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quarta-feira, 11 de março de 2015

PÉGASO (XVIII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje nos leva ao Paquistão, onde as autoridades locais de Peshawar estavam detendo centenas de pais que se recusaram a entregar seus filhos nos postos de saúde onde estavam havendo a vacinação contra a poliomielite. Em outra localidade daquele país, na província de Punjab, o cerco estava em volta dos pais que permitem o casamento de suas filhas menores de idade.     
Um caminhão superlotado de homens amontoados na carroceria surgiu à beira da estrada, onde eu estava caminhando. Dois homens subiram no caminhão, auxiliados por seus companheiros, em seguida, me agarrei na parte externa da carroceria, carregando uma bagagem pesada, e não consegui subir para dentro do veículo, ninguém me deu as mãos.
O veículo prosseguiu viagem, passou por um lugar a esmo, não me interessei em descer, depois foi até a orla marítima, onde saltei, então disse a eles: sou Botafogo. Esta identificação lhes trouxe um respeito muito grande por mim por ser um time brasileiro. A bandeira do Paquistão e a do Botafogo de Futebol, ambas têm uma estrela.
À beira-mar, estava folheando um livro de poesia, a brisa era refrescante numa temperatura amena. De repente, surgiu uma poetisa que me disse, com carinho, você me chamou, eis-me aqui. Era uma poetisa conhecida minha nos saraus que frequentei na cidade do Rio de Janeiro. Quando a conheci tinha cabelos grisalhos e agora seus cabelos, como toda a sua postura e elegância, nos remetia a lira dos vinte anos.
Nos sonhos podemos nos rejuvenescer e, ao olhar seu corpo pequenino, elegantemente vestido, vi na poetisa a mesma menina que vivia nela, vindo ao meu encontro para se doar. Houve um clima de amor entre nós, como sempre houve, nem precisava namorar, já estávamos namorando. A ternura e a meiguice era o perfume desse namoro.
Isto se espalhou ao redor no raio de ação somente identificado por quem estava em sintonia. Assim, na estrada abaixo, dirigiu-se em nossa direção, em carro conversível vermelho, acompanhado da respectiva esposa, um presidente de entidade do funcionalismo que admira os meus escritos. Ele sorriu satisfeito ao ver o enlevo dos amores verdadeiros, e prosseguiu viagem.
Visitar países diferentes de nossa cultura nos leva a reflexão a respeito de nossa vida em comum: somos seres humanos iguais, em essência, não importando as latitudes e condições climáticas. As experiências são válidas em qualquer tempo e em qualquer lugar. A Terra tem apenas uma humanidade e isto nos une sempre.

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