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terça-feira, 4 de agosto de 2015

PRISÃO ALÉM DAQUI

Considerando que a prisão no Brasil de envolvidos na Operação Lava Jato ocupa enormes espaços na mídia nacional, vamos tecer considerações sobre o tema, com outros personagens mencionados em nossas crônicas.
Ao rever na TV cenas do filme O Expresso da Meia-Noite que abordamos na crônica SOMBRAS NUMERADAS publicada no  blog Fernando Pinheiro, escritor – 26 de agosto de 2012, observamos o colapso da função de onda, a partir do momento em que noiva do prisioneiro disse: “você tem que sair daqui.”
Isto lhe animou muito, muito mais do que o momento fugaz em que ele se masturbou vendo os seios da noiva, fazendo-lhe sofrer e a ela também pela impossibilidade do contato físico, situação vivida pelo mito de Tântalo ao ser condenado pelos deuses do Olimpo, apresentado pela mitologia grega. Vale destacar textos da referida crônica:    
O Expresso da Meia-Noite – Cenas do filme – Jovem americano, em busca de emoções em desalinho, não percebe o erro, é preso. Tráfico de drogas na Turquia.
Pena de 2 anos e meio. A esperança de sair logo. Depois, a revisão do processo. O aumento da pena para 30 anos. Bode expiatório da rixa dos governos de Washington e Ancara.
A tentativa da fuga - O Expresso da Meia Noite - foi frustrada ao amanhecer. Na repressão, o companheiro de cela.
Um momento de ternura, a visita da noiva do jovem americano. No desespero da dor, a súplica para ela desabotoar a blusa. Atrás da divisória de vidro, mamilos róseos nos seios de pera e o olhar de quem gostaria de se doar, aliviam a tensão emocional do jovem.
Depois desta cena de amor à distância, aumentou nele a vontade de fugir. Vence a briga com o guarda, veste a roupa militar e escapa. Em suas mãos, as chaves do presídio. Na rua, cruza com um carro da polícia, passa adiante, com o disfarce. Ultrapassa a fronteira. Da Grécia volta à sua terra natal. Entre abraços e beijos, a presença dos amores. Reencontro feliz.
Do outro lado da matrix, em expansão de consciência, temos observado pessoas que estão encarceradas, no mesmo modelo usado pela matrix, sem poder sair de lá, destacamos:
Um desses lugares é o túnel de cavalos alados, onde não há trânsito de carros nem de pessoas, apenas um esconderijo usado por seres em litígio que promovem a justiça das mãos, sem nenhum indício de sabedoria, apenas a vingança como argumento. [PÉGASO – 08 de março de 2103]
Tudo era rápido como um piscar de olhos. De repente, estávamos num lugar subterrâneo e presenciamos cenas conhecidas de nossa memória: pessoas estavam confinadas naquele recinto, embora se sentissem conformadas. Uma gentil senhora cumprimentou um amigo nosso que estava à nossa frente e, em seguida, chamou-nos carinhosamente pelo nome, identificando o passado espiritual. [PÉGASO II – 16 de março de 2103].
Passou perto de mim, um ser que possuía a cabeça quadrada e quadrado era o seu tronco, as pernas bem curtas, na virada do corpo fez um gesto que somente as mulheres fazem, calçando sapato alto, era sim, uma mulher, indiquei-lhe o caminho para o banheiro, mas ela não quis saber e continuou a descer uns degraus abaixo do nível em que estávamos. [PÉGASO III – 22 de agosto de 2103].
Chamou-me pelo nome e sabia quem eu era na Terra: um escriba. Havia nela uma conformação do estado em que se encontrava: adormecido de sua realidade espiritual. [Idem, idem].
Por último, transcrevemos textos contidos na crônica PÉGASO XII – 13 de agosto de 2014, a seguir: 
Segui a pé em direção a uma vereda que estava numa região de araucárias, bastante conhecida na região Sul do Brasil. Deparei com uma cena que me chamou a atenção: uma gentil donzela estava sendo conduzida por duas mulheres servis que estavam obedecendo à patroa, mãe da moça que tinha aspectos de sofrimento e de revolta.
Ela estava amarrada no pescoço por uma canga, no interior do Brasil, muito utilizada em parelha de bois por fazendeiros para conduzir o carro-de-boi. A canga tem o significado de pertença, dominação e não apenas uma saída de praia.
A patroa, de cabelos em caracóis, chegou perto de mim e disse: eu não gosto de escritor, você é presidente de entidade cultural, não gosto nada disso. Olhou para a moça e me disse: deixa isso comigo. A pequena comitiva de escravidão seguiu pelo mato adentro e continuei o meu caminho.
No plano astral, a relação de parentesco se dissipa se não houver algo que os une, pois os interesses da matéria não conseguem ter uma transcendência maior. Os conflitos gerados na matrix continuam do outro lado da matrix. A morte não elimina os liames coercitivos, presos no plano material a prisão continua no astral.

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