Quem está na zona de conforto não quer
saber o que está acontecendo no mundo com milhares de pessoas que saem de seus
países de origem em busca de proteção e refúgio. No entanto, o cenário é
mostrado pela televisão, aqui e alhures.
Na ilha de Kos, localizada no Mar Egeu,
conhecida pela presença de turistas europeus, agora tem novos visitantes, são
dezenas de milhares de refugiados, principalmente sírios, que chegam por lá em barcos infláveis,
procedentes de Bodrum, Turquia [Le Monde – Paris, França – 17/08/2014].
No porto de Messina, Itália, os imigrantes africanos
chegam em frágeis embarcações, morrendo muitos deles pelo caminho nas águas do
Mediterrâneo. Na costa da ilha grega de Lesbos, eles também buscam refúgio, a
palavra lésbica ficou associada a esta ilha e ganha repercussão em muitos
lugares na legalização da união de mulheres.
Com rigorosa fiscalização da polícia francesa,
concentrações de migrantes vão se formando com pretensão de chegar à Inglaterra
pelo Túnel da Mancha, o Eurotúnel, através do porto de Calais. São levas de
gente caminhando a pé.
Os imigrantes vão chegando à estação ferroviária de
Gevgelija, Macedônia, onde os trilhos se estendem em direção da Sérvia, de lá,
como trampolim, é o objetivo deles entrar nos países da comunidade da União
Europeia. Em Passau, Alemanha, eles são registrados e acolhidos em asilo.
Segundo a Anistia Internacional, o tratamento de 2.000
pessoas, imigrantes sírios, inclusive mulheres e crianças, vivendo ao relento
nas cercanias de Viena, é escandaloso e o Ministério do Interior da Áustria
“apontou que há uma lei pendente de aprovação que permitirá aos imigrantes se
alojarem em propriedades do governo federal, apesar das objeções das províncias
do país.” [O Globo – 14/08/2015].
Essa diáspora que se caracteriza pela saída maciça de
seus lares, desperta, sim, a atenção da União Europeia que busca soluções para
abrigar esse enorme contingente de pessoas do terceiro mundo.
Em alguns pontos turísticos da Europa, os navios
transatlânticos navegam tranquilamente perto de embarcações frágeis conduzindo
pessoas à beira da fome e com o olhar carregado de admiração ao mundo de beleza
que não existe onde eles vieram.
O que os imigrantes procuram em
terras longínquas? Seus pais, seus filhos, a parentela em geral, um parte
fragmentada nessa aventura, deixam neles o gosto da partida em busca de dias
felizes. Em suas origens podiam continuar por lá, naturalmente enfrentando as
dificuldades que não é somente deles, mas de todo o planeta.
A travessia é um problema mundial, ou
melhor dizendo, um problema de governança regional, é tanto que chega à mesa de
negociações nos países da União Europeia. Um dos focos apresentados é controlar
a migração clandestina e até aonde vai a solidariedade dos povos, numa
consciência planetária dissociada onde se sobressai a competitividade e a
separatividade? [A TRAVESSIA – 20
de maio de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
A maioria desses
imigrantes é constituída de jovens em plena forma física que estão dispostos a
trabalhar em suas artes e ofícios,
inclusive de graça na conservação de obras públicas e monumentos, recebendo em
troca meios para sobreviver. Isto já acontecendo na Itália, conforme divulgado
pelos jornais.
Quantas mulheres
lindas ficaram para trás, longe de seus amores que saíram de sua terra natal,
aos milhares! Situações novas são criadas da noite para o dia. O tempo de ser
feliz está ao alcance de todos, independente de lugar ou de pessoas que estão à
volta. Haverá sempre a presença de outros amores, outras chances de viver
feliz.
Como a consciência está em tudo,
descoberta recente da física teórica, até os insetos tem consciência, é fácil
escolher o caminho de acordo com o que sentimos, aproximando-nos de pessoas que
podemos compartilhar nossos momentos na mesma frequência de onda em que estão
as pessoas escolhidas, a fim de que a conexão seja estabelecida.
Naquelas em que a frequência de onda é
diferente da nossa, será necessário muito cuidado para não entrar em atrito e,
se solicitado, estender as mãos para servir. Se estivermos em mente os cinco
pilares que possibilitam a ascensão de consciência planetária mais sutil
(simplicidade, humildade, transparência, alegria e gratidão) e, então, tudo virá
nos fazer feliz.
Em tudo vemos a beleza, nas estações do
ano que se sucedem formando ciclos de mudança como nos alvoreceres de luz
quando a madrugada anuncia um novo dia. E quem estiver retardatário, com o
olhar perdido do dia que passou, a certeza de que os primeiros raios do sol
indicam um novo amanhecer.
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