Páginas

terça-feira, 12 de agosto de 2014

PÉGASO (XII)



Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
Dentro da mata erguia-se sobre a rocha uma linda casa, parecia com a Pousada Chalé da Montanha, de propriedade de Jean Vieira, em Petrópolis – RJ, onde ficamos hospedados nos idos de 2012, ao ensejo que escrevemos a crônica  CÂNTICOS SERRANOS nº 2 – post de 25 de julho de 2012 – blog Fernando Pinheiro, escritor.
Após avistarmos a casa erguida na rocha, seguimos para dentro da mata onde ficamos num terreno próximo a um pequeno lago de águas cristalinas, podia-se até beber dessa água que era saudável, mas não a bebemos, sentíamos confortável ao sentir a brisa que corria suave entre as árvores.
Era um recanto agradável, a quietude estava em tudo, andamos para fazer o reconhecimento do local, subimos a pequena ladeira e avistamos uma pequena queda d´água escorrendo pela encosta. Se chegássemos perto, iríamos ver uma pequenina cachoeira própria para um banho de água fresca. Desviamos o olhar da ladeira e pensamos que seria importante voltar ali para tomar banho com a esposa que não tinha nenhuma referência à esposa terrestre.
O significado de esposa tinha uma abrangência muito maior do que se pode supor aqui na Terra, era algo mais ligado ao casamento celestial do que terreno porque aqui neste planeta tudo se desfaz na primeira hora do sentido contrário ao nosso. É por isso que no paraíso muçulmano existem as famosas huriyas de beleza primaveril e virginal esperando os fiéis seguidores do profeta.
Há um vínculo que une as pessoas afins, isto transcende a esta dimensão dissociada em que a maioria da humanidade vive. É muito comum entre os casais, à noite quando dormem, quem estiver drogado (álcool é droga) ou entorpecido por medicações lícitas ou ilíticas, o corpo físico deita na cama e o corpo sutil, empanturrado, fica esparramado no chão e quem estiver em condições favoráveis, o corpo sutil sai da cama e viaja a lugares aprazíveis onde o deleite se faz presente.
Mesmo utilizando remédios de drogarias para obter a saúde física, o corpo sutil danificado por essas drogas sente-se enfraquecido e muito fragilizado, necessitando de repouso e de aragens carregadas de sutis propriedades químicas que somente a natureza oferece.
Quando estávamos nesse recanto aprazível, sentíamos que tínhamos tudo ao nosso alcance. A placidez e a quietude das coisas, visíveis e invisíveis. Não nos faltava nada nem queríamos nada mais, estávamos em plenitude. Como pensamos em caminhar juntos, pensamos que, quando saíssemos, deveríamos voltar lá para usufruir dessas blandícias junto à esposa, a esposa do amor eterno.
Ainda não vivemos no paraíso, nem pensamos nas huriyas que por lá vivem, mas é tempo de semear as sementes que estão em nossas mãos. Os poetas lavram nessa seara, imensa e fecunda, criando o destino, esse destino citado por Olegário Mariano no discurso de posse de recepção ao acadêmico Guilherme de Almeida, na Academia Brasileira de Letras: “Quis o destino – caprichoso pastor de almas - ...”
A descoberta da física quântica é menos romântica e mais pragmática: o homem é co-criador, simplesmente porque o pensamento cria a nossa realidade, enfatizada por Albert Stein.
Vivenciando o ser profundo que todos somos, onde só existe a luz, a luz que se conecta com a fonte, podemos nos identificar com o que somos na realidade e não isso que está surtido nas dores e nos sofrimentos, acompanhando a imensa caravana, longe do destino que os poetas sonharam.
Sigamos com leveza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário