Inúmeras vezes, sobrevoei
o recanto sagrado onde há catedrais de cristal suspensas e sustentadas no plano
etérico ou plano subjetivo, se a apreciação do que escrevo vier com retoques de
materialidade que, mais cedo ou mais tarde, se ajuntará à descoberta da física
quântica de que há outras dimensões no universo.
No templo sagrado, iluminado por luzes cristalinas,
vi pessoas reunidas em contemplação e ascese que me fazia lembrar o samadhi dos
hindus na integração com o todo universal, desapegando-se da personalidade
transitória de que se revestiam, vivenciando o uno.
Não havia excentricidade alguma, pelo contrário,
tudo simples e normal da normalidade que é a natureza humana. Até me dava a
ideia de pessoas como se fossem crianças na originalidade pura.
Não havia nenhum condutor de cerimônias porque não
havia cerimônia nem aprendizado de nenhum livro ou doutrina. A impressão
marcante é que todos eram mestres de si mesmo, embora o mestrado do
conhecimento humano venha a abrigar conotações profundas e infinitas.
Eram pessoas, recém-saídas da densa dimensão de
consciência planetária em que a Terra ainda vive, vivenciando nova etapa de
vida onde o amor tem o reino de encantadora beleza.
Na saída, uma jovem mulher olhou-me com um sorriso
lindo que nos aproximava. Nesse mundo não há separatividade, tudo se converge
ao ponto comum em que colocamos o coração. Na aproximação, toquei-lhe as
nádegas, ela sabia que eu vinha da Terra com seus costumes e hábitos que buscam
o amor. Mesmo no carnaval, essa busca existe. Ela continuou a sorrir e
compreendeu a situação em que eu estava.
A ligação que tivemos, no tempo em que não se mede
em horas, era algo envolto em plenitude. Um dia, quando a Terra for sacralizada
com a mudança de paradigma de consciência, todos os casais se sentiram assim,
enquanto isso somente os amores verdadeiros usufruirão dessa benesse.
No campo terreno, se alguém sentisse o sorriso dado
em particular por alguma miss ou estrela de cinema, iria sonhar pelo resto da
vida em lembranças amáveis. Catedrais iluminadas por cristais somente existem
no campo astral e mulher de beleza quintessenciada pelo amor a me dar um
sorriso que nos une é algo que não tem preço. É oportuno lembrar que a moeda
foi criada, segundo Max, por causa da escassez.
Vale transcrever alguns parágrafos da crônica
LENDAS E MISTÉRIOS DA AMAZÔNIA, de nossa lavra, que aborda o samba-enredo da
Portela:
Dentro da evolução anímica que se interliga com a
evolução humana, oriunda dos reinos minerais, vegetais e animais, há um
progresso incessante e nunca um retrocesso, podendo haver feições aparentes de
semblantes plasmados por vontade própria do ser espiritual a nível de uma
consciência planetária quintessenciada.
Isto aconteceu na remota Palestina quando um ser
multidimensional, nascendo de uma virgem que lhe deu vida material dentro de um
corpo que poderia abrigar até a sétima dimensão unificada planetária, o limite
máximo que a Terra permite. Naquela época não se conhecia o magnetismo nem o
ectoplasma que a ciência comprova, mesmo assim foi narrado nas tradições
religiosas que saía dele as virtudes que curam.
Na infância moramos na Amazônia e na fase adulta
começamos a viajar pelo mundo, em sonhos que revelavam informações que se
encaixam na compreensão dos enigmas que se defrontam ainda o planeta Terra, a
caminho do fenômeno da transparência dos habitantes que se incorporarão na luz,
irão ser o que realmente são na verdade, dentro de seu ser profundo: a luz que
se conecta com a luz em transparente irradiação.
Gaia, a psicosfera da Terra, os pensamentos dos
habitantes do planeta estão sendo sacralizados em proporções gigantescas,
evidenciado a chegada dos tempos novos em que a separação do joio e do trigo é
a realidade que defrontamos.
A luz crística que se projeta, em direção da Terra,
oriunda das Plêiades, precisamente de Alcione, o grande Sol de nossa galáxia, é
observada por seres multidimensionais de várias procedências estelares e
planetárias, onde a vida tem um resplendor de magnífica beleza.
Dentro do sonho de um sono REM, tivemos notícias de
um arcturiano que se apresentou, há pouco tempo, no seio da Amazônia, em forma
de pássaro-homem, corpo atlético de vigoroso semblante, com a cabeça de um
pássaro. São imagens ideoplásticas criadas pela luz, assim como existem seres
quintessenciados, em forma humanoide com cabeça de leão, por ser a beleza do
mundo de origem de onde vieram, em trânsito pela Terra. [LENDAS E MISTÉRIOS DA
AMAZÔNIA – 22 de dezembro de 2013 – blog Fernando Pinheiro, escritor]
Um dia, no decorrer dos evos, a Terra terá
catedrais de cristal formadas não pela natureza exuberante em minérios, mas
pelo pensamento humano que cria a beleza em formas infinitas. Isto fazendo-lhes
lembrar quando se reuniam para formar egrégoras afins.
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