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terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

PÉGASO (XVI)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje é pertinente à frequência de onda que existe graças à comprovação da física quântica e da percepção que sentimos ser real. Estávamos nós em cima do convés de uma lancha observando a paisagem amazônica que nos rodeava, ao lado da margem do rio uma onça estava pensando em seus pensamentos de onça, claro.
Num instante, mergulhamos no rio de águas claras, não contaminadas pela poluição, nadamos para a outra margem do rio e quando chegamos lá, olhamos para a lancha e vimos a onça no lugar onde estávamos há poucos minutos.
A plenitude nos envolvia, eu e a onça. Ela compreendeu que o lugar onde estávamos era confortável e resolveu sentir esse conforto, vamos dizer pessoalmente, pois a onça é assim como nós, pessoa, pensa também e, naturalmente, colapsa a função de onda.
Essa frequência de onda era revestida de harmonia, tanto a dela como a nossa, assim tínhamos algo em comum e nada poderia nos colocar em confronto. Se fosse outra pessoa diferente, poderia ocorrer medo, desconfiança, cálculo de memória, dor de cabeça, dor de cotovelo e outra frequência de onda que não era a nossa.
De longe sentimos amor pela onça que veio prestigiar o lugar onde estávamos há pouco, ela continuou em seus pensamentos de onça, essa frequência de onda que nos envolvia em doces afagos. Se voltássemos lá, ela nos reconheceria e seríamos grandes amigos, se querermos ser o amigo da onça, esse arcano que deturpa o sentido da amizade entre amigos.
Quando estávamos na outra margem do rio, vimos a encosta alta e subimos sem expressar cansaço, pois o nosso corpo astral é diferente do físico que temos, sujeito a intempéries do tempo e do calor da temperatura local.
Em terra firme caminhamos abrindo veredas usando um patacho, uma espécie de facão de lâmina larga, muito comum naquela região de seringueiros e agricultores que presenciam o desbravar da mata amazônica.
Unimo-nos a uma equipe de bandeirantes abrindo veredas por terras quase virgens, trabalhando com afinco e dedicação. Lembramo-nos de que no filme Dersu Uzala, comentado na crônica de 06/02/2015, o mongol pediu ao capitão da expedição russa deixar na cabana, que passaram a noite, fósforo, arroz e sal, a fim de serem usados por outros caminhantes.
Por analogia, esses relatos de sonhos que temos, numa série de l a 18, são revestidos de algo que podem ser úteis aos caminhantes de outras jornadas, pelo menos a reflexão é manifestada, pois tudo depende do colapso da função de onda que eles devem ter ou não.
Não somos amigo da onça, a onça é que é a nossa amiga, porque assim ela quis, ao sentar no convés da lancha onde sentamos, ao sabor dos eflúvios de amor que a natureza oferece. Todos somos um, não é dito, por que pensar na onça longe de nós? A frequência harmônica faz esse milagre que não é milagre convencional, mas uma realidade que nos envolve, pois é a natureza que se manifesta.

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