Na novela Amor à Vida, levada ao ar no dia 28 de junho de
2013 pela TV Globo, uma televisão brasileira, entre outras cenas, aparece o
personagem Alfredo Gentil/Atílio, interpretado pelo ator Luís Melo, no cartório
onde estava marcado o casamento com a Márcia, a vendedora de lanche, no papel
da atriz Elizabeth Savalla.
No momento da assinatura do
contrato de casamento, ele pede para ir ao banheiro e de lá, lava o rosto,
pressentindo algo que deveria fazer de imediato. Então, sai do cartório e pega
um táxi, sem ser visto pelos participantes da cerimônia.
O motorista do táxi o conduz à
residência do Atílio que é reconhecido, com imensa satisfação, pelo porteiro do
prédio. Sobe ao apartamento onde residia e lá é recebido pela empregada Ilde
que o acolhe com todo o respeito. A esposa dele, Vega, papel da atriz Christiane
Tricerri, não está em casa, encontra-se no litoral paulista, onde o casal
possui uma casa de praia.
No passado não muito remoto, o
ninho de serpentes e o eletrochoque eram usados para despertar o paciente de
distúrbio mental para a realidade em que vive. Hoje a terapia médica já não
recomenda esse procedimento.
A previsão de Freud se cumpre,
atualmente, quando disse que, um dia no futuro, os médicos psiquiatras iriam
prescrever receitas de medicamentos farmacêuticos. Os laboratórios abastecem as
farmácias que vendem produtos químicos a usuários numa escala progressiva de
crescimento.
Em casa, Atílio, naquele capítulo
de novela, adormece na cama que estava acostumado a dormir e a empregada vai ao
quarto dele para dizer-lhe que a comida estava servida à mesa e a outra vez
para despedir-se da jornada de trabalho.
O ambiente do lar, onde estava
acostumado a experienciar toda uma vida voltada aos seus afazeres e idealização
de projetos futuros, era o cenário adequado que irá despertar para a realidade
existencialista em que vivia com a esposa.
Naturalmente, impulsionado por
esses fatores externos, o mundo de Morfeu irá projetá-lo em esferas onde o sono
tem oportunidade de surgir e de lá irá encontrar a sua verdadeira essência,
descoberta de Carl Gustav Jung onde previu entidades misteriosas que promovem o
bem-estar fundamental que pode ser diferente do bem-estar que imaginamos.
Logicamente, se os níveis dos
corpos (mental, físico e espiritual) estiverem alinhados, em perfeita sintonia,
o bem-estar fundamental de Jung será, ao nosso ver, o mesmo bem-estar que
sentimos no estado vigil, aquele estado em que estamos acordados.
O lado exterior pode influenciar
o interior, mas somente o lado interior pode realizar a mudança do que é
instável para a estabilidade. A salvação é sempre interna e não necessita de
salvador externo que não pode interferir naquilo que se chama livre-arbítrio. A
intervenção nesse caso poderia ser interpretada como sequestro ou escravidão.
O mais belo retorno ao lar, que
nós conhecemos, é do filho pródigo, exemplo de conduta que transcende aos
interesses da matéria. No estado do sonho, o mundo de Morfeu, que divulgamos
para aqueles que precisam sair da letargia das ilusões que oblitera o mundo do
paraíso, de onde saímos e para onde vamos.
Nascemos da luz e vamos para a
luz, a fonte que irradia tudo que conhecemos ou ouvimos falar: muralhas de
quasares, nebulosas, galáxias que abrigam milhões de estrelas, inclusive a luz
que fazemos resplandecer de nosso ser profundo, seguindo a luz do mundo: Jesus.
É impossível cercear, em quatro
paredes, a luz do mundo.
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