Páginas

domingo, 12 de abril de 2015

PÉGASO (XIX)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
Situada entre as cidades de Nara e Kyoto, no Japão, Uji é famosa por santuários naturais. O de Byodo-In é de impressionante beleza. Um charme de ouro estava no horizonte na despedida do sol que descia lentamente, estendendo-se para o Phoenix Pavillon.
Estávamos na fila para receber o pão e a pasta de ervas finas, iguarias comuns nas padarias e supermercadores brasileiros. Uma turista passou na minha frente, furando a fila, um costume aqui no Brasil. A placidez do local repercutia encantos em nosso coração, somente estávamos ligados nisso.
O não-agir era a fórmula de viver adequado ao nosso coração, estávamos em outra cultura, diferente desta que atingiu apenas ½ milênio de civilização. Lembramo-nos da obra Não apresse o rio (ele corre sozinho), de Barry Stevens e da atitude de não-violência de Gandhi que derrubou o império inglês na Índia, levando-a a independência. O grito de D.Pedro I, montado a cavalo, teve também essa conotação. Às margens do rio Ipiranga não houve morte.
O não-agir é sabedoria milenar como o silêncio de Jesus diante da varanda de Pilatos quando lhe foi perguntado o que era a verdade. Frisamos com todas as letras: em nenhum instante, quando estamos na esfera física, o colapso da função de onda deixa de funcionar, mesmo no não-agir.
Vale salientar que tudo no Universo é informação, pois a consciência está em tudo, pois até os insetos possuem consciência, eles também têm o colapso da função de onda. A física quântica, através de mil recursos espaciais, está descortinando horizontes dantes desconhecidos como também o mundo interno do homem.
Prêmio Nobel de Física (1963), Eugene Paul Wigner afirmou que não é possível formular as leis da mecânica quântica sem recorrer ao conceito de consciência. Ele alegou que a medida quântica requer um observador consciente, sem a qual nada acontece no Universo [The Information Philosopher]. Corroboando com esta assertiva, vale mencionar as palavras do Prof. Hélio Couto: “Não existe mecânica quântica sem a ação do observador. É o observador que faz o elétron se comportar daquela forma.” [Visão Remota Negócios In-Formados – Hélio Couto, por Quantum Wave - Vídeo].
Recentemente, em junho de 2011, o experimento da dupla fenda, muito antes testada em laboratório científico, foi confirmada pelo cientista canadense Aephraim Steinberg: a descoberta de que a partícula se comporta como onda mesmo quando passa por uma só fenda. “Ou seja, o fóton é uma partícula e uma onda ao mesmo tempo.” Por analogia, existe a teoria da onda-piloto. [Wikipédia, a enciclopédia livre].
Ao longe no santuário de Byodo-In ouvia-se um mantra acompanhado de sons de flauta de bambu, alentando a atmosfera ao redor que parecia estar em placidez, mas que na realidade estava mergulhada em sons e cores de inefável beleza. Era o não-agir que sentimos e já conhecíamos da sabedoria  que vem do Ganges: não buscar nem fugir. Num átimo, estávamos de volta ao recanto feliz em que vivemos.

www.fernandopinheirobb.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário