Ao dar prosseguimento à Série Pégaso,
vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com
o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a
matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O
pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção
do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito
e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o
comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como
também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias
que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos
por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os
limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora
esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os
pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje é pertinente ao
encontro que tivemos com Alice, não é a Drª Alice Howland do filme Para Sempre
Alice, protagonizado pela atriz Julianne Moore, no papel-título, revela o sentido
das juras eternas que fiz, em 25 de julho de 2012, quando entramos, eu e ela, na
Catedral de Petrópolis, ouvindo a música de Bach tocada no órgão.
Elegantemente vestida de uma camisola
rosa, ela surgiu defronte de mim que estava parado na entrada social do
apartamento. Distante alguns metros, na sala-de-estar, estavam três
funcionárias que faziam parte do home
care que prestava assistência à ela. Reconheci uma delas, a senhora que
estava presente na minha despedida, em 17 de julho de 2013, da capital
paulista.
Ela aproximou-se de mim, pegou na
minha mão, com carinho, e me conduziu ao sofá, abrindo num átimo e fechando em
seguida a parte superior da camisola onde pude ver, num relance, seios em forma
de pêra ressequida, pois o tratamento psiquiátrico envolveu muita medicação e a
fez bem magra, magra de dar pena. Ser magra no mundo da moda é requinte de
beleza.
O encontro aconteceu como se nunca
tivéssemos separados: a nudez espontânea numa fração de segundo revelava que a
intimidade estava à minha disposição. A satisfação do encontro era mútua, de
ambas as partes, explicando melhor.
Ela me falou: eu gostaria de estar
com você na cama, mas precisamos conversar. Interessante tudo que tínhamos de
falar já estava revelado às claras, sem a necessidade de revelar, como se faz
quando estamos acordados. No plano físico, isto iria custar muitas horas de
conversa para revelar os fatos ocorridos em nossa ausência e as impressões que viriam
com a nossa apreciação.
No filme Para Sempre Alice, a personagem Alice sofre de Alzheimer (veja
a nossa crônica ALZHEIMER – 9/11/2014) e Alice dos sonhos meus não sofria de
nada e acabou sendo levada pelo filho (ausente no sonho), a consultório médico que
receita medicação que causa dependência química.
A propósito, é oportuno destacar os dois primeiros parágrafos da nossa crônica
VISÃO MÉDICA (II) – 30 de dezembro de 2014:
Vale
salientar a opinião do Dr. Ernesto Venturini, médico italiano que participou da
reforma psiquiátrica que culminou com a Lei Basaglia, de 1978, que aboliu os
hospitais psiquiátricos (manicômios) na Itália: “a psiquiatria hoje é um
simulacro.”
A
medicalização e os conhecimentos de uma psiquiatria vazia foram os temas
debatidos no 4º Congresso Brasileiro de Saúde Mental, organizado pela Abrasme –
Associação Brasileira de Saúde Mental, realizado entre 4 e 7 de setembro de
2014, na cidade de Manaus – AM.
Os sonhos são reveladores da verdade que todos
buscam encontrar. Tenho no meu coração o título do filme: Para Sempre
Alice.
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