Manifestando
outra personalidade, em sintoma bipolar, no conceito de psicanálise, Nelita
(Bárbara Paz) parte para o ataque em cima de Orlando (Eduardo Moscovis) dizendo
que ele tem outra mulher: “Mas a outra é muito tonta mesmo! Além de chata, é
burra! Você está com uma amante!” E pede a ele apresentá-la.
Quando Nelita diz a Orlando que ele
não quer mais transar com ela, ao invés de falar na primeira pessoa, evidencia
que outra personalidade foi acionada pela própria pessoa ou por outra pessoa
que se incorpora a personagem, como se fosse alma penada vagando pela atração
recebida. Isto está no mundo subjetivo ou na realidade que transcende ao plano
físico.
A influência do plano espiritual é
fato notório no dizer de filósofo Auguste Comte: “os mortos governam os vivos”
e na literatura espírita que abrange os relatos da espiritualidade, basta citar
o romance Há 2.000 anos, de Emmanuel (Espírito), psicografado por Francisco
Cândido Xavier, de saudosa memória. Ordem e Progresso, palavras inseridas na
bandeira brasileira, teve influência na frase de Comte: “o Amor por princípio e
a Ordem por base; o Progresso por fim.”
O fenômeno existe, sim, apreciado em
duas vertentes distintas: o materialismo e a espiritualidade. No emaranhamento
quântico, ambas estão relacionadas entre si, pois a separatividade só existe no
dualismo humano que está indo embora com a ascensão da consciência unificada,
alterando o paradigma atual do planeta.
Vale salientar a transcrição contida
em nosso post VISÃO MÉDICA – 19 de dezembro de 2014, in verbis:
Carro na garagem é a metáfora que
empregamos para definir uma situação, assim como o médico psiquiatra búlgaro
Thomas Stephen Szasz (1920/2012) argumentou que o conceito de “doença mental
era pouco mais que uma metáfora sem qualquer referencial patológico” [The
Telegraph – 18/9/2012].
Esse referencial patológico
naturalmente diz respeito à falta de provas que constate a existência de doença
comprovada por análise médica convencional em laboratório ou raio X. Essa
metáfora se confunde com a realidade e entra na área dos mitos, como fez Freud
empregando símbolos mitológicos, de forma que a loucura tem algo fabricado.
Nos idos de 1961, com o lançamento da
obra The Myth Of Mental Illness, de Thomas Szasz, o movimento antipsiquiatria
nos Estados Unidos ganhou força. No dizer do médico búlgaro, os tratamentos
coercitivos, como confinamento involuntário e o uso de diagnósticos
psiquiátricos nos tribunais ambos são práticas não-científica e antiética [New
York Times – 11/09/2012].
Os dons guardados e não utilizados
são carros na garagem que, um dia, não mais funcionarão. Muitos distúrbios
mentais surgem com a paralisação das atividades em que se desenvolvia um estilo
de vida saudável. [VISÃO MÉDICA (II) – 30 de dezembro de 2014].
Do ator Eduardo Moscovis temos a grata
recordação do filme Bela Donna,
ambientado nas praias do Ceará, que conta a história de Donna (Natasha
Henstridge) casada com o americano Frank (Andrew Mc Carthy), enquanto ele está
trabalhando na pesquisa de petróleo naquela região, na década de 1930, Donna
busca aventura amorosa com um pescador Nô, vivido pelo ator Eduardo Moscovis.
Outros atores: mãe Ana (Florinda Bolkan), Benta (Letícia Sabatella), Tonho
(Ângelo Antônio).
Em outro ponto da cidade, no quarto
de hotel, mostrado pela novela A Regra do Jogo, da TV Globo, em 05/11/2015, a
personagem Lara (Carolina Dieckmann) aguarda ansiosa pela chegada de Orlando (Eduardo
Moscovis), depois de se preparar usando uma lingerie vermelha, faz o telefone
tocar, ele ouve e pede a chave para Nelita (Bárbara Paz) que coloca na boca e
pede para ele pegar.
Uma cena de casal de apaixonados se
desenrola na cama e ela fica satisfeita, ele também. No entanto, o compromisso
dele com a amante ficou para depois. Algo ficou no ar que Orlando não soube
compreender: pensamentos que viajam de uma esfera a outra, pois existe um campo
eletromagnético e a conexão é realizada na mesma frequência de onda.
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