Ao dar prosseguimento à Série Pégaso,
vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com
o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente
humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma
as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive
nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em
correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando
recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar
modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que
passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da
matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja
circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e
os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
Situada entre as cidades de Nara e Kyoto, no Japão, Uji é
famosa por santuários naturais. O de Byodo-In é de impressionante beleza. Um
charme de ouro estava no horizonte na despedida do sol que descia lentamente,
estendendo-se para o Phoenix Pavillon.
Estávamos na fila para receber o pão e a pasta de ervas
finas, iguarias comuns nas padarias e supermercadores brasileiros. Uma turista
passou na minha frente, furando a fila, um costume aqui no Brasil. A placidez
do local repercutia encantos em nosso coração, somente estávamos ligados nisso.
O não-agir era a fórmula de viver adequado ao nosso
coração, estávamos em outra cultura, diferente desta que atingiu apenas ½
milênio de civilização. Lembramo-nos da obra Não apresse o rio (ele corre
sozinho), de Barry Stevens e da atitude de não-violência de Gandhi que derrubou
o império inglês na Índia, levando-a a independência. O grito de D.Pedro I,
montado a cavalo, teve também essa conotação. Às margens do rio Ipiranga não
houve morte.
O não-agir é sabedoria milenar como o silêncio de Jesus
diante da varanda de Pilatos quando lhe foi perguntado o que era a verdade.
Frisamos com todas as letras: em nenhum instante, quando estamos na esfera
física, o colapso da função de onda deixa de funcionar, mesmo no não-agir.
Vale salientar que tudo no Universo é informação, pois a
consciência está em tudo, pois até os insetos possuem consciência, eles também
têm o colapso da função de onda. A física quântica, através de mil recursos
espaciais, está descortinando horizontes dantes desconhecidos como também o
mundo interno do homem.
Prêmio Nobel de Física (1963), Eugene Paul Wigner afirmou
que não é possível formular as leis da mecânica quântica sem recorrer ao
conceito de consciência. Ele alegou que a medida quântica requer um observador
consciente, sem a qual nada acontece no Universo [The Information Philosopher].
Corroboando com esta assertiva, vale mencionar as palavras do Prof. Hélio
Couto: “Não existe mecânica quântica sem a ação do observador. É o observador
que faz o elétron se comportar daquela forma.” [Visão Remota Negócios
In-Formados – Hélio Couto, por Quantum Wave - Vídeo].
Recentemente, em junho de 2011, o experimento da dupla
fenda, muito antes testada em laboratório científico, foi confirmada pelo
cientista canadense Aephraim Steinberg: a descoberta de que a partícula se
comporta como onda mesmo quando passa por uma só fenda. “Ou seja, o fóton é uma
partícula e uma onda ao mesmo tempo.” Por analogia, existe a teoria da
onda-piloto. [Wikipédia, a enciclopédia livre].
Ao longe no santuário de Byodo-In ouvia-se um mantra
acompanhado de sons de flauta de bambu, alentando a atmosfera ao redor que
parecia estar em placidez, mas que na realidade estava mergulhada em sons e
cores de inefável beleza. Era o não-agir que sentimos e já conhecíamos da
sabedoria que vem do Ganges: não buscar
nem fugir. Num átimo, estávamos de volta ao recanto feliz em que vivemos.
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