Ao dar
prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos,
constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo
astral:
A ideia
ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu
bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e
elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é
um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se
modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento
plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza
original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas
andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação
da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços
além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse
espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação
das formas almejadas.
Dentro da mata
erguia-se sobre a rocha uma linda casa, parecia com a Pousada Chalé da
Montanha, de propriedade de Jean Vieira, em Petrópolis – RJ, onde ficamos
hospedados nos idos de 2012, ao ensejo que escrevemos a crônica CÂNTICOS SERRANOS nº 2 – post de 25 de julho
de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor.
Após
avistarmos a casa erguida na rocha, seguimos para dentro da mata onde ficamos
num terreno próximo a um pequeno lago de águas cristalinas, podia-se até beber
dessa água que era saudável, mas não a bebemos, sentíamos confortável ao sentir
a brisa que corria suave entre as árvores.
Era um recanto
agradável, a quietude estava em tudo, andamos para fazer o reconhecimento do
local, subimos a pequena ladeira e avistamos uma pequena queda d´água
escorrendo pela encosta. Se chegássemos perto, iríamos ver uma pequenina
cachoeira própria para um banho de água fresca. Desviamos o olhar da ladeira e
pensamos que seria importante voltar ali para tomar banho com a esposa que não
tinha nenhuma referência à esposa terrestre.
O significado
de esposa tinha uma abrangência muito maior do que se pode supor aqui na Terra,
era algo mais ligado ao casamento celestial do que terreno porque aqui neste
planeta tudo se desfaz na primeira hora do sentido contrário ao nosso. É por
isso que no paraíso muçulmano existem as famosas huriyas de beleza primaveril e
virginal esperando os fiéis seguidores do profeta.
Há um vínculo
que une as pessoas afins, isto transcende a esta dimensão dissociada em que a
maioria da humanidade vive. É muito comum entre os casais, à noite quando
dormem, quem estiver drogado (álcool é droga) ou entorpecido por medicações
lícitas ou ilíticas, o corpo físico deita na cama e o corpo sutil,
empanturrado, fica esparramado no chão e quem estiver em condições favoráveis,
o corpo sutil sai da cama e viaja a lugares aprazíveis onde o deleite se faz
presente.
Mesmo
utilizando remédios de drogarias para obter a saúde física, o corpo sutil
danificado por essas drogas sente-se enfraquecido e muito fragilizado,
necessitando de repouso e de aragens carregadas de sutis propriedades químicas
que somente a natureza oferece.
Quando
estávamos nesse recanto aprazível, sentíamos que tínhamos tudo ao nosso
alcance. A placidez e a quietude das coisas, visíveis e invisíveis. Não nos
faltava nada nem queríamos nada mais, estávamos em plenitude. Como pensamos em
caminhar juntos, pensamos que, quando saíssemos, deveríamos voltar lá para
usufruir dessas blandícias junto à esposa, a esposa do amor eterno.
Ainda não
vivemos no paraíso, nem pensamos nas huriyas que por lá vivem, mas é tempo de
semear as sementes que estão em nossas mãos. Os poetas lavram nessa seara,
imensa e fecunda, criando o destino, esse destino citado por Olegário Mariano
no discurso de posse de recepção ao acadêmico Guilherme de Almeida, na Academia
Brasileira de Letras: “Quis o destino – caprichoso pastor de almas - ...”
A descoberta
da física quântica é menos romântica e mais pragmática: o homem é co-criador,
simplesmente porque o pensamento cria a nossa realidade, enfatizada por Albert
Stein.
Vivenciando o
ser profundo que todos somos, onde só existe a luz, a luz que se conecta com a
fonte, podemos nos identificar com o que somos na realidade e não isso que está
surtido nas dores e nos sofrimentos, acompanhando a imensa caravana, longe do
destino que os poetas sonharam.
Sigamos com
leveza.
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