“Toda pessoa precisa de independência, mesmo sendo
autista", disse o psiquiatra Renan, papel do ator Álamo Facó, referindo-se à
asperger Linda, personagem interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer na novela
Amor à Vida da TV Globo.
Em cena levada ao ar em
junho/2013, Linda corre na esteira da sala de fisioterapia, acompanhada por
Renan, depois toma chocolate quente ao lado de seus pais denotando que ela tem
escolhas e o que é mais preciso: sabe tudo que acontece ao seu redor.
As distorções mentais que impedem
a sociabilidade, dentro de uma comunicação, procedem de razões justas, embora
não saibamos as suas nascentes. Há reflexos nos neurotransmissores que se
localizam no cérebro, com indicativos no campo da subjetividade.
O ser humano, em qualquer
circunstância da vida, é mais do que um corpo físico e muito mais ainda do que
a cultura da consciência dissociada, vigente transitoriamente no planeta Terra,
consciência que promove a separatividade, admitida em outra vertente popular
como preconceito.
O ser profundo que todos somos,
sem exceção, não fica triste, não adoece, porque é o ser que se liga à fonte.
Somente o amor faz essa transmutação da consciência dissociada para a
consciência unificada que é conhecida na Índia com o nome de samadhi, o estado
de consciência mais elevado. Em nossa caminhada à unidade, usamos sempre quatro
pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria.
A independência a que se referiu
o psiquiatra Renan é em decorrência da necessidade que temos de viver a nossa
própria vida sem depender dos cuidados das pessoas que nos cercam, embora
reconheçamos que a ajuda é sempre bem vinda, em qualquer circunstância em que
nos encontramos para caminhar em nossa jornada terrena.
A independência tem conotações
profundas, pois naquilo que pensamos que somos independentes, na realidade
estamos jugulados e somente a verdade nos libertará, verdade que está acima de
toda cultura, educação que não liberta o ser profundo, fazendo eclodir o ser
etéreo e eterno que somos a caminho da multidimensionalidade.
Todo o apelo religioso, toda
cultura e educação que não se acopla ao sentido universal que vislumbra a
unidade, gera sempre a separatividade, trazendo de roldão as distorções
comportamentais, repercutindo estados alteráveis de saúde física e mental.
A educação que promove o sentido
passageiro de todas as coisas sem os cuidados primordiais para a realidade do
que somos em essência, embora respeitável, essa educação não faz o ser humano
feliz, embora haja momentos de felicidade.
As síndromes, analisadas como
dissonância da harmonia que está em todo o ser humano, crescem a cada dia com
novas descobertas nas pesquisas efetuadas por neurocirurgiões, psiquiatras,
psicanalistas. Há muitos fatores a considerar.
Na antessala dos consultórios e
dos gabinetes, há que se considerar a avaliação singela que fazemos ao observar
que não vale a pena assistir a pessoas discutindo e julgando acontecimentos que
levam à perturbação, divulgados por todos os meios de comunicação.
Esses eventos de desaires
ajudariam-nos em que sentido? Será que recolher lixo mental iria nos
acrescentar. O lixo caseiro, em todos os recantos do Globo, é sempre jogado
fora.
O tratamento dos portadores de
síndrome deve ser primeiramente no lar, pois a vibração de amor que recebem de
seus familiares é muito melhor do que qualquer outra, embora haja respeitáveis
terapias que os fazem melhor.
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