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quarta-feira, 15 de junho de 2016

SEXO NO TRIBUNAL


Numa ofensa grave ao Golfo conservador, uma jovem holandesa, chamada Laura, de 22 anos de idade, foi condenada por um tribunal do Qatar, em 13/06/2016, por ter relações sexuais fora do casamento, mesmo alegando que foi estuprada depois de ter sido drogada numa boate de luxo num hotel internacional em Doha [Aljazeera, Qatar].
Quem não quer viver a vida sustentada por 4 pilares (simplicidade, humildade, transparência e alegria), menospreza a pobreza e arruma desculpas para viver situações que descamba para os desencantos. Será que num cabaré uma linda dançarina não é assediada? É difícil viver no perigo e não sair desgastada. [DAMAS DO BOSQUE – 6 de dezembro de 2015 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
O veredicto de um juiz no Qatar, país da Copa de 2022, veio como medida salomônica: condenação por adultério, suspensão da pena por constar que ela não é muçulmana, se  fosse o castigo seria maior, mediante a condição de que não venha a cometer outro delito nos próximos três anos e sujeita à multa de 3.000 dinares por embebedar-se em público e condenando o agressor, por ser muçulmano, a 100 chibatas por relação sexual ilícita e 40 chibatas por tomar bebida alcoólica em público [El Pais – 14 de junho de 2016].
No caso do rei Salomão, onde está vinculada a expressão salomônica, tratava-se de um jovem mãe que tinha sido vítima de roubo de seu filho por outra mulher que se apoderou dele, dizendo-se também ser mãe. O simples fato da mãe verdadeira não aceitar o veredicto de dividir o menino ao meio, que pediu entregá-lo, com vida, a outra, fez com o rei descobrisse quem estava falando a verdade.
Salomão é o caso de um político honesto que governou Israel por 5 décadas, sem que houvesse crimes que enxameiam atualmente todas as partes do planeta, embora haja leis que os proibem. Foi o primeiro homem a construir um templo dedicado ao Deus único, observado por 3 religiões monoteístas: judaísmo, cristianismo e islamismo.  
Se fosse no Brasil, onde o consumo do álcool como bebida é permitido e a relação extra-conjugal não é considerado crime, isto não estaria em julgamento nos tribunais. Apenas se houvesse agressão física ou estupro.
O serviço de escort (acompanhante sexual) está oferecido em muitos países e o risco é muito grande que essas moças sejam vítimas de maus tratos, embora tenham a ilusão de que estão vivendo uma história de aventuras e de possíveis romances. Isto é uma hipótese aventada por aqueles que acompanharam o caso da moça holandesa.
O relacionamento de casais é um tema que sempre abordo em minhas crônicas. Ao tomar um taxi que pertencia à área de Copacabana, perguntei ao motorista como vai a princesinha do mar? Ele me disse que à noite pela Avenida Atlântica está cheia de mulheres prostitutas.
Esse tema é notícia de hoje no jornal El Pais, de Madri, Espanha, divulgando que na Suécia é delinquência, desde 1999, pagar mulheres para ter relações sexuais, exonerando a participação feminina no crime, isto porque é entendido que a prostituição é uma violência contra as mulheres.
Nesse rumo, outros países estão seguindo o modelo nórdico, sendo que a França é o último impondo uma multa de até 3.750 euros, equivalentes a R$ 15 mil para quem pagar por sexo. De forma velada ou exposta, essa conquista através do dinheiro é algo que, no fundo, sevicia a mulher, tirando-lhe a liberdade de escolha.
Segundo revelado pelo jornal que revelou dados do Instituto Sueco, depois de 10 anos que a lei sueca entrou em vigor, “caiu de 13,6% para menos de 8% o número de compradores do sexo”, reduzindo o interesse de diversos grupos nas atividades organizadas de prostituição.
Ainda segundo El Pais, esse modelo também chamado novo abolicionismo está em vigor em vários países: Suécia, Noruega, Islândia, Irlanda do Norte, Canadá, Cingapura, África do Sul, Coreia do Sul e França, esta é a fórmula encontrada por esses países para acabar com a prostituição: acabando-se a demanda, acaba-se a oferta. No entanto, a prostituição é regulamentada na Holanda, Alemanha e Dinamarca, desde 2000, e na Hungria a meretriz é punida com multa ou prisão e o cliente só é penalizado se estiver acompanhado de uma mulher menor de idade.
Nos países subdesenvolvidos e até mesmo naqueles desenvolvidos em que as áreas da indigência proliferam, as mulheres deixam de ter a igualdade dos homens, onde o dinheiro as fazem escravas por momentos ou por tempo indeterminado de acabar porque a carência de meios para sobreviver é mais forte. [BELA, RECATADA E DO LAR – 24 de abril de 2016 – blog Fernando Pinheiro, escritor].
Consensuais ou não, as relações sexuais fora do casamento são proibidas na legislação do Qatar, bem como tomar bebida alcoólica (permitida apenas em alguns hoteis internacionais). O acusado e a vítima não compareceram ao julgamento que foi assistindo pela embaixadora da Holanda no Qatar, Yvette Burghgraef-van Eechoud. Quando cumprirem a pena, ambos serão deportados [El Pais – 14 de junho de 2016].

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