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sexta-feira, 29 de junho de 2012

A SEDUÇÃO

Na mitologia grega, Eros se juntou a Psichê e gerou Luxúria. Não é apenas essa união de Eros e Psichê que a humanidade faz recrudescer. O mito de Prometeu está presente em tudo e ensejou a falsificação de todos os sistemas sociais.
Daí nasceu uma sociedade do medo. O medo é do ego, o ego é complicado e não admite simplicidade.
O orgasmo sexual tem conexão com o chacra mais poderoso que existe, por ser o chacra ligado à reprodução humana. É importante o orgasmo sexual, como é importante o intase (ausência de ilusões) e o êxtase, que é a prova do que temos, neste caso, sem dúvida colocando-se no nível mais elevado de consciência do que o orgasmo.
O êxtase ultrapassa o campo mental, esse campo onde o homem divide, separa, discrimina, se contradiz e se complica por critica e julgamento.
O êxtase nos dá o Samadhi e nos liberta dos engramas que ficaram no passado. A consciência do ser etéreo já é o êxtase que chega em ascensão ao todo, onde tudo ser interliga. Pois, na verdade, todos somos um.
A busca de uma aproximação amorosa entre os casais, geralmente, é antecipada pela sedução. O desejo, fluindo como expressão de conquista, não revela as necessidades reais que estão guardadas no íntimo de cada um.
Nesses casos, a vontade pessoal de realizar os sonhos, que têm ligação com a realidade tangível, deve prevalecer sobre os desejos de situações superficialmente conhecidas.
Muitas vezes, o conquistador abandona a conquista tão logo a obtém, simplesmente porque ela não corresponde à sua vontade que desvenda uma realidade contrária aos sonhos que idealizou.
Essas situações existem porque o homem comum está envolvido com os planos físico, emocional e mental. Se ele conseguisse fazer o alinhamento desses níveis ao centro de sua essência, elevaria o seu grau de consciência e teria visão de suas verdadeiras necessidades.
Enquanto isto não ocorrer, a avalanche de paixões e frustrações se desencadeará em círculos sucessivos, até que haja o desgaste de suas buscas.
Mesmo cansado e vencido, é preciso que o homem se erga e se comprometa a colaborar com a sua evolução que começa no conhecimento de si mesmo.
Quando o envolvimento amoroso tem apenas a curiosidade de conhecer alguém, pode resvalar para o terreno da leviandade, causando sérios prejuízos para quem usou a sedução como arma de conquista.
No banquete de Sócrates, na Antiguidade, ele buscou a apreciação de seus discípulos acerca do amor. Todos eles se referiam a este sentimento essencialmente no nível emocional.
O Mestre da civilização grega estabeleceu, naquela oportunidade, que ‘‘aquele que ama está divinizado’’, pois é o primeiro a reconhecer na pessoa amada a presença divina. Quem não conhece a expressão: minha deusa, referindo-se à mulher amada?
No salto quântico empreendido em que surge a quinta dimensão associada já não existe o desejo.
No entanto, aqueles que ainda mourejam nos caminhos da terceira dimensão, em direção desse salto, a vontade que sentem, diante dos variados campos sociais, deve ser dirigida partindo do núcleo do ser ao nível tridimensional, buscando em outra dimensão ampliar seus conhecimentos, a fim de aquilo que buscam tenha uma conotação de perenidade.
Não podemos avaliar o grau de envolvimento nas relações humanas, por que a maioria delas está vinculada a compromissos a serem cumpridos, mesmo que haja apenas um olhar, um gesto ou carinhos que podem levar à sedução, pois nada no Universo fica incompleto, na opinião do poeta indiano, Tagore, amado e traduzido, aqui no Brasil por Cecília Meireles.
Blog Fernando Pinheiro, escritor    
      Site 
www.fernandopinheirobb.com.br
 

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