Interpretada pelo próprio autor e por
Elba Ramalho, a música Cajuína, de Caetano Veloso, é reveladora dos
ingredientes do universo que são os mesmos da criatura humana e realça a
intimidade da mulher: “Existirmos: a que será que se destina? Pois quando tu me
deste a rosa pequenina.”
A que se destina o nosso existir é a pergunta pairando no
ar. Se a maior quantidade do universo é constituída de hidrogênio, hélio,
oxigênio, carbono e nitrogênio, de igual modo esses elementos químicos se
encontram no corpo humano, sendo que a principal molécula é a água (H20 – duas
moléculas de hidrogênio com uma molécula de oxigênio), de forma o que está no
universo está em nós mesmos.
A rosa da canção pode ser a flor da roseira que espalha
suave perfume como também pode ser o sexo feminino que exala igual perfume na
configuração geométrica de idêntica semelhança na forma material da rosa-flor.
É por isso que gostamos de ver a nudez da mulher.
É por dentro dessa flor que passa a vida ao nascer e faz
surgir dentro de nós uma reflexão a respeito do que está acontecendo no mundo
quando as mulheres se doam por amor, fazendo amor.
No sistema de crença que ainda vige no planeta, há
proibição e castigo, expulsando do paraíso um casal de namorados, mas que
paraíso é esse, cantado em blandícias de frescor e deleite, se o cientista
Galileu, à época nesse mesmo sistema de crença, condenado à fogueira, já sabia
como era o céu, hoje confirmado pelas fotografias do telescópio espacial Hubble
da NASA, a agência espacial norte-americana.
Mundos felizes existem, sim, como também mundos cárceres,
como a Terra, em fase de transição ascendendo de dimensão de consciência
planetária onde a beleza existe principalmente na presença da mulher onde os
encantos têm o dom de transformar este mundo em mundo feliz. A segunda maior egrégora
do planeta é a luz de Maria, aquela mulher que concedeu ao filho a oportunidade
de transformar a água em vinho.
Tudo é sagrado, notadamente a mulher que se depara com o
estilo de vida moderna onde os costumes são renovados para que ela possa ter
maior participação no trabalho, na família e no lazer que lhe fazem recompor as
energias, essas mesmas energias de que é feito o universo em expansão.
No relacionamento amoroso, a rosa na música Cajuína é
entregue em doação “quando tu me deste a rosa pequenina”, na suposição de que
não houve apoderamento de quem a recebeu, embora haja, na maioria dos casos, a
posse como se ela fosse um objeto sexual, unicamente.
De rosa dada em rosa dada a diferentes pessoas, o homem
percebe que há algo estranho (promiscuidade) pairando no ar e a despreza tão
logo a conquista no primeiro ou em outros encontros amorosos onde não houve a
conexão do amor recíproco. No íntimo, ela percebe que dando a rosa, o namorado
irá gostar mais dela. Pode ser sim, pode ser não, dependendo do grau de
sensibilidade ou frequência de onda onde ambos estão.
A mesma questão é abordada na física quântica
projetando-se luz em ANÉIS SOLTOS NOS DEDOS – 29/03/2014, blog Fernando
Pinheiro, escritor:
No Princípio da Incerteza, de Heisenberg, há restrições à precisão em
medidas simultâneas, pois não pode haver a posição da partícula e a velocidade
ao mesmo tempo, esse princípio está imantado não apenas no mapeamento das
partículas elementares do átomo, como também entre duas pessoas em convivência
amorosa, pois todos nós somos constituídos de átomos.
O Princípio da Incerteza, de Heisenberg, está presente em todos os
relacionamentos difíceis da atualidade e isto evidencia a complicação, a
dificuldade dos casais em se manter unidos. A elucidação do Prof. Hélio Couto é
oportuna: “você tem a posição diferente do momentum,
isto é, uma pessoa está na posição e a outra está no momentum, ela tem velocidade.”
Quando se inicia a aproximação, uma delas está parada porque está
receptiva ao encontro, a outra tem momentum
e prossegue em velocidade. A que está parada é mais romântica, sonhadora e até
desligada dos problemas materiais que é importante na discussão dos casais,
afinal não há almoço grátis.
Há mais ou menos uma afinidade pelo interesse da atração, geralmente é
sexo, dinheiro, prestígio, estabilidade, e assim não há muitos questionamentos
a serem debatidos nos primeiros encontros que buscam uma lua-de-mel. Se
procurar a lua-de-mel com brigas e desavenças, assim não vai dar certo.
No decorrer do relacionamento são mostradas as mangas da camisa e fica
evidente o Princípio da Incerteza, de Heinsenberg, quando se trata de a posição
e o momentum diferenciados, isto é
mais acentuado quando há divergência de paradigmas.
Verdade Secreta traz de volta o Princípio da Incerteza, de Heinsenber e
o pensamento de Caetano Veloso. Cajuína é o Nordeste em forma de música,
trazendo o ritmo alegre e contagiante do povo nordestino a que fazemos parte,
com muito orgulho (no bom sentido). A letra veio em síntese e em parábola ao mesmo
tempo, onde a presença da mulher encanta a todos nós.
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