Vencedora do
Festival da Música Popular Brasileira, nos idos de 1966, Disparada foi
apresentada pelo cantor Jair Rodrigues. Tempos depois, em 18 de fevereiro de
2017, ocorreu a apresentação desta música com a cantora Camilla Faustino no
quadro Quem Sabe Canta do Programa Raul Gil no canal SBT de propriedade do
apresentador e empresário Sílvio Santos.
Agora é hora dos leitores preparar, mais uma vez,
seus corações para que o que a música Disparada está a dizer na roupagem dos
dias atuais que é a mesma dos idos de 1966, numa versão em que pensamento ganha
novas formas em variações do mesmo tema: morte, destino, boiada e boiadeiro.
É o sertão que chega à cidade mostrando os valores
que a vida tem a nos oferecer numa mensagem, destinada à população inteira,
como sair da matrix que o cinema globalizou por todo o planeta. Se a mensagem
não vem a agradar a maioria é porque essa maioria reluta em sair da zona de
conforto, permanecendo boi da boiada.
Mas a música Disparada mostrou o caminho da saída,
começando por falar em morte que destina tudo, pois é o fim do colapso da
função de onda, recurso valiosíssimo para quem quer consertar o que foi feito
de modo canhestro, fazendo tudo direito.
Ver a morte sem chorar é a mudança de hábitos e
costumes que vêm ocorrendo desde os tempos longevos que se perderam na noite
dos tempos. A letra da música diz “na boiada já fui boi, mas um dia me montei”,
ou seja, o boi deixou de ser boi para virar boiadeiro.
Com laço firme e braço forte, o boiadeiro segurou
muita boiada e muita gente seguindo o caminho como um rei, em cantares de aboio,
seguindo a trajetória dos sonhos seus para vencer e ser feliz nas moradas do
sertão.
Com as visões se clareando, foi vendo as novas
paisagens que surgiram no horizonte, clareando tudo em volta: boi, boiada e o
caminho dos boiadeiros. Ele deixou de sentir-se rei porque a vida lhe
apresentou, em sonhos, um reino sem rei, onde a morte destina tudo. Sem ter mais
o lugar-tenente a obedecer, agora valente no reino que vislumbrava ser o mesmo
do homem que saiu da caverna de Platão, vendo o sol para todos.
Com as visões se clareando, como vemos na música
Disparada, tivemos dentro dos sonhos, relatados na série Pégaso, outras visões
que denotam a mudança que vem ocorrendo em nosso orbe nesta transição
planetária. Vale destacar textos da nossa crônica LENDAS E MISTÉRIOS DA
AMAZÔNIA que comenta o samba-enredo da Portela:
Dentro da evolução anímica que se interliga com a
evolução humana, oriunda dos reinos minerais, vegetais e animais, há um
progresso incessante e nunca um retrocesso, podendo haver feições aparentes de
semblantes plasmados por vontade própria do ser espiritual a nível de uma
consciência planetária quintessenciada.
Isto aconteceu na remota Palestina quando um ser
multidimensional, nascendo de uma virgem que lhe deu vida material dentro de um
corpo que poderia abrigar até a sétima dimensão unificada planetária, o limite
máximo que a Terra permite. Naquela época não se conhecia o magnetismo nem o
ectoplasma que a ciência comprova, mesmo assim foi narrado nas tradições
religiosas que saía dele as virtudes que curam.
Na infância moramos na Amazônia e na fase adulta
começamos a viajar pelo mundo, em sonhos que revelavam informações que se
encaixam na compreensão dos enigmas que se defrontam ainda o planeta Terra, a
caminho do fenômeno da transparência dos habitantes que se incorporarão na luz,
irão ser o que realmente são na verdade, dentro de seu ser profundo: a luz que
se conecta com a luz em transparente irradiação.
Gaia, a psicofera da Terra, os pensamentos dos
habitantes do planeta estão sendo sacralizados em proporções gigantescas,
evidenciado a chegada dos tempos novos em que a separação do joio e do trigo é
a realidade que defrontamos.
A luz crística que se projeta, em direção da Terra,
oriunda das Plêiades, precisamente de Alcíone, o grande Sol de nossa galáxia, é
observada por seres multidimensionais de várias procedências estelares e
planetárias, onde a vida tem um resplendor de magnífica beleza.
Dentro do sonho de um sono REM, tivemos notícias de
um arcturiano que se apresentou, há pouco tempo, no seio da Amazônia, em forma
de pássaro-homem, corpo atlético de vigoroso semblante, com a cabeça de um
pássaro. São imagens ideoplásticas criadas pela luz, assim como existem seres
quintessenciados, em forma humanoide com cabeça de leão, por ser a beleza do
mundo de origem de onde vieram, em trânsito pela Terra.
O samba-enredo também fala de uma festa de amores,
a mesma que os seres humanos saindo da terceira dimensão de consciência
planetária dissociada e ascendendo à quinta dimensão unificada, sinais dos
tempos anunciados em Getsêmane, aquele jardim aonde o beijo veio em forma de
máscara.
Essa festa amazônica, que as mulheres amazonas
faziam, na chegada da primavera, iam até o raiar do dia, no ambiente de
alegria, a mesma alegria que preconizamos nos 4 pilares para a ascensão da
consciência planetária unificada: simplicidade, humildade, transparência e
alegria. Ô skindô lalá, Ô skindô lelê, completa a festa anunciada pela Portela.
[LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA – 22 de dezembro de 2013 – blog Fernando
Pinheiro, escritor]:
Achamos interessante os gestos da mão esquerda
cortando o pescoço e sacudindo as cadeiras que a cantora Camilla Faustino, no
frescor da adolescência, fez ao cantar: “porque gado a gente marca, tange,
ferra, engorda e mata”, revelando a sutilidade que a música inspira: somos
gente e não gado.
A música Disparada, composta por Geraldo Vandré e
Théo de Barros, mereceu ainda a interpretação dos seguintes cantores: Geraldo
Vandré, Elba Ramalho, Zé Ramalho, Daniel, Sérgio Reis, Padre Fábio de Melo,
Ricky Vallen, entre outros.
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