
que buscam o controle e a opressão como forma de dominação, tende a cair por
terra, quando novas chances ao desempenho da libido vem em cena. [SEXO NA
PIRÂMIDE – 10 de agosto de 2017 – blog
Fernando Pinheiro, escritor]
Na consciência planetária em que o planeta
vive nos estertores da separação do joio e do trigo, anunciada pelo final deste
ciclo planetário, ciclo que começou desde há 52.000 anos quando se iniciou a 3ª
dimensão dissociada, onde a separatividade e competitividade é a marca
constante. Imaginemos como não deve a luta pelo viver de 6 milhões de pessoas
do total de 7,3 bilhões, onde apenas 1,3 ascendeu a uma oitava acima desse
gigantesco contingente populacional.
Segundo Regina Navarro Lins o amor romântico
carrega a idealização do casal vivendo numa só pessoa. Como a maioria dos
casais ainda não atingiu o samadhi que conduz a plenitude num só todo, essa idealização
tende a cair por terra, mesmo porque nesse modelo de amor os amigos são
deixados de lado. [SEXO NA PIRÂMIDE
– 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Sposa son disprezzata, ária de Irene, da
ópera Bajazet, de Vivaldi, faz parte do repertório de inúmeras cantoras
líricas, entres as quais destacamos: Andrea Orjuela, Anna Bonitatibus, Cecilia
Bartoli, Else-Linde Buitenhuis, Ewa Murzynowska, Ewa Podles, Gisela Machado, Giuseppina
Bridelli, Hibla Gerzmava, Irina Polivanova, Josefina Brivio, Joyce DiDonato, Larysa
Skrynska, Leyla Gencer, Liliya Gubaidulina, Lusine Azaryan, Maria Elena Pepi, Maria
Hanyova, Maryana Golovko, Marija Jokovic, Maryana Golovko, Montserrat Caballe, Rosetta
Pizzo, Sumi Jo, Tereza Gevorgyan, Vanessa Asenjo, Vivica Genaux.
Nenhum comentário:
Postar um comentário