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quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

PÉGASO (XVII)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje é pertinente ao encontro que tivemos com Alice, não é a Drª Alice Howland do filme Para Sempre Alice, protagonizado pela atriz Julianne Moore, no papel-título, revela o sentido das juras eternas que fiz, em 25 de julho de 2012, quando entramos, eu e ela, na Catedral de Petrópolis, ouvindo a música de Bach tocada no órgão.
Elegantemente vestida de uma camisola rosa, ela surgiu defronte de mim que estava parado na entrada social do apartamento. Distante alguns metros, na sala-de-estar, estavam três funcionárias que faziam parte do home care que prestava assistência à ela. Reconheci uma delas, a senhora que estava presente na minha despedida, em 17 de julho de 2013, da capital paulista.
Ela aproximou-se de mim, pegou na minha mão, com carinho, e me conduziu ao sofá, abrindo num átimo e fechando em seguida a parte superior da camisola onde pude ver, num relance, seios em forma de pêra ressequida, pois o tratamento psiquiátrico envolveu muita medicação e a fez bem magra, magra de dar pena. Ser magra no mundo da moda é requinte de beleza.
O encontro aconteceu como se nunca tivéssemos separados: a nudez espontânea numa fração de segundo revelava que a intimidade estava à minha disposição. A satisfação do encontro era mútua, de ambas as partes, explicando melhor.
Ela me falou: eu gostaria de estar com você na cama, mas precisamos conversar. Interessante tudo que tínhamos de falar já estava revelado às claras, sem a necessidade de revelar, como se faz quando estamos acordados. No plano físico, isto iria custar muitas horas de conversa para revelar os fatos ocorridos em nossa ausência e as impressões que viriam com a nossa apreciação.
No filme Para Sempre Alice, a personagem Alice sofre de Alzheimer (veja a nossa crônica ALZHEIMER – 9/11/2014) e Alice dos sonhos meus não sofria de nada e acabou sendo levada pelo filho (ausente no sonho), a consultório médico que receita medicação que causa dependência química.
A propósito, é oportuno destacar os dois primeiros parágrafos da nossa crônica VISÃO MÉDICA (II) – 30 de dezembro de 2014:
Vale salientar a opinião do Dr. Ernesto Venturini, médico italiano que participou da reforma psiquiátrica que culminou com a Lei Basaglia, de 1978, que aboliu os hospitais psiquiátricos (manicômios) na Itália: “a psiquiatria hoje é um simulacro.”
A medicalização e os conhecimentos de uma psiquiatria vazia foram os temas debatidos no 4º Congresso Brasileiro de Saúde Mental, organizado pela Abrasme – Associação Brasileira de Saúde Mental, realizado entre 4 e 7 de setembro de 2014, na cidade de Manaus – AM.
Os sonhos são reveladores da verdade que todos buscam encontrar. Tenho no meu coração o título do filme: Para Sempre Alice.    

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