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quinta-feira, 27 de junho de 2013

SÍNDROMES


“Toda pessoa precisa de independência, mesmo sendo autista", disse o psiquiatra Renan, papel do ator Álamo Facó, referindo-se à asperger Linda, personagem interpretada pela atriz Bruna Linzmeyer na novela Amor à Vida da TV Globo.

Em cena levada ao ar em junho/2013, Linda corre na esteira da sala de fisioterapia, acompanhada por Renan, depois toma chocolate quente ao lado de seus pais denotando que ela tem escolhas e o que é mais preciso: sabe tudo que acontece ao seu redor.

As distorções mentais que impedem a sociabilidade, dentro de uma comunicação, procedem de razões justas, embora não saibamos as suas nascentes. Há reflexos nos neurotransmissores que se localizam no cérebro, com indicativos no campo da subjetividade.

O ser humano, em qualquer circunstância da vida, é mais do que um corpo físico e muito mais ainda do que a cultura da consciência dissociada, vigente transitoriamente no planeta Terra, consciência que promove a separatividade, admitida em outra vertente popular como preconceito.

O ser profundo que todos somos, sem exceção, não fica triste, não adoece, porque é o ser que se liga à fonte. Somente o amor faz essa transmutação da consciência dissociada para a consciência unificada que é conhecida na Índia com o nome de samadhi, o estado de consciência mais elevado. Em nossa caminhada à unidade, usamos sempre quatro pilares: simplicidade, humildade, transparência e alegria.

A independência a que se referiu o psiquiatra Renan é em decorrência da necessidade que temos de viver a nossa própria vida sem depender dos cuidados das pessoas que nos cercam, embora reconheçamos que a ajuda é sempre bem vinda, em qualquer circunstância em que nos encontramos para caminhar em nossa jornada terrena.

A independência tem conotações profundas, pois naquilo que pensamos que somos independentes, na realidade estamos jugulados e somente a verdade nos libertará, verdade que está acima de toda cultura, educação que não liberta o ser profundo, fazendo eclodir o ser etéreo e eterno que somos a caminho da multidimensionalidade.

Todo o apelo religioso, toda cultura e educação que não se acopla ao sentido universal que vislumbra a unidade, gera sempre a separatividade, trazendo de roldão as distorções comportamentais, repercutindo estados alteráveis de saúde física e mental.

A educação que promove o sentido passageiro de todas as coisas sem os cuidados primordiais para a realidade do que somos em essência, embora respeitável, essa educação não faz o ser humano feliz, embora haja momentos de felicidade.

As síndromes, analisadas como dissonância da harmonia que está em todo o ser humano, crescem a cada dia com novas descobertas nas pesquisas efetuadas por neurocirurgiões, psiquiatras, psicanalistas. Há muitos fatores a considerar.

Na antessala dos consultórios e dos gabinetes, há que se considerar a avaliação singela que fazemos ao observar que não vale a pena assistir a pessoas discutindo e julgando acontecimentos que levam à perturbação, divulgados por todos os meios de comunicação.

Esses eventos de desaires ajudariam-nos em que sentido? Será que recolher lixo mental iria nos acrescentar. O lixo caseiro, em todos os recantos do Globo, é sempre jogado fora.

O tratamento dos portadores de síndrome deve ser primeiramente no lar, pois a vibração de amor que recebem de seus familiares é muito melhor do que qualquer outra, embora haja respeitáveis terapias que os fazem melhor. 



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