Aos quatro
ventos está sendo alardeado que a ebola está fazendo milhares de vítimas na
Libéria, Serra Leoa, Guiné e, fora da África Ocidental, as medidas de cautela
destinadas a pessoas que chegam daqueles países, a maioria na conexão dos
aeroportos europeus, estão sendo adotadas.
Essa epidemia
está virando pandemia pela mídia, já basta o terror e o medo que a mídia passa
diariamente nas notícias ao público. Não podemos viver o clima aterrorizante da
Idade Média que foi acometida com a peste bubônica, a peste negra que fez
sucumbir dezenas de milhões de pessoas.
A precaução
para que não se instale a doença nos Estados Unidos e Europa é largamente
anunciada pela mídia, já vazada a informação de que o liberiano Thomas Duncan
ao chegar aos Estados Unidos morreu em Dallas, Texas, e a enfermeira Nina Pham,
que cuidou dele, foi isolada e submetida a tratamento, bem como na Espanha dois
religiosos foram infectados por essa doença letal.
A medida
saneadora da questão seria a ajuda financeira e humanitária internacional aos
países africanos infectados por esse virus infeccioso de alta letalidade, isto
já ocorre de maneira tímida mas que pode avançar ainda mais.
O Brasil
prestou ajuda aos países africanos com a oferta de kits destinadas a 500
pacientes durante três meses e pacotes de arroz e feijão no valor de R$ 13,5
milhões, além da doação de 500 mil dólares [Diário de Cuiabá – 21/10/2014].
Desviemos
nossa atenção da mídia e pensemos no número elevado de mulheres que fizeram
aborto clandestino no Brasil, nos idos de 2013, “um mínimo de 685.334 e um
máximo de 856.668”, segundo os pesquisadores Mário Monteiro e Leila Adesse [El
Pais – 28/9/2014]. Por ser clandestino é impossível saber quantas mortes
ocorreram.
A propósito,
vale salientar o nosso argumento na crônica DIREITO DE NASCER – 24 de agosto de
2012, no blog Fernando Pinheiro, escritor:
Em 12 de abril
de 2012, o Supremo Tribunal Federal aprovou a legalização de aborto de
anencéfalo.
A propósito,
Maria Angélica de Oliveira Farias, representante da Sociedade de Divulgação
Espírita Auta de Souza, presente no plenário declarou: "Para mim não se
justifica o direito brasileiro depois do que vi hoje" [Jus Brasil – 2012].
É oportuno
salientar que os artigos 124 a 127 do Código Penal consideram o aborto um crime
contra a vida. No entanto, há duas exceções: gravidez decorrente do estupro ou
risco de vida para a mãe. Acrescentamos que estão parados há vários anos, no
Congresso Nacional, dois projetos sobre a revisão da Lei do Aborto.
Já vai bem
longe o tempo em que a mulher buscava o simples direito de andar de seios
soltos debaixo da roupa. Hoje, com a permissividade nos costumes de uma
sociedade que luta para se recompor, ela vai às ruas em favor da lei do aborto,
adotada em muitas localidades do planeta.
Aplausos para
as mulheres que se libertaram da condição de propriedade de marido imposta por
uma sociedade opressora e medrosa que vem desde os tempos do Brasil-colônia.
Não é apenas o nosso País, mas o planeta inteiro está dominado pelo mito de
Prometeu.
O medo faz
parte desta consciência dissociada que apregoa a dualidade e que está indo
embora com os sinais do advento da nova Era, agora na consciência unificada,
como existe em Vênus, Vega de Lira, Arcturius e outros mundos felizes.
As ligações
físicas são revestidas de ligações mentais em que se vê compromissos assumidos.
Não podemos desmanchar laços que estabelecem uma união.
O que seria da
planta, se fossem arrancadas suas folhas? Onde nasceriam as flores e os frutos?
Em qualquer contenda, devem ser ouvidas as partes interessadas, como deu
mostras de sabedoria o rei Salomão.
O que se vê na
sociedade que permite o aborto é apenas a satisfação dos desejos de uma parte
em detrimento de outra que não foi ouvida.
Em
circunstâncias adversas, quem defende o direito de nascer? Quem tem a
disposição de plantar no deserto para que haja diminuição na aridez da
paisagem?
É por isso que
nossa voz se levanta diante dos movimentos que propõem uma revisão da
legislação sobre o aborto e o nosso silêncio diante da aprovação pelo Supremo
Tribunal Federal que teve por objetivo eliminar a vida de fetos sem chances de
sobreviver.
Por mais
estranho que pareça aos que veem a questão em apenas de um lado, o encontro das
pessoas está subordinado à lei de atração que une todos os seres vivos ao
núcleo em que está vinculado, desde os átomos, as famílias das espécies dos
reinos da natureza até os sistemas planetários dentro de suas respectivas
galáxias.
Se na teoria
da origem das espécies, Darwin estabeleceu que o Universo foi criado de matéria
inorgânica é porque sabia que há uma ligação entre as espécies perpetuando a
vida. Entre os homens, ela prossegue em seu ritmo colossal unindo os seus
pares, numa determinação precisa, independente da incompreensão de uma gravidez
censurada.
Se fôssemos
observar a questão no ponto em que a transcendência surge, veríamos a razão
justa de todos os nascimentos. Assim, a gravidez deve ser aceita, tratada com
carinho e amada em respeito à vida que ganha formas humanas.
Deixemos de
lado o ímpeto que forçou a vontade de quem inconscientemente, nos planos mais
sutis, buscou ser engravidada. E nos casos em que a lei do aborto evoca os
riscos de vida da gestante (legalizados) ou a interrupção da gravidez nos casos
de fetos sem chances de sobrevivência (legalizada pelo STF), nos indagamos não
seria este mais um pretexto para se tornar legalizado um ato contra a natureza?
A morte
provocada pelo homem não encontra apoio nas leis que sustentam o equilíbrio do
Universo. Amemos as situações que surgiram com a nossa vontade, sem reclamar
dos lampejos que se iluminaram em nosso caminho, revelando as responsabilidades que assumimos,
consciente ou inconscientemente, perante a vida.
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