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domingo, 28 de maio de 2017

SÍNDROME DE BURNOUT

A Síndrome de Burnout (do inglês to burn out, algo como queimar por completo), também chamada de síndrome do esgotamento profissional, foi assim denominada pelo psicanalista nova-iorquino Freudenberger, após constatá-la em si mesmo, no início dos anos 1970. [WIKIPÉDIA – A enciclopédia livre].
A competitividade, imposta pelo paradigma da sociedade do cansaço, “society of tiredness”, no dizer do filósofo sul-coreano Byung-ChulHan, professor da Universität der Künste, Berlin, Alemanha, autor de 16 livros, entre os quais destacamos Fatigue Society (DieMüdigkeitsgesellschaft), obriga o indivíduo a estar sempre alerta contra a ameaça em sua carreira ou estilo de vida, isto aos poucos vai lhe tornando exausto. [O VAGABUNDO – 15 de novembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Dentro dessa mesma competitividade, na apreciação de Zygmunt Bauman, professor emérito de Sociologia das universidades de Leeds (Inglaterra) e Varsóvia (Polônia), aqueles que não seguem o paradigma ficam excluídos. Nesse contexto, o indivíduo busca comprar a saúde fora dele mesmo, como se a medicina fosse fazer o papel que a ele competiria fazer. [O VAGABUNDO – 15 de novembro de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Com a exceção da proposta do presidenciável da eleição de 2010, Plínio de Arruda Sampaio (1930/2014) que planejava, se eleito, diminuir o número de horas trabalhadas, numa jornada de 6 ou 4 horas, a fim de que os trabalhadores tivessem mais horas livres para o estudo, lazer, viagens e outras atividades que lhes aprouvessem, não vemos nenhuma perspectiva disso acontecer atualmente, não apenas aqui, mas em outros recantos do planeta. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Ainda ontem, num supermercado na cidade do Rio de Janeiro, uma funcionária que nos atendia no caixa nos disse que trabalha das 7 da manhã às 9 da noite, quando chega em casa, vai dormir lá pela meia noite e acorda às 3 da manhã para se aprontar, pega 3 conduções e chega ao trabalho no mesmo horário. Lembramo-nos quando ingressamos no Banco do Brasil, nos idos de 1964, a jornada de trabalho era de 7:00h às 13:00h e, naquela época, ganhávamos muito bem. Bons tempos aqueles. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Os patrões, nesse sistema financeiro em que o mundo é dominado, não iriam concordar com proposta sonhada por Plínio de Arruda Sampaio, pois os lucros dos negócios são muito mais importantes do que o bem-estar da maioria da população mundial. Um sistema em que cerceia a humanidade de ascender ao degrau superior da pirâmide social de Maslow não irá durar muito tempo. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Acreditamos no sentido gregário, que os animais possuem, será aceito e posto em prática por todos os seres humanos, dentro de alguns séculos, assim como nas florestas os seres elementais chamados silfos beneficiam esse ecossistema, embora não sejam divulgadas as atividades que atuam. Se a maioria da população mundial não conhece a realidade deste mundo, não iria conhecer a realidade que o permeia. [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
No caso Brasil, algo está no ar, se a população perceber o que está entrelinhas, como dizem os poetas, haverá um despertar, mesmo que haja um desconforto e nos despedimos lembrando Carl Gustav Jung: “quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.” [PÉGASO (XI) – 11 de agosto de 2014 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
A mudança vem a ocupar o nosso tempo, pois estamos no desenrolar dos acontecimentos que ganham novas formas de apreciação e de vivência. A mutação revela-nos aspectos novos que vão surgir e que estamos neles inseridos, movimentando-os em pensamentos que nasceram da esperança. [MUTAÇÃO - 2 de março de 2013 - blog Fernando Pinheiro, escritor].
A melhor avaliação da Síndrome de Burnout não vem de palavras, mas da música Requiem for a Dream, de Mozart. No entanto, gostamos da entrevista concedida, em 5 de maio de 2014, pela psicóloga Rebeca Stina ao programa Vida & Saúde (TV Novo Tempo). Vale assinalar que os dados da pesquisa realizada pelo ISMA-BR: “cerca de 30% dos profissionais brasileiros sofrem de Burnout, o estágio mais avançado do estresse”.

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