Estar em cartaz significa o que está no ar, no
anúncio que divulga a programação do espetáculo, no momento em que algo está
acontecendo em todas as atividades humanas públicas ou individuais.
Isto significa a oportunidade sendo
realizada, não importando se há outras perspectivas de realização, até
comprovadas em outras realizações que passaram, tanto no setor público quanto
privado ou em particular.
Estar em cartaz é, antes de tudo, ter cartaz,
senão o evento não acontece. Isto se sucede nos estádios de futebol, mesmo
sendo você o árbitro do jogo, se tiver uma indisposição orgânica ou emocional
que automaticamente sai de cartaz.
Na esfera pessoal a mesma coisa, mesmo sendo
você o sonho da mulher amada que sente que você necessita fazer catarse para
eliminar detritos mentais que lhe tiraram desse sonho, não importando o passado
vitorioso no âmbito sexual, como também no setor profissional, mesmo sendo você
o mais importante executivo que passou pela empresa; na esfera política a mesma
coisa.
Permanecer na fixação de que é o melhor do
momento em qualquer atividade pública ou privada é permanecer na privada onde
os detritos orgânicos são eliminados. Nessas circunstâncias, o tempo não espera
e você será substituído, não importando o grau de avaliação que você tem de si
mesmo ou que os outros têm de você.
Nesse caso, entra o mais importante requisito
para ascender a uma oitava no grau nesta densa consciência planetária: a
humildade, acrescida de simplicidade, transparência e alegria que formam os 4
pilares que vimos falando nesta transição planetária em que a Terra passa.
Tudo que não transcende fica na Terra, não
importando os valores que se atribuíram a pessoas, entidades ou coisas. O reino
do ego é eliminado quando a essência profunda, implantada no ser que todos nós
somos, sem exceção, eclodir. Esse reino foi descoberto pelo rei Salomão quando
disse “tudo é vaidade”, ao mesmo tempo, em compensação, implantou, no mundo
ocidental, o culto do Deus único.
Na esfera do sonho, onde narramos a série
intitulada Pégaso, tivemos a constatação de que o cartaz muda, mesmo dentro dos
sonhos de outras pessoas que são impulsionadas pelo seu destino.
Andando pela calçada de uma rua, no plano
astral, senti necessidade de ir ao banheiro para urinar. De repente, ela
acercou-se a mim, disposta a me acompanhar na caminhada. Logo, no encontro, lhe
disse: espere, um pouco, preciso ir ao banheiro. Ela foi-se embora, sem nada
dizer. É que o anúncio, apregoado na crônica a PÉGASO (XLVII) – 21 de abril de
2016, saiu de cartaz. Sem apego ao passado, vale recrudescer o momento idílico
em que vivemos:
Ela surgiu diante de mim carregando em suas mãos
uma colcha de cama de casal, nova, bem limpa, de cor alegre e vistosa, pensei
logo no cuidado que tem a empregada dela em arrumar a casa. Ela em casa era
madame porque tinha atividade intelectual que lhe ocupara todo o tempo
disponível, isto quando morava na cidade do Rio de Janeiro.
Veio a mim porque estava disposta ao encontro, a
continuação daqueles que foram interrompidos por causa de sua viagem aos
Estados Unidos onde ocupa uma cátedra de uma universidade. A vida acadêmica que
ela vive é muito extensa e bastante concorrida em ministrar aulas, fazer
conferências, escrever livros e viajar pelo mundo afora.
Uma vez ela me disse que estava aprendendo búlgaro,
depois de saber falar e escrever em 17 idiomas. Eu gosto de aprender, ela
concluiu diante do meu silêncio. A Bulgária é o país onde reside a minha amiga
Nona Orlinova, de encantadora beleza.
No reencontro, o primeiro dos sonhos que nos une, a
colcha de cama era apenas um símbolo que significava um novo aspecto de que a
cama pode ser usada por nós dois. Uma vez apresentada, a colcha já não estava
mais com ela. Era somente ela, em vestido comprido, que andava junto a mim a
caminho de uma casa.
Quando chegamos lá, tudo vazio em termos de
mobília. Entramos pela sala vazia a significar que teríamos que organizar tudo
dentro da casa, não digo comprar, porque no campo astral não se compra nada,
apenas se pensa e tem o que se deseja. Isto está dentro das possibilidades
quânticas que, conforme agora exploradas por comercial de televisão, são de
infinitas possibilidades.
Ao subir a escada, sem corrimão que conduz à
alcova, estávamos de mãos dadas, como namorados que se enamoram desde à
primeira vista, o pé dela, num instante, ficou fora da escada e a segurei pela
mão, puxando-a para dentro, como uma espécie de condutor seguro como são os
condutores de orquestra sinfônica.
Ao acordar da cena, fiquei pensando que, nesta
vida, como disse o poeta hindu Tagore, o incompleto será completo. Lembrei-me
daquele convite que lhe fiz, quando de passagem pelo Rio, para nos encontrar
outra vez, mesmo sabendo que a ocasião no metrô já era o suficiente do encontro
não marcado.
As coisas no campo sentimental não se completaram
para ela, e ela veio a mim, nesse endereço astral, para revelar o que se passa
no recôndito de seu ser profundo, derrubando o dito popular: “coração é praça
que ninguém passeia”. Fiquei agradecido pela vida que sou e represento como
também pela vida que me representa em simbiose que nos faz ser um.
O sonho é átomo circulando nos espaços adequados à
essa circulação que engendramos quando movimentamos os pensamentos em direção
dos objetivos colimados. Pensamento é energia e energia é átomo, corroborando o
pensamento de Einstein: “tudo é energia.”
Quem se sente desolado por um amor não
correspondido, não fique assim não. O amor, fluindo no campo astral, não se
perde e tem o seu reino de mil encantos que nos faz feliz quando o momento
oportuno chegar. Os sonhos são reveladores dessa assertiva. [PÉGASO (XLVII) –
21 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Estar em cartaz é o momento de júbilo em que
manifestamos o que somos, em essência, onde iremos adquirir, no plano terreno,
o que falta ser completado, nessa fase de aperfeiçoamento das qualidades nobres
de que somos portadores. A vida é uma benção.
www.fernandopinheirobb.com.br
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