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terça-feira, 6 de junho de 2017

LIBERTAÇÃO (II)

No enigma de Platão que culmina com o chamado elemento primordial que é, a nosso ver, a fé, vemos na canção Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, o colapso da função de onda demonstrado de modo sublime: “Senhor, eu quero abrir, quero abrir todo o meu ser”.
De igual modo, acompanhamos o pensamento de Tarnha Konecoba, nossa amiga do facebook, residente na cidade de Tallinn, Estônia: “Ако носиш в себе си добри мисли, те ще изгреят на лицето ти като слънчеви лъчи и ти винаги ще изглеждаш прекрасно...” Роалд Дал, "Матилда” - “se você traz bons pensamentos, vão brilhar em seu rosto como os raios de sol e você será sempre lindo...” Roald Dahl, “Matilda”.
Isto nos lembra também o homem que viu a luz do sol, ao sair da caverna, o único prisioneiro que fez o colapso da função de onda ao deixar para trás seus pares que viam as sombras se projetando na parede do subsolo na narrativa de Platão.
Ainda a respeito do enigma de Platão, o elemento primordial é imprescindível na comunicação, conforme elucida o Prof. Moacir Lima, no vídeo Ciência e Espiritualidade: “nem sempre as propriedades do todo representam a soma das propriedades das partes, dependendo do elo de ligação, o chamado elemento primordial.”
A presença do elemento primordial de Platão, aquela semente de mostarda da parábola conhecida, o colapso da função de onda explicitado pela física quântica, tudo isto se converge num campo eletromagnético onde corre o pensamento, essa energia carregada de átomos que tem direcionamento ao alvo desejado, o endereço astral.
Aproveitando o clima da música Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, manifestada numa prece elevada aos páramos sublimes: “Senhor, eu quero abrir, quero abrir todo o meu ser”, apresentamos o exemplo do colapso da função de onda vindo de outra latitude do planeta em que habitamos:
Considerando que a psiquiatria admite a subjetividade como argumento para avaliação de pacientes, entramos no mundo subjetivo para revelar o pensamento de Jalal Al-Din Husain Rumi que veio daquelas bandas do Oriente:
“Faltam-te pés para viajar?
Viaja dentro de ti mesmo,
E reflete, como a mina de rubis,
Os raios de sol para fora de ti.
A viagem conduzirá a teu ser,
Transmutará teu pó em ouro puro”.

Na canção Sonhos de Deus, do Padre Marcelo Rossi, há a revelação de viver e morrer pelo Senhor (“eu vivo, eu morro, Tu sabes, tudo por Ti”).
Essas ondas de probabilidades, dentro das infinitas possibilidades de que o universo é constituído, formam um oceano infinito chamado energia do ponto zero. O ser humano elege as possibilidades que deseja alcançar, estabelecendo a escolha e as consequências inerentes. Como todo o universo é feito de energia e informação (teoria da supercorda). As cordas são filetes de energia espalhadas em muitas dimensões do universo.
“Meus sonhos são os teus sonhos”, da canção Sonhos de Deus, do padre Marcelo Rossi, reflete a consciência unificada em que um dia todo o planeta Terra terá, enquanto isso o joio continua no meio do trigo, nesta densa consciência planetária que está indo embora.
Vale mencionar textos de nossa crônica Libertação, publicada em 13 de março de 2013, que trata de outro louvor a Deus, na oração de São Francisco de Assis, atribuída a poetisa Gabriela Mistral, todo o texto ressalta sabedoria, convém mencionar: “esquecendo-nos é que nos encontramos”.
O esquecimento na oração é pertinente à personalidade e não ao ser profundo que todos somos que deve ser lembrado e vivenciando a partir do momento em que sentimos ser real, a nível de interiorização de alma. No nível das camadas em que o homem vive, é o momento em que o espírito aparece já na transcendência do corpo físico e do corpo astral ou alma, mesmo estando vivendo na esfera física.
É muito difícil para grande parte da humanidade, que vive na consciência dissociada, compreender o esquecimento, pois nela a ilusão, a matrix, sustentada pela educação falsificada pelo mito de Prometeu que tomou conta de todos os segmentos de conduta, é alimentada por cada um daquele bloco planetário dissociado e por todos que detêm o poder de controle de massas evidenciado nas mídias, inclusive a eletrônica.
Vimos abordando, no decorrer dos posts deste blog, o assunto com o nome de abandonar-se à luz. O abandono, na poesia parnasiana, era muito diferente da que hoje está sendo usada no sentido que denota a separatividade junto aquilo ou aqueles que estamos vinculados por laços de comportamento.
É claro que o sentido de libertação está ligada à verdade, não a verdade da ilusão, o maya dos hindus, mas ao que somos, todos nós, em essência, criada pela luz e destinada a regressar à luz, à fonte.
Na mente dissociada dos mundos unificados, onde neles a felicidade é eterna e não há a dualidade humana que promove os estados de saúde e de doença, de alegria e de dor, em ciclos alternativos, o despertar do que somos em essência eterna é a única alternativa.
A libertação de nós mesmos, enquanto pessoa ou personalidade, transitória e efêmera, denota a importância de sabermos que estamos no mundo físico mas não pertencemos ao mundo físico, pois o nosso mundo não é deste mundo. Há esferas resplandecentes que se coadunam em vibrações sutis que exteriorizamos. Em sonhos podemos visitá-las.
Todo ser humano tem esse alcance, basta esquecer-se para se encontrar como diz a oração franciscana da poetisa chilena que ganhou o respeito e a consideração do mundo inteiro, pois ela é ganhadora do Prêmio Nobel – 1945, glória do Chile e ele, natural de Assis, rico de luz, é a maior expressão de humildade que a Itália já conheceu.
Na mente dissociada, mesmo nos círculos do apelo, a libertação é apenas falada para a personalidade que se envaidece numa egrégora que irá se dissipar, pois a separatividade é a característica da dualidade humana.
O amor é o único sentimento que une, o amor resplandecido da luz que vem do ser profundo que todos somos, nascidos da luz e a caminho da luz.
É claro que as tentativas para viver a felicidade permanente, mesmo dentro da dualidade, em busca de novos rumos que clareiem o caminho é digno de louvor. O que é convertido em luz é experiência do caminhante, não seremos nós a apontar os acidentes do caminho. A mídia, que vem das telas eletrônicas, já trabalha nisso efusivamente.
Já que falamos do ícone da humildade, em terras italianas, e ao nosso ver no mundo inteiro, vamos reafirmar os quatro pilares em que vivenciamos: simplicidade, humildade, transparência e alegria. Esses pilares sustentam a nossa ascendência à consciência unificada, onde estamos imantados na luz, a mesma luz que promove o samadhi e a harmonia das esferas. A NASA divulgou no Youtube os sons de Netuno, essa esfera que está em nosso sistema solar.

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