Páginas

quinta-feira, 24 de abril de 2014

VERTENTE LIBERTADORA

A separação dos corpos, entre os casais, existe no plano mental e no plano físico e está dentro do Princípio da Incerteza, de Heisenberg, conforme abordamos na crônica ANÉIS SOLTOS NOS DEDOS – Blog Fernando Pinheiro, escritor – 29 de março de 2014. Vale assinalar os quatro primeiros parágrafos da referida crônica:
No Princípio da Incerteza, de Heisenberg, há restrições à precisão em medidas simultâneas, pois não pode haver a posição da partícula e a velocidade ao mesmo tempo, esse princípio está imantado não apenas no mapeamento das partículas elementares do átomo, como também entre duas pessoas em convivência amorosa, pois todos nós somos constituídos de átomos.
O Princípio da Incerteza, de Heisenberg, está presente em todos os relacionamentos difíceis da atualidade e isto evidencia a complicação, a dificuldade dos casais em se manter unidos. A elucidação do Prof. Hélio Couto é oportuna: “você tem a posição diferente do momentum, isto é, uma pessoa está na posição e a outra está no momentum, ela tem velocidade.”
Quando se inicia a aproximação, uma delas está parada porque está receptiva ao encontro, a outra tem momentum e prossegue em velocidade. A que está parada é mais romântica, sonhadora e até desligada dos problemas materiais que é importante na discussão dos casais, afinal não há almoço grátis.
Há mais ou menos uma afinidade pelo interesse da atração, geralmente é sexo, dinheiro, prestígio, estabilidade, e assim não há muitos questionamentos a serem debatidos nos primeiros encontros que buscam uma lua-de-mel. Se procurar a lua-de-mel com brigas e desavenças, assim não vai dar certo.
Na vivência do casal, em separação de corpos, há pontos primordiais na observância da realidade em que vivem. Assim como as pessoas não querem perder o status em que vivem dentro de um paradigma representativo dos valores que foram cultivados durante toda a sua vida, assim também as pessoas, nessa condição matrimonial, não arriscam perder aquilo que conquistaram.
Não é apenas os bens materiais é também o conforto emocional que recebem de quem lhe dedicou tantos anos de vida, dentro de uma família vista pela sociedade, afinal esses valores representativos desse paradigma ainda permanecem em vigor.
Mesmo assim, sonham com a felicidade permanente e interminável, até mesmo com aquilo que desconhecem, esses sonhos são sonhos de alma, porque a personalidade, o ego, apenas vê o que está no plano mental e se arrastam em situações que lhe cerceiam os melhores sonhos: casamento, apelo religioso, sistema de governo, sistema econômico, onde tudo isto é caracterizado, nessas circunstâncias, pela separatividade e competitividade.
O escriba Mateus, que conheceu a luz crística, escreveu em pergaminho: “quem achar a sua vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á [Mateus, 10:39]. Elucidamos que “por amor de mim” refere-se à luz crística e não ao escriba. Refere-se também ao ser profundo, que todos nós somos, que se liga à fonte. Ele também quis dizer “quem achar a sua vida perdê-la-á”, refere-se unicamente ao paradigma.
Hoje a Física Quântica revigora a aplicação do átomo, matéria-prima da parafernália de inventos empregada na vida moderna: internet, observatórios e sondas espaciais, no ano que vem estará em Vênus, telefone celular, passe livre de metrô, cartão eletrônico do Banco do Brasil, e recrudesce o exemplo de Santa Teresa, nas páginas da obra Teresa de Ávila, o Êxtase da Muralha, de Max Carphentier, membro da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil e da Academia Amazonense de Letras e ainda do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.
A Física Quântica ressalta principalmente a ressonância magnética onde os pensamentos, por ser energia, fluem imantados de átomos mudando panoramas íntimos das pessoas nos lares onde se encontram os amores em reajustes. Há auxílios terrenos e celestiais, mediante apometria, assim como fez Teresa de Ávila em seus êxtases fluindo em fontes límpidas.
Quando nos oferecemos de todo o coração para caminhar juntos e dizendo à ciranda de mulher sinta-se amada, obrigado pela receptividade, há reservas na apreciação, pois os engramas do passado recrudescem: homem é tudo igual. Não são todas as mulheres que falam assim.
O que vamos fazer? Ajudamos somente se formos solicitados, não precisam nos pedir, o ego nunca perde quanto mais pedir. Nesse contexto seus pensamentos já revelam a realidade em que vivem. Esta é a vertente libertadora.

Nenhum comentário:

Postar um comentário