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segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

UM DIVÃ PARA DOIS

Com o roteiro de Vanessa Taylor, o filme Hope Springs, recebeu no Brasil o título Um Divã para Dois, dirigido por David Frankel, EE.UU. (2012), leva para o consultório do Doutor Feld (Steve Carell) o casal Arnold e Kay, interpretado pelos atores Tommy Lee Jones e Meryl Streep, ambos sexagenários.
O filme começa com Kay de camisola, olhando-se atraente no espelho e vai ao quarto de Arnold para fazer uma cena de sedução. Ele está deitado na cama, lendo uma revista, e se surpreende com a presença da mulher, perguntando-lhe se algo está anormal no quarto dela.
Kay se senta perto dele, coloca as mãos na cama e deixa uma sugestão: “a gente podia”. Ele reagiu, de imediato, “vou ver o sofá-cama”. Ela lhe faz uma pergunta que diz a realidade do casal: “quando você me beijou pela última vez?”. Estavam casados há 31 anos.
No dia seguinte, ela vai a Barnes & Noble Classics Bookstore, olha a capa do livro Great Marriage, Open Marriage: Save your sex life by having sex with other people, mas não se interessa e compra o livro que lhe despertou a atenção: You can have the marriage you want, by Dr. Bernard Feld.
De volta a casa, Kay comunica a Arnold que comprou duas passagens para eles ir a Maine, EE.UU, onde o Dr. Bernard Feld mantém o Centro de Terapia Intensiva para Casais, Hope Springs. Arnold não concordou, Kay entrega-lhe o ticket da passagem dele e saiu de taxi a caminho do aeroporto. Ele segue depois, sendo o último passageiro a embarcar.
No consultório o Dr. Feld pergunta a ambos de quem foi a iniciativa de estar aqui na terapia intensiva? Arnold disse que não foi dele e Kay confirmou que a decisao partiu dela, pois queria reconstruir o casamento. Kay disse ao psiquiatra que ela na hora estava doida, alegando não ter o mesmo poder aquisitivo de outros pacientes.
O médico retoma a condução da conversa sugerindo-lhes manter a conversa positiva e descritiva, e enfatizou que eles estavam lá com o objetivo de resgatar a intimidade do casamento e para isso é necessário encontrar um meio de  comunicar suas necessidades e manter fluindo essa intimidade.
Em seguida, o Dr. Feld disse-lhe que “o primeiro passo para reconstruir o casamento é eliminar algumas das cicatrizes que se acumularam durante alguns anos, pode ser muito doloroso mas vale a pena”. É o que, em outras palavras, vemos escrevendo no blog Fernando Pinheiro, escritor, esquecer os engramas do passado.
Arnold e Kay estavam quatro anos sem ter relação sexual, então o psiquatra deu-lhes o primeiro exercício para que   pudessem se lembrar como e quando foi a primeira relação íntima. Era necessário que ambos se abraçassem quando chegasse ao hotel.
A princípio, o marido não concordou com o dever de casa que achou algo forçado e lhe disse que não era macaco treinado. Quando regressaram ao hotel, eles se abraçam, sem jeito, no hotel, apenas para cumprir o que o psiquiatra recomendou. A esposa estava mais ligado no exercício.
No dia seguinte, Arnold foi visitar o museu do velho farol e Kay foi espairecer no balcão do bar e disse a Karen (Elisabeth Shue), a gerente, que está há muito tempo sem fazer sexo. Karen  respondeu-lhe que isto aqui é bem comum e fez uma prova: “quem aí não faz sexo há muito tempo, levante a mão!” A maioria dos clientes sorrindo levantou as mãos.
Na última sessão de terapia, o psiquiatra observou que Arnold nutre muito raiva. Aliás, a vida de Arnold é atribulada demais com horário rígido no trabalho, onde é contador, e em casa onde passa a maior parte do tempo vendo programas de golfe na televisão.
Depois, o casal vai para o cinema, ela no escurinho demonstra ter uma fantasia sexual: ter sexo oral, ele concorda e olha para os lados com receio de ser descoberto pelo público. É algo rápido e quase sem jeito. Mas, é um passo na intimidade.
A atuação do psiquiatra é excelente, primeiro não houve necessidade de passar receita para tomar remédios, aliás a única receita dele foi para que o casal adquirisse o livro sobre estímulo sexual, de autoria dele.
Quando eles voltam ao lar, satisfeitos da vida, encontram no jardim a vizinha Carol (Mimi Rogers), a mulher que, um dia,  incendiara a cabeça de Arnold com fantasias imaginárias, apenas por vestir roupa decotada. Kay lhe disse à noite lhe contaremos tudo como foi a viagem.   
No final do filme, o casamento volta ao normal numa alegria contagiante que é levada a efeito numa praia para celebrar a essa conquista, na presença do filho Brad (Ben Rappaport), da filha Molly (Marin Ireland), do genro Mark (Patch Darragh) e de Vince (Brett Rice), amigo de Arnold, além do próprio do Dr. Feld que também estava muito satisfeito com o resultado da terapia do casal.   

www.fernandopinheirobb.com.br

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