Ao dar
prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos,
constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo
astral:
A ideia
ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu
bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e
elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é
um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se
modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento
plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza
original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas
andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação
da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços
além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse
espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação
das formas almejadas.
O fluxo da
corrente oceânica impulsionava as águas como se fosse uma correnteza de rio,
fluindo em direção ao extenso litoral, quando percebi, estava em mergulho no
oceano seguindo ao sabor das ondas. Era um oceano astral, não aquele mencionado
no parágrafo inicial da crônica A TRANSIÇÃO PLANETÁRIA – 21 de novembro de
2012, transcrito abaixo:
No momento em
que o sistema solar, que envolve a Terra, está mergulhado no grande oceano
astral, a denominada camada de fótons de Alcíone, uma das 7 Plêiades da
constelação de Touro, no périplo que se completa nos idos de 2012, segundo a
previsão dos cientistas, com a permanência de 2.000 anos, nesse anel ou
cinturão de Alcíone, ou ainda a onda galáctica, evidenciando a transição
planetária, é necessário refletirmos sobre a realidade em que vivemos.
Ao largo do
litoral, notei pessoas que estavam mergulhadas no oceano seguindo ao sabor da
onda que tinha uma direção não para a praia mas para o litoral sul. Elas
seguiam no percurso semelhante ao trajeto Copacabana, na cidade do Rio de
Janeiro, ao balneário Camboriú, em Santa Catarina.
Ao perceber a
longa distância que estava me separando do local onde mergulhei, resolvi
voltar. Saí da água e entrei numa estrada asfaltada onde havia árvores na
encosta, era noite de lua cheia com o encantamento que senti no ar. Um ônibus
de luxo surgiu em minha frente e pude ver o motorista todo compenetrado ao
dirigir.
Quatro
pessoas, numa distância de 20 metros à minha frente, fizeram um sinal de carona
ao motorista, ele diminuiu a marcha e parou em frente delas, eu vi o ônibus
parado e me dirigi para aproveitar a carona. O motorista observou que eu estava
decidindo entrar, em milésimos de segundo, e arrancou o veículo na trajetória
em curso.
Isto foi muito
importante na minha observação no plano astral. Não pode haver um mínimo de
hesitação, mesmo que seja em milésimo de segundo ou minuto, naquilo que
pretendemos fazer. A fé, a confiança na vida, é tudo que é necessário para
fazermos qualquer coisa: viajar como passageiro, tripulante ou voar em espaços
sem auxílio de aeronave.
Segui a pé em
direção a uma vereda que estava numa região de araucárias, bastante conhecida
na região Sul do Brasil. Deparei com uma cena que me chamou a atenção: uma gentil
donzela estava sendo conduzida por duas mulheres servis que estavam obedecendo
à patroa, mãe da moça que tinha aspectos de sofrimento e de revolta.
Ela estava
amarrada no pescoço por uma canga, no interior do Brasil, muito utilizada em
parelha de bois por fazendeiros para conduzir o carro-de-boi. A canga tem o
significado de pertença, dominação e não apenas uma saída de praia.
A patroa, de
cabelos em caracóis, chegou perto de mim e disse: eu não gosto de escritor,
você é presidente de entidade cultural, não gosto nada disso. Olhou para a moça
e me disse: deixa isso comigo. A pequena comitiva de escravidão seguiu pelo
mato adentro e continuei o meu caminho.
No plano
astral, a relação de parentesco se dissipa se não houver algo que os une, pois
os interesses da matéria não conseguem ter uma transcendência maior. Os
conflitos gerados na matrix continuam do outro lado da matrix. A morte não
elimina os liames coercitivos, presos no plano material a prisão continua no
astral.
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