Considerando que a prisão no Brasil de envolvidos na Operação Lava Jato
ocupa enormes espaços na mídia nacional, vamos tecer considerações sobre o
tema, com outros personagens mencionados em nossas crônicas.
Ao rever na TV cenas do filme O Expresso da Meia-Noite que
abordamos na crônica SOMBRAS NUMERADAS publicada no blog Fernando Pinheiro, escritor – 26 de
agosto de 2012, observamos o colapso da função de onda, a partir do momento em
que noiva do prisioneiro disse: “você tem que sair daqui.”
Isto lhe animou muito, muito mais do que o momento fugaz em que ele se
masturbou vendo os seios da noiva, fazendo-lhe sofrer e a ela também pela
impossibilidade do contato físico, situação vivida pelo mito de Tântalo ao ser
condenado pelos deuses do Olimpo, apresentado pela mitologia grega. Vale
destacar textos da referida crônica:
–
Um desses lugares é o túnel de cavalos alados, onde não há trânsito de
carros nem de pessoas, apenas um esconderijo usado por seres em litígio que
promovem a justiça das mãos, sem nenhum indício de sabedoria, apenas a vingança
como argumento. [PÉGASO – 08 de março de 2103]
Tudo era rápido como um piscar de olhos. De repente,
estávamos num lugar subterrâneo e presenciamos cenas conhecidas de nossa
memória: pessoas estavam confinadas naquele recinto, embora se sentissem
conformadas. Uma gentil senhora cumprimentou um amigo nosso que estava à nossa
frente e, em seguida, chamou-nos carinhosamente pelo nome, identificando o
passado espiritual. [PÉGASO II – 16 de março de 2103].
Passou perto de mim, um ser que possuía a cabeça quadrada e quadrado era
o seu tronco, as pernas bem curtas, na virada do corpo fez um gesto que somente
as mulheres fazem, calçando sapato alto, era sim, uma mulher, indiquei-lhe o
caminho para o banheiro, mas ela não quis saber e continuou a descer uns
degraus abaixo do nível em que estávamos. [PÉGASO III – 22 de agosto de 2103].
Chamou-me pelo nome e sabia quem eu era na Terra: um escriba. Havia nela
uma conformação do estado em que se encontrava: adormecido de sua realidade
espiritual. [Idem, idem].
Por último, transcrevemos textos contidos na crônica PÉGASO XII – 13 de
agosto de 2014, a seguir:
Segui a pé em direção a uma vereda que estava numa região de araucárias,
bastante conhecida na região Sul do Brasil. Deparei com uma cena que me chamou
a atenção: uma gentil donzela estava sendo conduzida por duas mulheres servis
que estavam obedecendo à patroa, mãe da moça que tinha aspectos de sofrimento e
de revolta.
Ela estava amarrada no pescoço por uma canga, no interior do Brasil,
muito utilizada em parelha de bois por fazendeiros para conduzir o
carro-de-boi. A canga tem o significado de pertença, dominação e não apenas uma
saída de praia.
A patroa, de cabelos em caracóis, chegou perto de mim e disse: eu não
gosto de escritor, você é presidente de entidade cultural, não gosto nada
disso. Olhou para a moça e me disse: deixa isso comigo. A pequena comitiva de
escravidão seguiu pelo mato adentro e continuei o meu caminho.
No plano astral, a relação de parentesco se dissipa se não houver algo
que os une, pois os interesses da matéria não conseguem ter uma transcendência
maior. Os conflitos gerados na matrix continuam do outro lado da matrix. A
morte não elimina os liames coercitivos, presos no plano material a prisão
continua no astral.
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