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quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

UM FIM DE SEMANA EM PARIS

Filme convincente sobre as complexidades da vida em comum, Um Fim de Semana em Paris, no original Le Week-End, dirigido por Roger Michel, nos idos de 2013, conta a história de um casal de idosos ingleses, ambos professores, Nick (Jim Broadbent) e  Meg (Lindsay Ducan) que retornam a Paris, onde passaram a lua-de-mel, para comemorar o 30º aniversário de casamento.
Há uma pressão da universidade para que o professor Nick se aposente, mas ele não conta isso para Meg. Com os filhos criados, a casa deles ganhou mais espaços vazios. Um dos filhos deles não trabalha, passa o dia todo vendo televisão, usando droga e quer voltar a conviver na mesma casa dos pais, mas a mãe não o aceita.
A relação do casal está atolada em decepções e burocracia, ela aparenta cansaço de viver junto com ele que tem dependência dela nas decisões familiares. Nick brinca com a Meg com insinuações que levam à intimidade, mas ela reage quando o clima está mais quente. Há uma rejeição nos avanços sexuais do marido.
Aí está a necessidade do auxílio dos amigos, familiares, namorados de épocas distintas que estão impossibilitados de curtir um romance por falta de estímulo, aquela potência do ser chamada por Spinoza ou a libido de Freud, conhecida com maior amplidão entre os sexólogos. [PÉGASO (XXXIV) – 15/10/2015].
Na viagem a Paris, ele escolhe o mesmo hotel no bairro Montmartre onde curtiram noites de amor na juventude, mas ela não fica lá, alegando que quer ficar num hotel elegante, mais sofisticado, ao gosto dela, muito mais caro. Vão para outro hotel onde o recepcionista diz a eles que há somente uma vaga de suíte e resolvem ficar.
Ao sair para passear, naquele sábado, em Paris, a cidade das luzes e dos amantes, o casal se beija em plena boulevard. Nesse enlevo amoroso passa o americano Morgan (Jeff Goldblum), ex-aluno de Nick, em Cambridge, que nutre forte admiração pelo professor como modelo intelectual, sem ter esquecido dele jamais.
Meg estava também satisfeita em ver Nick admirado por Morgan que se tornara um grande escritor que acumulara fortuna na venda dos livros publicados, enquanto o marido não tinha recursos para lhe propiciar uma vida de glamour e ainda ameaçado de deixar a universidade, forçado pela aposentadoria compulsória. Ao comparar o padrão dele com a do seu ex-aluno, Nick fica triste.
Professor de filosofia de uma universidade famosa, Nick sente vontade de manter sempre consigo o sonho que acumulou durante os longos anos de magistério, mas a aposentadoria está próxima e sente-se fragilizado diante da realidade quando diz: “eu nunca pensei que iria me revelar tão medíocre.”
Essa vertente psicopata não é vista pela observação que esses pretensos perfeccionistas sociais se impressionam com as exigências de seus chefes, familiares e amigos, mas com aquilo que eles dão valor como objetivo de sucesso, caindo sempre ao remorso da culpa em não ter feito mais. Basta uma perda: no emprego, na família, no relacionamento afetivo e a depressão se instala. [A MORTE AUTOINFLINGIDA – 19/01/2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Na infância moramos na Amazônia e na fase adulta começamos a viajar pelo mundo, em sonhos que revelavam informações que se encaixam na compreensão dos enigmas que se defrontam ainda o planeta Terra, a caminho do fenômeno da transparência dos habitantes que se incorporarão na luz, irão ser o que realmente são na verdade, dentro de seu ser profundo: a luz que se conecta com a luz em transparente irradiação. [LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA – 22 de dezembro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
O roteiro é do escritor Hanif Kureishi, de origem paquistanesa. Há uma selvageria emocional em exposição na tela fazendo com que o espectador se preocupe com o desfecho do filme. Outros atores que estão em cena: Olly Alexander e Judith Davis. A música é de Jeremy Sams.
O encontro com o seu ex-aluno, que ostenta sucesso internacional, faz com que Nick se sinta com esperanças de ter possibilidades de sucesso. Isto é altamente favorável à política emocional de reinvenção, pois na teoria quântica o universo é feito de infinitas possibilidades. 
Os personagens Nick e Meg revelam os aspectos comuns que estão em qualquer casamento a longo prazo na densa  consciência planetária: compreensão, incompreensão, mau humor, bom humor, paciência, impaciência, mesmo assim se mantêm  juntos. Assim vivem 6 bilhões de habitantes no planeta, sendo que 1,3 bilhão está na consciência planetária unificada.
No clima de leveza que possibilita a ascensão de uma oitava a mais no patamar de grandeza nesta transição planetária em que a Terra vive, ressaltamos os cinco pilares imprescindíveis: simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão.     

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