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terça-feira, 28 de junho de 2016

DE OLHOS SALTADOS


Os escombros das estátuas de Palmira conhecidas pelos bustos de mulheres de olhos saltados, ao lado de torres, colunas e templos, jazem pelo chão, destruídos pela passagem dos terroristas do Estado Islâmico. Nesse cenário histórico é palco de execução de prisioneiros apreendidos [O Globo – 02 de abril de 2016].
Uma das relíquias ligadas a essa região encontra-se no museus capitolinos, em Roma, trata-se do busto em alabastro do imperador Septimius Severus (século III). Ele teve que enfrentar guerra civil na Síria onde obteve vitória. A esposa dele, Júlia Domna, era natural dessa província e tiveram 2 filhos: Geta e Caracala. No período de 193 a 211, ele foi o primeiro cidadão oriundo de província a ocupar o trono romano. Tornou-se muito popular entre os cidadãos romanos por ter conseguido conter a corrupção. [Wikipédia, a enciclopédia livre].
Arco do Triunfo de Palmira sem dúvida ostentou a vitória do imperador romano sobre os revoltosos da Síria na primavera de 194. Lá, ele destruiu tudo que encontrou pela frente, levando toda a população de Palmira como escrava, assim como ele mandou erigir Arco de Septimius Severus, em Roma, para comemorar a vitória sobre os babilônios, trazendo toda a população escravizada. Na destruição, 100 mil pessoas foram mortas. [Wikipédia, a enciclopédia livre].
Com fotos que tem como pano de fundo o Arco do Triunfo em Paris, mulheres de olhos saltados, companheiras de políticos, são assuntos que estão caindo no conhecimento público, fazendo recrudescer as mulheres escravas sírias. Um milhão de euros foi a quantia paga por uma artista espanhola para poder sair da prisão, acusada por receber rendimentos ilícitos dos cofres públicos.  
O recrudescer do império romano domina o quadro político da atualidade, impedindo que haja a ascensão de consciência planetária mais sutil, onde já existe em muitos lugares do mundo, inclusive em muitas áreas do Brasil onde não há a presença desse recrudescer.
Quando foi dissolvida a espessa camada de poder, recrudescendo as intrigas palacianas dos césares da antiga Roma, fez eclodir um vespeiro revelado no momento político em que o Brasil e outros países vivem. É uma metáfora que tem um sentido real. [VENTOS DO AMANHECER – 11 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Nero, em nova roupagem do recrudescer, é visto como um semideus ou muito mais, intocável até pela justiça que não quer arriscar o prestígio de que se reveste para não contrariar a onda que passou em momentos de encantos mas que foi flagrada caminhando em sentido contrário.
Não há momento específico de que período do império romano esse recrudescer se reveste. Há um amontoado de interesses desses imperiadores que se juntam, como houve vários imperadores ao mesmo tempo, no ano anterior em que Septimus Severus ascendeu ao poder. No entanto, as figuras de Nero e Septimus Severus são centrais, embora tenham reinados em épocas diferentes.
O momento presente faz-nos lembrar das mulheres sírias do século III, transitando pelo Arco do Triunfo de Palmira, no passado que recrudesce em novas roupagens, passeando pelo Arco do Triunfo em Paris.  
Temos abordado o tema da transição planetária em várias oportunidades e sempre alertamos as pessoas amigas não comentar nem criticar nada e não criticar ninguém, mesmo que a mídia dê espaços a assuntos relevantes de interesse coletivo. O silêncio e a meditação de nossos passos é o que deve prevalecer. [VENTOS DO AMANHECER – 11 de abril de 2016].

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