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sexta-feira, 22 de agosto de 2014

COMPETITIVIDADE

A densa consciência dissociada está indo embora do planeta Terra com a chegada da mudança de paradigma que os simples e humildes estão implantando, sem alarde, apenas com o pensamento voltado ao coração, símbolo do nosso ser profundo.
O paradigma da maioria da população mundial traz o predomínio da separatividade e competitividade. O modelo econômico vigente teve em sua estrutura essas duas características que contêm o sentido filosófico da obra de Adam Smith. No entanto, como dissemos na crônica UMA MENTE BRILHANTE – 18 de março de 2014, no blog Fernando Pinheiro, escritor, esse modelo econômico foi contestado por John Nash, Prêmio Nobel de Economia de 1994, vejamos a nossa apreciação em 4 parágrafos:
Lançada nos idos de 1776 a obra A Riqueza das Nações, de Adam Smith, continua sendo o principal pilar onde todas as estruturas econômicas e sociais se baseiam. Nela existe a metáfora da mão invisível que relata que todos poderiam fazer o que bem entendessem e no final a mão invisível resolveria tudo.
Hoje, decorridos 238 anos, são poucos os que questionam essa metáfora do liberalismo e do individualismo onde o mercado e as relações sociais funcionam nesse sentido. Isto contraria o sentido gregário dos animais e das aves que está presente no reino animal.
É claro que a teoria de Adam Smith não resolveu a situação do mundo onde poucos ganham muito e muitos ganham pouco, sendo que 2 bilhões, do total de 7 bilhões de habitantes do planeta Terra, atualmente, ganham trabalhando, cada um, apenas 2 dólares por dia (R$ 4,86 ou £ 1,24). E como fica a situação dos que pretendem ter as condições básicas para sobreviver: moradia, alimentação, transporte, criação dos filhos? Assim, a metáfora da mão invisível não funciona para todos.
Os livros sobre História da Economia não são lidos por grande público e os economistas não conhecem John Nash, somente vem a estudá-lo nos cursos de pós-graduação em decorrência do pouco interesse do status quo, o atual paradigma revelando a competitividade e a separatividade da consciência planetária.
Como exemplo da consciência dissociada do planeta, vemos que o governo dos países mais desenvolvidos da Terra está comprometido com os grupos que o elegeram e, não consegue levar a todos os seus habitantes uma consciência planetária unificada.
No caso Brasil, em clima de campanha às margens do Rio Tucunduba, na cidade de Belém–PA, em 21/08/2014, Luciana Genro (PSOL), percebeu o paradigma e enfatizou: "Quem diz que vai governar para todos acaba governando para os mesmos de sempre, para as elites, para os banqueiros, para os grandes financiadores das campanhas e para o mercado financeiro”. Ela obteve 1,6 milhão de votos para presidente da República.
Acolhida como um marco de aceitação há muitos milênios, a competitividade chega-nos com um argumento do médico Miguel Jorge, professor associado de psiquiatria da Unifesp, manifestado no R7 Notícias – 18/8/2014 que aborda o crescimento no Brasil de mortes por depressão e suicídio: “fatores externos da vida atual, como o estresse e a grande competitividade profissional, podem favorecer o aparecimento da doença.”
Temos abordado sempre para não darmos peso e referência à dificuldade que impossibilita o nosso crescimento interior e citamos o filósofo Friedrich Nietzsche: “Se tu olhares, durante muito tempo, para um abismo, o abismo também olha para dentro de ti.”
Quantas pessoas passam o tempo olhando para a televisão e outros meios de comunicação observando e se impregnando da densa frequência de onda de que são revestidas as notícias de desencantos! Isto também tem relação com os engramas do passado, onde as pessoas não conseguem se desvincular. O apego aprisiona e o desprendimento liberta.
Ainda sobre o R7 Notícias, na referida reportagem, comenta que, com a chegada das doenças crônicas incuráveis, a morte de pessoas da família e a frustração de não poder continuar realizando tarefas que vinham exercendo, quando estavam em atividade profissional, são fatores de riscos da depressão e do suicídio que tem aumentado muito no Brasil, nos últimos 16 anos [705% – levantamento de dados do Datasus divulgados pelo jornal O Estado de S.Paulo].
A competitividade é completamente contrária ao sentido gregário que os animais, aves, répteis, peixes, crustáceos, possuem. Vejamos o trabalho das abelhas, o voo das aves ao entardecer buscando os ninhos, o pulo do gato ou do cachorro em cima do dono, o nado dos golfinhos que revela a captação de frequência de onda em hertz, superior, muito superior à capacidade do homem em perceber o que se passa ao seu redor.

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