Segundo a ONU
805 milhões de habitantes do planeta Terra sofrem de desnutrição crônica. No
caso Brasil o número é de 7,2 milhões, é muita gente morrendo, morrendo de fome
mesmo. Isto é apenas um aspecto da miséria, na realidade a miséria é muito
maior.
A egregóra
planetária de competitividade e separatividade não irá resolver essa situação
angustiante de milhões, saiámos dessa egregóra e pensemos na segunda maior
egrégora de radiação luminosa ao redor do planeta, a proteção de A Virgem,
assim como é conhecida pelos poetas que cantam em lindos versos a natureza.
É uma forma de
falar nesta densa consciência planetária, pois não existe segunda maior
egrégora de radiação luminosa na consciência unitária onde Jesus é o grande
arauto desta revelação, assim resumida: “Eu e o Pai somos um”.
A comédia
musical Notre Dame de Paris, baseada no romance de Victor Hugo, apresenta, em
cena lírica, 53 números musicais de autoria de Richard Cocciante (também
conhecido como Riccardo Cocciante), dentre os quais sobressai a Ave Maria Païe,
letra de Luc Plamondon, interpretada pela cantora Hélène Ségara. O texto
enfatiza: “Ave Maria, protège–moi de la misère, du mal et des fous qui règnent
sur la Terre.”
Atraímos
sempre aquilo que pensamos, é dito. Se tivermos condições de ajudar, ajudemos,
se não tivermos, não comentamos mais nada sobre os infortúnios que avassalam o
planeta que busca se erguer no ambiente dos mundos felizes, elevando-se de
dimensão ascensionada.
A Virgem Maria
dos poetas e da humanidade tem sua origem em Sirius da constelação Cão Maior,
recordando que há 2.000 anos ela foi diminuindo de irradiações luminosas até
adaptar-se ao nível de condições de vida no plano físico e nascer como criatura
humana sujeita a lágrimas e sorrisos. Quando ela ressurgiu, em inúmeras vezes,
na Terra, sempre
com o manto
azul, luminosidade daquela estrela.
Vale
transcrever a crônica AVE MARIA – 9 de outubro de 2013, post Fernando Pinheiro, escritor:
Na época em
que o Brasil era bucólico, brejeiro e importador, a maioria das pessoas não possuíam
relógios, no campo e na lavoura suspendiam o trabalho ao ouvir o sino das
igrejas tangido às 18:00h.
O crepúsculo
do sol era a referência da paralisação do trabalho, à tardinha estavam de volta
aos lares, sentavam-se à mesa de refeição ou na sala-de-estar para a hora da
Ave-Maria ou a hora do Angelus, em que a família inteira rezava o terço e as
orações em súplica aos anjos da guarda.
Este costume
veio de Portugal, desde o tempo do Brasil Imperial, não temos informações se
abrangia o Brasil-colônia, mesmo porque as maiores informações eram prestadas
pelo viajantes que passavam por aqui em trânsito, as conhecidas crônicas de
viagem ou diário de bordo.
A partir do
século XX, com as fábricas em funcionamento, não havia turno à noite, e à
tardinha, os operários já estavam em casa, não havia engarrafamentos de
trânsito, pois moravam no mesmo bairro, perto do trabalho. Na hora da Ave-Maria
os rádios transmitiam programação específica.
Formava-se uma
egrégora salutar e nunca era comentados casos de assalto ou de violência, os
políticos ganhavam, naquela época, muito menos do que hoje ganham os atuais, e
não havia nenhum caso de escândalo, quando isto ocorria, lá alguma vez, o homem
público passava uma vergonha que o impedia a concorrer a reeleição.
A música Ave-Maria,
composta por Erotides de Campos, foi gravada na voz de Francisco Alves, Pedro
Celestino, Augusto Calheiros, Sílvio Caldas, Antonio Fioravante, Carlos
Galhardo, Altemar Dutra, Agnaldo Timóteo, Carlos José, Raimundo Fagner, Caco
Piccoli, acompanhado da Orquestra Sinfônica de Piracicaba, e nos instrumentos
musicais de
Evandro do
bandolim, Altamiro Carilho na flauta e Niquinho no bandolim, Waldir Azevedo e
seu cavaquinho.
A letra da
música inicia assim: “Cai a tarde tristonha e serena, em macio e suave langor,
despertando no meu coração a saudade do primeiro amor.”
Há um clima
saudoso nas badaladas do sino da igreja, fazendo recordar os tempos idos em
lembranças felizes da mocidade, nesse clima há uma súplica a Virgem dos poetas
para fortalecer os corações que se sentem amargurados pela perda de um amor que
já morreu.
Na prece
vislumbra-se “lá no infinito azulado uma estrela formosa irradia”, a luz que
fizermos de dentro de nós se irradia numa ponte que faz a ligação com estrelas,
tendo como ponte-aérea Terra-Céu, a Ave-Maria, mesmo sabendo que o nosso
referencial maior é Jesus.
Maria, mãe de
Jesus, é um ser multidimensional que se confunde com as estrelas pela
luminosidade de irradiação de luz em múltiplas matizes, em coloração de efeitos
grandiosos, os devotos sentem esse manancial de bençãos em milagres que a vida
pode oferecer em sua mais bela proposta que é a vida eterna. Maria e Jesus
estão tão interligados que é impossível pensar em um sem estar ligado no outro.
Quem teve
alguma perda, que desencadeia a melancolia, recorra a Maria que a perda
desaparece, e o que é eterno surge como mensagem de luz. O que era doença é
restauração de saúde. As mulheres que têm depressão
nem sabem a
importância de Maria em suas vidas.
Por ser mulher
Maria é a mulher que mais compreende todas as mulheres do mundo inteiro, colo
de mãe é o abrigo que ela oferece a todos as mães e as mulheres que não
conceberam filhos.
Se a hora do
Ângelus não for possível ser a hora da meditação e da oração, às 18:00h, pelos
compromissos assumidos no trabalho e nos afazeres domésticos, que seja a hora
transferida para os preparativos do adormecer onde podemos dirigir nossos
pensamentos da Oração da Ave
Maria ou no
improviso de palavras outras que saem de nosso coração.
No momento em
o mundo passa por tanta miséria e tanta fome, peçamos a proteção da Virgem que
os poetas tanto amam.
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