A SEDUÇÃO
Na mitologia grega,
Eros se juntou a Psichê e gerou Luxúria. Não é apenas essa união de Eros e
Psichê que a humanidade faz recrudescer. O mito de Prometeu está presente em
tudo e ensejou a falsificação de todos os sistemas sociais.
Daí nasceu uma sociedade do medo.
O medo é do ego, o ego é complicado e não admite simplicidade.
O orgasmo sexual tem conexão com
o chacra mais poderoso que existe, por ser o chacra ligado à reprodução humana.
É importante o orgasmo sexual, como é importante o intase (ausência de ilusões)
e o êxtase, que é a prova do que temos, neste caso, sem dúvida colocando-se no
nível mais elevado de consciência do que o orgasmo.
O êxtase ultrapassa o campo
mental, esse campo onde o homem divide, separa, discrimina, se contradiz e se complica
por critica e julgamento.
O êxtase nos dá o Samadhi e nos
liberta dos engramas que ficaram no passado. A consciência do ser etéreo já é o
êxtase que chega em ascensão ao todo, onde tudo ser interliga. Pois, na
verdade, todos somos um.
A busca de uma aproximação
amorosa entre os casais, geralmente, é antecipada pela sedução. O desejo,
fluindo como expressão de conquista, não revela as necessidades reais que estão
guardadas no íntimo de cada um.
Nesses casos, a vontade pessoal
de realizar os sonhos, que têm ligação com a realidade tangível, deve
prevalecer sobre os desejos de situações superficialmente conhecidas.
Muitas vezes, o conquistador
abandona a conquista tão logo a obtém, simplesmente porque ela não corresponde
à sua vontade que desvenda uma realidade contrária aos sonhos que idealizou.
Essas situações existem porque o
homem comum está envolvido com os planos físico, emocional e mental. Se ele
conseguisse fazer o alinhamento desses níveis ao centro de sua essência,
elevaria o seu grau de consciência e teria visão de suas verdadeiras
necessidades.
Enquanto isto não ocorrer, a
avalanche de paixões e frustrações se desencadeará em círculos sucessivos, até que
haja o desgaste de suas buscas.
Mesmo cansado e vencido, é
preciso que o homem se erga e se comprometa a colaborar com a sua evolução que
começa no conhecimento de si mesmo.
Quando o envolvimento amoroso tem
apenas a curiosidade de conhecer alguém, pode resvalar para o terreno da
leviandade, causando sérios prejuízos para quem usou a sedução como arma de
conquista.
No banquete de Sócrates, na Antiguidade,
ele buscou a apreciação de seus discípulos acerca do amor. Todos eles se
referiam a este sentimento essencialmente no nível emocional.
O Mestre da civilização grega
estabeleceu, naquela oportunidade, que ‘‘aquele que ama está divinizado’’, pois
é o primeiro a reconhecer na pessoa amada a presença divina. Quem não conhece a
expressão: minha deusa, referindo-se à mulher amada?
No salto quântico empreendido em
que surge a quinta dimensão associada já não existe o desejo.
No entanto, aqueles que ainda
mourejam nos caminhos da terceira dimensão, em direção desse salto, a vontade
que sentem, diante dos variados campos sociais, deve ser dirigida partindo do
núcleo do ser ao nível tridimensional, buscando em outra dimensão ampliar seus
conhecimentos, a fim de aquilo que buscam tenha uma conotação de perenidade.
Não podemos avaliar o grau de
envolvimento nas relações humanas, por que a maioria delas está vinculada a
compromissos a serem cumpridos, mesmo que haja apenas um olhar, um gesto ou
carinhos que podem levar à sedução, pois nada no Universo fica incompleto, na
opinião do poeta indiano, Tagore, amado e traduzido, aqui no Brasil por Cecília
Meireles.
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