A separação dos
corpos, entre os casais, existe no plano mental e no plano físico e está dentro
do Princípio da Incerteza, de Heisenberg, conforme abordamos na crônica ANÉIS
SOLTOS NOS DEDOS – Blog Fernando Pinheiro, escritor – 29 de março de 2014. Vale
assinalar os quatro primeiros parágrafos da referida crônica:
No Princípio
da Incerteza, de Heisenberg, há restrições à precisão em medidas simultâneas,
pois não pode haver a posição da partícula e a velocidade ao mesmo tempo, esse
princípio está imantado não apenas no mapeamento das partículas elementares do
átomo, como também entre duas pessoas em convivência amorosa, pois todos nós
somos constituídos de átomos.
O Princípio da
Incerteza, de Heisenberg, está presente em todos os relacionamentos difíceis da
atualidade e isto evidencia a complicação, a dificuldade dos casais em se
manter unidos. A elucidação do Prof. Hélio Couto é oportuna: “você tem a
posição diferente do momentum, isto é, uma pessoa está na posição e a outra
está no momentum, ela tem velocidade.”
Quando se
inicia a aproximação, uma delas está parada porque está receptiva ao encontro,
a outra tem momentum e prossegue em velocidade. A que está parada é mais
romântica, sonhadora e até desligada dos problemas materiais que é importante
na discussão dos casais, afinal não há almoço grátis.
Há mais ou
menos uma afinidade pelo interesse da atração, geralmente é sexo, dinheiro,
prestígio, estabilidade, e assim não há muitos questionamentos a serem
debatidos nos primeiros encontros que buscam uma lua-de-mel. Se procurar a
lua-de-mel com brigas e desavenças, assim não vai dar certo.
Na vivência do
casal, em separação de corpos, há pontos primordiais na observância da
realidade em que vivem. Assim como as pessoas não querem perder o status em que
vivem dentro de um paradigma representativo dos valores que foram cultivados
durante toda a sua vida, assim também as pessoas, nessa condição matrimonial,
não arriscam perder aquilo que conquistaram.
Não é apenas
os bens materiais é também o conforto emocional que recebem de quem lhe dedicou
tantos anos de vida, dentro de uma família vista pela sociedade, afinal esses
valores representativos desse paradigma ainda permanecem em vigor.
Mesmo assim,
sonham com a felicidade permanente e interminável, até mesmo com aquilo que
desconhecem, esses sonhos são sonhos de alma, porque a personalidade, o ego,
apenas vê o que está no plano mental e se arrastam em situações que lhe
cerceiam os melhores sonhos: casamento, apelo religioso, sistema de governo,
sistema econômico, onde tudo isto é caracterizado, nessas circunstâncias, pela
separatividade e competitividade.
O escriba
Mateus, que conheceu a luz crística, escreveu em pergaminho: “quem achar a sua
vida perdê-la-á, e quem perder a sua vida, por amor de mim, achá-la-á [Mateus,
10:39]. Elucidamos que “por amor de mim” refere-se à luz crística e não ao
escriba. Refere-se também ao ser profundo, que todos nós somos, que se liga à
fonte. Ele também quis dizer “quem achar a sua vida perdê-la-á”, refere-se
unicamente ao paradigma.
Hoje a Física
Quântica revigora a aplicação do átomo, matéria-prima da parafernália de
inventos empregada na vida moderna: internet, observatórios e sondas espaciais,
no ano que vem estará em Vênus, telefone celular, passe livre de metrô, cartão
eletrônico do Banco do Brasil, e recrudesce o exemplo de Santa Teresa, nas
páginas da obra Teresa de Ávila, o Êxtase da Muralha, de Max Carphentier,
membro da Academia de Letras dos Funcionários do Banco do Brasil e da Academia
Amazonense de Letras e ainda do Instituto Geográfico e Histórico do Amazonas.
A Física
Quântica ressalta principalmente a ressonância magnética onde os pensamentos,
por ser energia, fluem imantados de átomos mudando panoramas íntimos das
pessoas nos lares onde se encontram os amores em reajustes. Há auxílios
terrenos e celestiais, mediante apometria, assim como fez Teresa de Ávila em
seus êxtases fluindo em fontes límpidas.
Quando nos
oferecemos de todo o coração para caminhar juntos e dizendo à ciranda de mulher
sinta-se amada, obrigado pela receptividade, há reservas na apreciação, pois os
engramas do passado recrudescem: homem é tudo igual. Não são todas as mulheres
que falam assim.
O que vamos
fazer? Ajudamos somente se formos solicitados, não precisam nos pedir, o ego
nunca perde quanto mais pedir. Nesse contexto seus pensamentos já revelam a
realidade em que vivem. Esta é a vertente libertadora.
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