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quarta-feira, 13 de agosto de 2014

PÉGASO (XIII)



Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
O fluxo da corrente oceânica impulsionava as águas como se fosse uma correnteza de rio, fluindo em direção ao extenso litoral, quando percebi, estava em mergulho no oceano seguindo ao sabor das ondas. Era um oceano astral, não aquele mencionado no parágrafo inicial da crônica A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA – 21 de novembro de 2012, transcrito abaixo:
No momento em que o sistema solar, que envolve a Terra, está mergulhado no grande oceano astral, a denominada camada de fótons de Alcíone, uma das 7 Plêiades da constelação de Touro, no périplo que se completa nos idos de 2012, segundo a previsão dos cientistas, com a permanência de 2.000 anos, nesse anel ou cinturão de Alcíone, ou ainda a onda galáctica, evidenciando a transição planetária, é necessário refletirmos sobre a realidade em que vivemos.
Ao largo do litoral, notei pessoas que estavam mergulhadas no oceano seguindo ao sabor da onda que tinha uma direção não para a praia mas para o litoral sul. Elas seguiam no percurso semelhante ao trajeto Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, ao balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Ao perceber a longa distância que estava me separando do local onde mergulhei, resolvi voltar. Saí da água e entrei numa estrada asfaltada onde havia árvores na encosta, era noite de lua cheia com o encantamento que senti no ar. Um ônibus de luxo surgiu em minha frente e pude ver o motorista todo compenetrado ao dirigir.
Quatro pessoas, numa distância de 20 metros à minha frente, fizeram um sinal de carona ao motorista, ele diminuiu a marcha e parou em frente delas, eu vi o ônibus parado e me dirigi para aproveitar a carona. O motorista observou que eu estava decidindo entrar, em milésimos de segundo, e arrancou o veículo na trajetória em curso.
Isto foi muito importante na minha observação no plano astral. Não pode haver um mínimo de hesitação, mesmo que seja em milésimo de segundo ou minuto, naquilo que pretendemos fazer. A fé, a confiança na vida, é tudo que é necessário para fazermos qualquer coisa: viajar como passageiro, tripulante ou voar em espaços sem auxílio de aeronave.
Segui a pé em direção a uma vereda que estava numa região de araucárias, bastante conhecida na região Sul do Brasil. Deparei com uma cena que me chamou a atenção: uma gentil donzela estava sendo conduzida por duas mulheres servis que estavam obedecendo à patroa, mãe da moça que tinha aspectos de sofrimento e de revolta.
Ela estava amarrada no pescoço por uma canga, no interior do Brasil, muito utilizada em parelha de bois por fazendeiros para conduzir o carro-de-boi. A canga tem o significado de pertença, dominação e não apenas uma saída de praia.
A patroa, de cabelos em caracóis, chegou perto de mim e disse: eu não gosto de escritor, você é presidente de entidade cultural, não gosto nada disso. Olhou para a moça e me disse: deixa isso comigo. A pequena comitiva de escravidão seguiu pelo mato adentro e continuei o meu caminho.
No plano astral, a relação de parentesco se dissipa se não houver algo que os une, pois os interesses da matéria não conseguem ter uma transcendência maior. Os conflitos gerados na matrix continuam do outro lado da matrix. A morte não elimina os liames coercitivos, presos no plano material a prisão continua no astral.

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