Todos merecem ser felizes, não
importa a situação em que se encontram que podem estar no Estado Islâmico, não
reconhecido por nenhum governo, na Suíça onde os doentes que vão para lá se
suicidar dobraram, nos últimos anos, ou na Coreia do Sul onde a competitividade
aumenta as distorções sociais ou ainda no número apresentado pela OMS: uma
pessoa se suicida no planeta a cada 40 segundos.
Anteriormente,
a Coreia do Sul era o sexto país do mundo no registro de morte autoinflingida,
conforme dissemos na crônica LAGOA PROFUNDA (II) – 10/12/2014, atualmente,
segundo o jornal El País, aquele tigre asiático passou a ocupar o segundo lugar
nessa estatística:
Nos
idos de 2012, em outro tipo de morte, de acordo com a Globo.com – 4/9/2014, o
Brasil era o 8˚país do mundo em número de suicídio (11 mil), sendo que o maior
índice é a Índia (258 mil), seguida da China (120 mil), EE.UU. (43 mil), Rússia
(31 mil), Japão (29 mil), Coreia do Sul (17 mil) e Paquistão (13 mil).
Na
Coreia do Sul, onde a presença americana está nos setores sociais, notadamente
na influência de costumes americanos para conseguir uma vida pessoal de
sucesso, o chamado “american way of life” (ethos nacionalista), levaram essa
sociedade asiática a ter problemas de adaptação ocorridos na mudança
vertiginosa da pobreza rural dos últimos 60 anos para a opulência urbana.
Na
Coreia do Norte, onde há maior presença da população na área rural, há uma
tradição que se mantém há 2.500 anos estabelecendo os conceitos do
confucionismo onde a vida gira sempre em torno do trabalho em comum e da
cooperação, sem a influência da competitividade, uma das características da
densa consciência planetária que está indo embora do planeta, nesta separação
do joio e do trigo.
A
separatividade e a competitividade da consciência planetária, sem dúvida,
estimulam essa cultura transitória a cair em desencantos. Quando se dá peso e
referência à violência, a violência cresce, amparada pela ampla cobertura da
mídia que faz aumentar o medo entre a população.
A
competitividade é completamente contrária ao sentido gregário que os animais,
aves, répteis, peixes, crustáceos, possuem. Vejamos o trabalho das abelhas, o
voo das aves ao entardecer buscando os ninhos, o pulo do gato ou do cachorro em
cima do dono, o nado dos golfinhos que revela a captação de frequência de onda
em hertz, superior, muito superior à capacidade do homem em perceber o que se
passa ao seu redor. [COMPETITIVIDADE (II) – 20 de outubro de 2014].
A
pressão social aos indivíduos exigindo sucesso na carreira profissional e no
êxito em formar uma família, instigando-os a serem metrossexuais ou, na
linguagem paulistana, os coxinhas, almofadinhas no dizer carioca, seguindo as
maneiras estereotipadas em se conduzir em público, exige o perfeccionismo,
levando sempre à área psicopata.
A
tradição dos executivos do mundo inteiro em usar terno como forma respeitável
de apresentação foi esquecida por esses indivíduos de comportamento
estereotipado que usam moxilas em cima da roupa, se fosse roupa esportiva tudo
bem, mas não é.
Essa
vertente psicopata não é vista pela observação que esses pretensos
perfeccionistas sociais se impressionam com as exigências de seus chefes,
familiares e amigos, mas com aquilo que eles dão valor como objetivo de
sucesso, caindo sempre ao remorso da culpa em não ter feito mais. Basta uma
perda: no emprego, na família, no relacionamento afetivo e a depressão se
instala.
A
pesquisa divulgada pelo jornal El Pais – 19/01/2016 de que quase 8 entre 10
pessoas que cometem suicídio são homens, acrescentando que os homens usam armas
de fogo, faca ou forca, ao passo que as mulheres, na mesma situação deles,
tomam pílulas.
O
mais grave ao nosso rever é o suicídio lento cometido por milhões de pessoas,
no mundo inteiro, que tomam bebida alcoólica, num status alienatório que estão
curtindo a vida numa boa, isto sem falar do tabagismo afetando pacientes com
doenças respiratórias.
Na
Europa, principalmente na Inglaterra e Irlanda, existe o trabalho de samaritanos que oferecem apoio
confidencial eliminando a ideia de morte
autoinflingida e, no Brasil, o Centro de Valorização da Vida presta
atendimento, por telefone, 24 horas por dia, voltado à dignidade humana que tem
de ser preservada a qualquer preço.
No
filme Encontro Marcado, dirigido por Martin Brest, nos idos de 1998, a presença
da morte é mostrada veladamente na pele do personagem Joe, interpretado pelo
ator Brad Pitt, que se apaixona pela médica Susan (Claire Forlani), filha do
magnata William (Anthony Hopkins). O que mais gostei não foi o enredo, apenas
os olhos meigos da atriz Claire Forlani.
Vale
destacar que Irina Orlova, residente em Rostov, Rússia, gostou do filme e cita
o personagem Joe que era um obstáculo nas decisões da diretoria, fazendo com
que o diretor Drew, em belíssima interpretação do ator Jake Weber, ficasse
irritado, mesmo assim ele conseguiu, no final, demitir o presidente William,
fazendo com que seus pares o promovesse presidente de honra da empresa, numa
saída honrosa. Irina
comentou: “Me like this movie – “My name is Joe, especially Hopkins.”
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