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quarta-feira, 6 de setembro de 2017

SPOSA SON DISPREZZATA

Sposa, non mi conosci, ária de Epitide, da ópera La Merole, de Geminiano Giacomelli é usada no pasticcio Sposa son disprezzata, ária de Irene, da ópera Bajazet, de Vivaldi. Do italiano Sposa (noiva) e Sposata (casada), no Brasil, esposa é mulher casada.
Na ária de Epitide, há um queixume dirigido à noiva: “você vai me deixar ... você vai me deixar ... oh! Deus, há falta de valor e constância.” O abandono da noiva é por causa da infelidade, ele sabe disso e não se engana.
Na música utilizada na ópera Bajazet, o queixume muda de protagonista e há o canto: “eu sou esposa e fui desprezada, eu sou fiel, céus, o que tenho feito?” O canto diz ainda que ela o ama, mas ele é infiel, e ela ainda o espera mesmo no clima de falta de valor e constância.
Esposa desprezada é o que mais tem entre os casais que sonharam viver uma vida em comum que durasse para sempre, vivenciada em cerimônia em que ambos disseram sim ao celebrante das bodas nupciais, testemunhadas por amigos e familiares.
Até mesmo a Marcha Nupcial, de Mendelssohn, tocada no momento da entrada da noiva na igreja, ornamentada de flores e perfume, foi esquecida, embora a música do compositor alemão faça parte da vida de muitos nubentes, antes, durante e depois do casamento, destacamos ainda a Symphony nº 3 A minor Scottisch, de nossa preferência.
É claro que as tentativas para viver a felicidade permanente, mesmo dentro da dualidade, em busca de novos rumos que clareiem o caminho é digno de louvor. O que é convertido em luz é experiência do caminhante, não seremos nós a apontar os acidentes do caminho. A mídia, que vem das telas eletrônicas, já trabalha nisso efusivamente. [LIBERTAÇÃO (II) – 6 de junho de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Existe a ideia mal concebida de que o controle da pessoa amada assegura ao parceiro a permanência em viver juntos, numa demonstração evidente de coação da parte de quem oprime e a inexistência de espontaneidade de agir na pessoa oprimida. A opressão é o pior numa relação de casal. [SEXO NA PIRÂMIDE       – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Fala-se tanto em ser feliz, viver com saúde, em todos os segmentos do comportamento humano, mas é impossível chegar a esse desiderato sem a presença do amor. E vou mais longe: só o amor salva. Não acredito, em hipótese alguma, que a perdição seja a escolha de quem busca o prazer, a menos que esteja revestido de distorções sociais, como é o caso do estupro. Vale assinalar que a libido, que não se restringe à área erógena, abrange tudo que estimula e eleva. [A PÉROLA E O RUBI – 29 de abril de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor] 
A exclusividade sexual nos amores frustrados que buscam o controle e a opressão como forma de dominação, tende a cair por terra, quando novas chances ao desempenho da libido vem em cena. [SEXO NA PIRÂMIDE    – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Na consciência planetária em que o planeta vive nos estertores da separação do joio e do trigo, anunciada pelo final deste ciclo planetário, ciclo que começou desde há 52.000 anos quando se iniciou a 3ª dimensão dissociada, onde a separatividade e competitividade é a marca constante. Imaginemos como não deve a luta pelo viver de 6 milhões de pessoas do total de 7,3 bilhões, onde apenas 1,3 ascendeu a uma oitava acima desse gigantesco contingente populacional.
Segundo Regina Navarro Lins o amor romântico carrega a idealização do casal vivendo numa só pessoa. Como a maioria dos casais ainda não atingiu o samadhi que conduz a plenitude num só todo, essa idealização tende a cair por terra, mesmo porque nesse modelo de amor os amigos são deixados de lado. [SEXO NA PIRÂMIDE      – 10 de agosto de 2017 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Sposa son disprezzata, ária de Irene, da ópera Bajazet, de Vivaldi, faz parte do repertório de inúmeras cantoras líricas, entres as quais destacamos: Andrea Orjuela, Anna Bonitatibus, Cecilia Bartoli, Else-Linde Buitenhuis, Ewa Murzynowska, Ewa Podles, Gisela Machado, Giuseppina Bridelli, Hibla Gerzmava, Irina Polivanova, Josefina Brivio, Joyce DiDonato, Larysa Skrynska, Leyla Gencer, Liliya Gubaidulina, Lusine Azaryan, Maria Elena Pepi, Maria Hanyova, Maryana Golovko, Marija Jokovic, Maryana Golovko, Montserrat Caballe, Rosetta Pizzo, Sumi Jo, Tereza Gevorgyan, Vanessa Asenjo, Vivica Genaux.

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