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quinta-feira, 14 de agosto de 2014

PÉGASO (XIV)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A narrativa de hoje é pertinente ao entorpecimento da consciência ou segunda morte que está indo embora do planeta Terra no bojo da separação do joio e do trigo, com a ascensão à quinta dimensão unificada, a nova consciência planetária vivenciada atualmente por 1,3 bilhão de pessoas, número que cresce a cada dia mais.
Estávamos em cima de um penhasco de grande altitude, mais ou menos da altura do morro do Pão de Açúcar na cidade do Rio de Janeiro, não é necessário dizer o nome do local que pode ter ocorrido no plano físico ou astral, quando passou correndo pela nossa frente uma mulher desesperada que se jogou no mar.
Em seguida, direcionamos em sua direção, no meio do trajeto, vimos num relance uma luz que era a própria luz que se projetava de nós, não éramos o dono dessa luz, estávamos juntos, sem separação, a luz que vimos e a luz de nosso ser, numa espécie de duas presenças, numa só presença, sem separação alguma.
E junto de nós corria paralela outra luz, que não tinha identificação, como a auxiliar-nos nessa experiência de salvar quem passou por nós em desespero. O que nos revestia era a fé, a confiança no todo que, naquele momento, fazíamos parte.
O corpo da mulher mergulhou vários metros na água do mar e acompanhamos juntos esse mergulhar, mesmo com aquele instante em que paramos para ver a luz que participamos, o nosso trajeto foi capaz de estar junto à mulher e prestar-lhe o socorro.
Ela ao nos ver, empurrou-nos com um braço mas sem força para nos afastar e desfaleceu. Nessa projeção de luz, a fez despertar. É necessário dizer que não havia nenhum gesto que implicasse a vontade alheia ser dominada por nós, estávamos, eu e a luz paralela ao nosso lado, atentos à vontade da mulher. A luz que nos acompanhava era inteligente, como toda luz é inteligente dentro do princípio quântico.
Sem a nossa presença, seria algo desastroso, por causa da consciência que estava ofuscada pelos pensamentos de desespero que ela tinha. A segunda morte, como também é conhecida, ocorre até mesmo antes da morte física, normalmente acontece após a morte cerebral.
No plano físico, onde predomina a materialidade, o interesse das pessoas envolvidas por laços consanguíneos ou afetivos iria nos perguntar: ela morreu? Não nos cabe definir o acidente em termos materiais. A nossa narrativa, como dissemos, é sobre o entorpecimento da consciência.
A literatura sobre o umbral inferior é bastante vasta e já foi tema de filmes, teatro e da cena lírica. Comumente, dependendo da situação de quem cometeu essa tragédia, a situação se alonga por muito tempo jugulando a pessoa ao entorpecimento e quando vem a despertar, num tempo em que não podemos precisar, a memória dela vem à tona e registra os momentos em que ocorreu o desespero.
Há casos em que a perda é muito grande, não falamos apenas do corpo físico, perde-se quase tudo, os corpos astrais, ficando apenas a mônada e, para recompor o que foi perdido, necessário ganhar outro corpo físico, em outra oportunidade, em outra situação que acompanhe todos os elementos que a pessoa fez parte e conviveu.
A consciência está em tudo, a pessoa, elemento-célula, pode desaparecer, mas a pessoa, elemento-onda, nunca desaparece, pois existe uma única onda, assim como tudo é energia e a energia não desaparece do universo.
O corpo físico é, portanto, uma esponja onde os detritos astrais são eliminados pela postura de novas atitudes que recompõe o campo astral onde está inserido quem foi protagonista, lembrando que a descoberta da física quântica de que somos co-criadores não se aplica apenas no campo físico, se estende em todos os planos que a vida irá nos dar.
É bom salientar que o colapso da função de onda se aplica apenas no plano físico, após a morte física vive-se apenas de resultados. No entanto, quem superou a segunda morte, pela consciência ascensionada e livre, resplandecerá na luz, não mais sujeito à roda giratória de corpos em reciclagem expiatória.
Não nos coube identificar a mulher que se atirou desesperada no mar nem qual a situação em que ela se encontra agora. O que permanece é a nossa presença sentindo a presença, na conexão com o todo, pois o todo é um só, como uma gota d´água mergulhada no oceano onde passa a ser oceano.

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