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domingo, 6 de abril de 2014

NA BERLINDA

O pensamento é tudo e cria a beleza que imaginamos existir, de fato, mesmo que não esteja no momento ao nosso alcance, mas que passa a figurar em nossa vida, assim pensou-se, criou-se. O futuro nasce do presente, como é sabido, mas pode criar o presente, invertendo a ordem conhecida dentro do vácuo quântico, onde tudo tem origem.
No Brasil existem mais de cinco milhões de portadores de doenças mentais graves e a cada dia esse número vai aumentando. Os antidepressivos são consumidos em grande escala, sem que haja os benefícios alcançados, donde se presume que não curam, apenas causam dependência química.
O uso contínuo e prolongado de medicação leva o paciente à condição de zumbi (termo médico-psiquiatra). A indústria farmacêutica investe pesado nesse grande mercado consumidor e ainda espera que as autoridades sanitárias lhe dê mais espaço para expandir seus produtos.
Em muitos lugares dos Estados Unidos a prescrição médica de maconha é amparada por lei, mas não há espaço para a pesquisa de seus efeitos por pesquisadores, o que coloca na berlinda o uso dessa droga ora abusiva ora permitida e essa indústria da morte, envolvendo bilhões de dólares, não quer perder espaço.
Pedindo o fim do banimento de pesquisas com drogas pelos editores da coluna Ciência em Pauta da Revista Scientific American, edição Brasil – março/2014, verifica-se a incerteza de resultados benéficos: “Está na hora de liberar cientistas para verificarem se o LSD, a maconha e o ecstasy podem aliviar distúrbios psiquiátricos.”
Salientamos que o pensamento é o principal meio para que o paciente se reabilite com a mudança de paisagens íntimas que possam lhe fazer saudáveis e dispostos a tocar suas vidas pela frente. Anular a terapia para deixar a exclusividade no uso de remédios com o objetivo de estimular os neurotransmissores é caminhar para o desastre no consultório de psiquiatria. A internação em clínicas particulares ou em casa usando os serviços de Home Care é a única saída.
Mas a imensa maioria de doentes mentais por não possuir dinheiro para pagar clínicas particulares ou prestadoras de serviços - Home Care - e ainda na ausência de hospitais públicos destinados a internação por longo período de tempo desses pacientes, fica mesmo dentro de suas casas ou em casas de familiares.
Em todos esses recintos existe sempre o risco de suicídio, o que leva a intranquilidade de seus familiares que podem ser acusados de homicídio pela polícia, e quando o suicida é transferido para o outro lado da matrix todas as mazelas, dores, sofrimentos que possuíam antes ressurgem, com o agrave de estar nas mãos de seus obsessores.
Na frequência de ondas em que seus pensamentos fluem todos eles são vampirizados por seres do mundo astral inferior que estão interligados na mesma frequência de onda, olhem aí a ressonância magnética funcionando, pois esses vampiros humanoides precisam se alimentar e sugam todas as energias que os suicidas tinham antes de morrer.
Nesse devorar de suas últimas forças, conhecidas como energias vitais, não sobra nada, apenas a centelha imortal que em estado deplorável, no meio das trevas, irá precisar, no decorrer de tempo incomensurável, de um corpo físico, também deplorável, pelas marcas deixadas em seu corpo astral ou perispírito, destinado ao reajuste e resgate necessários.
A Terra, em plena atividade da separação do joio e do trigo, está ascendendo a um patamar de consciência planetária uma oitava acima da anterior, não apresentará mais nenhuma condição favorável para que haja o retorno de quem partiu em condições que são incompatíveis com a nova dimensão de consciência planetária.
Nos mundos afins para onde são sugadas por imantação própria do ambiente, essas centelhas eternas, dentro das sombras, tem amargo viver, no decorrer do tempo que lhes parecerá eterno, pois ao despertar se defrontarão com a realidade que elas mesmas buscaram quando estavam revestidas de indumentária carnal e as mesmas dores que sentiam recrudescem ainda mais.
Os pacientes de doença mental, os profissionais de saúde, os familiares e amigos que lhe prestam assistência todos estão na berlinda.
Vale salientar que no 6º Congresso Brasileiro de Ciências Sociais em Saúde realizado, realizado entre 13 e 17 de novembro de 2013, na UERJ – Universidade do Estado do Rio de Janeiro, emergiu o debate sobre transtornos e sintomas, tendo como ponto de referência a controvérsia da 5ª edição do DSM-V – Manual Diagnóstico de Transtornos Mentais elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria.
A propósito, a Revista RADIS – Comunicação e Saúde – fevereiro/2014 - FIOCRUZ - Fundação Oswaldo Cruz salienta: “Para muitos estudiosos, o manual continua reproduzindo um modelo de atenção psiquiátrico de viés biológico e normatizador que traz como consequência a medicalização excessiva”.
Na ocasião, Laurence Kirmayer, pesquisador da Universidade de McGill, Canadá, declarou que o manual DSM-V abrange síndromes e sintomas clínicos e não incluem as interações pessoais e os processos subjetivos, como foi prometido na atualização de maio de 2013.
A propósito, transcrevemos textos de nossa crônica MEDICAÇÕES – 28 de julho de 2013, constantes do blog Fernando Pinheiro, escritor, in verbis:
A influência de laboratórios farmacêuticos na formação de médicos psiquiatras acarreta sérios problemas quando já não há mais critérios de avaliação sob a influência do mercado de expansão, embora controlados por agências reguladoras.
Vale assinalar os números apresentados pela Gazeta do Povo: R$ 1,85 bilhão arrecadado, nos idos de 2012, na venda de 42,3 milhões de caixas de medicamentos antidepressivos. Ressalta a Gazeta que o aumento do número das prescrições de remédios tem colocado em alerta especialistas e entidades, pois está evidenciada a hipermedicalização de pacientes.
Acrescenta ainda a Gazeta do Povo, mencionando a opinião de um psiquiatra:
“Temos que deixar mais afinado o diagnóstico e propor a medicação só quando o paciente efetivamente precisar. É preciso, principalmente, conhecer a história da pessoa, entender como surgiu esse problema, o que ele está sentindo, o que ele pretende. E essas são questões que somente uma conversa técnica e afetiva vai esclarecer”, defende o médico psiquiatra Osmar Ratzke.”
As crônicas do blog Fernando Pinheiro, escritor, retratam a beleza superior à matéria, a partir da transição planetária que está sendo acompanhada de perto por nós, em diversas manifestações, naturalmente são abordados os assuntos relativos à saúde pública.
A nossa medicação é a prece, confiante em nossa realização, pois isto remove as sombras que se estabelecem a caminho do corpo físico onde a doença aparece. É um princípio helênico: “mens sans in corpore sano”. As paisagens íntimas refletem em nosso aspecto exterior.

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