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segunda-feira, 11 de agosto de 2014

PÉGASO (XI)

Ao dar prosseguimento à Série Pégaso, vale assinalar os 4 primeiros parágrafos, constantes do início desta série, com o propósito de revelar aspectos do mundo astral:
A ideia ideoplástica é a matéria-prima usada pela mente humana que a transforma ao seu bel-prazer. O pensamento é o condutor que plasma as formas figuradas e elaboradas na projeção do propósito alcançado. A arte vive nesse meio.
O pensamento é um atributo do espírito e flui em correntes de variadas expressões que se modificam de acordo com o comando recebido.
O pensamento plasma a beleza como também pode criar modificações diferentes da beleza original em circunstâncias que a degeneram.
Em nossas andanças astrais passamos por lugares que passam a ser estudo para a observação da vida que ultrapassa os limites da matéria conhecida, entrando em espaços além do planeta Terra, embora esteja circunscrito na psicosfera terrestre, esse espaço onde abriga os pensamentos e os espíritos em trânsito pela transmutação das formas almejadas.
A cena ambientada pelo destino que escolhemos se desdobra numa vereda que conduz a uma floresta tropical. Na carroceria de uma caminhonete estava um grupo de homens que se dirigia a uma pescaria no rio. Subi à carroceria, cumprimentei um respeitável líder de classe social que seguia a viagem deitado numa cama, acompanhado de amigos. Em seguida, saltamos do carro, pois o nosso destino era outro.
No caminho olhamos ao lado e vimos uma antiga cidade, em decadência, ostentando imponentes edifícios, pensamos: já tinha dado tudo que deu, não era interessante visitá-la. A floresta era o cenário que nos aguardava como se a floresta aguardasse alguém, mas na verdade tudo está emaranhado no conceito quântico.
No percurso avistamos uma pequena casa e, aceitando o convite oferecido num olhar, entramos no quintal sem cerca de uma jovem mulher que a ajudamos a estender no varal uma peça de roupa e, em seguida, continuamos a nossa jornada em direção à floresta.
O fluxo de pessoas do campo no Brasil era muito grande, basta olhar as grandes metrópoles e ver o contingente de pessoas que foram para lá a busca de melhores condições de vida como assim é apregoado pelas mídias de comunicação. O convívio com a natureza é uma necessidade do ser humano.
A floresta faz parte dos documentários que abordam também os diferenciados ecossistemas do mundo inteiro: as savanas africanas, o deserto do Saara, os pampas sul-americanos, as regiões geladas da Patagônia, Alaska, os alpes suíços, o Himalaia e a Sibéria.
Autor da trilha sonora do filme Green Mansions, dirigido nos idos de 1959 por Mel Ferrer, protagonizado por Audrey Hepburn e Anthony Perkins, o compositor brasileiro Villa-Lobos também se interessou por temas florestais. A morte de Chico Mendes foi noticiada no mundo inteiro e o Recreio dos Bandeirantes, na cidade do Rio de Janeiro, ganhou um Parque Natural em homenagem ao seringueiro acreano.
No mundo astral que hospeda milhões de seres alados, em sua forma primitiva participam em atividades diversas nas florestas, desde as lendas como na aferição de um mundo real que está circunscrito numa mesma frequência de onda, onde tudo está emaranhado.
Não chegamos à floresta, apenas algumas reflexões sobre a realidade brasileira vem-nos à tona: o fluxo de pessoas do campo e da floresta para as grandes cidades. Por que não inverter esse fluxo migratório? É simples: a fome, 1ª necessidade da pirâmide social de Maslow, não é saciada.
Com a exceção da proposta do presidenciável da eleição de 2010, Plínio de Arruda Sampaio (1930/2014) que planejava, se eleito, diminuir o número de horas trabalhadas, numa jornada de 6 ou 4 horas, a fim de que os trabalhadores tivessem mais horas livres para o estudo, lazer, viagens e outras atividades que lhes aprouvessem, não vemos nenhuma perspectiva disso acontecer atualmente, não apenas aqui, mas em outros recantos do planeta.
Ainda ontem, num supermercado na cidade do Rio de Janeiro, uma funcionária que nos atendia no caixa nos disse que trabalha das 7 da manhã às 9 da noite, quando chega em casa, vai dormir lá pela meia noite e acorda às 3 da manhã para se aprontar, pega 3 conduções e chega ao trabalho no mesmo horário. Lembramo-nos quando ingressamos no Banco do Brasil, nos idos de 1964, a jornada de trabalho era de 7:00h às 13:00h e, naquela época, ganhávamos muito bem. Bons tempos aqueles.
Os patrões, nesse sistema financeiro em que o mundo é dominado, não iriam concordar com proposta sonhada por Plínio de Arruda Sampaio, pois os lucros dos negócios são muito mais importantes do que o bem-estar da maioria da população mundial. Um sistema em que cerceia a humanidade de ascender ao degrau superior da pirâmide social de Maslow não irá durar muito tempo. A transição planetária existe e tudo tende a evoluir.
Acreditamos no sentido gregário, que os animais possuem, será aceito e posto em prática por todos os seres humanos, dentro de alguns séculos, assim como nas florestas os seres elementais chamados silfos beneficiam esse ecossistema, embora não sejam divulgadas as atividades que atuam. Se a maioria da população mundial não conhece a realidade deste mundo, não iria conhecer a realidade que o permeia.
No caso Brasil, algo está no ar, se a população perceber o que está entrelinhas, como dizem os poetas, haverá um despertar, mesmo que haja um desconforto e nos despedimos lembrando Carl Gustav Jung: “quem olha para fora, sonha; quem olha para dentro, desperta.”
Sigamos com leveza.        

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