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quarta-feira, 11 de novembro de 2015

À FLOR DA PELE

Manifestando outra personalidade, em sintoma bipolar, no conceito de psicanálise, Nelita (Bárbara Paz) parte para o ataque em cima de Orlando (Eduardo Moscovis) dizendo que ele tem outra mulher: “Mas a outra é muito tonta mesmo! Além de chata, é burra! Você está com uma amante!” E pede a ele apresentá-la. 
Quando Nelita diz a Orlando que ele não quer mais transar com ela, ao invés de falar na primeira pessoa, evidencia que outra personalidade foi acionada pela própria pessoa ou por outra pessoa que se incorpora a personagem, como se fosse alma penada vagando pela atração recebida. Isto está no mundo subjetivo ou na realidade que transcende ao plano físico.
A influência do plano espiritual é fato notório no dizer de filósofo Auguste Comte: “os mortos governam os vivos” e na literatura espírita que abrange os relatos da espiritualidade, basta citar o romance Há 2.000 anos, de Emmanuel (Espírito), psicografado por Francisco Cândido Xavier, de saudosa memória. Ordem e Progresso, palavras inseridas na bandeira brasileira, teve influência na frase de Comte: “o Amor por princípio e a Ordem por base; o Progresso por fim.” 
O fenômeno existe, sim, apreciado em duas vertentes distintas: o materialismo e a espiritualidade. No emaranhamento quântico, ambas estão relacionadas entre si, pois a separatividade só existe no dualismo humano que está indo embora com a ascensão da consciência unificada, alterando o paradigma atual do planeta.
Vale salientar a transcrição contida em nosso post VISÃO MÉDICA – 19 de dezembro de 2014, in verbis:
Carro na garagem é a metáfora que empregamos para definir uma situação, assim como o médico psiquiatra búlgaro Thomas Stephen Szasz (1920/2012) argumentou que o conceito de “doença mental era pouco mais que uma metáfora sem qualquer referencial patológico” [The Telegraph – 18/9/2012].
Esse referencial patológico naturalmente diz respeito à falta de provas que constate a existência de doença comprovada por análise médica convencional em laboratório ou raio X. Essa metáfora se confunde com a realidade e entra na área dos mitos, como fez Freud empregando símbolos mitológicos, de forma que a loucura tem algo fabricado.
Nos idos de 1961, com o lançamento da obra The Myth Of Mental Illness, de Thomas Szasz, o movimento antipsiquiatria nos Estados Unidos ganhou força. No dizer do médico búlgaro, os tratamentos coercitivos, como confinamento involuntário e o uso de diagnósticos psiquiátricos nos tribunais ambos são práticas não-científica e antiética [New York Times – 11/09/2012].
Os dons guardados e não utilizados são carros na garagem que, um dia, não mais funcionarão. Muitos distúrbios mentais surgem com a paralisação das atividades em que se desenvolvia um estilo de vida saudável. [VISÃO MÉDICA (II) – 30 de dezembro de 2014].
Do ator Eduardo Moscovis temos a grata recordação do filme Bela Donna, ambientado nas praias do Ceará, que conta a história de Donna (Natasha Henstridge) casada com o americano Frank (Andrew Mc Carthy), enquanto ele está trabalhando na pesquisa de petróleo naquela região, na década de 1930, Donna busca aventura amorosa com um pescador Nô, vivido pelo ator Eduardo Moscovis. Outros atores: mãe Ana (Florinda Bolkan), Benta (Letícia Sabatella), Tonho (Ângelo Antônio).
Em outro ponto da cidade, no quarto de hotel, mostrado pela novela A Regra do Jogo, da TV Globo, em 05/11/2015, a personagem Lara (Carolina Dieckmann) aguarda ansiosa pela chegada de Orlando (Eduardo Moscovis), depois de se preparar usando uma lingerie vermelha, faz o telefone tocar, ele ouve e pede a chave para Nelita (Bárbara Paz) que coloca na boca e pede para ele pegar.
Uma cena de casal de apaixonados se desenrola na cama e ela fica satisfeita, ele também. No entanto, o compromisso dele com a amante ficou para depois. Algo ficou no ar que Orlando não soube compreender: pensamentos que viajam de uma esfera a outra, pois existe um campo eletromagnético e a conexão é realizada na mesma frequência de onda. 

www.fernandopinheirobb.com.br

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