Numa ofensa grave
ao Golfo conservador, uma jovem holandesa, chamada Laura, de 22 anos de idade,
foi condenada por um tribunal do Qatar, em 13/06/2016, por ter relações sexuais
fora do casamento, mesmo alegando que foi estuprada depois de ter sido drogada
numa boate de luxo num hotel internacional em Doha [Aljazeera, Qatar].
Quem não quer viver a vida sustentada por 4
pilares (simplicidade, humildade, transparência e alegria), menospreza a
pobreza e arruma desculpas para viver situações que descamba para os
desencantos. Será que num cabaré uma linda dançarina não é assediada? É difícil
viver no perigo e não sair desgastada. [DAMAS DO BOSQUE – 6 de dezembro de 2015
– blog Fernando Pinheiro, escritor].
O veredicto de
um juiz no Qatar, país da Copa de 2022, veio como medida salomônica: condenação
por adultério, suspensão da pena por constar que ela não é muçulmana, se fosse o castigo seria maior, mediante a
condição de que não venha a cometer outro delito nos próximos três anos e
sujeita à multa de 3.000 dinares por embebedar-se em público e condenando o
agressor, por ser muçulmano, a 100 chibatas por relação sexual ilícita e 40
chibatas por tomar bebida alcoólica em público [El Pais – 14 de junho de 2016].
No caso do rei
Salomão, onde está vinculada a expressão salomônica, tratava-se de um jovem mãe
que tinha sido vítima de roubo de seu filho por outra mulher que se apoderou
dele, dizendo-se também ser mãe. O simples fato da mãe verdadeira não aceitar o
veredicto de dividir o menino ao meio, que pediu entregá-lo, com vida, a outra,
fez com o rei descobrisse quem estava falando a verdade.
Salomão é o caso
de um político honesto que governou Israel por 5 décadas, sem que houvesse
crimes que enxameiam atualmente todas as partes do planeta, embora haja leis
que os proibem. Foi o primeiro homem a construir um templo dedicado ao Deus único,
observado por 3 religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.
Se fosse no
Brasil, onde o consumo do álcool como bebida é permitido e a relação
extra-conjugal não é considerado crime, isto não estaria em julgamento nos
tribunais. Apenas se houvesse agressão física ou estupro.
O serviço de
escort (acompanhante sexual) está oferecido em muitos países e o risco é muito
grande que essas moças sejam vítimas de maus tratos, embora tenham a ilusão de
que estão vivendo uma história de aventuras e de possíveis romances. Isto é uma
hipótese aventada por aqueles que acompanharam o caso da moça holandesa.
O relacionamento de casais é um tema
que sempre abordo em minhas crônicas. Ao tomar um taxi que pertencia à área de
Copacabana, perguntei ao motorista como vai a princesinha do mar? Ele me disse
que à noite pela Avenida Atlântica está cheia de mulheres prostitutas.
Esse tema é notícia de hoje no jornal
El Pais, de Madri, Espanha, divulgando que na Suécia é delinquência, desde
1999, pagar mulheres para ter relações sexuais, exonerando a participação
feminina no crime, isto porque é entendido que a prostituição é uma violência
contra as mulheres.
Nesse rumo, outros países estão
seguindo o modelo nórdico, sendo que a França é o último impondo uma multa de
até 3.750 euros, equivalentes a R$ 15 mil para quem pagar por sexo. De forma
velada ou exposta, essa conquista através do dinheiro é algo que, no fundo,
sevicia a mulher, tirando-lhe a liberdade de escolha.
Segundo revelado pelo jornal que
revelou dados do Instituto Sueco, depois de 10 anos que a lei sueca entrou em
vigor, “caiu de 13,6% para menos de 8% o número de compradores do sexo”,
reduzindo o interesse de diversos grupos nas atividades organizadas de
prostituição.
Ainda segundo El Pais, esse modelo
também chamado novo abolicionismo está em vigor em vários países: Suécia,
Noruega, Islândia, Irlanda do Norte, Canadá, Cingapura, África do Sul, Coreia
do Sul e França, esta é a fórmula encontrada por esses países para acabar com a
prostituição: acabando-se a demanda, acaba-se a oferta. No entanto, a
prostituição é regulamentada na Holanda, Alemanha e Dinamarca, desde 2000, e na
Hungria a meretriz é punida com multa ou prisão e o cliente só é penalizado se
estiver acompanhado de uma mulher menor de idade.
Nos países subdesenvolvidos e até
mesmo naqueles desenvolvidos em que as áreas da indigência proliferam, as
mulheres deixam de ter a igualdade dos homens, onde o dinheiro as fazem
escravas por momentos ou por tempo indeterminado de acabar porque a carência de
meios para sobreviver é mais forte. [BELA, RECATADA E DO LAR – 24 de abril de
2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Consensuais ou
não, as relações sexuais fora do casamento são proibidas na legislação do Qatar,
bem como tomar bebida alcoólica (permitida apenas em alguns hoteis
internacionais). O acusado e a vítima não compareceram ao julgamento que foi
assistindo pela embaixadora da Holanda no Qatar, Yvette Burghgraef-van Eechoud.
Quando cumprirem a pena, ambos serão deportados [El Pais – 14 de junho de
2016].
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